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REVIEW THE WALKING DEAD S08E13 – “Do Not Send Us Astray”: Vivemos apenas para garantir mais um amanhã

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo terceiro episódio, S08E13 – “Do Not Send Us Astray” (Que Não Nos Desviemos), da oitava temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Vocês sabem qual é? Eu até o momento não sei. O episódio dessa semana começou com uma cena curiosa entre Morgan e o fantasma de Gavin. Cena que se repetiu mais duas vezes ao longo dos quarenta e cinco minutos de tela. Gavin simplesmente repetia constantemente “Você sabe qual é”, enquanto Morgan o encarava. O curioso no caso é que ele estava vestido de branco, segurando um bastão semelhante ao de Morgan. Aliás, o visual de Gavin muito se assemelhava ao de Eastman. Será que Morgan está começando a refletir sobre quem ele se tornou após a morte de Benjamin e talvez readequando a sua mente? A trajetória de Morgan, como é sabido, está pronta para migrar de The Walking Dead para Fear the Walking Dead. Será que, em modelo de Carol, Morgan irá querer deixar a incumbência de matar e fugir do destino contra os Salvadores? O que o levará de encontro a Madison e os demais em Fear?

Quanto ao arco de Hilltop eu deveria dizer: uau! Eu não consigo expressar mais do que isso, porque essa foi a minha reação no tempo integral. Se Maggie não é a melhor estrategista de The Walking Dead depois de ontem, eu não sei quem pode ser. Já vimos os planos de Rick para invadir Woodbury, desviar uma horda enorme do entorno de Alexandria, para invadir o Santuário, mas nada se pareceu com o plano de Maggie. O plano começava com os vigias distribuídos com ordens de buzinar para avisar os residentes da cidadela sobre a chegada dos Salvadores. Depois, uma espécie de estrepe colocado próximo aos portões para furar os pneus e evitar que eles conseguissem ter velocidade suficiente para invadir o local. Daryl aparece metralhando os Salvadores de moto – parecendo um inconsequente – entretanto, logo se descobre que até isso estava no planejamento da viúva. Com os portões abertos para Simon e sua gangue, Maggie dá voz ao inicio da troca de tiros. De repente, Hilltop é tomada por silêncio e escuridão, o que atrai os Salvadores ainda mais para o centro do local. Quando estão em posição de exposição total, luzes se ligam e tiros são disparados de dentro da casa central. Enquanto isso, do lado externo, todos os homens e mulheres que fizeram parte da patrulha da buzina adentram Hilltop, cercando os Salvadores e os impedindo de correr para qualquer canto. Por fim, o que resta dos Salvadores se vê obrigado a fugir de Hilltop.

Óbvio que dentro dessa trama houve grandes contratempos para Greene – aliás, curioso notar que pela primeira vez Maggie se refere a ela com o sobrenome do pai desde que Glenn morreu. Vários residentes de Hilltop foram atingidos por flechas e feridos com as lâminas dos Salvadores.

Um dos grandes destaques para toda a cena de batalha foi o ferimento que Tobin sofreu. Finalmente Carol teve seu momento com o personagem. Eu vinha achando tão estranho, após Tobin ser o primeiro homem que beijou depois de Ed, Carol ignorá-lo ao ponto de nem mesmo trocar olhares.

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Sobre a trama Dwight/Tara/Daryl eu juro que estou totalmente perdido. Tara queria matar Dwight por causa de Denise e Daryl a impediu porque via algum valor em Dwight. Quando Dwight consegue se livrar da mira de Tara, ela subitamente o perdoa. Entretanto, o perdão de Tara não é aceito por Daryl que passa a querer Dwight morto. A repentina mudança dos dois quanto ao ex-atual-Salvador possui um peso bem confuso e não explicado.

