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FANFIC | Seus Ossos e Cicatrizes – Capítulo 4: Uma Nova Chance

Seus Ossos e Cicatrizes é uma fanfic inspirada no Universo The Walking Dead e focada em Daryl Dixon. Confira abaixo o capítulo 4.

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Pôster do Capítulo 4 - "Uma Nova Chance" da fanfic Seus Ossos e Cicatrizes.

Neste capítulo de Seus Ossos e Cicatrizes… Ferida, Tris ainda tem que lutar contra seu predador atrás dela. Mas parece que o destino está disposto a dar-lhe uma nova chance de vida..

Os capítulos de Seus Ossos e Cicatrizes, uma fanfic focada especialmente em Daryl Dixon, são lançados semanalmente, às sextas-feiras, 19h, aqui no The Walking Dead Brasil. E, por favor, utilizem a seção de comentários abaixo para deixar opiniões e encontrar/debater/teorizar com outros leitores. Boa leitura! 😉

4. Uma Nova Chance

Eu continuava no mesmo lugar, com alguém atrás de mim. O corpo do tal homem continuava sobre mim, então eu o empurrei para o lado com cuidado para não ser ouvida. Com o tiro que atravessou a loja e pegou na cabeça do cadáver ao meu lado, vários cacos de vidros acabaram voando e assim, cortando minha pele – principalmente, meu rosto -.

Eu não tinha nada para me defender, todas minhas armas ficaram no topo do prédio, junto a minha mochila. Ou eu lutava corpo a corpo, ou fugia dali correndo. Não era uma boa opção, com certeza tinham mais pessoas pelas ruas nos esperando. Foi então que me deparei com a arma que havia no peito da pessoa morta. Era uma arma de Elite. Eu podia ouvir passos chegando mais perto de mim. Rapidamente, cheguei mais perto do tal homem e com cautela fui retirando a armação enrolada em seu corpo. Passei por um braço e depois pelo outro e então, finalmente, ela estava em minhas mãos e totalmente carregada de munição.

Me encostei no balcão que me separava do atirador. Olhei mais uma vez para o cadáver. Ele estava horrível. Sua testa foi extrapolada e saia sangue de sua boca, nariz e obviamente da testa que descia e encharcava sua roupa.

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Minha respiração estava ofegante, porém baixa. Eu sentia a ponta dos meus dedos latejarem por adrenalina – talvez mais medo do que adrenalina em si -. A gaze que tinha antes no meu braço, foi rasgada por cacos de vidro. E meu ferimento sangrava mais ainda. Meu braço inteiro doía e tinha um tom incomum, um tom mais roxo pela falta de circulação do sangue que saia de mim. Respirei fundo, estufei o peito e ajeitei a arma nas mãos, apertando o gatilho com força. Exalei todo o ar para fora, e tentei espiar por cima do balcão após perceber que não havia mais passos. Antes mesmo que eu pudesse ver alguma coisa, tiros foram disparados em minha direção. Eu me abaixei rápido. Era como se a pessoa soubesse que eu estava ali e estivesse me esperando para atirar.

– Não adianta se esconder. – Aquela voz… Eu reconhecia.

Os passos voltaram e me circularam. Ele estava chegando perto. Puxo o gatilho e me levanto rápido. A pessoa surge ao mesmo tempo. E antes que cada um atirasse um no outro, nós abaixamos as armas ao mesmo tempo.

Eu analisei bem a pessoa minha frente, assim como o mesmo fez comigo. Minha respiração cedeu. Meus olhos se encharcaram, e assim eu deixei a arma cair e fui direto até ele.

– Glenn…
– Tris…

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Era o meu irmão, ele estava ali. Em carne e osso.

Nós nos abraçamos. Foi um abraço forte, como se fosse para nunca mais nos afastarmos.

– Meu Deus. Você tá viva. – Eu sentia cada lágrima de Glenn escorrendo pelas minhas bochechas. E eu não estava diferente.

Naquele momento, meu corpo não doía.

Naquele momento, eu estava em casa. Eu estava com meu irmão. A pessoa que me protegeu a vida toda. Ela estava ali. Bem a minha frente, colada em mim.

