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7ª Temporada

Greg Nicotero fala sobre a violência no episódio de estreia da 7ª temporada de The Walking Dead

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Bem, aquilo foi brutal. Claro, como pode uma pessoa bater no rosto de outra pessoa com um taco de beisebol coberto com arame farpado ser algo menos que brutal? Ah, e que ele esmague o rosto de duas pessoas.

Isso é o que foi exibido no episódio de estreia da sétima temporada de The Walking Dead quando Negan (Jeffrey Dean Morgan) matou Abraham (Michael Cudlitz) e Glenn (Steven Yeun). O episódio foi tão nojento quanto o evento apresentado na HQ na qual a série é baseada, mas isso é algo bom? A audiência parece estar dividida sobre o assunto, com fãs de horror pesado parecendo adorar a carnificina, enquanto alguns outros… não muito.

O Diretor e Produtor Executivo Greg Nicotero falou com a imprensa em uma conferência realizada nesta semana para comentar a natureza violenta do episódio de estreia, a grande surpresa em trazer duas mortes ao invés de uma e um retorno à sexta temporada de algo que havia sido perdido. Ele também tinha um recado para aqueles que dizem que não aguentam mais a série devido a sua natureza intensa. Aqui estão alguns destaques da conversa:

Porque eles apresentaram duas mortes ao invés de uma:

“Parte de toda a série é que nós realmente precisamos direcionar a história de Rick e Negan por toda a temporada e nós sentimos que uma morte seria suficiente, mas a segunda morte, a morte do Glenn, realmente impulsionaria em uma direção diferente. É sobre Negan estabelecendo a lei e dizendo, ‘Escute rapazes, em resumo é, se vocês me ouvirem, nós ficaremos bem. Mas se vocês agirem fora do acordado, isso não vai ser deixado de lado’. Então a morte de Glenn tem muito a ver com a história futura do Rick, da Maggie e, certamente, com a história do Daryl, porque foi o Daryl quem atacou Negan e então tudo isso fez um arco mais rico pra todos estes personagens.”

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O porquê, após uma espera de seis meses, eles ainda fizeram os espectadores esperarem mais 20 minutos do episódio para descobrirem quem foi morto e se ele sente que isto foi manipulativo:

“Bem, você sabe, não foi realmente planejado desse jeito. Se você voltar e ver o episódio, você perceberá que a maior parte dele é sobre o ponto de vista de Rick. Pegando momentos após a morte e daí indo para o começo de como Negan destruiu Rick. Ele basicamente diz, ‘Eu vou matar você, não hoje, não amanhã, mas eu vou te matar’. Negan percebe que o que ele acabou de fazer não é o suficiente. Então, o episódio é sobre os esforços de Negan. Ele vê um valor enorme em Rick e seu pessoal então ele vai ter que fazer um esforço extra.

Então ao ter aquele momento onde Rick é estoico e desafiador até aproximadamente 10 ou 12 minutos do episódio no qual Rick está se sentindo perdido e ele está começando a se sentir derrotado e ele está no teto do trailer e tudo começa a voltar como um flashback para ele. O episódio é 100% desenvolvido para você acompanhar a jornada do Rick e começar a pensar como ele fez, sobre o que aconteceu e quando ele começa a reviver tudo, é o começo dele ser destruído, sabe? Aquilo era realmente sobre Rick se lembrar daqueles momentos como um esforço para, número um, não permitir que aquilo aconteça novamente. Você sabe, quando Rick começa a imaginar todos os demais, ele vê Rosita, Carl, Daryl, ele vê todo mundo, então aquilo é o modo traumatizante que ele encontrou para decidir o que fazer a seguir. Tudo que ele faz é baseado no fato que alguém pode morrer e isso ele não pode permitir que aconteça.”

