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REVIEW THE WALKING DEAD S08E01 – “Mercy”: Não há justiça sem misericórdia

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Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do primeiro episódio, S08E01 – “Mercy” (Misericórdia), da oitava temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Demorou. E como demorou. Mas a guerra chegou e pelo andar das coisas, vai deixar um extenso rastro de sangue e destruição pelo já destruído mundo apocalíptico. A 8ª temporada de The Walking Dead iniciou o aguardado arco “Guerra Total” da HQ e o episódio de estreia, impecavelmente escrito por Scott M. Gimple e dirigido com maestria por Greg Nicotero, não desapontou em nada, correspondendo as legítimas expectativas de um marco gigantesco como o centésimo episódio da série.

O episódio mostrou logo de cara uma das questões mais discutidas desde a liberação do trailer promocional da temporada, o Rick velhinho acordando na cama. E teve muita teoria louca, de uma galera que achou que era Rick acordando do coma, sendo toda a série apenas um sonho, outros, já mais ligados nos eventos dos quadrinhos, acreditavam se tratar de um lapso temporal. Ninguém acertou, mas a última teoria foi a que chegou mais perto, já que vemos no desenvolver do episódio se tratar de uma projeção de Rick sobre o futuro, que vai se desenvolvendo por todo o episódio. Achei absolutamente importante e até primordial, ouso dizer, já que foi fundamental para demonstrar o estado de mente do Rick quanto ao futuro, quanto a sua certeza de que eles sairão vitoriosos dessa guerra. Pausa para a reação do Rick à ameaça daquele Salvador falando que ele ia implorar de novo. Mensagem visualizada e não respondida.

O discurso de Rick, seguido de Ezekiel e Maggie entram para a lista de falas maravilhosas da série e reforçam a ideia, que é abordada durante todo o episódio, de que, apesar de estarem conscientes de que nem todo mundo vai sobreviver, e que essa guerra pode demorar mais do que o esperado, esse caminho não tem volta. Confesso que senti um arrepio quando Rick diz que apenas Negan tem que morrer e que ele mesmo vai fazê-lo, o que abre uma outra questão muito discutida no episódio, mas daqui a pouco a gente fala disso. Ver os moradores de Alexandria, Hilltop e do Reino, unidos em um propósito comum foi bonito demais, e não dá para deixar de comparar o feeling que temos vendo essas comunidades reunidas e seus líderes com os Salvadores e Negan. Achei uma lindeza o Rick falando com a Maggie que ele vai segui-la de agora em diante.

O episódio teve diversos easter eggs durante todo o episódio, de forma a homenagear as temporadas passadas da série, mas nenhum deles foi tão forte quanto a cena do Carl no posto de gasolina. A similaridade do Carl saindo do carro foi gigantesca e relação a cena de Rick no episódio piloto, quando encontra aquela menina zumbi (que inclusive, alguém pode me explicar como ela tinha coordenação para abaixar e pegar o ursinho de pelúcia???), e foi uma homenagem bonita ao primeiro episódio da série, afinal, são oito anos. Mas o que mais me chamou a atenção na cena foi Carl dizendo a Rick que esperança não seria suficiente. Tenho a impressão de que Carl está se humanizando cada vez mais e assumindo uma postura que indica uma possível/futura inclinação a liderança. Inclusive, isso fica muito forte na cena em que Michonne fala para ele que ela vai ajuda-lo e não o contrário.

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Com todas as comunidades a caminho do Santuário, vemos que até agora Dwight parece ser leal a Rick, enquanto Eugene pelo visto caiu pelo buraco, assim como Gregory, e devo dizer que apesar de sua traição ser algo absolutamente previsível, não esperava vê-lo lá no Santuário na hora do confronto. Em contraste ao comportamento covarde de Gregory, temos Maggie dona de tudo, e não dá pra deixar de comentar a força e evolução da Maggie, que tem se mostrado uma líder nata apesar de ter acabado de perder o marido de forma tão brutal, e essa transição dela foi absolutamente sem esforço, graças a atuação graciosa da Lauren Cohan.

Enquanto isso, Daryl, Carol, Morgan e Tara estão engajados em uma missão solo, trazendo as telas os acontecimentos da edição da HQ, onde o grupo de Rick traz uma gigantesca horda de zumbis para o Santuário ao atacar Negan. Enquanto os acontecimentos não estão de acordo com a linha temporal dos quadrinhos, os eventos são basicamente idênticos, já que nessa invasão ao Santuário é que Holly, personagem que acabou tendo o arco seguido por Sasha, foi capturada. Pausa para apreciarmos Daryl Dixon em cima de uma moto explodindo coisas, como por exemplo, os ovários de dois terços da população feminina.

Com as explosões causadas para atrair os zumbis, o exército de Rick Grimes cai sem dó ou piedade para cima dos Salvadores, e a cena que mostra o Rick obcecado tentando atingir o Negan reforça algo muito abordado durante todo o episódio, que é demonstrar como o Rick tenta não encarar essa guerra como algo para satisfazer seu próprio ego, justamente contrapondo a conduta de Negan ao atacar e subjugar as comunidades. Ouvimos a todo momento a frase “Não é sobre você”, e nada foi mais incisivo do que esse momento em que o Padre Gabriel, atualmente conhecido como voz da razão, tenta fazer com que Rick vá embora e pare de tentar matar Negan. O tema é depois retomado quando Rick conversa com Daryl sobre como Gabriel ficou para trás, e Rick parece então entender: não é sobre ele. Pausa para o Gabriel salvando o Gregory. Sério, cara? Sério mesmo? Assim não dá pra te defender.

Enquanto os sobreviventes voltam do Santuário, Carl vai até o posto de gasolina novamente, e vemos o cara que ele encontrou no início do episódio escondido, observando, deixando em aberto o questionamento: quem é esse cara? Se tem uma coisa que The Walking Dead não faz é introduzir personagens aleatórios e sem propósito. Espero que seja coisa boa, tipo, outra comunidade, quem sabe? Coisa ruim não precisa mais não, obrigada. (falamos com mais detalhes sobre isso aqui)

Até aqui as coisas parecem estar no caminho certo, ou será que a explosão que pegou Carol, Ezekiel e aquela galera do Reino vai atrapalhar de alguma forma o plano dos sobreviventes? E é melhor a Carol e a Shiva estarem bem! De qualquer forma, com as considerações finais de Rick vemos o futuro que ele imagina para Alexandria, um incentivo a lutar e persistir, afinal, é sempre bom manter em mente o porquê dessa guerra: não é por ele, não é pessoal, é pelo futuro, não apenas de Alexandria, mas de todas essas pessoas que se uniram com um proposito em comum.

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Estou ansiosa pelo que está por vir, e apesar de saber em termos gerais o que acontece nos quadrinhos, ver Guerra Total nas telinhas, até agora, está incrível. Acredito que daqui pra frente o ritmo vai aumentar gradativamente e intensamente, se podemos nos basear nas declarações do elenco. Bom, é isso, a Guerra chegou e pelo visto a espera vai valer a pena! Vem comentar o episódio com a gente enquanto o próximo domingo não chega!

PS¹: E ai, o Padre Gabriel 2.0 vai se cagar ou não? Fica aí o questionamento.

PS²: “Minha misericórdia prevaleceu sobre a minha ira”. Melhor fala do episódio, sim ou com certeza? Presságio sobre Rick e Negan no futuro? Não sabemos.

 

The Walking Dead vai ao ar todo domingo, legendado, às 23h30 e toda segunda-feira, dublado, às 23h15, na Fox.

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