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2ª Temporada

Glen Mazzara fala sobre a Season Finale e a 3ª temporada

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Diga, você ouviu alguma coisa a respeito da finale de The Walking Dead? A série de zumbis da AMC que é um drama de sucesso fechou sua segunda temporada com uma hora magistral na televisão. Uma horda de errantes invadiu a fazenda que se tornou moradia para o elenco de sobreviventes durante a maior parte da temporada. Então, nos minutos finais do episódio, tivemos dois grandes desenvolvimentos.

O Inside TV conversou por telefone com o showrunner Glen Mazzara, que está se preparando para falar no 2012 NAB Show em Las Vegas – junto com os produtores Dave Alpert, Gale Anne Hurd e Robert Kirkman – no dia 17 de abril, para um painel chamado “Walking Dead: Creating a Thinking Person’s Zombie Drama.” (Walking Dead: Criando o drama zumbi de um ser pensante.)

Mazzara tomou as rédes de The Walking Dead após a saída de Frank Darabont na metade da temporada, e ele resumiu sua gestão em termos simples: “Eu tinha um objetivo definido em destacar Rick, fechar as histórias que começamos a contar, fazer o mundo ao redor deles parecer mais ameaçador e tirá-los da fazenda e jogá-los nesse mundo ameaçador.”

Eu tentei fazer um cálculo de quantos zumbis foram mortos na finale, mas rapidamente perdia conta. Por sua estimativa, nós vimos quantos zumbis receberem tiros nos rostos?

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Não o suficiente.

Baseado no ultimo discurso, Rick, claramente, está num lugar muito mais sombrio do que estava no início da temporada. Será que a responsabilidade está começando a pesar?

Eu acho que ele sente que se sacrificou por seu grupo, e que esse sacrifício não foi valorizado. Sua confissão para Lori não obteve a reação que ele imaginou. Ele pensou que ela o apoiaria. Em vez disso, ela reage de uma maneira que ele considera raiva e nojo.o Acho que isso realmente está afetando-o. Não esqueçamos: Isso está acontecendo horas após ele ter matado seu melhor amigo. Então ele está lamentando. E tentando manter um segredo. Quando abre seu coração para sua esposa, e não termina bem. Então, eu acho que ele não quer mais saber das outras pessoas. Acho que não quer ser o líder. Como o próprio Rick diz: Se não gostam, sintam-se livres para partir. Eu também direi que é interessante que ele esteja naquele lugar na ida para a terceira temporada. Porque haverá antagonistas que ele enfrentará na terceira temporada.

Nós soubemos que vocês escalaram David Morrissey como o Governador. Qual é a sua visão de como o Governador será intepretado na série de TV?

Nos quadrinhos, o Governador é um vilão. O nosso Governador também é, claramente, um vilão. Ele pode até não ser tão prontamente evidente quanto é nos quadrinhos. Nós certamente daremos nosso toque pessoal nisso. Mas temos um personagem dinâmico e competente que estamos ansiosos para trazer para a terceira temporada. Nós esperamos contar uma história de como os grupos de pessoas são diferentes: o grupo de sobreviventes de Rick e o do Governador de Woodbury.

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Isso é interessante, especialmente porque a crítica mais comum dessa temporada é que o mundo do seriado pareceu hermeticamente fechado, apenas com os personagens do grupo de Rick.

Eu acho que nós contamos a nossa história sobre esse grupo. A história do triângulo amoroso de Rick, Lori e Shane, e sobre tentar encontrar um lugar seguro, e a vida na fazenda. Demos a essa história tempo mais do que suficiente. Adiante, queremos ampliar. Introduzir novos personagens, novas histórias, novos locais, novas dinâmicas. Acho que, no ano que vem, será um seriado radicalmente diferente. Nós melhoramos o tempo drasticamente. Nós teremos nossos personagens novos, e ainda contaremos as histórias das pessoas com as quais nos importamos. Acho que tudo que fizemos até agora foi um aquecimento, e que nossos melhores episódios estão por vir.

Voltando à metade final da segunda temporada como o novo showrunner, quais foram os passos que você achou que precisava dar para acelerar o seriado, ou acrescentar um certo nível de tensão?

Vou dizer exatamente como foi. Minha primeira preocupação foi dar destaque ao Rick. Ele é um líder, e nós precisamos gostar dele. No primeiro episódio da segunda metade da temporada, “Nebraska”, eu desconsiderei a ação com os zumbis para me concentrar em Rick enquanto personagem. Ele toma, claramente, a decisão de atirar nos caras do bar. Isso também amplia o mundo, e introduz novas ameaças.

Eu quis resolver a storyline de Shane-Rick-Lori de uma maneira que tornasse Rick o mais atuante e competente possível. Quis elevar o nível ao matar um dos personagens principais, fazer com que esse mundo parecesse ameaçador. E sabia que estávamos indo rumo a esse clímax da fazenda ser invadida.

