Post destinado a comentários do episódio “Monsters” da oitava temporada de The Walking Dead. Muitos spoilers poderão (e serão) encontrados por aqui. Se você ainda não assistiu e não gostaria de ter as surpresas do episódio “estragadas”, não prossiga. Você foi alertado!
Este post está destinado à exposição de ideias sobre tudo o que pode estar acontecendo na série. Utilize os comentários abaixo para compartilhar conosco suas teorias.
SINOPSE: O conflito com os Salvadores resulta em consequências indesejáveis para Hilltop, Reino e Alexandria. A moralidade se mostra complicada em tempo de guerra.
Roteiro: –
Direção: Greg Nicotero
Continuando sua sucessão de episódios que honram o tema de “Guerra Total”, The Walking Dead apresentou “Monsters”, terceiro capítulo da temporada e, pasmem, o melhor até agora.
Escrito pelos veteranos Negrette e Powell e dirigido por Greg Nicotero, o episódio parece ser o melhor até agora no que diz respeito ao equilíbrio entre tramas, drama, ação e andamento da narrativa. No total, foram 45 minutos que amarraram várias pontas deixadas pelas últimas semanas e abriram novas questões para o decorrer desta segunda leva de 2017.
Indo direto ao que todos esperavam, a trama entre Morales e Rick parece ter sido apenas uma idéia rápida da produção para dar fim à ponta solta lá de 2010. Mesmo que tenha rendido um dos melhores diálogos da temporada (e outra performance avassaladora de Andrew Lincoln), o retorno do personagem de Juan Pajera acaba de forma frustrante para qualquer um que estivesse esperando algo a mais – o que é curioso, pois ao mesmo em que parece apenas uma liberdade criativa muito expositiva ao beirar o fanservice, também reflete o tema da temporada: guerra. Se a grande questão ali é matar ou morrer, deixar um personagem vivo só porque tinha alguma ligação com o protagonista há mais de 7 anos atrás é nada mais do que risível. The Walking Dead, mesmo com todas as suas [milhares de] licenças poéticas, ainda é um reflexo da vida real. Pessoas vêm e vão, simples assim.
Parafraseando o que Maggie disse lá no passado, antes mesmo de conhecerem Negan, “a luta contra os Salvadores virá com um preço”. Tão rápido quanto as balas podem voar por aí, a vida de algum sobrevivente pode ir da mesma forma. Dando continuidade ao que vimos na última semana, a despedida de Eric foi emocionante. Acompanhada de performances incríveis, carismáticas e de fazerem qualquer adulto lacrimejar, a saída de Jordan Woods-Robinson do universo de The Walking Dead foi, no mínimo, belamente executada.
Quanto ao plot do grupo do satélite? UAU! Por mais que todo o dilema envolvendo Jesus, Tara e Morgan ainda esteja longe de acabar, foi incrível assistir um desenrolar tão orgânico e sem diálogos expositivos, como já foi padrão nos anos anteriores. O personagem de Lennie James ainda está lutando com seus demônios, e o de Tom Payne simplesmente não quer atrair mais destes para sua consciência. Por mais que a decisão final de Maggie em Hilltop faça jus ao lado de Tara e cia., é importantíssimo o poder da reflexão que Paul Rovia trouxe em meio a um período tão difícil e selvagem como este pelo qual o grupo está passando.
E por fim, temos Ezekiel e sua confiança excessiva. Em um casamento perfeito de direção e roteiro, o episódio consegue mostrar diretamente a ascensão e queda do Rei em seus poucos minutos de exibição. Critique o quanto quiser, fale mal o quanto puder, mas apenas analise: Pouquíssimas obras conseguiriam resumir toda a jornada de um personagem em um mero plano fechado de 5 segundos no rosto do ator. De propósito ou não, The Walking Dead conseguiu isso essa noite, e melhor, ironizando o choque no público da mesma forma, encerrando tudo em um corte seco de fazer qualquer fã de Jogos Vorazes tremer.
Conseguinte, The Walking Dead encerra sua terceira semana da oitava temporada com outro bom presente para a audiência. Reforço aqui, a série felizmente se reencontrou após um ano conturbado e divisor de opiniões…
O próximo domingo nunca pareceu tão distante.
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