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The Walking Dead Deluxe 5 – Cutting Room Floor: Roteiro e Comentários

Confira curiosidades do roteiro original e comentários de Robert Kirkman sobre a 5ª edição da HQ lançados na The Walking Dead Deluxe 5.

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Arte com imagem da capa da The Walking Dead Deluxe 5 para o Cutting Room Floor.

A The Walking Dead Deluxe 5 foi lançada em 16 de Dezembro de 2020 nos EUA. Com a decisão de publicar novamente todas as edições dos quadrinhos de The Walking Dead, dessa vez em cores e chamados de “Deluxe”, foi anunciado que os roteiros originais escritos a mão por Robert Kirkman seriam liberados junto.

Além desses roteiros, o próprio Kirkman estará comentando os principais tópicos e o porquê dessas decisões, criando o conteúdo extra chamado de “Cutting Room Floor“.

O texto de chamada da edição 5 conta: Rick Grimes e companhia estão cercados por caminhantes. Quem vai morrer? Quem vai sobreviver? Quem será o próximo a se juntar aos mortos-vivos?

Além da Cutting Room Floor, um dos outros conteúdos extras e super especiais que tem na The Walking Dead Deluxe é o “Letter Hacks“, onde o Kirkman e sua equipe respondem aos questionamentos dos fãs.

Abaixo você confere o Cutting Room Floor da The Walking Dead 5.

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The Walking Dead Deluxe 4 – Cutting Room Floor: Roteiro e Comentários

COMENTÁRIOS DO ROTEIRO – THE WALKING DEAD DELUXE 5

Esse desenho estranho no começo da página foi de uma conversa que tive com Tony Moore e Cory Walker (nós tínhamos um estúdio na minha casa, naquela época) sobre, apesar do Wolverine ter três garras, você raramente (ou nunca) via três cortes. Então, eu tentei desenhar como seria o Wolverine fazendo três arranhões na cabeça de alguém. Alguns anos depois, eu escrevi as garras do Wolverine fazendo um machucado parecido em um X-Force desenhado por Jason Pearson. Acredito que esse foi, e sempre será, minha última HQ publicada pela Marvel. A não ser que eles decidam publicar a minisaga perdida sobre o Killraven que eu escrevi com Rob Liefield.

Certo. Esse é o roteiro mais solto de uma edição até agora. A maior parte foi só luta e etc. Eu sabia bastante do que eu iria fazer, e é muito mais fácil quebrar os quadros direto no roteiro, então eu não precisei escrever muito no papel. Se comparar esse roteiro com o da edição anterior, as coisas mudaram bastante.

Jim. Falei antes que eu tinha grandes planos para ele. Vai ter muita coisa para falar na próxima edição, então achei melhor falar disso aqui. Eu sempre vi The Walking Dead como um estudo de personagens do mundo real, no qual eu acrescentei um elemento para vender melhor (os zumbis). Quando TWD começou, eu tinha planejado fazer uma trilogia de HQs parecidas. Seriam dramas, com pessoas normais, sem poderes, sem super-heróis, mas com alguns outros elementos que os fizessem ser interessantes. Uma delas ia se passar em uma oficina mecânica… e teria o Jim como personagem principal. Nessa HQ, você até iria conhecer a grande família dele que o “salvou” durante a sua fuga de Atlanta. A ideia era que, depois de perceber que é o mesmo Jim de TWD, você passasse o tempo todo da leitura pensando: “Puta merda, será que zumbis vão atacar em algum momento?” Mas… não atacariam. Nunca atacariam.

Agora que estou digitando isso… Nem lembro qual ia ser a terceira saga. Mas sei que o Jim ia fazer, no mínimo, uma aparição. Então… Ia ser uma trilogia de HQs do Jim que não estavam conectadas, mas no fundo estavam sim. Ia ser The Walking Dead e outras duas. Então, olha só… Uma série de livros inteira cortada no Cutting Room Floor.

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OBSERVAÇÕES DAS PÁGINAS

Página 5: “Saem do treinamento de tiro. Por que fazer isso tão longe do acampamento? / Está ficando cheio aqui, Shane. / Nem começa, Rick. Não vamos mudar o acampamento de lugar.” – Mudei essa discussão sobre mudar o acampamento para depois, para cena de quando cortam lenha. Legal.

Página 6: “Rick conversando com Carl. / Não quero atirar em nenhuma pessoa morta.” – Por algum motivo, eu não coloquei nada dessa cena. Talvez eu tenha pensado que Carl reclamar de atirar em pessoas mortas daria a ideia de que ele faria exatamente isso no final da edição.

Página 7: “No acampamento, Donna está fofocando sobre Amy e Andrea. Diz para Dale que a única escuridão que conhece é aquela que acontece depois do anoitecer.” – Que bom que mudei de ideia sobre dar essa linha de diálogo para Donna.

Página 8: “Dale e Rick cortando lenha.” – Originalmente, o Shane não estava nessa cena.

Páginas 10-11: “Cozinham. Cervo no espeto. Todos sentados ao redor do fogo (se aquecendo)”; “Discussão. Algo irrelevante. Desenvolvimentos de personagens. Vocês ouviram esse barulho?” – Teve uma GRANDE mudança de história aqui. A discussão vira quatro páginas ao invés de uma. Isso foi melhor? Talvez. Acho que dá para dizer que essa cena dos personagens falando sobre seus passados é a base para fazer os leitores se importarem, conforme começarem a morrer em breve. Devo admitir que isso foi, em grande parte, só para levar a cena do Jim dizendo ‘mecânico’. Como falei antes, sempre adorei esse personagem.

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Página 18:Blá, blá, blá. Andrea morre.” – Aquela parte riscada era, literalmente ‘blá, blá, blá’, até que eu decidi que alguém precisava morrer aqui. Quem? Que tal a ANDREA?! Está claro, por esse roteiro, que eu ainda não tinha tido a ideia de que a Andrea seria uma ótima atiradora. Então, em algum momento desse roteiro, pensei nisso e decidi matar a Amy no lugar. Puta merda… Só de pensar no que a Andrea se tornou ao longo da edição… Que loucura pensar que ela quase morreu na edição #5.

Página 20: “Violência explícita.” – O plano original era focar nos danos que Jim estava causando, nessa cena. Que bom que, em algum momento, decidi mudar e focar na emoção do Jim lidando com seus problemas do passado.

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