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THE WALKING DEAD 10 ANOS: Entrevista exclusiva com Major Dodson (Sam)

The Walking Dead completa 10 anos em outubro e, para comemorar, entrevistamos alguns atores da série. Confira nosso papo com Major Dodson.

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arte com Major Dodson e Sam Anderson para comemorar os 10 anos de The Walking Dead

To access the interview with Major Dodson in english, click here.

The Walking Dead completa 10 anos de história na TV no dia 31 de outubro de 2020. Em comemoração a essa marca histórica, entrevistamos vários atores que participaram da série ao longo dos anos. Essas entrevistas, que começaram a ser divulgadas no início de setembro e vão até o final de outubro, estão sendo lançadas diariamente. Elas se encerrarão com uma grande surpresa preparada exclusivamente para os fãs, com grande carinho.

Nosso convidado de hoje é Major Dodson, intérprete de Sam Anderson durante as temporadas 5 e 6. O ator nos contou sobre o seu processo de audição para entrar em The Walking Dead, sobre os momentos divertidos que viveu com Melissa McBride (Carol) durante os bastidores das filmagens, sobre a gravação da cena de morte de seu personagem e muito mais!

Sem mais delongas, confira nossa entrevista exclusiva com Major Dodson:

É uma honra conversar com você em um momento tão importante para The Walking Dead. Não é qualquer série que consegue chegar à marca de 10 anos. Comece contando para nós como foi fazer parte deste projeto. Como ele surgiu e como foi seu processo de audição? Você conhecia a série antes de conseguir o papel?

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Major Dodson: Obrigado, é uma honra ser entrevistado; eu gosto de fazer essas entrevistas. O processo de seleção para Sam foi hilário. Quando recebi o aviso do meu agente de que eu tinha que fazer a fita, estávamos em um Walmart em Austin, Texas, obtendo algumas fotos impressas para que eu pudesse fazer outra audição pessoalmente lá. Tínhamos UMA HORA para preparar a fita e terminar a tempo. Avançando um pouco, estávamos em um Starbucks conversando com um corretor de imóveis (estávamos no processo de procurar uma casa em Houston) quando meu agente ligou novamente para informar que tínhamos que estar em Atlanta no dia seguinte para fazer um teste de retorno para Sam. Avançando novamente para quando estávamos lá, eu realmente tive que ser avaliado por um psiquiatra para ter certeza de que seria capaz de lidar com toda a violência e maquiagem dos walkers. Foi de longe a experiência de casting mais agitada da minha vida. No geral, foi uma loucura como tudo aconteceu. Sem mencionar que eu tinha finalizado American Horror Story apenas uma semana antes de fazer o teste para Sam.

Sua participação em The Walking Dead se deu quando você ainda era uma criança. Imagino que você tenha recebido dicas e muita força dos atores mais experientes. Quem mais te apoiou nos seu período na série? Como era o clima no set?

Major Dodson: O set era um lugar muito divertido e convidativo de se estar. Todos eram muito próximos e se divertiam muito uns com os outros. Acho que a pessoa de quem eu estava mais próximo em termos de colegas de elenco era Melissa McBride; falávamos muito sobre antiguidades e os cachorros dela (eles gostam de presunto).

Sam tinha uma relação muito próxima com Carol, personagem de Melissa McBride. O que você pode nos contar sobre a convivência com uma das atrizes mais queridas de The Walking Dead?

Major Dodson: Melissa era muito divertida de se conversar. Uma coisa que me lembro com muito carinho foi quando estávamos em uma garagem em alguma casa de Alexandria durante nosso tempo livre entre as filmagens, e eles tinham um boneco de um cadáver (humano ou walker, acho que era apenas um cara aleatório) sentado em um vagão. Nós achamos toda a questão engraçada; a maneira como ele estava posicionado, seu rosto, você escolhe. Apenas uma ótima pessoa para se ter por perto (Melissa, não o boneco).

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O seu personagem foi um dos únicos que não matou nem zumbis, nem humanos. Se você pudesse voltar atrás, gostaria de ter feito isso em cena? Se sim, como você gostaria que tivesse sido?