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Sobre a violência no episódio:

“Você sabe, é intenso. E muitas pessoas que leêm as HQs e as versões gráficas nestes momentos tiveram seus cérebros remexidos. Eu me lembro de me sentar próximo ao Steven quando eu li a edição de número 100 e conversar com ele e [o criador Robert Kirkman] sobre isso. E para mim, o que me impressionou sobre aquilo foi que era graficamente horrível, sem sentido e brutal. Dessa forma, nós sentimos que aquilo era algo importante para nos lançar nesta temporada ao mostrar a extensão do que Negan é capaz de fazer. Porque aquilo nos direciona para onde a série está indo a partir daí. E a oportunidade de começar a introduzir o novo mundo e novos personagens e entrelaçar tudo aquilo. É gráfico e é horrível, e enquanto nós estávamos projetando, testando e gravando a maquiagem, nós queríamos ir um pouco mais adiante.

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Quando nós gravamos a abertura da Quinta Temporada e nós tivemos todos no limite nós fomos além, você viu estes caras serem assassinados e tendo o sangue deles drenado. Aquele foi puramente um mecanismo para mostrar como as pessoas em Terminus eram realmente más. E com Negan, você terá que ver aquilo apenas uma ou duas vezes para saber que aquele cara é furioso e que isso significa fazer negócio. Então, o resquício de estranheza daquele episódio foi muito, muito similar a como eu me senti quando eu li a HQ e eu experimentei aquele senso de perda e de futilidade para intervir. Rick Grimes é incapaz de acabar com isto, e aquilo é algo que nós nunca vimos na série, então eu acho que a violência e brutalidade são partes disso, e eu acho que há um desamparo em ver nosso herói completamente esmagado em frente de nós é mais provocante do que a violência atual, para mim.”

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Sobre Abraham fazendo o sinal de paz antes de Negan balançar o bastão:

“No começo da Sexta Temporada, há uma cena onde Sasha está subindo os degraus do sobrado e Abraham passa e ele está levemente embriagado e ele olha para ela e lhe dá o sinal da paz. Quando nós estávamos filmando nós queríamos encontrar uma oportunidade para ele falar com ela sem a olhar porque nós estávamos presos ao que nós havíamos gravado no episódio final, no qual o ponto de vista estava preso em Negan, então aquilo foi algo que o Michael acrescentou e foi um momento pequeno e maravilhoso. Tão logo ele disse ‘Ei, você se lembra do primeiro episódio’, eu sabia exatamente o que ele estava falando e foi como ‘Com certeza’. Aquele pequeno sinal de paz foi para ela e para a audiência que assistiu a Sexta Temporada e provavelmente notou isso.”

Sobre os aspectos técnicos de filmar a cena da morte:

“Entenda, cenas de morte são muito difíceis de filmar, mas você sabe que do aspecto técnico nós tínhamos múltiplas próteses e maquiagens para ambos os personagens, então você entende que, para mim, a coisa mais significativa era o taco de beisebol que tinha um reservatório de sangue e como nós seríamos capazes de captar as pauladas para parecer explosivo em oposição a ter apenas sangue pingando, então para mim quando nós começamos a filmar as sequências das mortes foi tudo muito técnico. Com Steven nós criamos múltiplas versões daquela prótese com o glóbulo ocular pulando para fora e para quando ele estivesse no chão e sua cabeça fosse esmagada. Na verdade, nós cavamos um buraco e colocamos a cabeça de Steven nela, com o rosto virado para baixo e cobrimos sua nuca com esta gola alta esmagada e que nos permitiria ver suas mãos verdadeiras se retorcendo e movendo.”

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Sobre o que ele tem a dizer sobre aqueles que dizem que não vão mais acompanhar a série porquê o episódio de estreia foi muito traumático:

“É realmente triste aquelas pessoas que querem ver um lado negativo disso porque, até onde eu compreendo, eu estou dedicado a assistir a série porque eu quero ver para onde a história caminhará a seguir. Glenn e Abrahan não estão mortos. Seus espíritos permanecem vivos e o fato da Maggie estar grávida de Glenn e Sasha e Rosita carregarem a memória de Abraham – há mais história para contar com o resultado do que aconteceu com aquelas pessoas. Eu garanto a você que há pessoas que não aguentam mais a série. É triste se isto realmente for acontecer porque a série ainda tem uma enormidade de coisas maravilhosas para oferecer.”

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, vai ao ar aos domingos no AMC Internacional, às 23h, e no FOX Action (canal do pacote premium FOX+) e FOX Brasil, às 23h30. Confira todas as notícias sobre a sétima temporada.

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Fonte: Entertainment Weekly

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