Siga-nos nas redes sociais

Walking Dead Brasil

[FANFIC] Dead Memories – Capítulo 09

Publicado há

 

em

A verdadeira história de Gomes será revelada. Como se iniciou o holocausto zumbi será dito. O pesadelo de Gomes será explicado. Muitas emoções aguardam os sobreviventes. O possível final desta batalha pela sobrevivência estará realmente chegando.

   Trinta e um de dezembro de 2010, Canoas, Rio Grande do Sul

Havia amanhecido. Acordei e mesmo sonolento fui à janela como fazia todos os dias. Apreciava muito aqueles amanheceres. Fui até o banheiro que ficava ao lado do meu quarto e lavei meu rosto, na imagem do meu rosto refletido no espelho via um garoto moreno, olhos castanhos, cabelo de cor castanho-claro e um cabelo desajeitado. Um garoto sem medo de batalhar por seus sonhos.
Ao descer de meu quarto pela escada em caracol rumo à sala a cozinha lembrei que hoje era dia 31 de dezembro, uma sexta-feira pra ser mais exato. Chegando a cozinha encontro meu pai assistindo TV enquanto minha mãe preparava seu chimarrão. Meu pai é o delegado do 13° distrito policial (13° DP), se chama Paulo e minha mãe uma dona de casa que se chama Maria. Após tomar meu café junto aos meus pais sigo até a igreja para o preparo da celebração de domingo. Decidi após o incidente na Amazônia no qual fiquei dois anos em coma. Nada me tirava da cabeça que eu e todo o batalhão especial do comando kamikaze (BECK) havíamos sido vitimas de uma emboscada. Afinal buscávamos apreender mais de 5 toneladas de drogas desde maconha até crack. Meu passado não era dos melhores tinha feito muita besteira na vida como roubar carros o que acabou me levando a FASE antiga FEBEM. Meu pai havia me castigado por meus crimes e não moveu um dedo para me ajudar, ele estava certo o que eu tinha feito era errado e merecia pagar pelos meus erros. Foi quando tive a chance de me redimir. Por ser filho de um delegado tinha me recrutado para o exército. Só obedecia a duas pessoas. O primeiro sargento Guilherme Fabregas e o segundo era o meu tio, irmão de meu pai, seu nome era Fabio de Souza Gomes. Acho que foi por isso que os soldados me chamavam de Gomes. Meu tio era um homem frio, arrogante, prepotente, mesquinho e parecia não ter nenhum sentimento bom em seu coração. Especialista em torturas e fugas se tornou segundo sargento após ter destruído um cartel de drogas na Colômbia. Pensava ainda nos gritos desesperados de meu batalhão. Cada um deles foi alvejado por tiros ou estilhaçado por uma granada. Dei muita sorte em escapar vivo dessa missão. Fiz o que pude para ajudar meus amigos naquela noite, mas eles continuavam morrendo um após o outro. De repente fui cercado de um lado, tentei fugir, pois já não possuía munição quando tropecei em um tronco e cai em um barranco. Cai rumo há uma nascente havia um corte na cabeça, provavelmente a alguma pancada durante a queda. Estava inconsciente quando fui salvo por um padre que pregava a palavra de Deus em uma tribo indígena. Para minha sorte ele também era médico e cuidou dos meus ferimentos. Assim que fui deslocado até a capital fui levado a um hospital onde permaneci em coma por quase dois anos. Meu pai estava muito preocupado. Disse a minha mãe que não poderia mais confiar em ninguém e que seria melhor que sumíssemos por um tempo, pelo menos até ele descobrir o que tinha acontecido. Minha mãe ficou cada dia de meu coma ao meu lado tomando conta de mim. Enquanto meu pai não media esforços para descobrir quem tinha feito aquilo comigo. O remorso ainda lhe abatia, afinal ele que havia me deixado ficar na FASE, embora também não soubesse de meu recrutamento.
Agora estava indo a igreja, ansioso pela virada de ano. Quando cheguei à igreja vi que estava vazia. Fui em direção ao altar quando me deparei com uma cena surreal. O coroinha que ajudava o padre local nas celebrações mordendo o seu pescoço. Os olhos do coroinha estavam brancos, seu tom de pele estava muito branco, muito pálido e na sua perna direita se percebia uma mordida grande. Grito para ele:
– Pare com isso Davi. Solte-o agora.
Após o coroinha chamado soltar o pescoço do padre Bento uma voz rouca e aguda com um sotaque diferente sai da boca de um homem que estava sentado em um dos bancos da igreja me responde.
– Davi?! Você fala dessa carcaça. Hahaha… Está carcaça a qual chama de Davi é simplesmente um corpo pútrido, agora se ele tinha uma alma agora ela não existe mais.
