Série

The Walking Dead 9ª Temporada – Comentários do episódio 1: “A New Beginning” (COM SPOILERS)

Post destinado a comentários do episódio “A New Beginning” da nona temporada de The Walking Dead. Muitos spoilers poderão (e serão) encontrados por aqui. Se você ainda não assistiu e não gostaria de ter as surpresas do episódio “estragadas”, não prossiga. Você foi alertado!

Este post está destinado à exposição de ideias sobre tudo o que pode estar acontecendo na série. Utilize os comentários abaixo para compartilhar conosco suas teorias.

SINOPSE: Rick e seu grupo fazem uma viagem arriscada a Washington, DC, em busca de artefatos que precisarão para construir a civilização idealizada por ele e por Carl.

Escrito por: Angela Kang
Dirigido por: Greg Nicotero

DISCUSSÃO DE “A NEW BEGINNING”:

The Walking Dead está de volta. Ah, não, eu não estou falando apenas o que todo mundo já sabe. The Walking Dead, aquela série pela qual o público se apaixonou nas primeiras temporadas, está de volta.

Não é novidade pra ninguém que os últimos dois anos deixaram um gosto amargo na boca dos fãs: trama arrastada, repetitiva, péssimos desvios das HQs (Pra sempre em nossos corações, Carl Grimes) e 32 episódios para uma narrativa que aguentaria 16 em bom tamanho. Após um verdadeiro “furdunço” envolvendo a saída de Scott M. Gimple do papel de showrunner na série de TV, Angela Kang agarrou o cargo para si e prometeu voltar a série às origens e trazer um show empolgante semana após semana. Julgando pelo primeiro episódio, talvez seja a primeira vez que um produtor esteja falando a verdade mais pura em suas promessas.

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Existe muita coisa acontecendo por trás das câmeras da série neste momento, mas não é pra isso que essa breve discussão se tratará. Estamos aqui para trocar opiniões sobre “A New Beginning”, episódio de estréia da nona temporada, e primeira season premiere escrita por uma mulher em The Walking Dead.

Acompanhados por um salto temporal de um ano e meio, somos diretamente inseridos a uma apresentação espontânea do mundo pós-Negan. Embora ainda exista a cota básica de sangue e horror, o novo mundo tem amor, novos relacionamentos, cavalos e um visual muito mais deteriorado do que aquele que acompanhamos por 8 anos.

A premissa do episódio, embora soe apenas introdutória ao novo status quo no início, acaba por desenrolar muito além desta questão, adentrando um lado político que até então nunca fora bem desenvolvido ou abordado na série. O foco de Rick agora é seguir os passos e pedidos de Carl, reconstruindo uma sociedade apta a se viver e muito além da sobrevivência por sobrevivência. O problema é que, para isso, existe uma série de regras e serem seguidas, e certos personagens não parecem tão aptos a concordar com a realidade de conto de fadas, como é o caso de Maggie Rhee, a líder de Hilltop.

Embora o desenrolar do capítulo entregue uma solução já conhecida pelos fãs dos quadrinhos, a “adaptação” e conseqüente “plot twist” envolvendo Gregory é muito bem-vindo e aproveita para colocar a disputa entre os personagens de Andrew Lincoln e Lauren Cohan em um pedestal muito mais visível e intrigante, além de garantir novos caminhos a serem seguidos pela trama e, melhor ainda, causar uma breve reflexão sobre os telespectadores, indo muito além do básico “matar ou não matar” das últimas temporadas.

The Walking Dead é um sucesso por causa de seus personagens. O mundo pós-apocalíptico nunca será válido sem a presença de boas pessoas que possam servir como guias de apresentação. Kang, trazendo mais uma boa dose de esperança sobre o futuro do show, busca novas camadas para cada um dos personagens que nos apaixonamos anteriormente – Carol, Ezekiel, Michonne, Rosita, Eugene e até mesmo Daryl Dixon finalmente parecem ter reencontrado seus lugares dentro da história, aumentando a sensação de que o legado do não longínquo futuro pós-Rick Grimes poderá sim ser suportado pelo resto do time.

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Quanto aos termos técnicos, há uma diferença gritante aqui. Da cinematografia, passando pela edição até os efeitos visuais, The Walking Dead parece ter recuperado a sua grandeza, com Greg Nicotero executando um dos seus mais complexos e completos trabalhos como diretor até hoje, explorando o mundo pós-apocalíptico de forma assustadora e convincente, alternando muito bem o clássico (o estilo de Romero ainda está lá) com o original e moderno (a influência visual de “The Last of Us” é perceptível em diversos momentos).

O futuro é incerto, claro. Há ainda 15 episódios pela frente que definirão para sempre a reputação, legado, vida ou morte de The Walking Dead não somente como série, mas como franquia. Angela Kang, eu acredito em você e no seu potencial. Seja muito bem-vinda, nona temporada.

– É muito bom assistir os personagens interagindo novamente como família. A cena de Maggie, Carol e Michonne é um dos melhores exemplos disto;
– Há tanto contraste entre os modos de execução de Angela e Scott que chega a ser risível: enquanto toda a introdução da questão do “espantalho” no Santuário é resolvida literalmente por uma simples flechada, no passado teria engatilhado uma discussão de minutos entre Arat e Daryl sobre “certo X errado”;
– Siddiq e Alden (ou Beth 2.0) encontrando seus lugares dentro da história traz um frescor muito grande para o elenco. Avi Nash e Callan McAuliffe são carismáticos o bastante para serem memoráveis;
– A nova abertura ficou maravilhosa;
– A amizade de Carol e Daryl sendo mantida é outro grande acerto;
– Será que podemos falar sobre Richonne e Carzekiel?

SUA OPINIÃO SOBRE O EPISÓDIO:

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Vinícius Castro

Praticamente a versão real de Brick Heck, Sam Weir e Adam Goldberg. Aliás, sou terrível com autoapresentação.

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