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Entrevista

Steven Yeun: The Walking Dead me mudou para sempre

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Aguardando a estreia de temporada de The Walking Dead neste domingo, 13 de outubro, a revista Rolling Stone publicará uma entrevista exclusiva com cada novo membro do elenco ou da equipe a cada dia desta semana. Ontem, Andrew Lincoln nos contou que vai continuar fazendo Rick Grimes até que os zumbis arranquem sua pele. Amanhã, o mestre da maquiagem Greg Nicotero vai compartilhar seus segredos do processo de zumbificação.

Do que você gostava quando era mais novo?

Tudo. Fiz muitos esportes – hóquei, futebol Americano e basquete. Mas o estranho é que eu sempre começava e logo perdia interesse – em quase tudo, pra ser sincero. Li muitos livros e depois parei. Tornei-me aquele tipo de garoto que comprava livros só pra ter e acabava não lendo. Não conseguia me concentrar em uma coisa só.

Você participou de peças na escola?

Nunca. Algumas coisas que fiz envolveram música. Eu toquei na igreja – comandava louvores e coisas assim na guitarra.

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Você era um bom aluno?

Eu fui, porque se pensar bem a respeito do colegial, não é tão difícil. Mas pensando por essa ótica, eu fui um mal aluno no sentido de que provavelmente poderia ter conseguido notas mais altas. É meio chato dizer, mas foi bem no nível asiático – se é que você me entende. [risos] Tive boas médias no geral, mas não era bom o suficiente para, você sabe, os padrões que estamos acostumados. Não deveria perpetuar esse tipo de coisa, mas…

Você foi a vergonha da comunidade asiática.

Pode crer! [Risos] Eu normalmente era o garoto que não lia o livro, mas conseguia detonar nos relatório e tirar uma nota boa.

O que os seus pais faziam?

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Eles mexiam com cosméticos. O conto de fadas coreano tem muito a ver com cosméticos, lavanderia, joalheria ou engenharia. Meus pais lidavam com cosméticos. Cresci na classe média e muito cristã. Foi um crescimento muito bom – bem suburbano. E uma coisa muito legal foi ter outra metade dessa realidade em Detroit e ter as lojas de cosméticos. Meus pais trabalhavam todo dia no centro da cidade em áreas bem perigosas. Eles ainda têm lojas em áreas assim. Mas até que foi legal porque nesses lugares existem muitas coisas boas.

Seus pais foram imigrantes de primeira geração?

Sim, mas acho que eu posso ser considerado de primeira geração como eles. Nasci na Coreia. Vim para cá quando tinha cinco anos, mas eu me identifico muito, ou completamente, com o estilo americano.

Quando você conseguiu o papel em The Walking Dead, você fazia ideia do que o programa pretendia?

Vou ser sincero: fale com o Steven do início da primeira temporada e ele simplesmente estaria animado pelo trabalho. Não questionei muito o escopo daquilo que a narrativa trazia. Pensei comigo, “Como me mantenho empregado?” Era o meu foco.

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Por que você acha que as pessoas respondem à série do jeito que tem acontecido?

A série parece fácil de assistir, tipo, “Ah, são zumbis. É ação. É doido. Vamos ver.” É fácil começar. Mas aí você percebe que ela tenta cumprir algo mais profundo: é uma série de sobreviventes e sobrevivência e como isso acontece. Além disso, existe um clima apocalíptico no mundo. Assim como o mundo está encolhendo, da maneira como estamos mais unidos, vemos coisas horríveis acontecendo. Todo mundo é obcecado com isso “Quando o mundo vai acabar?” meio que mentalmente. É legal fantasiar sobre isso.

Como o sucesso da série afeta sua vida?

Cheguei à conclusão de que a minha vida, em um certo momento, mudou para sempre. É estranho. Eu pirei um pouco. Parei de sair de casa. Fiquei meio isolado. Se você tem alguma insegurança, elas ficam aumentadas porque agora o mundo todo está vendo. Mas estou me ajustando com isso.

Algumas pessoas reclamam que a série enrola às vezes. O que você acha?

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Esse é um ponto bem legal. A parte complicada é que a série, o seu âmago, não permite que se tenham momentos para recuperar o fôlego. Não se pode ter um episódio em que nada acontece – em que apenas se relaxa, toma uma cerveja e bate papo. Não dá pra fazer isso, porque a essência do programa é o caos. Então existe um balanço delicado. Achei que no ano passado pendemos mais para o lado da ação e as pessoas adoraram, mas sacrificamos muito dos momentos em que personagens poderiam ser valorizados e compreendidos. Mas a segunda temporada teve muitos momentos para os personagens e as pessoas queriam mais ação. Então não dá pra agradar todo mundo.

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com dezesseis episódios na quarta temporada, em 13 de Outubro de 2013 na AMC e 15 de Outubro de 2013 na FOX Brasil. Confira o trailer oficial da temporada e uma análise detalhada dele.

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Fonte: Rolling Stone
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Walking Dead Brasil

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