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THE WALKING DEAD 10 ANOS: Entrevista exclusiva com Sarah Wayne Callies (Lori)

The Walking Dead completa 10 anos em outubro e, para comemorar, entrevistamos alguns atores da série. Confira nosso papo com Sarah Wayne Callies.

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arte com Sarah Wayne Callies e Lori Grimes para comemorar os 10 anos de The Walking Dead

To access the interview with Sarah Wayne Callies in english, click here.

The Walking Dead completa 10 anos de história na TV no dia 31 de outubro de 2020. Em comemoração a essa marca histórica, entrevistamos vários atores que participaram da série ao longo dos anos. As entrevistas serão lançadas diariamente, começando de hoje (01/09), até o grande dia (31/10), quando encerraremos com uma grande surpresa preparada exclusivamente e com grande carinho para os fãs.

Nossa primeira convidada é ninguém menos que Sarah Wayne Callies, intérprete de Lori Grimes durante as temporadas 1, 2 e 3. A atriz nos contou sobre como foi participar de The Walking Dead, sobre as críticas que sua personagem recebeu por conta de suas escolhas, sobre a possibilidade de uma futura 6ª temporada de Prison Break e muito mais!

Sem mais delongas, confira nossa entrevista exclusiva com Sarah Wayne Callies:

Primeiramente é muito bom fazer esta entrevista com você. Qual o sentimento de fazer parte de um projeto tão grandioso como The Walking Dead? E o que você mais sente falta do seu tempo na série?

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Sarah Wayne Callies: Você sabe, havia uma lista de e-mail circulando depois de filmarmos a primeira temporada para que pudéssemos estar em contato uns com os outros enquanto o programa ia ao ar. Nenhum de nós esperava o sucesso e quando a resposta ao show começou a chegar, havia muitos !!!!! nos e-mails que trocávamos, e também muita gratidão. Charlie Collier chamou de ‘ar rarefeito’, e essa descrição ficou comigo – ele estava totalmente certo. Você não pode forçar, planejar ou fazer acontecer. Você faz o seu melhor, você tem sorte com um momento cultural e o zeitgeist, você conta com ótimo marketing (isso não é romântico, mas é totalmente verdade), e às vezes você consegue respirar o ar rarefeito. Trabalhamos muito, fizemos o nosso melhor. Mas esquecer o quanto foi sorte seria levar muito crédito.

Você esteve presente em momentos importantes da série e junto com personagens queridos por fãs. Qual seu balanço da participação de Lori na série?

Sarah Wayne Callies: O papel de Lori era ter um impacto específico em Rick e Shane. Foi extremamente eficaz, e Andy, Jon e eu adoramos trabalhar juntos. Aprendi muito com eles e os amo como irmãos até hoje. Se tivéssemos visto os acontecimentos da perspectiva de Lori, acho que teríamos conhecido uma mulher muito diferente. Mas esse não é o show, e tudo bem.

Muitos fãs gostam de julgar as escolhas da personagem – como a relação dela com Shane em um momento em que ela pensou que Rick estivesse morto. O que você pensa disso? Acha que o personagem está mesmo sujeito a estas críticas ou ou haters precisam relaxar às vezes e curtir o show?

Sarah Wayne Callies: A história nunca foi contada do ponto de vista dela – que é como foi construída desde o início, certo? Os quadrinhos são a história do Rick. Em algum lugar em um universo alternativo, há uma versão da história do ponto de vista de Lori, e essa história revela uma mulher muito diferente. Eu acho que o mais interessante é o que a reação dos fãs a Lori nos diz sobre nossa sociedade. Tantas mulheres ligadas a ela profundamente, tantos homens não conseguiriam superar um ato sexual que decidiram definir todo o caráter dela. O que isso diz sobre nós?

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Nós adoraríamos saber sobre o que você achou da morte da Lori. Você acha que a personagem se despediu no momento certo ou que ela ainda podia ter outras histórias para explorar? Você ficou satisfeita com o encerramento do seu arco?

Sarah Wayne Callies: Sabe, meu trabalho como atriz é sempre servir à história. O showrunner e criador sentiu que a melhor maneira de servir a história era matando Lori. Depois de uma decisão como essa, tudo o que me resta é desempenhar esse papel da melhor maneira possível.

Entrando um pouco no momento “atual” de The Walking Dead… Você se surpreendeu com o desenvolvimento do romance entre Rick e Michonne? E com a dinâmica familiar estabelecida entre os personagens e Judith?