Falando nos três, Dwight mais uma vez se mostra confiável. Quando Simon está pronto para investir sobre Tara e a feri-la com uma lâmina infectada, ele é mais rápido e a atinge com uma de suas flechas. Óbvio, a trama leva a entender que Dwight está junto dos Salvadores, mas todos nós sabemos que ele simplesmente salvou a vida de Chambler. Dwight não envolveu seus equipamentos nas entranhas dos walkers, então, livrou Tara da morte iminente.

Alden mais uma vez demonstra que nem todos os Salvadores são monstros. Muitos estão lá por ser a única opção que tinham no momento. Como prisioneiro de Hilltop, ele está pronto para provar para a líder do local que quer estar com eles e se tornar um inimigo de Negan. Por óbvio, Maggie não o aceita muito bem e quer mantê-lo como um prisioneiro. Entretanto, é evidente que ela apesar da sede por vingança, ouve o que Alden fala e, no dia posterior ao confronto com os Salvadores, Greene permite que ele enterre “os seus”. Alden mais uma vez diz que não é mais parte daquilo, mas que fica feliz por ela conseguir tratar eles como seres humanos.

Maggie duas vezes é reconhecida como uma grande líder para Hilltop. Na primeira vez, ela deixa bem claro que apenas faz o que faz por interesses próprios. O comentário dela justamente contrasta com o segundo elogio que recebe: “Você é diferente de Gregory. Gregory apenas pensava em seus próprios interesses, enquanto você pensa em todos nós”. Talvez ela comece a perceber que, exceto pela covardia, ela e o ex-líder da comunidade possuem muito em comum. Talvez isso mude muitas coisas na forma de se posicionar e liderar.

Henry e a eterna mania de crianças que fazem merda em The Walking Dead. Enquanto o mundo rui com os enfermos na casa grande que estão se reanimando como walkers, o garoto vai até os prisioneiros para descobrir quem foi o algoz de seu irmão. Como um símbolo de inocência excessiva, o garoto abre a “cela” de Hilltop para confrontar os Salvadores. Quando uma prisioneira que havia sido ferida se reanima, uma pequena confusão se instaura no local e a maioria deles consegue fugir do recluso.

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O meu momento de êxtase maior no episódio foi em uma cena nem tão animadora. Quando o walker Tobin é apunhalado por Carol e finalmente depois de décadas temos a reunião dos maiores protagonistas de The Walking Dead em um mesmo enquadramento: Rick, Daryl, Carol, Maggie e Michonne. Talvez isso não signifique muito para grande parte do público, mas uma das coisas que mais me fazem falta é a dinâmica do nosso grupo original lá da Fazenda Greene.

Por fim, Maggie começa a perceber que para vingar Glenn, há um preço maior do que o estimado. Novamente, parece que a atual líder de Hilltop pondera sobre a validade da Guerra. Será que o preço que está sendo pago é realmente equivalente ao da vingança pessoal da líder?

Outros pontos válidos do episódio: o sumiço de Henry após a soltura dos prisioneiros. Será que o garoto simplesmente fugiu ou está perseguindo os Salvadores em busca de sua vingança? Eu irei rir quando Tara e Daryl descobrirem que Dwight é um herói. Quanto à equipe médica, eu torno a repetir: não seja médico num apocalipse zumbi, você irá morrer. Parece que por isso, Siddiq honrará mais ainda o nome de Carl e se tornará uma grande utilidade para o grupo de forma geral. Alden é um grande nome a dois destinos prováveis: provar sua lealdade para Maggie morrendo em seu lado na batalha ou, crescer como personagem e ser de grande valia para Hilltop. Espero realmente que estejamos presenciando a segunda opção.

Algum ponto que foi deixado de lado? O que você achou do episódio de forma geral? Especificamente, algo lhe chamou atenção? Deixe seu comentário abaixo.

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Carlos Knewitz

Gaúcho, nascido na primeira metade dos anos 90 e com memória fotográfica. Estudante de Direito e extremamente viciado em escrever. Aficionado pelos quadrinhos de Robert Kirkman, fã de The Walking Dead e Fear the Walking Dead. Apaixonado por Carol Peletier e Alicia Clark e, sucessivamente, por suas intérpretes.

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