ATENÇÃO: O post a seguir contém SPOILERS dos quadrinhos e da série de TV. Não continue caso não esteja em dia com ambos. Você foi avisado!
Após muita espera, The Walking Dead finalmente voltou para a sua nona temporada. Mesmo apresentando uma premiere menos “explosiva” em comparação aos últimos anos, “A New Beginning“ não deixou de ter momentos de tirar o fôlego, adaptando também painéis clássicos dos quadrinhos originais de Robert Kirkman.
Com a ajuda da Skybound, fizemos uma comparação entre a série de TV e as HQs. Confira:
Além de servir como um dos pontos mais chamativos entre a transição de uma temporada para a outra, o grande salto temporal da série de TV não apenas revigorou a história esteticamente, como também abriu novos horizontes para narrativas ainda não exploradas. Além do período escolhido para este avanço no tempo, a diferença mais gritante entre as duas mídias é a ausência de Carl Grimes.
SÉRIE DE TV: Mais ou menos dezoito meses após o término da guerra contra Negan, a nona temporada começa mostrando os sobreviventes totalmente mudados em relação ao mundo pós-apocalíptico. Com a ajuda do livro “A Chave”, entregue pela misteriosa Georgie à Maggie, as comunidades reequiparam-se estruturalmente, tornando-se auto-sustentáveis e colaborativas umas com as outras, formando inclusive algumas rotas organizadas de locomoção.
Com o fim da tirania de Negan, Rick, ainda carregando a dor da perda de Carl, agora é visto como uma lenda viva pelos demais sobreviventes, mas não se encontra mais tão envolvido na parte política das comunidades – o que fica a cargo de Michonne. Maggie, por sua vez, venceu Gregory nas eleições e fortaleceu sua liderança em Hilltop, além de ter finalmente dado à luz. Em adição, Daryl agora lidera o Santuário com a ajuda de Laura, Rosita e Eugene, enquanto o Reino continua sob os cuidados de Carol e Ezekiel.
HQs: Apesar de também ocorrer nas páginas, o salto temporal, que começa a partir da edição 127, pula muito mais que um ano e meio no tempo desde o fim da guerra. Carl, antes uma criança, agora é um adolescente, enquanto Rick em muito lembra o velho Hershel. Em Hilltop, embora Maggie ganhe à luz e consiga a liderança da comunidade, nada ocorre de forma democrática, com o local sendo praticamente “tirado” das mãos de Gregory.
SÉRIE DE TV: Após a maior gestação da história da televisão, que durou nada menos do que três temporadas, Maggie Rhee finalmente ganhou seu tão esperado filho com Glenn. Aparentando ter em torno de oito meses de vida, a criança recebeu o nome de Hershel em homenagem ao avô.
HQs: Sendo introduzido pela primeira vez na edição 130, o filho de Maggie também nasce durante o salto temporal pós-guerra. Contudo, com a diferença de tempo sendo maior, a criança já aparenta ser bem mais velha que sua contraparte televisiva.
Mesmo sendo dois personagens conhecidos dos quadrinhos originais, Ken e Marco tiveram uma apresentação/personalidade/destino um tanto quanto diferente na série de TV.
SÉRIE DE TV: Somos introduzidos aos novatos Ken e Marco logo no início do episódio, quando Daryl une o grupo de sobreviventes para uma busca por suprimentos em Washington D.C.
Ambos residentes de Hilltop, Ken é conhecido na comunidade por sua proatividade, quietude e bondade com todos, sendo filho de outros dois sobreviventes chamados Tammy e Earl.
Após um descuido no retorno para casa após a ida a Washington, Ken é mordido no braço e acertado em cheio com uma patada de cavalo, que o leva a óbito. Em Hilltop, a notícia atinge os pais do garoto de forma avassaladora, que mais tarde o velam em uma cerimônia com direito até mesmo a cantoria por parte de Alden.
HQs: Este é mais um daqueles casos onde os personagens da série só possuem o nome e pouquíssimas outras características de suas versões impressas.
Apesar da visita ao museu em Washington não existir nos quadrinhos, Ken e Marco ainda são dois sobreviventes “preparados” que passam a viver em Hilltop durante o salto temporal. Embora ambos sejam igualmente proativos na comunidade, o Ken dos quadrinhos não é filho de Tammy e Earl e sobrevive até a chegada dos Sussurradores.
SÉRIE DE TV: Sendo um dos maiores destaques da premiere, o embate de ideologias entre os personagens de Andrew Lincoln e Lauren Cohan chamou atenção pela sua naturalidade e desenvolvimento muito menos “literal” daquele esperado após o “cliffhanger” deixado na season finale envolvendo Maggie, Jesus e Daryl. (inclusive, comentamos sobre isso aqui.)
Após a missão até D.C. e o Santuário, Rick e Michonne encontram-se a caminho de Hilltop para encontrar Maggie ferida após eventos quase fatais na noite anterior.
Na varanda da mansão, o líder de Alexandria brinca com Hershel Jr. e aproveita para convidar Maggie a uma visita em Alexandria para ver a pequena Judith. Deixando muito claro seu motivo para recusar o convite, Maggie ainda ressalta a Rick suas razões em não estar ajudando o Santuário com suas necessidades de suprimentos, alegando que deixá-los vivos após a guerra já foi o suficiente.