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– Eu não consigo creditar. Você tinha sido mordida, era pra estar morta. – Glenn nos afastou, olhando para mim confuso. Passou a mão no meu cabelo e depois na minha bochecha. Como se quisesse saber se eu era real ou não.
– Não, não, não. Glenn, eu estou bem. Eu tô viva. – Eu tirei suas mãos do meu rosto e entrelacei ela com as minhas.
– Meu deus, você tá sangrando. – Glenn reparou no meu ferimento no braço e me olhou preocupado. – A gente pode cuidar de você. Tem que vir comigo, ok?

Eu confirmei com a cabeça e Glenn sorriu para mim. Droga, como eu sentia falta de ver o sorriso dele.

O mesmo passou por mim, pegou minha arma do chão e olhou rapidamente para o cadáver. Mas desviou o olhar logo em seguida. Glenn enrolou a arma no peito e pegou minha mão.

Os tiros ainda continuavam. Mas dessa vez, estavam mais distantes. Haviam 2 duas pessoas mortas na rua a nossa frente. Eram do Reino.

– Rick, onde você tá? – Glenn me puxava pelas ruas enquanto fala no rádio.
– Glenn? Estamos nas ruas, vamos voltar agora. Você tá bem?
– Tô. – Glenn olhou para mim e começamos a correr. – Vamos ter que correr, não é muito longe.

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Ele continuava segurando minha mão forte, enquanto me puxava para continuar no mesmo ritmo que ele. Meu braço começou a doer mais e mesmo depois desse tempo, ainda não tinha parado de sangrar. Eu estava perdendo muito sangue. Estava ficando fraca.

– Glenn, eu não vou aguentar. – O mesmo parou imediatamente, ofegante, ele se aproximou de mim e colocou a mão um pouco abaixo do ferimento.
– Eu te carrego. – Antes que eu pudesse falar algo, o mesmo me pegou no colo e voltou a correr de novo.
– GLENN, NÃO!
– LEMBRA QUANDO A GENTE TINHA 8 ANOS E VOCÊ DESMAIOU DO NADA? – Ele gritava e ao mesmo me arrumava em seus braços. – FUI EU QUEM TE LEVOU PRA MAMÃE.

Ele riu, e eu apenas olhava para a figura dele. Ele estava ali mesmo. Ainda era meio difícil de acreditar que Glenn, o meu irmão, estava ali de verdade. Tudo parecia um sonho.

Eu mantinha um dos meus braços ao redor do seu pescoço, enquanto a outra eu apoiava na barriga. Meu braço não tinha a sensação de ardência mais, porém a dor se tornou aguda e insuportável de aguentar.

O ferimento tinha encharcado minha roupa. O sangue se espalhou por toda a minha peça. A prole avermelhada seguia saindo de mim, mas dessa vez num fluxo menor. Ainda assim, meu coração batia forte e eu não conseguia sentir muito bem meu braço todo. Minha visão ficava lenta e eu processamento pior ainda. Eu conseguia ouvir minha respiração mais alta que o normal e sentia os meus batimentos por todo o corpo. Eu conseguia ouvir Glenn gritando comigo, mas as palavras tinham sumido de mim. Eu não consegui falar com ele, eu só apaguei. Enquanto o mesmo dizia e repetia:

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– “Tris, fica comigo”

Mas, não foi o suficiente. Eu só caio numa escuridão por completo e fiquei lá por muito tempo.

(…)

Era de dia, eu acho. Não sei exatamente qual dia era ou quanto tempo tinha se passado desde que desacordei. Mas eu podia sentir meu rosto quente devido ao sol. Eu estava fraca demais e não conseguia ao menos abrir os olhos. Eu virei o rosto pela luz que queimava minha face. Então, antes o que era tudo escuro e sem nada, tomou uma forma. Era uma sala branca, como de um quarto de hospital. Tinha poltronas limpas e um sofá também. Nela, havia uma pessoa. Eu não conseguia saber exatamente o que era. Então, só olhei para o teto esperando meu cérebro processar alguma coisa.

Eu estava viva. Puta merda.

