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Walking Dead Brasil

[FANFIC] Dead Memories – Capítulo 01

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Um jovem garoto se encontra em uma casa destruída. Sem nenhuma lembrança ele sai da casa a procura de respostas. Ao sair da casa ele descobre que a cidade também foi destruída e que algo está errado.

Um de Janeiro de 2011, Canoas, Rio Grande do Sul

 Era noite, mas não uma noite qualquer e sim a pior de todas para nós. Uma noite cálida e frigida como um amanhecer de outubro. O silêncio era tão assustador que se podia escutar o vento soprar por entre as folhas das árvores, a escuridão sublime tomava conta de um céu sereno onde até mesmo as estrelas se escondiam. O vento intenso soprava forte de todas as direções.

Tudo era calmo de mais pra uma cidade grande como Canoas. E foi nessa noite que conheci o meu melhor amigo do qual nunca me esquecerei seu nome era Gomes. A nossa amizade teve inicio do pior modo possível. Foi assim que tudo começou.

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Acordo suando frio, assustado e ensanguentado. Olho rapidamente para os lados e percebo que estava deitado no chão de uma casa abandonada e destruída. Dou-me conta de que estou em um quarto escuro com móveis quebrados, sangue por toda a parte e sinais de incêndio. Ainda ofegante vou em direção ao banheiro que fica ao lado do quarto. Entrando no banheiro avisto um espelho quebrado sobre a pia. No espelho quebrado vejo o reflexo do medo em meus olhos. Molho o rosto, olho novamente pro espelho e inúmeras perguntas começam a surgir na minha cabeça. Quem é essa pessoa que aparece no espelho? Quem paçocas sou eu afinal?  O que estou fazendo aqui? Que merda de lugar é este? O que aconteceu com este lugar?

Quando começo a pensar nas respostas dessas perguntas, sinto uma dor extremamente forte na minha cabeça. Imagens turvas e pouco nítidas surgem ao mesmo tempo em que gemidos e gritos de desespero ecoam em tons graves destacando um grito que ecoava GOMES.

Quem é esse tal de Gomes? Eu o conheço? Será que sou eu? Eu já o vi antes?

Bom. Parei de pensar nas perguntas, porque já não aguentava a dor que elas me causavam, então molhei meu rosto novamente e respirei fundo. Meu objetivo agora é saber o que estava acontecendo e descobrir quem sou eu.

Saindo do quarto onde ficava o banheiro desço por uma escada em caracol em tons de magno chegando a uma sala. A casa estava toda destruída, pois faltava uma parte do teto, a escada estava quase caindo, moveis revirados e havia buracos nas paredes do tamanho de bolas de basquete. Saindo da casa pela porta da frente chego à calçada.  Ao colocar meus pés pra fora da casa, corro pro meio da rua desesperado. Ali fiquei paralisado em estado de choque.

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Não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo. Olhando ao meu redor, caí de joelhos no meio da rua ainda de terra. A cidade estava detonada. Parecia que havia sido bombardeada por mísseis. Prédios e casas destruídos e alguns pegando fogo.  Haviam carros tombados e batidos contra outros carros, casas e postes, cabos de energia entrelaçados pelo famoso “gato” caídos pela rua, também corpos em estado de decomposição esparramados pelo chão em meio a um mar de sangue por todos os lados junto a mensagens escritas com sangue nos muros e paredes das casas que diziam APOCALIPSE.

Começo a perambular pelas ruas esburacadas da cidade, ainda chocado com estava acontecendo. As dúvidas não paravam de aparecer. Vestia uma regata preta e um Jens escuro, calçava um tênis que dizia “all stars” e em meu pescoço uma corrente com um crucifixo de prata que se destacava sobre meu peito. Era apenas um garoto sozinho em meio a um holocausto de uma cidade destruída.

Não era errado eu pensar que aqueles que talvez fossem meus parentes vizinhos e amigos estavam dilacerados, esbanjados pelo chão.

Nos corpos estrebuchados eram visíveis o que pareciam ser
mordidas e arranhões, semelhante às de um animal selvagem e faminto.  Que animal seria capaz de tamanha brutalidade. Já não sabia o que fazer e o que pensar. Caminhava sem rumo por uma cidade que parecia não ter fim. Decidi então que meu primeiro objetivo seria encontrar alguém que pudesse explicar o que estava acontecendo. Vaguei pela penumbra da noite até que encontrei o corpo de uma criança que aparentava ter entre 6 e 7 anos e ainda estava com o uniforme de sua escola. Infelizmente ela já estava morta. Seu corpo havia sido aberto, expondo seus órgãos internos. Não pude aguentar. Vomitei.