HQs: Michonne sai em uma missão de auto-descoberta durante o salto temporal, então é Carl quem faz companhia a Rick até Hilltop.
Apesar de ainda manterem ressalvas em relação aos métodos de liderança um do outro, o encontro dos dois líderes é muito menos tenso e provocativo do que aquele visto na série de TV, com direito apenas a uma conversa mais centrada em relação ao andamento das comunidades.
Interpretado pelos ótimos John Finn e Brett Butler, o casal residente de Hilltop, Earl e Tammy, teve um papel fundamental para o desenrolar do primeiro episódio da nona temporada.
SÉRIE DE TV: Enquanto Earl traz basicamente todas as características do personagem conhecido como Morton nas HQs, Tammy carrega o maior trunfo da personagem homônima dos quadrinhos: o amor de uma mãe fervorosa. Extremamente abalados com o choque da notícia da morte do filho, Ken, durante a busca por suprimentos, os pais são mais tarde manipulados por Gregory para uma tentativa (frustrada) de executar Maggie, que acaba por resultar na prisão de Earl.
HQ: Introduzidos na edição 135 dos quadrinhos, Tammy e Morton Rose são um casal residente de Hilltop e pais de Brandon, um garoto de 15 anos. O destaque a seus personagens surge ao buscarem justiça com Maggie após o filho, que vivia implicando com Sophia (sim, a filha de Carol), ser brutalmente atacado por Carl e acabar em coma.
Apesar da trama parecer com a vista no drama da AMC, já que correlaciona-se a relação pai/filho, em nenhum momento este acabou sendo o principal fator para a morte de Gregory, por exemplo.
Gregory foi um filho-da-p*** nas duas versões, e em ambas tentou eliminar Maggie para tentar tomar posse de Hilltop novamente. Apesar disso, seus métodos foram um tanto diferentes.
SÉRIE DE TV: Como já mencionado antes, Gregory usou a morte de Ken (e o alcoolismo) como artifício(s) para Earl matar Maggie na calada da noite, atraindo-a ainda para a execução proximamente à cova de Glenn.
Na hora de pôr o plano em prática, entretanto, o máximo que Earl consegue é ferir Enid e deixar Maggie com um corte grave na cabeça, sendo parado imediatamente por Cyndie e Alden. Como se a covardia de ficar longe da tentativa de assassinato não fosse o suficiente, Gregory ainda tenta esfaquear Maggie em seu trailer, só para acabar ofegante em busca de misericórdia minutos depois.
HQs: Para a adaptação bombástica vista na televisão, a série usou um remix de duas idéias vistas nas páginas em preto e branco.
Como na TV, Gregory também usou o alcoolismo de um personagem – Morton – para induzi-lo ao assassinato de Maggie, porém recebeu um “não” como resposta, tendo que agir por sua própria conta. Assim sendo, o velho tenta envenenar a atual líder de Hilltop com um drink, mas graças a Jesus (o personagem, não a figura religiosa) e a dosagem errada – que rende a frase “Você não sabe nem ENVENENAR alguém direito!” -, o plano sai fora do esperado e ele acaba na prisão por um tempo.
A segunda ideia, entretanto, ocorre mais tarde nos quadrinhos, quando Morton (o marido de Tammy) e seu amigo Vincent tentam atacar Rick de uma forma muito similar àquela vista na série com Maggie, com direito até mesmo a um capuz para manter a identidade em sigilo. A única diferença aqui é que as coisas acabam de uma forma muito mais sangrenta…
SÉRIE DE TV: Após a tentativa frustrada de assassinar Maggie, Gregory é levado à forca já na noite seguinte. Ele é observado pela comunidade inteira (além de Rick e Michonne) enquanto implora por misericórdia. Em um momento belamente dirigido e chocante, Michonne tenta ainda proteger a inocência de duas crianças que chegam no meio do bárbaro evento, mas é tarde demais, já que a execução é posta em execução, com Maggie ainda afirmando que aquilo não acontecerá de novo, mas que crimes precisam ter a punição certa.
HQs: Gregory é igualmente enforcado nos quadrinhos, mas o evento ocorre muito depois na linha temporal da história. De fato, o velho fica preso por um longo período tentando provar sua inocência, até que Maggie finalmente cria coragem para pôr seu plano em prática, decidindo que crimes precisam ter a punição certa. O discurso é parecido com a série da TV, alimentando a ideia de que as pessoas deveriam trabalhar COM ela, e não contra.
Agora que você já sabe praticamente TUDO que aconteceu de forma similar aos quadrinhos, saiba o que foi feito exclusivamente para a série de televisão:
– A visita ao museu em Washington;
– O casal formado por Carol e Ezekiel – nos quadrinhos, a mãe de Sophia está morta desde a prisão e o rei tem um romance com Michonne, enquanto Rick fica com Andrea;
– A ponte destruída pelo temporal e pela horda;
– O funeral de Ken;
– Daryl, Jerry, Enid, Jadis/Anne, Alden, Tara e Cyndie: todos personagens criados somente para a TV;
Notou mais alguma semelhança com os quadrinhos? Qual foi sua adaptação favorita? O que você faria diferente? Compartilhe conosco nos comentários.
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