Major Dodson: Honestamente, fiquei bem com o jeito que as coisas aconteceram para Sam. Claro, é uma pena que ele nunca teve o grande arco de um personagem durão, armado, mas é revigorante (dependendo de para quem você perguntar rs) ter um personagem mais fundado na realidade no show. Muitas pessoas reais (especialmente crianças) naquela situação estariam tão assustadas, confusas e despreparadas.

Olhando para o seu tempo na série, qual foi o episódio mais divertido de gravar? E qual o mais desafiador? Por quê?

Major Dodson: Estou tentando há 5 minutos encontrar uma resposta para a primeira parte desta pergunta, mas não consigo pensar em nenhuma. Cada episódio que eu participei da série foi divertido de participar. Quanto ao mais desafiador, meu último episódio leva o topo. Tive que ser comido por walkers e ensopado com sangue falso cerca de umas 10 vezes. Ainda mais desafiador, eu tive que tomar banho entre algumas das tomadas porque eu estava muito encharcado de sangue. Curiosidade para os fãs de efeitos especiais, o sangue contém traços de teriyaki. Eu sei por que, não só fui informado, mas muito disso entrou na minha boca.

A cena da morte de Sam é muito triste, pois ele é mordido em um momento em que sente muito medo. Como foi gravar a icônica cena da horda zumbi em Alexandria? E como você recebeu a notícia da morte de seu personagem?

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Major Dodson: No começo fiquei meio confuso, depois um pouco chateado, então aceitei e estava pronto para morrer. É o que a série queria para o meu personagem e era meu trabalho realizar o que me foi pedido. Na verdade, encontrei um dos dublês daquela cena (ele interpretou um dos walkers que me mordeu) em algumas convenções diferentes e ele sempre me lembra da vez em que comeu minha cabeça. Cara super legal.

Por ser tão novo durante a época em que esteve no show, alguma vez as máscaras dos figurantes (aquelas coisas horrendas de zumbis) chegou a te dar medo? Você chegou a ter pesadelos com zumbis alguma vez?

Major Dodson: A melhor coisa sobre as pessoas que estavam maquiadas de walker é o quanto se divertiam no set. Eles faziam questão de vir até mim e perguntar se eu alguma vez fiquei com medo, apertar minha mão ou dizer que fiz um bom trabalho. Era muito animador ouvir tudo isso e conhecer essas pessoas. Felizmente, até hoje nunca tive um pesadelo com zumbis.

O que mudou na sua vida após sua participação em The Walking Dead? Quais portas se abriram para você após sair da série?

Major Dodson: Foi bom ter outra série dramática e assustadora no meu currículo; como mencionei antes, estava em American Horror Story antes de The Walking Dead. The Walking Dead meio que me deu mais confiança de que eu poderia interpretar papéis como aquele. Além disso, me deu experiência em morrer diante das câmeras, o que pode ser útil para outros papéis. Quanto a outras oportunidades, desde então eu estrelei um filme (Tyson’s Run) que foi uma loucura filmar.

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Da família Anderson, Sam foi o único criado exclusivamente para a série de TV. Você chegou a ler os quadrinhos para ter uma ideia de como criar o personagem? Quais dicas você recebeu dos roteiristas e diretores sobre o caminho que Sam deveria tomar?

Major Dodson: Pelo que vi, estou feliz por não ter lido os quadrinhos quando era tão jovem. Não posso dizer que os escritores me deram dicas sobre onde ele iria parar, mas eles me ajudaram muito no desenvolvimento do personagem na tela.

Se você não tivesse interpretado o Sam quando criança e tivesse a oportunidade de interpretar algum outro personagem adulto, quem você escolheria e por quê?

Major Dodson: Negan teria sido legal. Eu gosto da ideia de interpretar algum grande vilão egoísta e assustador algum dia.

Agora falando sobre o final de The Walking Dead, eu não sei se você continuou assistindo a série após a sua saída ou se acompanhou alguns momentos, mas adoraria saber de você: Como você acha que poderia ser o final ideal da série?

