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3ª Temporada

Michael Rooker fala sobre a morte de Merle Dixon e sobre como foi viver o Merle zumbi

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O mais chocante sobre o último episódio de The Walking Dead, This Sorrowful Life, não foi a morte de Merle Dixon, mas sim o fato de que nós meio que ficamos com dó dele. Não apenas Merle foi morto pelo Governador de forma heróica em uma última tentativa de redenção, como também ele voltou como zumbi e teve que ser morto de novo por seu irmão de tela em uma cena de partir o coração.

No entanto, o homem que interpreta Merle, Michael Rooker, insiste que essa não foi a cena mais chocante de seu episódio final. A Inside TV conversou com Rooker, que falou sobre a cena com Norman Reedus, da qual ele não se orgulha, sua singular (e muito Rooker-style) reação ao saber que seu personagem ia morrer e seus pensamentos sobre como foi interpretar o Merle zumbi.

Me diga como você ficou sabendo da morte de Merle. O showrunner Glen Mazzara te ligou e deu a notícia?

Sim, foi um telefonema. Mas nós estávamos bem na época de troca de episódios, então eu acabei sabendo com duas semanas de antecedência, quando o normal é apenas uma. Fiquei sabendo de gente que teve ainda menos tempo que isso, então eu me considero sortudo.

Qual foi sua reação ao saber da novidade?

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Você quer saber como foi minha reação de verdade?

Me diga.

Por Deus, minha reação foi ‘GRAÇAS A DEUS, CAR*LHO, EU NÃO PRECISO MAIS USAR AQUELA MER*A DE BRAÇO! ISSO AÍ!’. Caramba, eu estava tão cansado de usar aquilo. Estava tipo ‘Ah cara, não, outra temporada com essa coisa. Eu vou ficar louco!’

Você gostou da maneira que Merle teve sua própria reviravolta de redenção antes que fosse morto do nada?

Certamente que sim. Fiquei muito feliz. Eu tinha muito o que falar sobre isso e nós tivemos uma grande reunião com Glen e com o escritor do episódio [o novo showrunner Scott Gimple] e nós meio que acertamos isso. E então, é claro, sempre que você acha que resolveu algo, você na verdade não resolveu, então sempre existiam algumas coisas no set de filmagem que você fica tipo ‘Bom, não, nós tínhamos conversado que seria desse jeito!’ Então foi divertido, emocionante, excitante, tive grandes momentos. Teve muita ação física. Eu fiz minhas próprias acrobacias. Eu mesmo saí rolando do carro. Eu quis ter certeza que tudo fosse feito da maneira certa. Como Merle, Michael Rooker é daqueles que se você quer que seja bem feito, faça você mesmo. Simplesmente é assim. Se você tem um dublê que consegue fazer tudo melhor que você, vá em frente. Mas se ele não consegue fazer melhor que eu, eu mesmo farei – puro e simples.

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Para ser claro, Merle não via isso como uma missão suicida, certo? Ele queria matar o Governador e quantos dos seus homens fosse possível, mas ele não esperava morrer no meio disso.

Meu personagem entendeu claramente que aquilo tudo poderia acabar mal bem rapidamente, mas isso não o impediu. Essa missão foi analisada e tramada em sua cabeça. Ele ia usar Michonne como isca para entrar e causar dano ao Governador. Assim como o Governador ia basicamente usar Michonne como isca para acabar com quem quer que a levasse para dentro – uma maneira de pensar muito similar nesse aspecto. Mas todo o resto é completamente diferente. A razão por trás de fazer aquela escolha era a resposta de Merle, a faísca de sua redenção, e também uma maneira de manter seu irmão vivo e em segurança. A ideia era entrar e matar a maior quantidade dos homens de lá, se possível até o Governador, e sair. Claro, eu saí, mas não da maneira que Merle esperava. Mas é o jeito que as coisas são. Merle estava disposto a fazer esse sacrifício final por seu irmão.

Você não teve descanso na série com relação às suas mãos. Primero você teve que arrancar uma delas, depois o Governador resolveu comer um pedaço da outra. Me fale sobre essa cena e sobre os dedos protéticos que você teve que usar ali.

O coitado, David Morrissey, estava tão preocupado com germes e sujeira, e em limpar tudo, limpar os dedos e todas essas coisas, mas em uma tomada ou duas ele já estava ‘Ah, droga, coloque isso logo. Vamos nessa.’ Ele não ligava mais. Apesar de que o cômodo em que nós filmamos estava muito, muito, muito sujo, imundo, e eles o limparam umas três ou quatro vezes. Mas nós conseguimos e acabou sendo uma bela sequência.

O que você achou de ver o outro lado da história ao interpretar o Merle zumbi?

Cara, o que posso dizer é o seguinte, estou feliz por ser um zumbi morto, porque eu não ia querer fazer aquilo todo dia. Acredite. Não, não foi legal.

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Eu interpretei um zumbi na série, então eu sei um pouco sobre o processo de transformação. As lentes de zumbi foram uma droga para você assim como foram para mim?

Quer saber? Aquilo não me incomodou nem um pouco, eu achei que as lentes de contato iriam me incomodar bastante, mas uma vez que eles a colocaram, eu fiquei tranquilo. Eu achava mesmo que elas seriam o pior, mas acabou sendo tranquilo para mim.

Então o que você não gostou ao ser o Merle zumbi?

Eu simplesmente não gostei de ser o Merle zumbi! Mas eles fizeram um excelente trabalho. Foi um processo interessante, levou cerca de duas horas e meia.

Me conte sobre aquele cena final com Norman Reedus, que foi uma das cenas mais emocionantes da série.

Bom, aquela cena é sim um tanto tocante, mas deixe-me falar sobre outra cena que é mais tocante, que todos estão despercebendo, porque a outra tem todo o mel e o chororô. Aquele momento em que Daryl caminha pela prisão e me encontra – volte e assista aquela cena! Aquela cena é muito fod-! Aquela cena é melhor que a cena da morte de Merle. Volte e veja a cara do Norman, olhe a minha cara, e eu te desafio a dizer que essa cena não é melhor. É uma cena muito melhor, um diálogo muito melhor – bem, não há diálogo na outra. Não me entenda mal: a sequência final é fenomenal e é incrível. Mas não se compara com a outra na qual eles escolhem não chorar. Chorar e todo esse tipo de coisa emocional é normal, você sabe, mas eu acharia mais provável vê-los lutando do que fazendo isso. Volte e você verá que ambos os atores – eu e o Norman – estamos arrasando naquela cena!

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Como foi se despedir de todos depois que estava tudo feito?

Atores são atores. São todos colegas. Eu fiz tantos filmes e coisas na TV que você acaba ficando amigo de todo mundo. E aqueles com os quais você não tem amizade, você simplesmente não trabalha de novo com eles. Mas os de The Walking Dead, onde você tem amizades daquelas, e a série dura bastante tempo – você acaba conhecendo particularidades de cada um: o que os irrita, o que não os irrita. Acho que todo mundo respeita o espaço de todo mundo, e eles tem convivido muito bem até agora. Eu darei a eles mais uma temporada até que eles acabem arrancando as cabeças uns dos outros.


Fonte: Inside TV

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