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7ª Temporada

The Walking Dead S07E02: Khary Payton tem uma teoria fascinante sobre Ezekiel e Negan

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ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do segundo episódio da sétima temporada de The Walking Dead, S07E02 – “The Well” (O Poço). Leia por sua conta e risco. Você foi avisado.

Todos saúdam o Rei Ezekiel! No último domingo nós fomos apresentados a uma novíssima comunidade em The Walking Dead, assim que Carol e Morgan foram levados para um lugar chamado O Reino para se recuperarem. E lá eles, e nós, conhecemos seu governante – sua majestade real, Rei Ezekiel, o qual balançou tanto seu cetro quanto acariciou sua tigresa de estimação.

Mas havia mais sobre Ezekiel do que nossos olhos podiam ver, tal como ele acabou revelando para Carol que ele era um tratador de animais do zoológico e ator amador que se aproveitou de sua amizade com o animal e suas habilidades dramáticas para se tornar o líder de uma comunidade ansiosa por alguém que assumisse o cargo.

A Entertainment Weekly conversou com o ator Khary Payton, que interpreta Ezekiel, sobre os dois lados do personagem, se há uma conexão romântica entre Ezekiel e Carol, uma teoria fascinante que ele tem sobre a relação entre Ezekiel e Negan, e como O Reino é diferente das outras comunidades.

Entertainment Weekly: Como é finalmente sair e ser capaz de falar algo livremente sobre interpretar Ezekiel?

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Khary Payton: Honestamente, é um alívio por não ter mais que manter segredo sobre Ezekiel, mas também os segredos sobre esta história do primeiro episódio. Ele realmente tem a oportunidade de se apresentar livremente para a audiência e, honestamente, eu amo o cara. Eu acho que ele é um grande personagem e eu penso em um monte de gente irá se conectar a ele e curtir sua história. Eu estou morrendo de vontade de conversar com as pessoas sobre isto e ver como elas se sentem sobre o personagem em si.

Há algumas grandes cenas entre Ezekiel e Carol, mas vamos começar pela primeira onde ambos estão vestindo uma máscara e atuando. Ezekiel diz mais tarde que ela o enganou no começo. Quando ele começa a perceber que aquela não era a verdadeira Carol durante o primeiro encontro?

Khary Payton: Ele está sempre de lado, observando, e há aqueles momentos em que Carol está roubando uma coisa aqui, pegando outra ali e eu acho que ela pensa que ninguém está vendo, mas eu acho que Ezekiel está vendo e ele começa a somar dois mais dois lentamente – vendo que esta mulher que parece tão doce e recatada, pode ser tanto uma cleptomaníaca ou que ela está escondendo algo. Então, eu acho que é uma destas coisas que acontecem durante o período compreendido no episódio.

E os dois têm esta grande cena mais tarde onde ele a pega saindo de fininho e ele conta a ela a verdade sobre o seu passado. E estou familiarizado com esta cena da HQ, mas o que você não pode captar da HQ, mas aqui sim, é escutar a voz de Ezekiel e perceber a mudança de tom e de linguajar do Rei pós-apocalíptico para o Ezekiel pré-apocalipse. Como foi trabalhar nesta transição?

Khary Payton: Este é um dos meus momentos favoritos em interpretar Ezekiel até agora. Deve ser meu favorito, ponto, de tudo que nós temos feito até agora. Foi um tipo esquisito de catarse gradual e eu venho me preparando para aquele momento por muito tempo. Quando eu estava na faculdade eu fiz muito Shakespeare e depois disso eu fiz muita dublagem trabalhando com desenho e vídeo games, e quando eu li o roteiro pela primeira vez, eles falavam sobre a mudança física de Ezekiel e que naquele momento é que ele se tornava o tipo de homem que ele era. Eu chamo de Ezekiel versus Zeke. Como quando ele relaxa seu discurso e se torna apenas um cara comum para Carol – aquele é ele no modo Zeke.

