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The Walking Dead: Dead City

CRÍTICA | The Walking Dead: Dead City S01E02 – “Who’s There?”: O velho Negan está de volta!

Who’s There? foi o segundo episódio de The Walking Dead: Dead City. Veja a nossa crítica ao episódio e discuta conosco.

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Negan sério em arte da crítica do episódio 2 da 1ª temporada de The Walking Dead: Dead City.

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do segundo episódio, S01E02 – “Who’s There?” (Quem está aí?), da primeira temporada de The Walking Dead: Dead City. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Depois de uma sólida estreia, o segundo episódio chegou essa semana e com ele, caminhos para os próximos episódios foram estabelecidos. Novos elementos foram acrescidos na relação entre Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Maggie (Lauren Cohan) além da apresentação de um novo grupo que pode ser útil na missão de recuperar Hershel (Logan Kim).

Começando imediatamente após os acontecimentos de “Old Acquaintances“, vemos que a mulher do último episódio roubou a bolsa de suprimentos deles, e Negan e Maggie não veem opção a não ser ir atrás dela, já que também estavam cercados por walkers. No topo de um prédio, ambos atravessam para outro prédio usando uma tirolesa atrás de seus suprimentos. Aqui a série introduz um novo recurso que pode ser de muita valia para os próximos episódios, que é o medo que a Maggie tem de altura. Como as tirolesas são o método mais eficaz para se locomover na New York pós apocalíptica, esse novo elemento introduzido cria uma nova camada para a personagem, que agora deve passar constantemente por perigos envolvendo altura . Mesmo com a tirolesa travando no final da travessia, Maggie recusa a ajuda de Negan, o que mostra que ela está disposta a fazer qualquer coisa contrária para não dever futuros favores a ele.

Uma curiosidade que pode ter passado despercebida no episódio é a cena inicial. Os walkers empurrando a porta e as mãos passando no vão é uma clara referência ao piloto da série principal “Days Gone Bye” com a cena de Rick no hospital e a porta do “Don’t Open – Dead Inside” (Não Abra – Mortos Dentro). Esse episódio foi marcado por algumas referências aos grandes momentos da série.

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Nova Hilltop e o passado de Maggie

Posteriormente somos apresentados a nova Hilltop sob o ponto de vista de Ginny. O que chama a atenção na cena é o aspecto mais “urbanizado” da comunidade, que parece ser maior do que o local mostrado na série principal. Um ponto interessante na sequência é Ginny ser apresentada como uma moradora de Oceanside, o que não faz muito sentido já que Negan contou a história dela no episódio anterior. Mesmo com as informações não batendo, é provável que a série explique a divergência de informações que aqui foi mostrada.

Imediatamente temos uma transição belíssima e poética de uma Ginny solitária no quarto para um diálogo profundo entre Maggie e Hershel. Aqui é apresentado um Hershel mais apático e melancólico devido a todos acontecimentos que envolvem sua mãe e ele carrega parte da dor dela com ele. Essa cena de flashback mostrando o diálogo entre os dois personagens é importante porque preenche algumas lacunas do tempo que passou e somos apresentados aos poucos às informações. Isso traz muita coesão para Maggie, acarretando numa maior profundidade na sua relação com seu filho. É interessante notar que a direção está tentando trazer referências à série principal para mexer com os fãs mais assíduos do universo, e nessa cena de flashback, o aspecto visual da Maggie está idêntico ao da época da fazenda.

Outro ponto importante do episódio foi o fato de Armstrong ter visitado o seu passado, voltando em um antigo apartamento da família. Pelo que é mostrado, parece que a pessoa que cometeu suicídio é seu irmão. O ponto aqui é que isso pode ser tornar um fator a mais para fomentar as pretensões do personagem.

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O velho Negan está de volta em The Walking Dead: Dead City

O grupo nova-iorquino aqui apresentado prende os dois, o que rende uma cena de diálogo onde Negan conta a verdade sobre O Croata. Ele conta que na época dos Salvadores, o vilão foi capaz de torturar uma criança para obter informações que ele queria – o que deixa Maggie claramente tensa já que ele está em posse de seu filho. Quando Negan descobriu o que tinha acontecido, tentou matá-lo mas o tiro pegou de raspão e foi assim que O Croata perdeu a sua orelha. Esse seria um dos motivos plausíveis para Negan estar na mira do novo antagonista.

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Após serem atacados por pessoas armadas, Negan e Maggie são soltos para ajudar na luta e, quando um dos inimigos mata uma importante integrante do grupo em que os dois estão integrados, Negan se vê na posição de dar uma baita lição para os inimigos.

Na sequência, temos o que talvez seja uma das melhores cenas do Negan em toda sua jornada até aqui. A direção manda muito bem ao começar a cena mostrando o personagem saindo de uma sombra, o que se torna até poético, fazendo com que ele tenha que retornar com velhos hábitos para ter o controle da situação. O que ele faz com um membro do grupo inimigo é semelhante ao que ele fez com o Spencer em Alexandria, com o intuito de dar um recado ao grupo. Apenas Jeffrey Dean Morgan é capaz de nos entregar uma cena engraçada e brutal ao mesmo tempo, e que com certeza está entre as melhores cenas do personagem até aqui e conversa com o gênero da série, trazendo as origens de The Walking Dead, já que no final da série não tivemos muito desse gore que foi resgatado nesta sequência.

No primeiro episódio, não havia evidências tão contundentes de que o velho Negan voltaria, ele estava se comportando como no fim da série. O despertar de sua parte psicopata se torna de grande valia e será excelente para o desenvolver da trama, porque mostra que o personagem pode resolver situações complicadas de forma fria e brutal. Nesse ponto, Maggie percebeu que esse Negan que ela tanto odeia é necessário se ela quiser resgatar seu filho.

É importante ressaltar que o roteiro deixa claro que Negan tem algo mantido em sua jornada, de sua redenção, de tudo que aconteceu com ele durante a série principal, principalmente no que tange à sua relação com Maggie, e ao mesmo tempo, quando está em situações extremas, ele traz seus velhos traços psicopatas. Inclusive, podemos ver o mantimento do desenvolvimento do personagem quando ele fala que é necessário ter trocas com pessoas e soltar informações aos poucos, pois caso contrário é dar poder demais nas mãos do inimigo (isso foi claramente visto no arco de Commonwealth).

Uma crítica ao episódio é o subaproveitamento do Croata, que tem potencial para ser um baita vilão. Nos dois episódios exibidos até agora, ele aparece apenas na cena final do episódio para impor medo, o que até é suficiente para aumentar a expectativa dos telespectadores. Entretanto, se essa fórmula se repetir pelo resto dos episódios, pode ficar batido e a série pode estar perdendo tempo para desenvolver o personagem.

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Apesar deste episódio ter pisado no freio em relação ao ritmo, é um episódio que solidifica os caminhos que serão trilhados ao longo da temporada e nos apresenta o conflito entre diversas “gangues” de New York. Os dois episódios juntos formam uma tensão clara nos apresentando de forma definida e sólida as motivações dos personagens e o que estão dispostos a fazer para salvar Hershel.

E por aí, o que você achou de “Who’s There?”, o segundo episódio da 1ª temporada de The Walking Dead: Dead City? Deixe sua opinião e pensamentos nos comentários abaixo!

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