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Crítica à Invincible #75 de Robert Kirkman

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HQ do mesmo criador de The Walking Dead está em um de seus melhores momentos!


Só se fala em The Walking Dead, o seriado de TV (no Brasil, exibido pelo canal Fox) baseado nos quadrinhos de Robert Kirkman. Mas no meio de todo esse hype, a primeira série de sucesso de Kirkman anda meio esquecida. Não deveria, afinal Invincible está num de seus melhores momentos.

A edição 75 – comemorativa, dobro de páginas – é um capítulo climático de “The Viltrumite War”, uma guerra no espaço sideral envolvendo a raça do pai de Invencível: um bando de super-homens ultramusculosos, ultrassanguinários e de bigodinho. Existe aquele clichê de Invencível ter se preparado toda a vida para esta guerra – e, ao estilo Dragon Ball, seu nível de poder tem dado saltos ao longo dos últimos anos, o que lhe deixou preparado.

Invencível é divertida por vários motivos. O principal deles é que parece que nunca há previsão, inclusive para o próprio Kirkman, do que vai acontecer na edição seguinte. O autor já confessou isso, dizendo que se inspira no Savage Dragon de Erik Larsen. Não deve ser fácil seguir essa técnica free-style e conseguir chegar a 75 edições – e sem deixar cair a qualidade.

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A outra diversão está em ver Kirkman criando todo um universo de personagens que parodia Marvel e DC, mas usando-os em histórias que falam livremente de sexo, mostram violência em detalhe e enchem as páginas de sangue. Na edição 75, os perigosos inimigos viltrumitas não têm pudores de arrancar cabeças e braços de quem ficar no caminho. Sangue e tripas voam pelo espaço, em detalhe e sem sombras para cobrir a parte “feia”. O mais interessante é que Invencível e sua trupe respondem na mesma moeda.

Ajuda neste quesito o fato do desenhista Ryan Ottley ter melhorado suas habilidades no lápis desde que assumiu a série em 2003. A sequência de seis páginas duplas da edição 75 – que incluem os heróis explodindo um planeta – é exemplar da atenção ao detalhe e do dinamismo que ele sabe dar às cenas de ação.

Kirkman começou Invencível para mostrar que sabia fazer gibis de super-herói com um toque próprio. Chamou atenção no primeiro ano da série, especialmente na edição brilhante em que Mark é traído pelo pai super-herói. Na época, conseguiu vários trabalhos na Marvel e dizia que estava pronto para substituir Brian Bendis em Ultimate Spider-Man quando o quadrinista quisesse descansar (o que ainda não fez). Depois, mudou totalmente de ideia, largou a Marvel e virou defensor da HQ autoral – provavelmente depois de ganhar seu primeiro cheque pelos direitos de The Walking Dead.

Agora, com um seriado de TV de sucesso, que segue tudo que ele escreveu, e sendo um dos sócios da Image Comics, Kirkman pode fazer o que quiser. E está usando essa liberdade para fazer edições sensacionais de Invencível. É uma boa hora para conferir como está a série (e para que ela volte a sair no Brasil, não?).

A última coletânea da série foi o volume 13, que reúne as edições 66 a 70 e serve de prelúdio à Viltrumite War. Custa US$ 16,99 (R$ 29). O volume 14, que contém a edição 75, ainda não tem previsão de lançamento.

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Fonte: Omelete

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