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Para mim, quando eu li o roteiro e eles disseram sobre sua mudança física e que ele não era mais o rei, eu não vi muita mudança no físico, mas eu definitivamente ouvi a mudança na voz e eu pensei que o treinamento que eu estava fazendo nos últimos 20 anos realmente veio a me ajudar naquele momento. Eu estava tentando encontrar aquela transição porquê, quando eu fiz o teste para o papel, esta era uma mudança enorme; foi tipo uma atuação teatral, aquela cena inteira. Mas quando nós realmente fizemos a cena no escuro com apenas as fogueiras, aquilo se tornou muito mais íntimo e muito mais calmo e eu não podia contar com aquilo sendo maior que a vida naquele sentido. Então aquele momento precisava ser mais tranquilo.

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Como foi trabalhar com Melissa naquela cena?

Khary Payton: Eu estava tentando encontrar algo para me dar a transição e Melissa disse algo maravilhoso. Eu disse, “Eu estou achando difícil de me focar nisso”, e então ela me olhou e disse “Você não está sentindo a minha dor”. Aquilo fez toda a diferença para mim porquê, naquele momento, ela realmente ofende Ezekiel e eu estava levando aquilo como um insulto, mas o que eu percebi é que ela estava lutando por medo. Ela estava tentando se proteger do medo e aquilo foi o que Ezekiel viu, uma mulher que estava amedrontada e ele precisava fazê-la confiar nele. Para conseguir que ela confiasse nele, ele vai ter que dar algo como um segredo para ela. Ele vai ter que se confidenciar com ela para conseguir que ela confie nele. Então isto é o porquê que ele toma sua decisão, respira fundo e diz “Tudo bem, eu vou ser eu mesmo por um minuto”.

Na HQ esta cena é entre Ezekiel e Michonne, que mais tarde se envolvem como um casal. Podemos esperar uma trajetória aqui parecida para Ezekiel e Carol, porquê parece haver alguma química entre eles e nós vemos ele batendo na porta dela no fim (do episódio)?

Khary Payton: Eu acho que obviamente há uma faísca e uma conexão entre os dois, mas eu acho que aquela coisa legal sobre relacionamentos como este é que ele anda por aquela linha tênue – você já conheceu uma pessoa e você está atraído por ela e vocês se conhecem há um tempo e nada acontece até que acontece? É tipo como eu vejo aqui. Eles podem andar por este caminho sem nunca realmente se envolverem ou um deles pode escalar um telhado e cair nos braços do outro. Mas é tão simples assim para mim porquê ambos tem muito o que proteger a si mesmo, especialmente aos olhos de Carol. Ela ainda está tentando muito se proteger embora ela confie mais nele. Há esta chance, mas literalmente na minha mente poderia acontecer ou não acontecer e em ambos os casos faria sentido para mim. Eu honestamente não tenho a menor ideia do que pode acontecer ainda. Até os roteiristas escreverem, eu não saberei.

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Como Hilltop e agora Alexandria, o Reino está sob o controle de Negan. Qual é a filosofia de Ezekiel a esta altura em termos de como lidar com os Salvadores?

Khary Payton: Sua filosofia é que ele coloca uma boa frente e isso está funcionando. Eu posso estar falando um pouco de bobagem porquê eu não discuti nada disso com Scott e ele pode chegar e dizer “Khary, isso foi uma tremenda bobagem. Eu não sei de onde você tirou isso”, mas já que ele não me deu nenhuma explicação, eu te digo o que eu acho.

Minha ideia é que o Reino foi o único lugar que Negan não tomou como seu nem nenhum dos seus moradores tiveram que conhecer a Lucille. Eu acho que os Salvadores chegaram nele e ele trouxe a tigresa e ele fez um acordo: “Se você não tocar em ninguém, nós vamos ficar bem”. Eu acho que toda aquela coisa de rei, do tigre e de tudo mais pode ser jogado fora apenas para ser como “Vocês vão fazer o que nós dissermos contando que nós fiquemos longe e não avancem mais”. Eu acho que o entendimento de Ezekiel é que, contanto que ele mantenha seu povo vivo, isso é tudo que importa. Se ele pode manter a paz, ele pode seguir essa linha tênue com os Salvadores, contanto que eles não machuquem as pessoas do Reino, porquê eu acho que é aí que ele delimita tudo.

