O site What Culture exaltou a popularidade de The Walking Dead e relembrou como merecidamente a série ganhou prêmios como o “Globo de Ouro” e o “Writers Guild of America”, não esquecendo o número da audiência da estreia da quinta temporada, com 17,3 milhões (o que torna a série dramática televisiva mais assistida na história da TV a cabo).
Porém, da mesma forma como colocou a série como a primeira na lista das séries dramáticas e de fãs apaixonados, dizendo ser o drama zumbi da AMC como um bom show, a matéria do site também fez a seguinte colocação: ela está longe de ser perfeita.
Então, ousadamente, eles listaram dez itens que, segundo o site, faz com que The Walking Dead ainda não possa se comparada aos padrões de outras séries da AMC, citando “Breaking Bad” e “Mad Men”. Confira:
Os zumbis da série são de alto nível e não há como negar que realmente eles se parecem com mortos-vivos, quando comparados com outros já apresentados na tela. Há zumbis que são incrivelmente magros, faltando partes do corpo e olhos vidrados que dão um aspecto muito legal e assustador (graças a Greg Nicotero!).
Mas, desde que eles apareceram pela primeira vez na tela, os zumbis da série não apresentam uma estabilidade e se mostram ineficazes. Honestamente, eles conseguiriam assolar totalmente o mundo? O primeiro encontro de Rick com um zumbi nem implica em uma luta. É apenas um emagrecido cadáver zumbi sem pernas, sendo facilmente morto.
O show mostra como os sobreviventes tem muita prática em matar os zumbis, mas estes raramente aparentam ser uma verdadeira ameaça. Esse é um problema porque a série fala de zumbis e, apesar de toda a arte para cria-los, em cena eles são fracos, apenas comedores de carne e facilmente mortos.
Em termos de estética em The Walking Dead, ter zumbis com boa aparência é uma coisa. Porém, ter todos os sobreviventes ainda com uma pele macia após supostamente viverem sem ser capaz de se lavar e fazer a barba por um longo período de tempo (juntamente com todo o sangue, tripas, suor, lama e lágrimas que os mancharam nestas cinco temporadas), é algo muito difícil de acreditar.
Rick Grimes tem mostrado sinais de desgaste com o seu corte de cabelo transformando-se lentamente em um mullet e sua espessa barba, porém os demais personagens, por sua vez, estão mantendo um nível de Hollywood em estilo e glamour.
Principalmente o cabelo! A maioria não aparece com eles quase um tanto gordurosos como deveria ser, os seus dentes permanecem brancos como diamantes, o cabelo de Glenn não cresce como deveria, e seriamente como é que Maggie sequer pode ser parecida com o que é mostrado na série.
É aqui que o artifício do show cai, porque os atores (ninguém pode ir contra!) precisam estar com boa aparência, já que a série rende lucros não somente em audiência, mas, também, em diversas propagandas.
Começou como história em quadrinhos e o material de origem foi adaptado para a série televisiva e vários jogos de vídeo, como o “Survival Instinct” e tantos outros que, seriamente, são de partir o coração.
Tomando emprestado o estilo do mundo e da arte dos quadrinhos, mas com outro estilo, os jogos mostram a luta pela sobrevivência, como Lee, um fugitivo com um coração de ouro que resgata e cuida da menina Clementine. As dinâmicas de estimulação, de diálogo, de caráter de jogos, além das mortes e punição, deixam a série televisiva na poeira.
The Walking Dead raramente se separa do seu elenco principal de personagens, tentando desesperadamente mantê-los vivos no mundo pós-apocalíptico, mas não inclui na série informações sobre os sobreviventes de outros lugares do mundo.
Na primeira temporada, quando o grupo segue para o CDC (Centro de Controle de Doenças), foi sugerido uma busca semelhante pela cura na França, mas veio a revelação de que todo mundo na Terra era portador do vírus zumbi.
Desde então, no entanto, não tem havido informações sobre como está o resto do mundo na série The Walking Dead. É apenas nos Estados Unidos? E sobre o Canadá? Europa? África? Brasil? Nenhuma pista é colocada na série. Seria bom para o show pelo menos sugerir um mundo mais amplo fora do pequeno grupo.
Com o fim de Breaking Bad e aproximando-se o fim de Mad Men, a AMC está colocando todas as suas apostas em The Walking Dead. Então, a produção de uma série derivada do drama zumbi pareceu uma boa ideia.
O spin-off não é um companheiro de The Walking Dead, porém é outro drama ambientado no mesmo país, apenas com um elenco e personagens diferentes.
Pode parecer um pouco de exagero, mas com os horários da AMC destinados a serem invadidos por zumbis, existe uma já conhecida lei dos rendimentos decrescentes (audiência e lucros) a tomar posse muito antes do tempo.
