Post-Mortem do episódio 4×13 – “Alone” com Robert Kirkman

ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do décimo terceiro episódio da quarta temporada, “Alone” (Sozinho).

O site oficial de The Walking Dead da Skybound conversou com o homem no comando, Robert Kirkman, para fazer algumas perguntas rápidas sobre o episódio do último domingo da quarta temporada de The Walking Dead. Confira:

TheWalkingDead.com: Bob Stookey é um dos pontos centrais desse episódio. Este é um personagem que está se desenvolvendo muito mais do que nos quadrinhos. Há uma razão para que esse personagem em particular tenha sido escolhido para ter um papel mais importante na série?

Robert Kirkman: Quando conseguimos Lawrence Gilliard Jr. para o papel… Uma das melhores coisas sobre a televisão vs uma história em quadrinhos é que depois de ver o que um ator pode fazer, só a sua presença quase exige algo a mais. E observar o personagem de Bob evoluir ao longo da temporada é um aspecto muito divertido desse processo.

Scott, eu e todo o pessoal da sala dos roteiristas sempre tivemos grandes planos para Bob. Nós definitivamente queríamos mudar um pouco o seu personagem. Acho que muito disso é devido as falas, o fato de sabermos o que Gilliard Jr. é capaz de fazer e realmente estamos tentando fazer algo que não tenha sido feito antes com um personagem. Mostrando alguém que pode ser tão estranhamente otimista quanto Bob é às vezes – por quais quer que sejam essas razões estranhas que ele tem – acrescenta algo novo à mistura.

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TWD: Falando sobre otimismo… Temos uma outra situação em que um otimista se junta com uma pessimista, na relação entre Bob e Sasha. E no último episódio, você jogou o pessimismo de Daryl fora através do otimismo de Beth. Acho que essas duas dinâmicas são sempre reproduzidas entre os personagens da série. Onde você se enquadra nesse aspecto? Se você estivesse em um apocalipse zumbi, você seria o pessimista ou otimista?

RK: Eu já falei sobre isso antes em entrevistas, e eu acho que sou definitivamente um pessimista, mas Scott Gimple acaba sendo otimista na maioria das vezes. Eu acredito que essa dinâmica que temos na sala dos roteiristas e na nossa relação de trabalho pode, eventualmente, se tornar um pouco perceptível na série, e acho que isso é interessante.

Eu seria aquela pessoa do tipo “Sim, estamos f*didos. Não há nada de bom vindo disso”. Scott é sempre aquele cara do tipo “Não, não, não… talvez haja um arco-íris lá em cima. Vamos seguir em frente.” Nós incentivamos um ao outro do nosso jeito, e isso é bom.

TWD: Neste episódio, vemos Maggie em um momento realmente hardcore em que ela está matando walkers com placas de rua e está rasgando suas entranhas para deixar mensagens para Glenn. Ela está ficando um pouco desequilibrada ou está apenas motivada para encontrar Glenn?

RK: Ela está definitivamente ficando desequilibrada. É uma pessoa que perdeu o cara que ama. Queremos mostrar o quão longe ela está disposta a ir. É quase psicótico estar matando walkers e escrevendo sinais com sangue para uma pessoa que você não está exatamente certo de que está vivo. É um grande desafio. Ela está se tornando uma pessoa desequilibrada e, até certo ponto, como abordamos no episódio, ela poderia estar colocando Sasha e Bob em perigo ao partir nessa cruzada.

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Esse episódio mostra a força da relação entre Maggie e Glenn. Nós realmente queríamos mostrar o quanto esses dois significam um para o outro e quão longe eles estão dispostos a ir para tentar encontrar o outro, e ver como Glenn e Maggie lidam com isso à sua própria maneira.

Há vários contrastes interessantes que estaremos explorando ao longo da temporada. Talvez eles se encontrem. Talvez não. Mas, espero que essa jornada seja envolvente em si.

TWD: Daryl menciona neste episódio que apenas as pessoas más sobrevivem. Também vimos Rick combater este conceito e lidar com isso. Você acha que isso é verdade? Você acha que pessoas más se erguem no apocalipse ou o bem pode, em última instância, prevalecer?

RK: Eu acho que há uma chance para o bem sobreviver, e creio que Rick e Daryl, em seu íntimo, são boas pessoas. É que eu penso de maneira veemente que há sacrifícios que precisam ser feitos, e decisões desagradáveis que precisam ser tomadas, e até certo ponto, “coisas ruins” que precisam ser feitas de tempos em tempos para sobreviver.

Ninguém realmente sai dessa realmente limpo. Eu acho que nesses momentos de desespero, Daryl se angustia e vê a si mesmo como uma pessoa ruim. E agora ele acredita que esse é o caso, mas eu não acho que ele seja ruim.

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Qualquer um pode ter determinação para sobreviver. Mas, mesmo na vida real, às vezes você tem que fazer alguma coisa terrível para sobreviver a uma situação ruim. É que a vontade de viver e a vontade de sobreviver te impulsionam a superar isso.

TWD: Nós vimos mais da relação entre Beth e Daryl neste episódio. Eles estão perto do túmulo e Beth segura a sua mão. O que você acha dessa dinâmica neste momento? Estou tendo dificuldade de entendê-la. Essa relação é mais romântica ou mais fraterna? O que você acha disso?

RK: Eu definitivamente não vejo essa relação sendo muito romântica. Eu acho que Daryl, com todo o seu sex appeal, é extremamente introvertido e não acho que ele realmente veja essa relação sob essa ótica. Eles estão formando um… eu não sei se é necessariamente fraternal, mas eles estão formando um vínculo muito forte que vai ser… está se formando uma ligação muito forte entre os dois. Eu não sei o quanto você interpreta disso, mas pode haver alguma coisa ali. Nunca se sabe.

TWD: Da mesma forma, com a dinâmica entre Bob e Sasha. Ele a beijou, mas Sasha não parece realmente se envolver. Ela está esperando por um médico de verdade?

RK: Eu poderia dizer que há, provavelmente, uma faísca romântica ali. Acho que estas são duas pessoas que, provavelmente, estão um pouco mais abertas para isso. Embora eu ache que Sasha esteja aparentemente mais focada em outras coisas no momento, como qualquer outra pessoa estaria. Mas sim, eu definitivamente vejo potencial para um relacionamento ali.

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O que você achou do episódio “Alone”? Todos estão no caminho para o Santuário agora, mas será que isso resultará em algo bom para os grupos? Quem você acha que raptou Beth? O que será que vai acontecer com Daryl, agora que ele está nas mãos dos Caçadores? Deixem seus pensamentos nos comentários abaixo. The Walking Dead retorna no próximo domingo com o décimo quarto episódio da quarta temporada, “The Grove”.

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Fonte: The Walking Dead da Skybound
Tradução: Mydiã Freitas / Staff Walking Dead Brasil

Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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