Sarah Wayne Callies: Eu nunca assisti a série, então não posso comentar sobre o que aconteceu, infelizmente.

Se a Lori ainda estivesse viva hoje em dia, como você acha que seria a sua relação com a Judith? Você acha que ela seria tão protetora quanto Michonne está sendo?

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Sarah Wayne Callies: Lori era uma mãe extremamente protetora. Ela também era uma pessoa realista, que entendia que as crianças precisam cometer alguns dos próprios erros. Não tenho dúvidas de que ela teria criado uma ótima filha em Judith – meio que sinto que, de certa forma, Lori deu a Judith uma espécie de proteção estilo Harry Potter ao sacrificar sua própria vida para salvar seu bebê.

Nós do Brasil temos um carinho especial por The Walking Dead. Esse amor chega até vocês? Qual sua relação com os fãs brasileiros?

Sarah Wayne Callies: O amor TOTALMENTE chega para nós – esse é o presente das mídias sociais, ser capaz de se conectar com fãs internacionalmente, mesmo quando não podemos estar lá pessoalmente. Isso significa muito para mim. Quando comecei nas artes, pensei que talvez pudesse me apresentar para algumas centenas de pessoas por noite no palco. Saber que existem pessoas ao redor do mundo que se envolvem com as histórias que eu conto – é pura magia.

Como você tem se cuidado durante essa pandemia?

Sarah Wayne Callies: Tem sido uma jornada longa e estranha – como tem sido para todos nós. Comecei a pandemia promovendo a série Council of Dads – havia toda essa divulgação feita da minha garagem, entrevistas, e fiquei furiosamente ocupada por alguns meses. Então, quando o show começou, houve um momento de silêncio – hora de plantar um jardim e começar a construir uma nova casa, hora de ler para as crianças e fazer todas as refeições. Foi lindo, porque estávamos em um lugar seguro onde moramos, na Columbia Britânica, e agora estou tentando repensar a vida em uma realidade que acho que para sempre será diferente do mundo em que vivíamos antes. Quero contar histórias de agora em diante que nos levantem, que nos ajudem a expandir nosso senso do que podemos fazer uns pelos outros. Estou trabalhando nisso.

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Você pode falar um pouco sobre o seu projeto mais recente? Council of Dads. Infelizmente a série ainda não estreou no Brasil, mas já estamos ansiosos para ver você novamente em tela!

Sarah Wayne Callies: Esse show significou mais para mim do que qualquer coisa que eu já fiz. Fazer parte de algo que traz alegria e esperança em um momento como este foi tão poderoso, e ser tão inclusivo em nossa representação foi inovador. Adorei cada segundo do Council e estou com saudades!

Falando em outros projetos… Não podíamos deixar de comentar sobre Prison Break. Como foi interpretar novamente Sara Tancredi depois de tantos anos? E o mais importante… Você voltaria para uma possível 6ª temporada? Seria um sonho!

Sarah Wayne Callies: Eu definitivamente voltaria para a 6ª temporada se tivéssemos uma história brilhante. Na verdade, eu estava discutindo algumas ideias com um colega de elenco há algumas semanas. Talvez não aconteça nada. Mas talvez haja mais história a ser contada?

Para encerrarmos: mande um recado para os fãs brasileiros, que estão te enviando muito amor após esta entrevista!

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Sarah Wayne Callies: Apenas obrigada. Obrigada, obrigada, obrigada. Seu apoio é lindo e muito significativo. E por favor, cuidem de vocês. Se The Walking Dead nos ensinou uma coisa é que mudanças massivas em nossa cultura podem trazer à tona partes de nós mesmos que mantemos no escuro. Vamos nos tornar guerreiros para proteger uns aos outros, não mercenários para destruir uns aos outros. Vamos ser corajosos, não maldosos. Se cavarmos fundo, podemos sair disso melhor como indivíduos e como comunidade global. Pelo que mais vale a pena trabalhar?

REDES SOCIAIS DA SARAH:

– Twitter: @SarahWCallies
– Instagram: @SarahWayneCallies
– Facebook: @SarahWayneCallies
– Site oficial: www.sarahwaynecallies.com

AGRADECIMENTOS:

– Entrevista: Bruno Favarini
– Tradução: Victoria Rodrigues & Ludmilla Peixoto
– Arte da capa: Lucas Saboia

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