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The Walking Dead: The Ones Who Live

CRÍTICA | The Walking Dead: The Ones Who Live S01E05 – “Become”: O começo do fim

Become foi o penúltimo episódio de The Walking Dead: The Ones Who Live. Veja a nossa crítica ao episódio e discuta conosco.

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Rick machucado na testa e olhando para Jadis em cena do Episódio 5 de The Walking Dead: The Ones Who Live.

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do quinto episódio, S01E05 – “Become” (Tornamos), da primeira temporada de The Walking Dead: The Ones Who Live. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Até o episódio anterior, a série estava numa constante crescente, uma progressão narrativa que não era vista há muito tempo em qualquer produção do universo.

Em “Become”, o roteiro e a direção pecam e não apresentam o nível de qualidade dos seus antecessores. Por mais que não seja um episódio de todo ruim, pelo nível que estava sendo apresentado, esse aqui é o pior. Me remeteu muito a vários episódios das últimas temporadas de The Walking Dead, com ótimas ideias e execuções razoáveis.

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Lua de mel pós apocalíptica

Antes de falar sobre a narrativa e os aspectos técnicos do episódio, quero elogiar os ótimos momentos românticos de Rick (Andrew Lincoln) e Michonne (Danai Gurira), que me remete diretamente às primeiras temporadas de The Walking Dead, onde esses momentos leves e dinâmicos entre os protagonistas servem para nos fazer a se apegar ainda mais nos personagens para que a gente tema pela vida deles quando o caldo começa a engrossar. O início do episódio, com a road trip do casal se reconectando depois de muito tempo separados, com certeza é um refresco para os fãs da franquia e estou gostando como em todos os episódios estamos tendo esses momentos.

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O roteiro aqui consegue resgatar o que fazia a série original funcionar, trazendo de volta o dilema de ajudar ou não desconhecidos e o perigo que essa linha tênue pode representar para a vida dos protagonistas. Embora a cena dele ajudando os estranhos até eles serem traídos tenha um conceito legal que nos remete à essência do Rick, tem também uma execução medíocre, com lutas corporais mal coreografadas que nada se parecem com as sequências de ação que tivemos nos episódios anteriores.

Uma possibilidade é terem segurado o orçamento para as grandiosas cenas de ação que devem ter no episódio final, mas mesmo assim não justifica o horror que são essas lutas corporais com esses desconhecidos. Para não parecer que estou sendo muito crítico das sequências de ação, gostei bastante da perseguição de carro. A forma que a cena foi filmada com um excelente jogo de câmeras rendeu uma cena de tirar o fôlego.

O verdadeiro destaque do episódio fica com Jadis, interpretada pela excelente Pollyanna McIntosh. Desde a sua introdução nesse universo, sempre curti a personagem e a forma irônica que ela lidava com as situações, principalmente em The Walking Dead. Em World Beyond, a personagem passou por uma virada e ficou um pouco mais séria e imponente. Agora em The Ones Who Live, Jadis está no seu auge, trazendo um enorme senso de perigo muito maior que o Major General Beale, que era vendido como o principal antagonista da série. O perigo que ela traz aqui não é apenas para Rick e Michonne, mas também para praticamente todos os personagens que conhecemos e estão em Alexandria, o que aumenta ainda mais o temor do que ela é capaz de fazer.

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A figura familiar aparece

Desde que a série começou a ser exibida, o showrunner da série, Scott M. Gimple, estava colocando muita expectativa na audiência dizendo que uma figura conhecida retornaria. Acho que ninguém estava esperando que tal figura familiar era o Padre Gabriel (Seth Gilliam).

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O retorno do personagem aqui é utilizado para crescer Jadis através do uso de flashbacks, mostrando que os dois mantiveram contato constante mesmo após a explosão da ponte e a ida dela para a CRM (República Cívica Militar). Por mais que o uso e montagem desses flashbacks não sejam primorosos, ainda assim é funcional na tentativa de humanizar a personagem, mas senti que esse foco demasiadamente alto nesse relacionamento atrapalhou um pouco o ritmo do episódio. Trazer o Gabriel de volta aqui não me pareceu a melhor decisão porque o seu núcleo de relacionamento com a Jadis ficou totalmente deslocado.

Na minha opinião, a melhor forma de usar esses flashbacks para crescer a personagem era mostrar um pouco mais da sua trajetória dentro da CRM e sua dinâmica com Rick. O que vimos em World Beyond e no terceiro episódio de The Ones Who Live foi muito pouco perto da grandiosidade que a personagem apresenta. Mas mesmo assim, gostei do desfecho da personagem e da forma que toda a tensão da sequência foi conduzida. Antes eu achava que os arquivos que ela deixou em sua casa sobre Alexandria eram uma mentira apenas para ameaçar o Rick e mantê-lo dentro do sistema da CRM, mas na verdade, a comunidade realmente corre um grande perigo. A morte dela coloca Rick e Michonne numa missão praticamente suicida de ter que voltar para destruir as evidências deixadas por Jadis.

“Become” nos traz uma excelente cena de perseguição de carros, zumbis interessantes e cenários lindos e criativos para deixar a fuga do casal tensa e apressada (no bom sentido). Por mais que tenha alguns defeitos de direção e diálogos demasiadamente longos de Jadis, o seu antagonismo é suficiente para sustentar o episódio ao lado dos excelentes Andrew Lincoln e Danai Gurira. Para além desse desfecho da personagem, fico extremamente preocupado para ver como vai ser a resolução do conflito com a CRM em apenas um episódio, já que a série foi produzida com o intuito de encerrar a história dos dois personagens.

E por aí, o que você achou de “Become”, o penúltimo episódio de The Walking Dead: The Ones Who Live? Deixe sua opinião e pensamentos nos comentários abaixo!

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