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– Glenn? – Eu finalmente retomei minha consciência e pude entender quem estava ali comigo.
– Oi… Finalmente você acordou. – O mesmo acordou num pulo e se sentou ao meu lado.
– Finalmente? Onde é que eu tô? – Eu tentei levantar, mas meu braço direito doeu e assim fez com que eu caísse na cama de novo.
– Para de tentar levantar. – Glenn me ajeitou na cama como se eu fosse criança de volta. Então, eu pude perceber que não estava com minhas roupas de antes.
– Que roupa é essa? Quem trocou minhas roupas, Glenn?
– Ei, será que dá pra se acalmar? – Ele colocou as duas mãos no meu ombro e me olhou puto. – Fui eu e a Maggie quem trocou você enquanto você tava desmaiada.
– Maggie?

Glenn olhou pra mim por uns segundos e respirou fundo.

– Minha esposa.

Eu gelei. Glenn… tinha alguém?

– Caralho… eu perdi tanta coisa. – Eu olhei para o teto e usei meu braço bom para passar a mão no cabelo.

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Meu irmão tinha crescido tanto e já tinha alguém. E eu perdi isso tudo.

– É… Mas, agora você tá aqui. Logo eu te levo pra conhecer ela. – Glenn olhava para o lado de fora, pela janela. E sorria. Ele virou para mim e estendeu a mão. – Fecho?

Ele tinha estendido o mindinho para mim. Assim como fazíamos quando guardávamos segredos um do outro.

– Fecho! – Eu ri e fiz nossa promessa de melhores amigos.

Assim que juntamos nossas mãos, a porta se abriu. Um homem alto apareceu. Ele tinha a maior parte do cabelo grisalho e um pouco ondulado. Tinha barba ao mesmo tom dos cabelos e na cintura carregava um revólver cinza brilhante.

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– Glenn? – O mesmo homem olhou para mim e logo chamou por meu irmão. Que assim, foi até o homem. Os dois começaram a sussurrar algumas coisas. “Tem certeza que precisa ser agora?” Glenn perguntava e olhava para mim.
– Quanto antes melhor. – O homem alto passou por Glenn e se dirigiu até mim. Eu já estava melhor. Então, com um pouco de esforço, eu me sentei na cama onde estava.
– Meu nome é Rick. Sou eu quem cuido de Alexandria, o lugar que você está agora. – Eu apenas concordei com a cabeça e meu irmão ficou do meu lado, de braços cruzados e olhando para o chão.
– Então, Tris… Você é um dos Louva-Deuses? – Glenn olhou assustado para Rick e depois para mim, suspirando.
– Desculpa?
– Rick, ela não é um deles, pelo amor.
– Louva-Deuses são um grupo de pessoas rivais nosso. Semana passada roubaram Alexandria e mataram um dos nossos. Suspeitamos que o grupo que estava com você há um dia, seja um dos grupos deles. – O mesmo mantinha uma das mãos sobre sua arma e a outra se apoiava na cabeceira ao pé da cama.
– Quê? Não, a gente não fez isso. Nem saímos semana passada uma vez sequer.
– Tá vendo só? – Glenn exclamou como se quisesse esfregar isso na cara do homem a nossa frente. O qual apenas assentiu, passou a mão na barba e cruzou os braços.
– Tudo bem… Ah, eu conversei com Siddiq. Disse que assim que você acordasse, poderia sair já. – Sem demora, o homem saiu do quarto. Deixando a porta aberta.
– Esse cara tá tirando né? – Olhei para Glenn e apontei com o indicador para o lugar onde Rick estaria segundos atrás.
– Não questiona. Ele só não pegou confiança em você ainda. – Glenn retirou o cobertor fino que tinha sobre mim, e depois pegou meu tênis de baixo da cama. – Vem, vou te mostrar o lugar.

O mesmo me ajudou a sair do lugar e depois fez a questão de amarrar meu próprio tênis, dizendo que eu não poderia forçar meu braço machucado. Depois disso, saímos do quarto e também da casa. Assim que passamos pela porta, saindo do local, eu admirei cada pedaço daquele lugar. Não era que nem o Reino, era… aconchegante. Não sei explicar, mas era como uma casa pra mim.

A cada canto que passávamos, Glenn me explicava cada coisa e até relembrava umas memórias que ele tinha. Aquele, foi o melhor momento que já tive, desde que esse inferno todo se alastrou pelo mundo.

