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THE WALKING DEAD 10 ANOS: Entrevista exclusiva com Xander Berkeley (Gregory)

The Walking Dead completa 10 anos em outubro e, para comemorar, entrevistamos alguns atores da série. Confira nosso papo com Xander Berkeley.

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arte com Xander Berkeley e Gregory para comemorar os 10 anos de The Walking Dead

To access the interview with Xander Berkeley in english, click here.

The Walking Dead completa 10 anos de história na TV no dia 31 de outubro de 2020. Em comemoração a essa marca histórica, entrevistamos vários atores que participaram da série ao longo dos anos. Essas entrevistas, que começaram a ser divulgadas no início de setembro e vão até o final de outubro, estão sendo lançadas diariamente. Elas se encerrarão com uma grande surpresa preparada exclusivamente para os fãs, com grande carinho.

Nosso convidado de hoje é Xander Berkeley, que interpretou Gregory durante as temporadas 6, 7, 8 e 9. O ator nos contou sobre como foi interpretar Gregory, sobre o possível passado de seu personagem, sobre ter trabalhado com Lauren Cohan (Maggie) e muito mais!

Sem mais delongas, confira nossa entrevista exclusiva com Xander Berkeley:

Gregory foi um personagem de caráter duvidoso, mas sem dúvidas nos rendeu ótimas histórias e uma boa dose de alívio cômico. Como foi sua experiência com o personagem? E como ele surgiu pra você? Conte um pouco sobre seu processo de audição.

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Xander Berkeley: Gregory era um personagem muito divertido de interpretar. Eu sabia que ele deixaria muitos na plateia loucos, mas tinha certeza de que haveria muitas pessoas que veriam o humor que estava sendo escrito para mim. O humor era a principal atração para mim, já que tantas vezes me pediam para ser o pesado em filmes e na TV. As cenas que escreveram entre Gregory e Simon foram brilhantemente estruturadas tanto para tensão quanto para comédia, Steven Ogg e eu nos tornamos amigos de longa data como resultado da alegria que tivemos em interpretá-los.

Por mais que The Walking Dead seja uma série de suspense/terror, Gregory rendeu, entre outras coisas, boas risadas aos espectadores. Como balancear o humor em uma produção tensa como esta?

Xander Berkeley: É um ato de equilíbrio, de fato. Você interpreta a ameaça como sendo real, mas se permite se divertir com ela. Muito disso veio do humor inerente à escrita e surgindo com um personagem que as pessoas poderiam rir e ficar com raiva ao mesmo tempo.

Gregory surgiu como líder de uma das principais comunidades de The Walking Dead, mas acabou destronado por Maggie após trair a comunidade. Você acha que ele merecia perdão ou uma outra chance? Acredita que ele ainda renderia boas histórias?

Xander Berkeley: Acho que oportunidades foram perdidas, mas sou parcial. Eles precisavam mover as coisas ao longo da história por vários motivos.

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Podemos dizer, também, que Gregory não era tão corajoso, tanto é que ele demorou para comprar a ideia de entrar em guerra contra os Salvadores. Na sua opinião, ele estava certo ao seguir obedecendo a Negan ou ele deveria entrar de cabeça na guerra?

Xander Berkeley: Foi uma proposta perdida, baseada na covardia, mas eles eram uma comunidade agrária, não guerreiros armados. Ele poderia ter conseguido negociar alguma forma de mantê-los produzindo para os Salvadores sem perder tudo, mas não parecia muito bom.

O que você acha que era mais importante para Gregory: manter uma boa relação com Negan ou manter a liderança de Hilltop?

Xander Berkeley: Manter Negan feliz estava muito ligado à manutenção da liderança, porque mantinha as pessoas protegidas de danos físicos.

Uma discussão interessante surgiu recentemente em The Walking Dead: ela basicamente diz que lados opostos sempre pensam que estão do lado certo da discussão. Neste caso não existiriam mocinhos e vilões neste mundo, e sim cada um tentando defender seu lado. Onde Gregory se encaixa neste cenário? Ele é um mocinho, vilão ou simplesmente um cara tentando sobreviver?