– Não pode ser.
Olho assustado, sem reação nenhuma diante do que estava acontecendo. Davi segue em direção ao homem que falara comigo quando o mesmo o atira na cabeça com um revolver.
– O que foi isso? O que está acontecendo? Por que, por que fez isso?
– Aff… Quantas perguntas meu jovem veja seu tom de voz antes de falar com alguém mais velho. O homem se levante com uma expressão desanimadora no rosto, estava com o braço esquerdo sangrando, empunhava uma pistola apontada para baixo, então seguiu em minha direção.
Ele estava fardado, estrelas e medalhas em seu peito, uma boina vermelha.
– O que eu sou? Eu sou um deles pra falar a verdade. Sou o General Michel de Freitas ex-soldado do exército de Gomes e co-fundador do BECK. O que está acontecendo? Simples minha criança, é o famoso apocalipse. Nem preciso dizer o motivo, certo?! Pela expressão no seu rosto percebo que ainda não sabe, ok contarei a você. Lembra-se da missão na Amazônia que você liderou jovem “Gomes”, então quando você e seu batalhão chegaram perto do nosso laboratório de pesquisas tivemos de eliminá-los. Confesso que subestimamos o seu batalhão. Afinal o menino prodígio do exercito não deixaria de descobrir nossas experiências. Sabíamos a sua localização, mas sem memória você não seria um problema, certo?
De repente um flash de lembranças sobre o dia da missão na Amazônia surgiu em minha mente esclarecendo o acontecido naquele dia.
Ao chegar à coordenada traçada chamada “Casa do Blanka” (pra que não sabe Blanka é um personagem da série de jogos street fighters que vive na Amazônia, Brasil) pelos meus soldados, encontramos um silencio macabro. Não se ouvia pássaros, nem grilos, somente o balançar do vento entre os galhos das árvores. O tempo estava se preparando para uma chuva. Avançamos devagar pela mata até que encontramos alguns animais mutilados no chão, era cerca de 10m² de pura pútridão dos corpos já em decomposição manchando o verde natural da natureza do vermelho sujo do sangue.
Meus homens estavam apreensivos e alertas quando começou a chover. Avistamos de longe o que parecia ser uma instalação, estava anoitecendo e se podia enxergar as luzes daquele lugar cercados por grades com arame farpado e um torre que emanava uma luz, parecia até mesmo um farol. Estávamos a 120m do local e resovemos adentrar o local, ou melhor, invadir. Agrupamos-nos na formação de um arco. Nas pontas os solados cuidavam do lado esquerdo e direito os 5 soldados contando comigo seguiam em direção a frente enquanto os demais entre nós e os soldados da ponta seguiam de costas protegendo a retaguarda. Seguimos até 100m do local quando ouvimos uma explosão. Um dos soldados havia pisado em uma mina terrestre, em seguida ouvimos tiros e um dos soldados que cobria a retaguarda foi baleado. Começava o tiroteio. Rajadas de metralhadoras, minas terrestres, granadas e gritos de desespero tornavam aquele lugar o próprio inferno. Os soldados caiam um após o outro. Até que restou apenas eu e o segundo comandante do BECK Juracir Moraes o qual eu confiava. Tivemos que bater em retirada abandonando nossos homens mortos naquele lugar. Quando percebemos que estávamos cercados por homens fardados de preto, mascaras respiratórias nos rostos e armados de fuzis de assalto Ak-47, Sabíamos naquele momento estávamos mortos, então em um ato de desespero pulamos barranco a baixo caindo cerca de 12m até um riacho, eu estava gravemente ferido e perdendo a consciência. A minha última lembrança era do corpo de Juracir sendo levado pelo riacho enquanto eu ao menos sentia o meu corpo preso a galhos jogados no riacho.
Uma irá extremamente impiedosa se alastrou pela minha mente cega de ódio pelo acontecido fez meu coração bater acelerado e sangrar a mão após fechar o punho como uma maneira de manter minha sanidade naquele momento.
– Filho da puta! Foi você o responsável pela morte dos meus soldados seu merda. Que porra de pesquisas, experiências são essas? Fale logo ou enfiarei minha pistola onde o sol não bate desgraçado!
