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2ª Temporada

Gale Hurd Fala Sobre a Estratégia de Sobrevivência na Série

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Como produtora de Aliens e dos filmes Terminator, Gale Anne Hurd tem conduzido a humanidade à salvação através das circunstâncias mais obscuras. Nos últimos doze meses, ela encarou mais confusões, na vida real. Frank Darabont, seu produtor co-executivo (também escritor, criador, diretor e showrunner) em The Walking Dead, foi bruscamente demitido nesse verão. Isso, após o anúncio tardio ano passado de que muitas pessoas da equipe da escrita não voltariam. Como o drama zumbi, programa mais popular da AMC, vai sobreviver a esse apocalipse por-trás-dos-bastidores? O site Vulture entrevistou Hurd na Comic-Con de Nova York que aconteceu nesse último fim de semana, sobre a estratégia de sobrevivência de The Walking Dead.

– A menção a The Walking Dead no final de temporada sangrento de Breaking Bad foi genial.

O mérito foi todo da AMC. Eles planejaram isso, mas nos mantiveram no escuro. Só sabíamos que Greg Nicotero (artista dos efeitos de maquiagem de TWD) e alguns ajudantes dele estariam em Albuquerque em Breaking Bad, que ele ia criar alguns efeitos para eles.

– A vítima, Gus Fring, parecia uma mistura entre Two-Face e Terminator, o que é interessante, porque você produziu alguns dos filmes de Terminator.

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[risos] Tinham muitas homenagens lá, eu acho.

– Há muita curiosidade em torno dessa temporada por motivos óbvios. Sabemos que o novo produtor executivo, Glen Mazzara, tem qualidade [The Shield, Hawthorne], mas o que faz dele um bom subtituto para Frank Darabont?

Bom, Glenn escreveu o quinto episódio da outra temporada. Foi quando o encontramos – demos sorte. Ele não estava disponível para a última temporada, então fez um episódio solto.

– Qual o seu relacionamento com Darabont agora?

Sou muito próxima a ele. Isso não mudou, não. Frank deixou claro que todos que eram associados à série deveriam continuar e se certificar de que apesar do quão difícil fosse a transição, essa não era uma situação em que um showrunner seria trazido de fora para mudar a direção e a visão da série.

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– Por que a AMC demitiu ele?

Não tenho a menor ideia. Nenhuma.

– Nada precipitou isso?

Não tenho ideia. Você tem que perguntar à AMC.

– Como isso afetou o local de trabalho? Não dá para fingir que não aconteceu.

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[Escolhendo cuidadosamente as palavras.] Não perdemos… tempo… nas filmagens. Não tínhamos que nos desligar. É um grupo de profissionais incríveis. Você coloca a cabeça no lugar e volta ao trabalho. Foi difícil emocionalmente, mas você segue em frente.

– Como a segunda temporada mudou com a saída de Darabont e com o abalo na equipe de produção antes disso?

Acho que as pessoas interpretaram [sobre a saída de escritores] errado. Não são muitos escritores diferentes. E Glen trouxe sua especialidade, sua experiência de vida para a série. Claro que vão acontecer várias mudanças, mas é um meio colaborativo, em que muita gente contribui. Nós começamos a sala dos escritores em Fevereiro, então todos trabalharam juntos na maioria da temporada.

– Como as preocupações orçamentárias da AMC afetaram a série?

[Se] você viu a série, não acho que pode dizer que houve alguma mudança entre a última temporada e a atual. Toda vez que você começa uma série tão difícil quanto essa – especialmente uma que não é filmada em Los Angeles – existem enormes custos iniciais. O orçamento, o dinheiro que gastamos para fazer cada episódio, não foi tão afetado.

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– Quais serão as maiores diferenças entre a primeira temporada e a segunda?

A primeira temporada estava situando o mundo, aprendendo sobre ele através dos olhos de Rick porque, obviamente, ele estava em coma enquanto o mundo enfrentava um apocalipse zumbi. Nessa temporada, estamos aptos a explorar cada personagem: quem são, o que temem, quais são suas esperanças. Ficarão desesperados? Estão dispostos a brigar? Eles tem uma chance de se apaixonar?

– O personagem mais novo, Glenn, finalmente terá um pouco de ação.

Sim! Há novos personagens nessa temporada e isso muda a dinâmica do grupo. E Glenn encontra amor no meio do apocalipse zumbi com Maggie.

– A paixão dele não faz os sobreviventes correrem da fazenda em que estão?

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Acho que você tem que assistir para saber. Como sabe da primeira temporada, não seguimos inteiramente as HQs. Nos gibis, Shane Walsh morreu muito, muito cedo e esse obviamente não foi o caso [aqui]. Você perguntava sobre violência? Tem muito mais ameaças nessa temporada, como é possível ver nos dois primeiros episódios. Quando há a introdução de novos personagens, você tem um solo fértil de humanos se tornando vilões. Não são só os zumbis.

– Falando em vilões, é interessante como Daryl é o personagem que mais mudou, indo de caipira a líder. Como isso aconteceu?

Ele sempre estava na sombra do irmão. Agora pode se definir. E, honestamente, ele tem a maior capacidade para sobreviver nesse ambiente. Ele é um sobrevivente. O resto está se adaptando a viver sem as conveniências modernas, mas Daryl cresceu desse modo.


Fonte: Vulture
Tradução: Débora Moreira / Staff WalkingDeadBr

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