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Nós vimos que Ezekiel pegou este menino Benjamin sob sua proteção. E nós soubemos que o pai dele morreu sob os cuidados dele. Claramente Ezekiel se sente responsável por este cara.

Khary Payton: Ah sim. Benjamin é tipo a metáfora para o Reino como um todo. Ele definitivamente tem esta conexão com Benjamim e sente que ele precisa assumir uma figura paterna na vida dele e dar a ele responsabilidade e ajudá-lo a se tornar um homem, mas além disso, ele definitivamente sente uma responsabilidade, pois estas vidas são preciosas e que a verdadeira marca de um líder é o como você trata seu povo e como você protege o seu povo. Eu acho que isso é, na cabeça dele, a coisa mais importante.

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Ezekiel foi um ator na vida pré-apocalipse: este é o papel da vida dele?

Khary Payton: Algo como isso. Eu acho que agora se tornou algo mais do que um papel que ele está interpretando. Na sua cabeça, se tornou uma filosofia de vida que ele mergulhou de cabeça nesta ideia de viver exuberante. Quando você esbarra com um cara com um tigre, você não vai até ele para ter uma conversa a um metro e meio de distância. Você tem esta conversa a quatro metros e meio de distância. Então, ele apenas se tornou o cara que quando ele se apresenta para as pessoas, ele está sempre altivo, com a voz alta porquê é como “Eu estou bem. A tigresa está bem. Você quer nos acompanhar, a tigresa irá proteger você”. Toda apresentação será como uma permissão e expansiva, então ele meio que começou daquele jeito e aquele é o jeito que todos o veem.

Eu acho que ele sente isso, que as pessoas começaram a segui-lo porquê ele é o cara com o tigre. Ele tem esse jeito de falar porquê ninguém vai se aproximar dele a princípio e quando ele tenta se afastar deste modo de fazer as coisas, eu acho que alguém o puxa de lado e diz “Você deveria fazer isto, porquê as pessoas precisam disso. Elas se sentem mais seguras quando você está sendo deste jeito. Você tem que se manter deste jeito” e eu acho que isso apenas aconteceu e acabou se tornando o modo dele se proteger e proteger o seu povo. Então ele começou a fingir e antes que você perceba, ele está liderando e está funcionando para ele. Isso é o modo que eu penso que aconteceu.

O que você achou quando você viu como a mistura CGI/boneco animado ficou na tela na versão final?

Khary Payton: Eu acho que ficou maravilhoso e eu fiquei tão feliz sobre isto porquê eu estava me sentindo muito bem sobre este episódio. Eu me senti bem sobre o que nós estávamos fazendo, como tudo estava caminhando junto, mas eu não tinha visto o resultado final do tigre até o trailer ser lançado e agora com o episódio. Antes do trailer sair, na minha cabeça era como, se o tigre não ficou bom, eles vão me culpar. Eu vou ser a razão de tudo sobre Walkind Dead ir para o ralo e eu serei aquele sentado ao lado daquilo. Se não ficasse bom, eles diriam algo como “Khary é o motivo disto tudo ir para os ares”. Quando ela ficou do meu lado e rugiu, não havia ninguém mais feliz, eu posso te dizer. Foi maravilhoso. Então, definitivamente, eu estou ansioso para ver mais da Shiva.

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The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, vai ao ar aos domingos no AMC Internacional, às 23h, e no FOX Action (canal do pacote premium FOX+) e FOX Brasil, às 23h30. Confira todas as notícias sobre a sétima temporada.

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Fonte: Entertainment Weekly

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