As pessoas adoram Daryl Dixon (Norman Reedus)! Não é difícil perceber o porquê: em um show que estrelam personagens que passam mais tempo voltados para os seus sentimentos do que lidar com o fato de que existem zumbis sedentos por cérebros, clamando por comida e que precisam ser mortos, Daryl foi uma refrescante exceção à essa norma.
Estóico ao ponto de silêncio com uma vasta experiência em manusear uma besta, ele era tudo o que o resto do elenco não era. Assim, relativamente, ele é um grande personagem. Porém, isoladamente, Daryl simplesmente não se soma.
Ele é um dos membros do grupo relativamente unidimensionais, como comprovado pelas poucas vezes que seguiu sozinho, por conta própria, e não foram momentos interessantes, como quando procurou por Sophia (Madison Lintz) na segunda temporada, caiu em um barranco e teve uma alucinação irônica com seu irmão racista. Sua motivação é sempre turva e sua personalidade não passa do “cara durão sensível”.
Daryl é o exemplo de um dos maiores problemas com o show. Enquanto eles são cruéis em matar personagens que acabaram de dar as boas-vindas, o grupo central de personagens atravessa vários enredos desesperados de The Walking Dead.
As primeiras temporadas foram principalmente voltadas para Rick Grimes (Andrew Lincoln) como o centro em torno do qual giravam o restante dos personagens. Assim, as primeiras mortes aconteceram no tamanho certo, o que foi bom, mas, infelizmente, os escritores não continuaram a seguir a mesma linha.
Eles foram mantendo personagens e surgiram outros “protagonistas”, enquanto outros personagens beiram a figurantes, que precisam está lá para preencher os números e a audiência, apesar não terem mais a contar na série.
Mais precisamente, muitos personagens no elenco significa que ninguém terá bastante chance de brilhar corretamente ou ser de todo interessante na série.
Um dos maiores trunfos de The Walking Dead pode ser também um dos seus maiores obstáculos. A história em quadrinhos foi criada por Robert Kirkman e, desde então, ele vem aproveitando o sucesso em mídia englobando quadrinhos, jogos e a série televisiva, sendo produtor executivo dela e, aparentemente, tendo uma boa quantidade do controle criativo.
O show tem sido, até agora, feliz por desviar-se dos quadrinhos em mais de uma ocasião, com o destino de Shane (Jon Bernthal) sendo inteiramente diferente na série. Atualmente, o grupo está em uma posição diferente do que eram nos quadrinhos, mas com grande parte deles sendo contados neste momento.
Apesar de estarem felizes em trabalhar com o material dos quadrinhos, no entanto, eles têm sido igualmente entusiasmados em ignorar algumas partes problemáticas do trabalho de Kirkman.
Robert Kirkman tem escrito algumas boas histórias nos quadrinhos e elas definem as bases para a série, mas o problema reside em algumas personagens femininas que muitas vezes são escritas como fracas nos quadrinhos e rapidamente mortas. Isso, infelizmente, parece está caminhando para infectar o show também.
The Walking Dead não pode continuar para sempre. Certamente parece que pode ir por esse caminho, com o elenco sendo constantemente renovado e a quinta temporada ainda continua forte. No entanto, para uma série com este nome há vários personagens ainda em pé e não um monte de mortos.
Com a bomba relógio de que todos os personagens estão infectados com o vírus dormente, pronto para começar a agir assim que eles morram, vem mostrando, em última análise, que estão sendo escritas várias tentativas sem sentido de manter vivos alguns personagens.
O mundo de The Walking Dead se trata da constante falta de esperança e como as coisas nunca vão dar certo. É um mundo em decadência, onde tudo é finito, mas, ainda assim, alguns personagens continuam a ir de vento em popa.
A série inovou em contar uma história de zumbis e, por sua vez, lidar com as dificuldades de se viverem um mundo onde a morte está à espera em cada esquina e fantasmas que corroem os personagens.
Apesar disso, não houve qualquer indicação de que os escritores estão construindo algum tipo de final para a série. Um drama serializado como este definitivamente não vai durar para sempre.
Como isso vai acabar? Uma chuva de críticas ou um desinteresse súbito da audiência poderiam rapidamente ter a série cancelada. Se isso acontecesse, como seria o fim de The Walking Dead? Todo mundo morto? Ou Rick e os demais personagens continuariam a andar para um futuro incerto?
Em algum momento, The Walking Dead vai atingir algum tipo de final. Agora, porém, não parece que eles estão planejando escrever um, o que significa que a série provavelmente não vai acabar bem.
O que você achou desses “problemas”? Concorda com algum ou tem algum ponto que não foi mencionado que também chega a incomodar você? Compartilhe conosco nos comentários abaixo.
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a segunda parte da quinta temporada no dia 08 de Fevereiro de 2015 na AMC e no dia 10 de Fevereiro de 2015 na FOX Brasil. Confira todas as informações sobre o midseason premiere (S05E09) e fique por dentro das notícias.
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