– Estávamos desenvolvendo um gás capaz de multiplicar células tronco e acabamos criando um gás que reanimava células mortas. Esse gás foi trazido para a capital Porto Alegre onde encontraríamos o comprador, um Chefe de um Cartel na Bolívia que estava a negócios com um Uruguaio, seu nome era Armandino La Rosa, mas devido a um acidente com o carro forte que transportava o gás ele se espalhou e as pessoas próximas a eles começaram a expelir sangue pelos seus orifícios, seus corpos não deveriam suportar o vírus, mas o gás os trazia de volta a vida. Reanimava seus corpos moribundos. A questão é que esta maldição se propaga pelo ar, todos nós já estamos infectados, embora apenas nos transformasse nessas aberrações com o contato direto entre alguém com a doença já alastrada pelo corpo ou ao morrer de uma maneira simples como quebrar o pescoço ou um acidente de carro.
Essas pessoas começaram a atacar outras, mordidas, arranhões qualquer contato direto com o sangue transformava pessoas normais em o que as pessoas começaram a chamar de zumbis. O gás se espalhou como gripe, embora não sobrevivesse a temperatura normal, mas quando percebi a cidade já estava tomada por eles.
Ao terminar de falar essas explicações gritos e explosões começam a ecoar do lado de fora da igreja.
Pergunto o que esta acontecendo ao general e ele me diz:
– Seus familiares, amigos e vizinhos são agora demônios sedentos de sangue e morte. Matarão por instinto até o último ser humano ser estraçalhado. Vou me despedindo agora, porque tenho de ir para longe deste inferno hahahaha…
Rapidamente põe a pistola em sua boca e aperta o gatilho.
Uma fumaça preta segue pelo teto da igreja até o lado de fora. Persigo a fumaça até o lado de fora quando meus olhos presenciam o dito impossível.
Pessoas correndo atrás das outras, atirando umas nas outras e comendo outras, mastigando seus corpos e espalhando sangue por toda a parte, carros batendo, postes caindo, gritos e mais gritos surgindo de todos os lugares. A igreja estava pegando fogo assim como as demais casas a sua volta.
Corro pela rua mesmo infestada de zumbis com o intuito de procurar e proteger meus pais. Chegando à rua de minha casa em meio ao apocalipse encontro minha mãe desmaiada no chão da rua e meu pai parado ao seu lado atirando contra o peito de meu tio Gomes que parece não estar sentindo os tiros que perfuram seu peito se aproximando de meu pai quando toma a arma de meu pai e o morde na mão. Meu pai ainda assustado olha para mim e grita “Fuja”. Quando me upai gritou para que eu fugisse meu tio Gomes enfiou seu braço dentro do peito meu pai e puxou o seu coração. Meu pai caiu na hora, com seu corpo banhado em sangue enquanto meu tio Gomes lambia degustava sadicamente seu coração acabou me vendo. Foi em minha direção. Eu fiquei parado em estado de choque. Minha mãe se acordava naquele momento, então gritou “Gomes!” para que ele me deixasse em paz, mas aquele não era mais meu tio Gomes e sim apenas um homem de roupa preta, olhos sangrando e tripas saindo pelo estomago.
Naquela hora tentei me defender socando e chutando aquela criatura chamada Gomes, mas parecia não sentir nada, nem sequer uma expressãozinha de desconforto. Meu tio pega em meu braço direito, mas me solto rapidamente o empurrando ao chão. Sem saber o que fazer pisei com força em sue crânio partindo-o em duas partes. Quando iria ajudar minha mãe o carro que estava ao seu lado explode fazendo com que eu fosse arremessado 6m dali. Quando me levanto ainda com a visão embaçada percebo que gemidos seguem em minha direção tento correr para um lado e encontro nossa casa destruída ao entrar na casa e trancar a porta escuto tiros do lado de fora. Corro até o meu quarto vou em direção a janela ver o que estava acontecendo ao chegar a ela uma explosão do lado de fora me joga contra a parede. Apaguei naquele momento.
Sete dias depois
Carlos, Everton e Gomes discutem.
– Pare com isso Carlos. Você está louco.
– Cale a boca Gomes ele foi infectado e não quer nos contar. Ele está mentindo.
– Eu não estou mentindo Carlos, nos conhecemos há tanto tempo e você não acredita em mim.
– Carlos abaixe a arma ou eu vou atirar em você. Aponto então minha arma sobre a cabeça de Carlos.
As perguntam ainda não tiveram todas às respostas.
Carlos mataria seu amigo? Onde estariam os outros? Estariam mortos ou vivos? Eu mataria Carlos? Fabregas estaria vivo? O que aconteceu com o demônio e quem era o homem vestido de branco? As dúvidas serão finalmente esclarecidas por completo.


Autor: William Santos / @willsanttoos

Advertisement
Publicidade
Comentários