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3ª Temporada

Glen Mazzara Revela que a Prisão Não Será como um Refúgio

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(Alerta de Spoiler: Não leia esta matéria se você não quer saber sobre o que acontecerá em The Walking Dead)

O produtor de The Walking Dead, Glen Mazzara, não quer revelar muito sobre a terceira temporada da série, mas ele diz, enfaticamente, como a série inteira não acabará.

O The Wrap conversou com Glen Mazzara durante um dia crucial das filmagens da terceira temporada – que se passa numa prisão e traz um perverso novo vilão, chamado O Governador. Nós percebemos, durante a entrevista, que há, geralmente, três finais para histórias de zumbis. Uma em que os sobreviventes encontram um refúgio, talvez fugindo de barco – “Não”, interveio Mazzara, vendo onde queríamos chegar. “Não há refúgio nesse mundo. Quero deixar isso claro. No final da segunda temporada, a fazenda é tomada por zumbis e aquela fazenda era o último refúgio, e não há mais refúgios naquele mundo. Eu quero ser muito claro sobre isso. Não há refúgio.” Então Rick Grimes e os outros sobreviventes não podem só pegar um navio pra França e — “Não. Não. Não.”, diz Mazzara. “Isso vai contra nossas regras internas.” Então isso elimina essa possibilidade.

Mazzara e seu elenco vão disponibilizar um trailer extendido da terceira temporada de The Walking Dead na Comic-Con no próximo mês. Enquanto isso, ele nos disse o quão fiel à HQ que inspirou a série (escrita por seu produtor executivo, Robert Kirkman) será a terceira temporada, e como foi assumir o lugar do produtor original, Frank Darabont. Ele também explicou porque a prisão, na qual a maior parte da nova temporada se passa, não será como um refúgio.

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Sem deixar nada escapar, você pode nos dar uma ideia do que estão filmando hoje?

Na verdade, estamos filmando uma cena chave para a temporada inteira, e num dos meus sets favoritos de todos os tempos.

Seria esse set a prisão?

Sim, é parte da prisão.

Você disse que essa temporada chegaria ao centro da HQ – Michonne, o Governador, a prisão. Quão fiel você vai se manter à HQ?

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Estamos pegando os personagens e enredos de mais destaque da HQ e adaptando-os para nosso universo alternativo das séries de TV. Então será uma surpresa tanto para os fãs dos quadrinhos quanto para os “não-fãs”.

Eu adorei a maneira como você prolongou e intensificou o enredo de Shane. Você realmente tirou todo o drama possível de sua história.

Esse é um ótimo exemplo de como pretendemos usar o material original da HQ. Precisamos fazê-lo nosso.

Quais são as vantagens e desvantagens de se filmar grande parte da temporada dentro da prisão?

A prisão, por si só, sera um personagem malévolo, ameaçador. É um desafio viver na prisão. E eu acho que fomos capazes de tirar muita história dela. Então não será como um canto seguro, mantendo nossos personagens fora da ação central. Parecerá que estão numa gaiola dentro do mar, com tubarões em volta. A vida na prisão será assim.

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Quando conheceremos o Governador?

Ele faz uma aparição surpresa. Eu não quero deixar escapar em qual episódio exatamente, mas a audiência com certeza estará pronta pra essa aparição – e ela não terá de esperar muito.

“A Ascensão do Governador”, o livro lançado no ano passado por Robert Kirkman e Jay Bonansinga, fez do Governador um personagem um tanto mais simpático do que é na HQ. Você o vê como alguém que não é necessariamente perdoável, mas compreensível?

Sim. Eu não li o livro porque não queria que ele influenciasse no meu conceito da versão para a TV. Mas estamos interessados em ter um personagem muito complexo, cheio de nuances, com várias camadas. Ele não será simplesmente um arquivilão comprometido em desempenhar um ato malvado em todas as cenas. Isso é muito caricatural pro que fazemos. Nós queremos que o personagem pareça tão real, humano e bem desenvolvido quanto possível.

Se você se manter fiel ao que acontece entre ele e Michonne nos quadrinhos, será a coisa mais brutal numa série que não se baseia em violência. Você acha que deverá suavizar o que está na HQ? Ou você expandirá isso? A televisão permite que você mostre mais ou menos?

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Com certeza a HQ possui um material desafiador, e eu diria que há uma material igualmente desafiador na série. Acho que no fim da segunda temporada, nós mostramos que não seguramos as porradas… Não ficará mais leve agora. No entanto, faremos as coisas no nosso próprio tempo ou quando fizer sentido na série. E, definitivamente, vemos esse arco Governador-Michonne-Woodbury-Prisão como um arco de longo prazo.

Você assumiu o lugar de Frank Darabont na última temporada, e, na minha opinião, a série continuou ficando cada vez melhor e teve uns de seus melhores momentos. Você tinha uma ideia de onde Darabont queria chegar? E você se mantém em contato com ele?

Nós estávamos muito focados em terminar a segunda temporada. Então eu acho que nosso modelo era o material da HQ que estávamos usando. Eu não sabia de um plano de longo prazo, então eu usei a HQ como apoio. Eu acho que Robert fez um ótimo trabalho nela e estamos ansiosos pra entrar no que eu considero o coração da coisa. Pra mim esse enredo Michonne-Governador-Prisão-Woodbury é o que iguala The Walking Dead.

Há algumas series, como Lost, nas quais você pensa “Bem, o que eu acho dessa série depende de como ela termina”. Você acha que The Walking Dead é uma série que precisa de uma grande resposta no final?

Isso é algo no qual eu penso obssessivamente. Há um ponto nessa série em que a audiência quer saber “O que acontece agora? O que acontece agora?” No entanto, não é uma série baseada numa revelação. É uma série baseada na ação dos personagens. E eu acho que enquanto nos mantermos fieis aos personagens – e a série toda está nos ombros de Rick agora – enquanto formos fieis ao verdadeiro espirito dos personagens, ao espirito do trabaho original de Kirkman, será pelo que o show será julgado.

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Não é, necessariamente, sobre ter uma resposta que resume tudo com um lindo laço. Essa série é mais sobre como essas pessoas sobrevivem num apocalipse.

Eu sei que “walkers” não são exatamente zumbis, mas parece que nos filmes de zumbi há três maneiras de se terminar: Todo mundo morre, eles descobrem o que causou a epidemia ou eles chegam a algum lugar seguro. Você já disse que não sabe o que criou os zumbis. Parece ser uma coisa com a qual você não se preocupa muito.

Robert não está interessado em propor uma teoria do que causou o apocalipse e isso é algo que considero importante pra nós. É sobre sobreviver nesse mundo. Somos sortudos nesse sentido, porque podemos nos inspirar em vários ótimos filmes de zumbi. E uma das coisas que realmente nos orgulha é poder adicionar pequenos detalhes em zumbis que ninguém nunca viu.

Quando você pensa em finais possíveis, eu realmente me interesso em encontrar um novo território e um novo tipo de final, um final surpreendente para essa série, que ninguém viu antes, no qual ninguém pensou antes.


Fonte: The Wrap
Tradução: Victória Rodrigues / Staff WalkingDeadBr

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