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Xander Berkeley: Dependeria da sua definição de ‘bom moço’. A TV gosta de um herói corajoso e odeia um covarde. Mas se o bem não é matar os outros… então Gregory era um cara bom. Mas ele definitivamente era apenas um cara tentando sobreviver e até mesmo prosperar de qualquer forma que pudesse, então ele era realmente mais um bom rato do que um cara bom. 🙂

The Walking Dead tem uma base de fãs grande no Brasil, estamos sempre mandando bastante amor a todos os envolvidos na série. Essa energia chega até vocês? Qual sua relação com os fãs brasileiros?

Xander Berkeley: Eu recebi muito amor. Então, Obrigado Brasil! ?

A pandemia, infelizmente, adiou projetos, estreias e produções em todo mundo. Como ela te afetou? Quais seus projetos tiveram que aguardar devido à Covid-19?

Xander Berkeley: Muito para listar. Mas estou construindo instalações de produção no Maine e trabalhando para trazer incentivos fiscais para filmes no estado enquanto isso.

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O que você acha que Gregory fez antes do apocalipse zumbi? Isso foi discutido em algum momento entre você e os roteiristas para que você tivesse uma base sobre o personagem ou não?

Xander Berkeley: Gregory era um gerente. Ele tinha um negócio, mas tinha chefes acima dele. Ele poderia agir como o figurão no comando, mas atrás das portas ele estava puxando saco. Sem dúvida, ele tinha a capacidade de falar alto, mas tirava vantagens sempre que podia. Uma grande concessionária de automóveis me vem à mente.

“The Hilltop stands with Maggie” é uma das frases mais memoráveis da série, dita por Jesus ao seu personagem. O que mudou pra você quando soube que Gregory perderia seu status? Ou você se jogou de corpo e alma, abraçando a estória dele?

Xander Berkeley: Qualquer pessoa que tenha poder e o vê escorregar fica com raiva e muitas vezes se sente a vítima, em vez de olhar para dentro.

Nesses 10 anos de The Walking Dead, Gregory é um dos personagens que ficou marcado na história. Quando você era criança, já sonhava em ser ator? Como foi a sensação de entrar pro elenco de The Walking Dead?

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Xander Berkeley: Atuar sempre fez parte da minha imaginação durante a infância e se tornou a profissão dos sonhos ao longo do caminho. A cena em que conheci todo o elenco foi muito divertida. E Andrew Lincoln foi tão maravilhosamente receptivo como o líder do show. Nós nos divertimos muito juntos.

Gregory e Maggie tiveram várias cenas juntos. Conte-nos sobre a primeira vez que você filmou com Lauren Cohan?

Xander Berkeley: A primeira cena entre Gregory e Maggie foi no 11º episódio da 6ª temporada. Muito divertido. Mesma coisa, grande tensão, cria uma grande comédia. Nos divertimos.

Tem alguma coisa que você sabe que seria feita e acabou sendo descartada? Ou você tinha outros planos de como a estória de Gregory poderia seguir?

Xander Berkeley: Eu estava pronto para dizer adeus a Gregory no final. Eles me fizeram acreditar que ele voltaria a ter poder novamente antes de ser enforcado. Então, não pude deixar de imaginar que teria sido mais dramático e gratificante. Mas, honestamente, sem esperança de qualquer redenção moral oferecida, o papel ficou limitado para mim.

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Para encerrar: aqui no Brasil estamos passando por um momento de descrédito no setor cultural. Na sua opinião qual a importância da cultura e das produções televisivas no geral para enfrentarmos este momento?

Xander Berkeley: Talvez eles preparem a mentalidade de possibilidades de que as estruturas podem entrar em colapso e para não tomar nada como garantido. Prepare-se até mesmo para a sua sobrevivência e para aqueles que você ama no evento ou agravamento das condições.

Desejo felicidades ao Brasil nestes tempos difíceis, assim como desejo ao nosso país. Uma liderança capaz e compassiva é importante para todos e nem sempre fácil de encontrar. Boa sorte e muito amor a todos.

REDES SOCIAIS DO XANDER:

– Twitter: @xanderberkeley
– Instagram: @xanderoriginal
– Facebook: @xanderberkeleyoriginal

AGRADECIMENTOS:

– Entrevista: Rafael Façanha & Bruno Favarini & Margo Goldwyn
– Tradução: Victoria Rodrigues & Ludmilla Peixoto
– Arte da capa: FORMES

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