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The Walking Dead: The Ones Who Live

CRÍTICA | The Walking Dead: The Ones Who Live S01E03 – “Bye”: Jogo de interesses

Bye foi o terceiro episódio de The Walking Dead: The Ones Who Live. Veja a nossa crítica ao episódio e discuta conosco.

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Michonne com um olhar debochado para Rick em cena do Episódio 3 de The Walking Dead: The Ones Who Live.

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do terceiro episódio, S01E03 – “Bye” (Adeus), da primeira temporada de The Walking Dead: The Ones Who Live. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Depois de dois episódios que serviram para contextualizar a jornada dos dois protagonistas e o que levaram um ao outro, o terceiro episódio de The Ones Who Live entra em uma nova etapa da série, avançando a trama até a tentativa de fuga de Rick (Andrew Lincoln) e Michonne (Danai Gurira).

Pela primeira vez, vemos aqui flashbacks dos primeiros anos do Rick na CRM, dando uma contextualizada no que ocorreu entre ele e Jadis (Pollyanna McIntosh). Como já era de se imaginar, Jadis não precisou ser consignatária e esperar anos para fazer parte da comunidade porque o preço de seu ingresso foi Rick.

A partir disso, vemos em The Walking Dead: World Beyond que a personagem escalou rapidamente e no presente ocupa uma das várias altas patentes que a CRM tem. É curioso o que ocorreu com essa personagem desde que ela deixou The Walking Dead sendo uma pessoa empática, até deixar ser levada pelo poder. A mudança da personagem é tão gritante que aqui ela ameaça a vida de pessoas que ela mesma gosta apenas para cumprir o propósito da comunidade, fechando o cerco para Rick e Michonne. Com o fim dessa primeira metade da série, me parece que a questão da Jadis será resolvida no próximo episódio para deixar o Major General Beale (Terry O’Quinn) como a ameaça final nos dois últimos episódios.

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Segredos sobre segredos

Depois de ser admitida pelos auditores da CRM, Michonne vira uma consignatária e mostra o quão complicado é mantê-la nesse posto. O que aconteceu com ela é exatamente o que ocorreu com Rick, ambos tentando esconder quem realmente são mas não conseguindo. A sorte de Rick é que ele tinha Okafor (Craig Tate) para acobertá-lo e protegê-lo, o que diminuía minimamente os riscos. Com Michonne não tem isso. Toda a tensão do episódio gira em torno da crescente desconfiança que Thorne (Lesley Ann-Brandt) apresenta em relação a personagem. Tanto ela quanto Jadis apresentam trajetórias muito semelhantes dentro da CRM, quanto mais são promovidas, mais sabem sobre os segredos da comunidade e consequentemente protegem e passam a acreditar mais ainda nos ideais de Beale.

No meu ponto de vista, o destaque fica completamente para Lesley Ann-Brandt. Thorne subiu na hierarquia do exército da CRM, substituindo Okafor, mas ela mesma frisa que não é ele. Por mais que não fale explicitamente, Thorne enxerga Michonne como um potencial risco ao seu posto, já que ela é sua responsável. Isso fica mais evidente ainda quando ela considera matar Michonne por esta ter desobedecido ordens na missão de limpar caminhantes.

Nesses 3 primeiros episódios, é frisado o tempo todo que o sigilo, a segurança e a ordem são os pilares da CRM e devem ser colocados acima de tudo e todos. Sinto que depois que ela foi promovida neste episódio, rolou uma lavagem cerebral nela e agora ela age mais em prol da CRM do que por si mesma. Parece que agora ela quer subir para ter mais poder dentro do sistema já estabelecido, e não mudá-lo como Okafor queria.

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O conflito é iminente

Outra coisa que tivemos um gostinho no episódio passado mas aqui é explorado de forma muito mais aprofundada é a nova dinâmica entre Rick e Michonne fingindo serem desconhecidos para se protegerem. Isso com certeza é benéfico para eles a curto prazo, mas com Jadis no caminho deles, tudo se torna ainda mais complicado. Num primeiro momento acreditei que o plano era os dois irem juntos, até que descobrimos que Rick construiu tudo para a Michonne fugir, usando o argumento que precisa ter alguém ali dentro para acobertá-la (Okafor deixou discípulos).

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É uma jogada sensacional como o roteiro coloca tanto Rick quanto Michonne no mesmo patamar. Enquanto Rick abre mão de sua segurança e bem-estar para proteger quem ama, Michonne também faz a mesma coisa. Quando descobre que Rick não vai junto, ela abre mão de voltar para casa para salvá-lo. Ela apresenta estar nitidamente com muita raiva por isso, por ter passado tudo o que passou pra ter que voltar pra casa de mãos vazias. Mesmo pouquíssimo tempo ali dentro, ela já percebeu como a CRM é implacável e deixa claro pro Rick que sozinhos eles não vão sair dali. Como a própria Jadis diz, Rick sozinho não é uma ameaça, mas Rick e Michonne juntos, eles podem fazer qualquer coisa.

Num episódio bastante político e com jogo de interesses, o momento de quebra dessa tensão toda é a cena da Michonne com o vendedor. Aqui, o episódio finalmente revela quem desenhou Michonne e Judith no celular. Rick pediu inúmeras vezes para o homem desenhar as duas e Carl (Chandler Riggs), mas que nele nunca tinha acertado o desenho. Ver a Michonne falando do Carl depois de tanto tempo dele sequer ser mencionado, com certeza é um quentinho no coração de todo fã.

O episódio acaba com o Rick “terminando” com a Michonne para que talvez isso servisse de motivação para ela ir embora sem ele. Ela percebe que Rick está totalmente mudado e quebrado depois do tempo que passou com a CRM, e isso traz um sentimento de urgência para ela agir em prol do Rick, e é o que ela faz. Mesmo com a atitude drástica de pular do helicóptero, finalmente temos a primeira tentativa de fuga dos dois juntos e a partir de agora veremos o que é CRM perto de Rick e Michonne.

E por aí, o que você achou de “Bye”, o terceiro episódio de The Walking Dead: The Ones Who Live? Deixe sua opinião e pensamentos nos comentários abaixo!

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