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Major Dodson: Acho que deveria ter uma espécie de final indefinido. Seria adequado para um show com tamanha atmosfera de aventura e jornada terminar com uma nota que deixa você se perguntando para onde eles irão em seguida ou como eles resolverão os próximos problemas com as milhares de hordas de walkers.

Antes de entrar para o elenco de The Walking Dead, você teve uma participação em American Horror Story. Como você usou sua experiência em uma série de terror para uma produção sobre zumbis?

Major Dodson: Uma coisa muito, muito valiosa que aprendi a fazer em American Horror Story foi o medo. Corey Bachman era um menino apavorado em uma situação em que ninguém deveria estar. Eu tive que me colocar nessa mentalidade para AHS e, então, não foi muito difícil de fazer para TWD. Eu só tinha que me tornar aquele menino assustado.

Além disso, você teve a experiência de dublar Cloud Strife no jogo Final Fantasy VII Remake. Conte para nós como é participar de um trabalho assim?

Major Dodson: Eu absolutamente adoro fazer o trabalho de narração. Final Fantasy era novo para mim porque eu nunca tinha feito dublagem antes; enquanto eu estava na cabine, eles tocaram a performance original do dublador japonês e eu teria que combinar a cadência e inflexão em inglês. Eles me mostraram uma renderização 3D da cena enquanto eu falava para que eu pudesse comparar com o que Cloud estava fazendo. Enquanto eu estava assistindo isso, me ocorreu que os animadores e desenvolvedores teriam que sincronizar minhas palavras com as animações originais, e isso me surpreendeu demais. É louco quanto esforço é gasto nessas coisas.

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Aqui no Brasil temos um carinho muito especial por The Walking Dead e por todos os atores que passam pela série. Como você recebe todo esse amor de diferentes partes do mundo? Quais foram as suas melhores experiências com os fãs desde que você entrou para The Walking Dead?

Major Dodson: É incrível ter pessoas entrando em contato e dizendo que amam o que eu fiz e que me amam. Nunca deixa de me surpreender ver como as pessoas podem ser positivas e solidárias, e eu realmente aprecio isso. Sem mencionar as pessoas que me procuram para entrevistas; nunca pensei que estaria em uma posição como esta, mas aqui estou, respondendo às suas perguntas. Quanto às experiências com fãs, tenho muitas para listar. Eu me sentiria culpado elogiando uma coisa boa que alguém fez por mim e esquecendo de mencionar outra. EU AMO TODOS VOCÊS, OBRIGADO PELO APOIO DURANTE ESSES ANOS.

Para encerrar: sabemos que a pandemia adiou muitos projetos, e nós, fãs de The Walking Dead, estamos sofrendo porque o season finale foi afetado. Como isso te afetou? Algum projeto que estava em andamento teve que ser adiado?E como você tem se cuidado?

Major Dodson: A pandemia foi uma grande montanha-russa para o mundo inteiro. Eu entendo de onde você está vindo sobre o final da temporada. Vai acontecer eventualmente. Quanto à como isso me afetou, não é divertido se preocupar constantemente com quantos idiotas fazendo coisas inseguras podem colocar em risco a saúde e a segurança do planeta. É como se cada novo dia trouxesse uma nova história sobre como as pessoas estão organizando grandes festas, ou como uma pessoa espalhou isso por todo um estado, etc., etc., etc. Só espero que possamos todos nos recompor e passar por essa coisa horrível e por esse ano horrível mais fortes do que antes.

REDES SOCIAIS DO MAJOR:

– Twitter: @Major_Dodson
– Instagram: @Major_Dodson
– Facebook: @OfficialMajorDodson

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AGRADECIMENTOS:

– Entrevista: Bruno Favarini & Rafael Façanha & Margo Goldwyn & Estefany Souza
– Tradução: Victoria Rodrigues & Ludmilla Peixoto
– Arte da capa: Lucas Saboia

ENTREVISTA ANTERIOR:

THE WALKING DEAD 10 ANOS: Entrevista exclusiva com Sarah Wayne Callies (Lori)

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