Após passar pela terceira quadra encontrei um senhor que aparentava ter em uns 60 anos, de bengala e boina que estava de costas. Parecia estar ocupado e chorando. Ao me aproximar já esperançoso perguntei a ele.

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_ Ei, o que diabos está acontecendo? O Sr. está bem?

Quando perguntei, toquei o ombro esquerdo dele que de repente soltou a bengala virou-se e veio pra cima de mim. Ele tentou me morder, com uma força monstruosa e um instinto selvagem semelhante ao de um animal com sede de sangue. Consigo empurrá-lo, sei lá o que era aquela coisa com um chute de minha perna direita. Ao me levantar apressadamente fiquei parado em estado de choque, mas aquela coisa com dentes afiados também se levantou e partiu em minha direção.

Quando o meu fim estava por se perpetuar alguém surge por trás do monstro e com um golpe de machado decapita a criatura. Pergunto.

_ Quem infernos é você cara?

Outro jovem misterioso sorri e diz:

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_ Não temos tempo para formalidades, o que você deve saber é que mais desses zumbis virão.

Meu instinto acredita no jovem misterioso que acabara de me salvar. Ao sairmos correndo dobramos a primeira rua à esquerda quando nos deparamos com uma orda de o que o jovem misterioso chamou de “zumbis”.  Demos meia volta e dobramos a direita seguindo em frente quando percebemos que estávamos em um beco sem saída. Olhamos para trás avistando a mesma orda de zumbis famintos. “Agora fudeo”. Digo impressionado. Quando tudo parecia perdido e que teríamos o mesmo fim que aquela criança teve, uma luz incandescente pairou pelas sombras do céu. Era uma luz vermelha extremamente forte que emergiu do nada e pairou sobre o céu se espalhando em forma de outros feixes menores de luz, era nada mais e nada menos que fogos de artifício. Os zumbis pararam de se mover mantendo seus olhos no que parecia ser uma bela distração para eles e o momento certo para fugir para nós. Não pensamos duas vezes e subimos em cima de algumas latas de lixo que ficavam no lado direito do fim do beco onde estávamos e pulamos o muro.

Do outro lado havia apenas um terreno baldio então ainda confuso interroguei o rapaz.

_ Ta cacete, agora pode me explicar. Quem é você?

_ Porra. Meu nome é Carlos e o seu novato?

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_ Bem. Meu nome é…

_ Gomes. Sou o Gomes (ainda não fazia idéia de qual era o meu verdadeiro nome e o único que me veio à cabeça aquele instante foi aquele que ecoava na minha cabeça).

_ Ok Gomes depois terminamos esse papo, agora temos de dar o fora dessa merda.

_ Concordo.

_ Já que concorda, vamos cantar pneu.

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Corremos em direção à rua onde encontramos um corpo de um cachorro em estado de decomposição e outros corpos estilhaçados por laminas e mordidas como se tivesse ocorrido uma briga ali na entrada do que parecia ser uma área extensa de construções de condomínios. Carlos põe sobre seu machado e diz “estive aqui antes de encontrar você”. De repente ouvi de longe um barulho de motor, parecia ser de um carro grande. Olho para o lado direito e vejo dobrar a esquina em minha direção um Cross Fox vermelho. O carro para na nossa frente, a porta abre e dele sai uma garota armada de uma Ak-47 em sua mão esquerda e a outra ela estende para mim me convidando a entrar no carro.

Carlos rapidamente entra no carro e eu logo em seguida. No banco da frente havia um homem dirigindo e do seu lado outra mulher que carregava um rifle.

No retrovisor era possível ver inúmeros zumbis correndo atrás do carro como se fossemos o seu jantar, mas o que nos preocupava eram os cães que os acompanhavam e ficavam cada vez mais próximos do carro. O desespero não acabara ali. Surge então um grupo pequeno de zumbis na frente do carro, forçando o motorista a fazer uma manobra arriscada. Me seguro forte ao banco do carro e ao cinto de segurança, e o carro finalmente faz uma curva forçada batendo em um fusca amarelo que estava no meio da rua. O carro estava acabado.

Carlos sem pensar duas vezes chuta a porta do carro e nos ajuda a sair. Após todos saírem do veiculo inutilizável corremos em direção as construções e m frente a uma parada de ônibus. Ainda podíamos ouvir os gemidos dos cães famintos. A única coisa que pensava naquele momento era “Maldito apocalipse de merda”.


Autor: William Santos / @willsanttoos

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