Post destinado a comentários do episódio “Honor” da oitava temporada de The Walking Dead. Muitos spoilers poderão (e serão) encontrados por aqui. Se você ainda não assistiu e não gostaria de ter as surpresas do episódio “estragadas”, não prossiga. Você foi alertado!
Este post está destinado à exposição de ideias sobre tudo o que pode estar acontecendo na série. Utilize os comentários abaixo para compartilhar conosco suas teorias.
SINOPSE: Rick enfrenta novas dificuldades após uma batalha. Enquanto isso, a luta continua em outras comunidades, pois os membros principais enfrentam decisões difíceis.
Roteiro: Matt Negrete e Channing Powell
Direção: Greg Nicotero
Esta foi a primeira vez em toda minha jornada no Walking Dead Brasil que não tive coragem de escrever logo após o episódio. Não simplesmente por ter perdido meu personagem favorito, mas pelo significado e impacto que a morte de Carl Grimes causou não somente na história da minha série favorita, mas na minha vida. Sem mais delongas e pedindo perdão pelo atraso, aqui vão algumas considerações sobre o episódio de retorno.
“Honor” foi um capítulo marcante. Não pelas incontáveis mortes de zumbis. Não por sequências e mais sequências de tiroteios. Foi marcante pela serenidade. Foi marcante pelo ponto final que deu a jornada de um de seus sobreviventes originais: Carl Grimes, interpretado de forma magnífica por Chandler Riggs.
Escrito por Channing Powell, Matthew Negrette e dirigido por Greg Nicotero, a midseason premiere aproveitou seus 86 minutos de duração para checar duas tramas: a primeira, os momentos finais de Carl em Alexandria; a segunda, o resgate de Ezekiel no Reino.
É difícil escrever sobre a despedida do pequeno menino Carlinhos. Ao contrário de todas as mortes que já aconteceram na série, todos já sabiam que ele morreria. E foi o que, de fato, aconteceu. E foi uma morte serena. Tranquila. Bonita. Poética. Talvez não só pela maestria do conjunto roteiro + direção + atuações, a forma como toda a história da família Grimes mostrou ter sido construída para este momento foi de uma coragem invejável, e ainda provou que a trama não está “andando a passos de zumbis”, mas sim criando espaço para um futuro de verdade e uma nova perspectiva de narrativa.
Quanto aos eventos envolvendo O Reino, de início parece até um tanto quanto anticlimático. Conforme o episódio avança, todavia, percebe-se a necessidade em criar um paralelo sobre a atual situação do grupo e o desejo de vida perfeita de Carl nesta guerra – fechando com chave de ouro, finalmente, com Morgan, Carol e Ezekiel testemunhando Gavin sendo assassinado friamente pelo pequeno Henry.
Em termos técnicos, este talvez seja o melhor e mais bem resolvido episódio que The Walking Dead teve em um longo, longo tempo. A direção e trabalho de câmera de Nicotero parece abrir espaço para os atores entregarem o máximo de seus personagens, absorvendo uma atmosfera sombria, esperançosa e, não menos importante, extremamente triste.
Destruindo corações e abrindo inúmeras possibilidades, a segunda parte da temporada começou. É só torcer para que a qualidade seja mantida…
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