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Fico feliz de ver que todos aqui, no elenco e na equipe e na produção, apoiaram a agenda. E acho que contamos a história. Em seis episódios, acho que fomos capazes de entregar um seriado que os fãs e os críticos percebem que tem potencial. Parte disso veio de queimar o que tínhamos feito antes, e deixar os fãs imaginando o que poderia acontecer em seguida. No fim da season finale, essa foi a maior questão. O que virá a seguir? Nossos personagens enfrentam isso. Nossos fãs também. E os roteiristas e produtores estão animados para responder essa pergunta.

Você trabalhou em diferentes tipos de shows – alguns que são processuais, e alguns que tem uma forte narrativa. Com 16 episódios da terceira temporada de TWD, você tem consciência de construir uma história mais longa? Ou se concentra mais nos episódios individualmente?

Nossa audiência parece ficar frustrada se a história é composta por um arco longo demais. É muito importante para que todo episódio seja bem construído. Para um enredo mais longo, eu consideraria Breaking Bad como um ótimo modelo. Acho que Vince [Gilligan] tem um grande talent. Cada episódio de Breaking Bad é incrivelmente bem feito, e ainda assim, há um longo arco. Você nunca acha que nenhum dos episódios é filler. Então acho que isso é algo que, com esperança, possamos alcançar, e é algo que temos feito.

Como protagonista, como você vê Rick? Por um lado, ser um líder parece natural para ele, mas você também estava descrevendo, nesse ponto, que às vezes isso é muito difícil para ele.

Não vamos esquecer: Rick quase perdeu sua esposa, e estava em coma. Ele acorda nesse mundo em que tudo que ele conhece acabou. Inclusive a fidelidade de seu casamento. Acho que ele está tentando recompor isso, e entender. Acho que agora ele sente que tem uma resposta. Mas, como vimos, sempre que Rick acha uma resposta, acontece de ser a resposta errada. [Risos] Então estamos ansiosos para continuar torturando nosso líder durante a terceira temporada.

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[SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER SOBRE OS QUADRINHOS PASSE ADIANTE AGORA]

Falando em torturar Rick! Na série de quadrinhos, Rick perdeu a mão duranteseu primeiro encontro com o Governador. Vocês manterão esse ponto do plot na próxima temporada?

Há materiais nos quadrinhos que nos desafiam. Quando nos desviamos deles, é realmente porque sentimos que não é viável para uma série semanal. Se ele perder a mão, e quando encontrar Merle, como eles vão apertar as mãos?

[FIM DO SPOILER FIM DO SPOILER FIM DO SPOILER]

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Em uma nota, Michael Rooker diz que retornará na próxima temporada como Merle Dixon. Isso é verdade?

Direi assim: Acho que Merle está firme e forte, e será um grande acréscimo para o seriado. Não quero confirmar, mas vou responder essa pergunta com uma piscadinha.

Tivemos uma rápida apresentação a Michonne, quando ela salvou Andrea. Você pode dizer se a veremos no conjunto de personagens na terceira temporada?

Na verdade, isso é interessante. Nós temos um grande enredo que se liga a ela de um modo surpreendente. Se ela irá ou não se envolver com os personagens da fazenda permanece a ser visto. Na season finale, nós tivemos a segunda visão de um misterioso helicóptero exibido na series premiere. Isso é algo que será visto na temporada que vem? Estamos interessadíssimos em descobrir sobre o helicóptero. Isso é tudo que posso afirmar.

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Vocês mataram dois dos personagens principais em dois episódios consecutivos. Algo que acontece constantemente em TWD é a noção de que qualquer um pode morrer a qualquer momento.

Acreditamos que é aqui que está a série. Enquanto continuamos a matar os personagens, temos que trazer novos personagens e fazer a audiência se interessar por eles. Isso é parte do objetivo da terceira temporada: abrir o mundo, torná-lo menos claustrofóbico, e ter certeza de que temos uma população de personagens muito maior com que todo mundo se importa.

T-Dog conseguiu sobreviver a essa temporada. Acho que é justo dizer que, de todos os personagens, eu acho que não conseguimos conhecê-lo muito. Ele será mais presente na próxima temporada?

Há um plano para T-Dog. Dadas todas as coisas em que eu tinha para me concentrar para desenvolver o seriado da melhor maneira, eu direi que T-Dog foi pouco aproveitado. Nós tomamos conta do negócio, e agora podemos desenvolver a Michonne, o Governador, o T-Dog e todos esses outros personagens. Os fãs de T-Dog ficarão satisfeitos. Não queremos mais ter um personagem secundário que só tenha uma fala. Não faremos mais isso. Mas, novamente, nós só fizemos isso porque era importante para mim contar a história de Rick.

Há alguma coisa a mais, agora que você acha que estabeleceu essa base, que você quer trabalhar mais na terceira temporada?

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Acho que a chave da terceira temporada é ampliar. Continuar a achar novas maneiras de aterrorizar a audiência, de assustar nossos fãs. Acho que, no final da temporada, as pessoas dirão, “Quanto mais posso suportar?”. Queremos continuar assim. Queremos nos certificar de que vocês realmente estarão imersos em The Walking Dead, sem nunca saber pelo que esperar.


Fonte: Inside TV
Tradução: Lalah /staff WalkingDeadBr

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