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Anatomia de uma História #1 – Um Mundo Maior

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“Anatomia de uma História” é um quadro fixo da revista oficial de The Walking Dead que estaremos traduzindo e divulgando conforme as edições forem sendo lançadas. Na primeira edição da revista, o tema abordado foi o volume 16 dos quadrinhos, intitulado de “Um Mundo Maior”.

NUMA CASCA DE NOZ

TÍTULO: Um Mundo Maior
EDIÇÕES: 91-96
COLEÇÃO: Volume 16
SINOPSE: Rick e os membros da Alexandria Safe-Zone descobrem que eles não são o único grupo grande de sobreviventes quando um recrutador de outra cidade, Hilltop Colony, se apresenta, pedindo para abrirem rotas comerciais entre as duas cidades. Rick percebe que a Alexandria tem pouco a oferecer para a pacífica comunidade de Hilltop, até descobrir que eles estão sob constante ameaça de um grupo amplo e agressivo chamado Os Salvadores, liderados pelo misterioso Negan. Rick se oferece para proteger a colônia em troca de alimentos e de outras necessidades.
INFORMAÇÕES:
– É revelado que se passaram dois anos desde que o apocalipse zumbi se iniciou.
– Há pelo menos 200 pessoas vivendo em Hilltop.
– Há diversas dicas de que Rick e Andrea estão construindo um laço além da amizade.
– Embora seja mencionado diversas vezes, o líder dos Salvadores, Negan, não aparece de modo algum nesse arco. Ele faz sua aparição dramática na centésima edição.

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Durante seu desenvolvimento, The Walking Dead apresentou algumas storylines apaixonantes, mas o que as torna cativantes? Em ‘Anatomia de uma História’, nós dissecamos as ideias de Robert Kirkman em suas partes componentes, analisamos elas profundamente e oferecemos nossas conclusões sobre como elas funcionam. Com ‘Algo a Temer’ fornecendo um bom avanço para os fãs dos quadrinhos, Stuart Barr usa seu bisturi para um exame mais próximo da narrativa que precede imediatamente, “Um Mundo Maior”…

A centésima edição de qualquer série de quadrinhos é um marco, mas é especialmete impressionante para uma série que tem sido tão consistentemente sombria e desafiadora quanto The Walking Dead, de Robert Kirkman. Houve uma quantidade tão excessiva de filmes de zumbis, romances e quadrinhos desde que a primeira edição que é até fácil esquecer quando a primeira edição chegou às lojas em 2003, o renascimento zumbi de Noughties ainda não tinha vindo à tona (ou no caso do remake de Madrugada dos Mortos de ZachSnyder, saindo da linha de largada como UsainBolt).

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Em 2004, os zumbis estavam de volta, baby, com o lançamento do remake tanto de MDM e de Shaun of The Dead (Todo Mundo Quase Morto), de Edgar Wright e Simon Pegg. The Walking Dead deve ter parecido um passo arriscado.

Na série, a história se concentra no antigo oficial de policial Rick Grimes, sua família imediata e os sobreviventes que se juntam ao redor dele. Afastados de sua permanência específica na prisão, o grupo esteve na estrada, sem se estabelecerem em uma localização por muito tempo sem que sejam novamente forçados a se desraigarem para fugir devido à ameaça zumbi. As coisas mudaram desde a edição 70, quando Rick e seu grupo foram levados para a Alexandria Safe-Zone, uma comunidade murada que vivia sob a aparência de uma existência suburbana normal. Houve dramas, mas, durante o tempo em que passamos com Rick e com os outros sobreviventes na Alexandria, eles encontraram alguma coisa potente, algo que tinham esquecido ao longo de seus esforços desesperados para sobrevivência. O foco de Rick em proteger Carl às custas de todos os outros consistentemente conduziu o grupo para caminhos danosos.

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O grupo lutou por suas vidas, os conflitos foram numerosos e Rick foi aleijado física e psicologicamente. Ele lidou com a parte física, mas o dano psicológico foi muito mais severo. Fixado em manter seu filho, Carl, seguro a qualquer custo, Rick desistiu de seu papel como líder, colocando os interesses de seu filho e seus próprios interesses acima dos do grupo.

Entre os sobreviventes, ninguém se elevou para se tornar um líder, todos eles seguiram diferentes direções quando Rick abdicou de seu papel. O que todos eles começam a redescobrir em Alexandria é o conceito de ‘comunidade’ e a segurança e o conforto de fazerem parte de algo maior. Esse tema assume um papel central em ‘Um Mundo Maior’.

O arco da história se inicia algumas semanas depois do cerco dramático à Alexandria pelos mortos vivos, que custou muitas vivas e deixou Carl em estado de coma. Rick percebe que seu foco em proteger Carl às custas dos outros, em vez de manter todos em segurança, na verdade, conduziu o grupo deles a caminhos danosos. Tivesse ele confiado na segurança reunida dos números, seu filho não teria sido mutilado por uma bala perdida, e ele não teria que sacrificar a vida de muitos outros.

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Rick resolve mudar, novamente assumindo o desafio da liderança. Como provou em incontáveis ocasiões, ele está em seus melhores momentos quando está em crise, e a Alexandria está prestes a enfrentar várias crises.