– Se você quiser pode ver as coisas sozinha, tenho que buscar um presente pra você. – Glenn parou ao meu lado, e depois saiu correndo até uma casa branca que tinha por ali.
– Presente? Sério isso…

Depois que o mesmo tinha me deixado ali. Eu andei mais um pouco, até ver de longe um cara que mexia numa besta. Era quase igual a que eu tinha.

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– Então, você é o cara da besta? – Cheguei perto do mesmo, que só me olhou rápido e depois voltou a atenção na arma.
– Quem é você?
– Tris Rhee. Irmã do…
– Glenn Rhee. É sei bem, ele já me falou de você. – Agora, o mesmo se encostava sobre a mesa atrás de si. – Meu nome é Daryl Dixon, sou amigo do Glenn.
– Entendi. – Olhei ao redor e depois para o mesmo. – Olha, Daryl Dixon, se quer melhorar o alcance dessa sua besta, tem que apertar mais o cordão.

Sorrio rápido para o mesmo e saio de volta ao lugar onde meu irmão tinha me deixado. Não demorou muito para ver o mesmo vindo em minha direção. Sorrindo e com as mãos nas costas.

– Tá bom, olha só. Lembra quando a gente tinha 10 anos e fizemos duas pulseiras pra cada um, pra gente lembrar um do outro sempre? — Ele olhou para mim empolgado.
– Não, você não fez isso.

Glenn esticou as mãos pra frente e mostrou uma pulseira.

– Eu refiz ela. Tinha encontrado ela num dos prédios daquela cidade, e estava rasgada. Então dei um jeito nela de novo. Aqui! – Glenn pegou minha mão esquerda e colocou com cuidado a pulseira com nossas inicias.
– E cadê a sua?

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Glenn retira do bolso a mesma pulseira que tínhamos feitos quando crianças.

– Eu sempre estive guardando ela pra usar quando encontrasse você.

Eu e Glenn não éramos gêmeos, mas tínhamos a mesma idade e tínhamos nascido no mesmo ano. Glenn era o mais velho, claro, e eu a irmã mais nova que ele protegia de tudo.

E antes que qualquer um de nós dois, pudéssemos conversar mais. Uma pessoa grita chamando por alguém.

– RICK! TEM GENTE QUERENDO FALAR COM VOCÊ. – Um cara que ficava nos muros chamou pelo líder, que fez menção para abrirem os portões.

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Assim que tive uma visão boa, pude ver que era Ezekiel. Eu corri imediatamente para o mesmo lugar que eles estavam, e Glenn vinha atrás.

– É meu direito, ela é do nosso grupo. – Ezekiel dizia a Rick.

Ao seu lado, tinha Martha. Ela estava horrível. Tinha um olho roxo e a mão enfaixada. A mesma mantinha seu olhar sobre mim. Parecia que a cada vez que a gente se encontrava, ela tinha um olhar com mais ódio e sempre na minha direção.

– Acontece que ela está com a gente agora. Então acho bom você dar meia volta e voltar para seu castelinho. – Rick disse. A essa altura já tinha várias pessoas ao nosso redor. Uma delas era Daryl, que estava bem a minha frente com Glenn.
– Eu preciso cuidar da saúde dela. Vocês podem estar em perigo por causa disso. – Ezekiel me olhava. Mas, não era o olhar de sempre. O olhar que me acalmava nessas situações. Parecia que ele estava com raiva de mim. Eu encolhi, não gostava da ideia de ter magoado o Rei.
– O quê? Como assim? – Rick olhou para trás e logo voltou sua atenção a Ezekiel.
– Acontece que sua amiguinha ali, foi mordida. Tem o vírus dos zumbis consigo e pode ser perigoso para cada um de vocês. – Ezekiel tinha se transformado nas mesmas pessoas que me temiam como ameaça no Reino. Confesso que fiquei chateada na forma como ele falou aquilo.

Naquele momento, todos olhavam para mim. Rick mantinha as sobrancelhas baixas e raivosa. Glenn olhava para mim preocupado. E Daryl – não que isso importasse muito – tinha o mesmo olhar de Rick.

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É… eu teria que explicar umas boas coisas pra todo mundo. Ou eu tava fudida.

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RIFA – Daryl Dixon