3ª Temporada
Direto do set da terceira temporada: o diretor Guy Ferland
O diretor Guy Ferland compartilha o segredo para orquestrar o caos zumbi e pesa os prós e contras de se viver ou em uma prisão pós-apocalíptica ou em Woodbury.
Você dirigiu episódios nas três temporadas. Como essa nova temporada se compara à primeira?
Há um pouquinho da primeira temporada aparecendo nessa terceira. Na primeira, parecia que tudo o que fazíamos era novo e havia muita discusão sobre quem viveria e quem morreria e que rumo a série deveria tomar. Esse ano, aconteceu a mesma coisa quando tivemos de apresentar Woodbury. Sempre nos perguntávamos as mesmas coisas: O quão autossuficiente será esse lugar? Como são os cidadãos? Que tipo de poder a cidade possui?
Qual o segredo para dirigir grandes grupos de zumbis?
Houve muitos momentos nessa temporada nos quais a ação com zumbis era bem intensa, mas isso não estava especificado no roteiro, não diretamente. Estaria escrito que Rick e os outros… matam os zumbis que sobraram, então é meu trabalho descobrir o que eu quero fazer. Como Daryl irá esfaquear os zumbis depois de atirar com a besta? Estou sempre procurando novas maneiras de executar toda essa ação zumbi e acho que já mostramos muitos tiros na cabeça, então quero trazer algo diferente.
Quais são algumas das mudanças que você tem trazido para essa ação?
Bem, eu realmente gosto de mostrar tudo – a geografia dos zumbis e a escolha de como mataá-los – tudo isso do ponto de vista do herói. Então, se você prestar atenção em Rick quando ele tem de matar um zumbi, você verá que eu vou revelá-lo quando Rick o vir. Você quer que seja como uma casa dos horrores, com muitas surpresas.
Você dizze que Alfred Hitchcock foi uma de suas grandes influências. Há algum momento bem Hitchcockiano no qual você trabalhou nessa temporada?
Eu acho que me inspiro mais em De Palma, que se inspira em Hitchcock, então é quase a mesma coisa. No episódio 4, tiramos um tempo para mostrar o plano de Rick e como ele o está executando, o que eu acho meio Hitchcockiano. Bem quando o episódio está pra ficar tedioso, do nada, BAM!, fica cheio de ação. Tem de haver uma construção – essa é a estrutura Hitchcockiana.
Quem é o cara mais palhaço do set?
O mais engraçadinho, que sempre deixa tudo mais leve e faz todos rirem, não importa quão grande é a cena, é o Norman Reedus. Norman sempre vai fazer algo engraçadinho ou cômico só pra fazer as pessoas rirem, porque ele gosta de ver as pessoas sorrirem. Um dia, pensaram que ele tinha machucado o braço, mas ele precisava fazer umas cenas pilotando a moto no próximo episódio. Um médico veio ao set e estava checando se ele estava bem. Eu percebi que enquanto o médico media sua pressão, ele continuava fumando um cigarro. A série está repleta de momentos assim.
Ouvimos muito sobre Woodbury e a prisão. Tendo conhecido ambas as locações, qual delas você escolheria no caso de um apocalipse?
Apesar de Woodbury ser cercada de portões, há muitos lugares para se esconder e planejar e subir nas coisas e dar uma olhada em volta. Quando deixei Woodbury, depois de trabalhar em alguns episódios, o que eu deixei para trás era, basicamente, um paraíso. A não ser que a prisão se torne mais autossuficiente, com cultivo e colheita de legumes, verduras, frutas e coisas do tipo, estaria muito confinado. Eu, provavelmente, escolheria Woodbury – sem o Governador, é claro.
–
Fonte: AMC