2ª Temporada
Jeffrey Comenta The Walking Dead, Dale e Frank Darabont
The Walking Dead é “O Programa” para fãs de forte drama serializado e apaixonados por horror. Um programa sobre sobrevivência, e um vagão de trem dos tempos modernos cheio de diversos personagens lutando contra uma misteriosa praga zumbi. Que se abateu sobre o mundo.
The walking dead foi criado por Robert Kirkman, adaptado para a TV pelo notável diretor Frank Darabont, e foi trazido à vida através de um elenco extraordinário o qual inclui o freqüente colaborador de Darabont, Jeffrey DeMunn (Dale).
Um ator de teatro classicamente treinado e um veterano de cerca de 100 projetos de TV e filmes. A galera do Very Aware falou com o Sr. DeMunn sobre a fonte do material MORTO, a saída repentina de Darabont, e o que o futuro guarda para seu personagem.
Quão familiarizado você está com o quadrinho de The Walking dead?
Jeffrey DeMunn: Eu não sou tão familiarizado assim com ele, na realidade quando Frank me ligou na primeira vez para fazer o trabalho, eu estava em outro trabalho em Dallas e ele me perguntou se eu queria vir para Atlanta e matar zumbis e eu disse “ok” sem conhecimento prévio de The walking dead. Eu só aceitei a chance porque foi o Frank Darabont.
Você está ciente até onde a história vai nos quadrinhos?
Eu tenho alguma ciência disso, sim, mas de qualquer modo não é o meu foco. É como fazer uma peça autobiográfica. Aaron Burr, eu fiz isso uma vez. Eu estudei algo na vida de Aaron Burr, mas fundamentalmente o que você deve seguir é o que está no seu script. Então, eu tenho alguma ciência disso, mas é completamente periférico.
Falando de Frank Darabont, obviamente ele não está mais envolvido no dia a dia do programa. Eu sei que você trabalhou com ele consideravelmente através de sua carreira, como a saída dele afetou você e como você acha que afetou o programa em geral?
Inevitavelmente é uma mudança massiva. Foi Frank que trouxe todos juntos. Eu trabalhei com Frank por cerca de 22 ou 23 anos em vários projetos até agora. Eu acho que sete projetos ao todo, e esse é o meu sétimo projeto com Darabont e de maneira alguma eu sou o único nisso. Nosso designer cênico Greg Melton esteve no colegial com Darabont. Nosso maravilhoso criador de zumbis Greg Nicotero conhece Frank e trabalhou com ele por 17 anos. Bill, o cara do FX, trabalhou com Frank, e eu não sei quantas vezes, Laurie Holden. Eu acho que o que estou tentando dizer que todo mundo foi reunido por Frank, não só o elenco, alguns indivíduos membros da tripulação, mas isso foi uma reunião massiva.
Ele trabalha com um grupo de pessoas e ele carrega consigo aquele talento, e talentos o seguem porque, no nosso tempo, ele é um dos grandes, então sim, fez uma diferença massiva a sua saída, foi a percepção dele que pegou um quadrinho de sucesso e transformou em um fenômeno de gigantesco sucesso mundial.
Se você lembrar que houve um livro maravilhoso chamado, “Rita Hayworth and the Shawshank Redemption”, Frank Darabont leu isso, e ele teve uma visão de que aquilo poderia se tornar um filme e subitamente aquilo se tornou grande.
A habilidade de ele pegar alguma coisa das páginas, das mãos de alguém e passar para as telas… “O nevoeiro”, por exemplo, é o meu favorito, e eu re-assisti depois de um tempo para um artigo, e a visão daquele filme é impressionante em como ele elenca os humanos como os monstros.
Você assistiu em preto e branco?
Não, eu não sabia que estava disponível em preto e branco.
Sim, essa é a forma como Frank originalmente queria que fosse lançado, ele filmou como um filme em preto e branco, mas as pessoas no comando disseram “não, você não pode fazer isso, as pessoas não vão assistir um filme em preto e branco e você tem um final pesado o suficiente nele”.
Voltando a The walking dead, parece que o impacto dele ainda é sentido, creio que isso se dá por sua visão ter sido tão forte.
Bem, ele trabalhou nos 8 primeiros o qual nos leva a 2.08, que serão agora os primeiros 7, porque nós combinamos 1 e 2 para o lançamento, para fazer um lançamento de uma hora e meia. Então o trabalho de Frank é exatamente até o nosso episódio 2.08 e eu acredito que vai completar o que é mostrado nesse outono e então haverá uma pausa, seguido pelo resto da temporada o qual ele não teve nada haver com a história e assim por diante.
O resto da segunda temporada, ele não teve nada haver com ela, mas outro ponto importante, não estou querendo insistir em Frank, mas ele é um gênio e uma coisa, ele olharia para toda a maquiagem, ele olharia todo o figurino. As pessoas sabiam que isso devia ser feito por Frank, ele tem sua mão em tudo, especialmente na edição. Então agora o que temos nesse ano é a edição que não é a “edição de Darabont”, nisso você verá algumas diferenças e acredito que algumas pessoas já notaram isso.
Qual episódios vocês estão fazendo agora?
2.12
Eu posso ter alguma dica do rumo que o programa vai levar?
Sem chance (Risos)
Sem chance, bem, eu tinha que tentar, creio que você poderia ser chamado de ator-personagem em termos de filmes e TV, obviamente você fez muitos trabalhos no teatro, mas você meio que se sentiu em casa com The walking dead, onde você está estável e é um trabalho diário. Como tem sido essa transição para você?
Ho, certo, sabe quando filmamos “Á espera de um milagre” também foi um trabalho diário, foram 20 semanas. Então esse é só mais um (Risos), como um filme longo, então sim, não foi uma transição tão grande, as grandes transições sempre são entre teatro, e fazer filmes ou televisão.
Qual você prefere?
Eu não tenho exatamente um preferido, ambos ainda são um extraordinário desafio e ambos ainda são muito excitantes para mim. Então eu não tenho uma preferência, eles se nutrem entre si. Teatro é mais difícil, é um trabalho mais duro, e isso demanda mais de você. Mas eu simplesmente aprecio os dois, eu sou afortunado o bastante de ser capaz de fazer os dois.
O seu personagem em The walking dead lentamente passa por uma transformação. Ele parece ser mais sonoro, um pouco menos preocupado com confrontação, por exemplo, toda a confusão com Andrea quanto a arma de seu pai. Como você se sente quanto isso?
Bem, Eu acho que isso faz sentido para mim. Dale é um protetor, um cuidador, um observador, e eventualmente pessoas assim têm que se manifestar. Sim, você verá mais disso em Dale.
Agora no quadrinho, Dale meio que passa de uma figura paternal na vida de Andrea, para uma relação romântica com ela. Isso é algo que você prevê acontecendo no programa?
Eu ainda não vi isso, então só teremos que esperar e ver.
–
Fonte: Very Aware
Tradução: Felippe Otaviano / Staff WalkingDeadBr