Michael Cudlitz, que faz o papel do Sargento Abraham Ford na série The Walking Dead, fala sobre suas habilidades apocalípticas (ou da falta delas) e a tentativa de fazer justiça ao forte personagem dos quadrinhos.
Q: Como você foi parar em The Walking Dead? Você era fã do gênero de zumbis antes?
Michael Cudlitz: Eu cresci vendo filmes de terror B e adorava. Era grande fã de “Dawn of the Dead” (Despertar dos Mortos) e essa coisa toda. As coisas para TV, quando bem feitas, podem ser fantásticas. E quando não é bem feito, é provavelmente algo do pior tipo de entretenimento que você poderia assistir. As pessoas tentam se apegar ao gênero, mas sempre acaba pesando no enredo quando se faz alguma coisa.
Q: A sua presença na série foi anunciada bem antes de qualquer aparição em um episódio. Quão intensa foi a pressão dos fãs para que fossem revelados detalhes sobre Abraham?
Michael Cudlitz: Eles sempre perguntam. Todos querem saber quando você vai entrar. E acho que eles não percebem que metade das vezes que eles perguntam, há um spoiler em potencial. Eles acabam ficando animados, tipo, “Quando você vai entrar, quando vamos ver você?” E aí fica, “Em breve”. Não disse nada a eles. Aguente aí, seja paciente, assista.
Q: Você faz o papel de um cara durão e determinado a cumprir sua missão em The Walking Dead. Você é assim na vida real?
Michael Cudlitz: Minha esposa vai dizer, não. Como Jessica Rabbit diz, “Eu fui desenhado desse jeito.”
Q: Você faz o papel de um policial em Southland. Por que você acha que atrai esses papéis militares?
Michael Cudlitz: Não sei! Acho que há um elemento físico da minha pessoa. Mas eu tenho um jeito de trabalhador, e é assim que eu sou. Não sou o mais bonitão no recinto, e acho que isso me torna mais acessível para as pessoas comuns. Não é como ter um garotinho bonito lhe dizendo como as coisas são. Acho que vivemos um momento interessante na televisão, com vários atores bem legais chegando e muito roteiro bom feito para eles. A cara da televisão está mudando – e está me favorecendo!
Q: Abraham conquista uma amiga no apocalipse, então ele não está tão mal.
Michael Cudlitz: Aí é que está, onde você quer chegar? Você vai para onde se sinta segura e protegida.
Q: Brawn está no auge no apocalipse.
Michael Cudlitz: Exato. E Rosita não é bobinha também. Ela provavelmente não está nisso pela conversa.
Q: Seu personagem tem um físico impressionante nos quadrinhos. Foi difícil se equiparar?
Michael Cudlitz: Eu estava bem em forma para Southland, mas Southland acabou sendo cancelado por isso eu estava de folga. Aí eu fui chamado para fazer Abraham e tive que estar no set em duas semanas! Eu não estava na condição física que gostaria para começar, pra ser honesto, mas eu também disse que não faria nada prejudicial à saúde ou enlouquecer. E eu cheguei a um acordo em que eu e Abraham nos encontraríamos no meio do caminho. Você está comparando pessoas reais e personagens de quadrinhos. Alguns comentavam [sobre mim], “Eu gosto dele pela escolha, mas não sei se ele é forte o suficiente.” Não sei se qualquer pessoa é grande o suficiente para fazer Abraham fisicamente!
Q: Que tipo de pesquisa você fez a respeito do personagem para se preparar?
Michael Cudlitz: Eu me atualizei nos quadrinhos mais do que tudo. Tudo sobre treino com armas, tive a sorte de já ter me envolvido em muitos projetos que usaram armas – de Band of Brothers e Southland até O Negociador. Vários papéis militares, e é meio disso que o Abraham vem. Ele não é mais um militar em atividade, mas é essa coisa residual que ele carrega consigo e você meio que sente que ele ainda é um militar.
Q: Você tem alguma habilidade que seria aplicável de forma similar em um evento de apocalipse zumbi?
Michael Cudlitz: Não.
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Fonte: AMC
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Walking Dead Brasil
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