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Quando Carl acorda, está sofrendo de amnésia devido ao seu traumatismo craniano, o que leva a um momento de partir o coração, no qual Rick precisa explicar novamente que sua mãe se foi. Carl, na verdade, aceita as notícias com soturna determinação. Seu pai tinha esperanças de que a relativa segurança da Alexandria Safe-Zone poderia permitir que Carl se tornasse uma criança novamente, mas fica claro que os horrores pelos quais o menino passou tornaram essas esperanças um sonho impossível.

A perda da infância e o efeito desse sombrio novo mundo nas crianças é um dos temas que Kirkman tem desenvolvido nos quadrinhos durante os últimos volumes. Ao mesmo tempo, as crianças são resilientes e encontram suas próprias maneiras de lidar com as perdas. Sophia, por exemplo, diz a Carl que sabe que seus pais estão mortos, mas que fingir que Glenn e Maggie são seu pai e sua mãe é algo que a deixa feliz. Ainda assim, é impossível deixar de ter a sensação de que haverá problemas para Carl futuramente. Outro problema é que os suprimentos de alimentos da Alexandria estão se esgotando e o inverno está chegando.

Os sobreviventes unem esforços, primeiro mandando um grupo pelo lugar para explorar a área ao redor da Alexandria antes de enviar um pequeno grupo em busca de comida e suprimentos. As colheitas são escassas, mas isso era esperado.

As coisas tomam um rumo surpreendente quando um estranho que estava observando a comunidade faz sua presença ser conhecida. Paul Monroe, também conhecido como Jesus, diz ser um enviado de uma comunidade mais ampla denominada Hilltop. Ele deixa Rick surpreso ao afirmar que há diversas outras comunidades na área de Washington, e que rotas comerciais são estabelecidas. Paul quer abrir uma nova rota entre as colonias de Hilltop e da Alexandria, mas Rick e as pessoas mais próximas dele aprenderam a ser desconfiados.

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Há algo que podemos tirar do apelido de Paul ser ‘Jesus’? Paul diz que isso se deve ao seu cabelo longo e a sua barba, mas ele também tem o olhar de um fanático sobre ele. Rick interpreta isso como uma prova de sua culpa, dizendo a Andrea que sua confiança, restrição e falta de temor enquanto era capturado como refém eram um mau sinal, observando “O homem culpado dorme em sua cela enquanto o homem inocente sobe seus muros com preocupação.”

Isso é parcialmente a experiência de Rick como oficial de polícia se evidenciando, mas também é uma decisão errada. Pode ser que Paul não esteja com medo porque tem uma crença, a crença de que Hilltop e a federação novata de pequenas comunidades ao redor são o futuro da humanidade. Paul também é mostrado como um homem de ação e um guerreiro habilidoso, e ainda que tenha sido abertamente ameaçado, ele se recusa a atacar Rick ou seus associados, só se defendendo. Se isso quer dizer que tem mais alguma coisa a ver com seu apelido talvez saibamos no futuro.

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Eventualmente, Paul leva Rick e um pequeno grupo até Hilltop, onde eles descobrem que ele tinha dito a verdade. De repente, existe um mundo fora do grupo imediato de Rick. De repente, existe uma evidência concreta de uma nova sociedade que é autossuficiente, sustentável e que não está resistindo por causa do resgate, da evacuação e das vacinas. Eles aceitaram que a restauração de seu velho mundo pré-apocalíptico é uma fantasia. Esse é um admirável mundo novo, e não há mais lugar para o isolamento.

É claro, isso é The Walking Dead e nada nunca é tão simples assim. Todas as melhores histórias de zumbis compartilham de uma coisa: isso pode parecer contra intuitivo, mas elas não são sobre zumbis. As melhores histórias desse tipo são sobre os sobreviventes, e os vilões não são os zumbis, são outros sobreviventes. Essas comunidades conectadas são como uma horda de gnus selvagens, unindo-se para terem mais força e segurança.

Hilltop aceitou a morte do mundo pré-apocalíptico. O mundo deles é um admirável mundo novo, e ninguém pode ficar isolado.

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Mas onde há hordas, há predadores. Nesse caso, um grupo de bandidos chamados Os Salvadores que estão sobrevivendo ao forçarem Hilltop a lhes dar 50% da produção deles ou enfrentar uma campanha de terror. Mesmo antes de sua revelação, Rick percebeu que a Alexandria tinha pouco a oferecer em um sistema de escambo – eles não possuem colheitas e seus estoques de comida e de remédios estão baixos.

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Contudo, ele vê uma oportunidade:

O grupo de sobreviventes que ele lidera corresponde a um grupo de veteranos de batalhas. Rick oferece a Hilltop seus serviços para lutar contra Os Salvadores. Apesar de ter divergências com seu grupo, incluindo com Michonne, que geralmente o apoia, Rick vê isso como uma oportunidade para, em suas próprias palavras, “Finalmente parar de sobreviver e começar a viver.”

E na próxima edição de Anatomia de uma História: Volume 03: “Safety Behind Bars” (Segurança Atrás das Grades)

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Fonte: The Walking Dead Magazine
Tradução: Lalah / Staff Walking Dead Brasil

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