ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do décimo segundo episódio da sexta temporada de The Walking Dead, S06E12 – “Not Tomorrow Yet” (Ainda Não é Amanhã). Leia por sua conta e risco. Você foi avisado.
Os fãs que esperavam por um amor para Carol em The Walking Dead finalmente tiveram seu desejo atendido no último domingo. Porém, não foi com o homem que todos desejavam ou imaginavam que seria. Desculpe, shippers de Caryl, mas foi Tobin quem compartilhou o momento de ternura e o beijo com a esposa abusada que se tornou heroína no pós-apocalipse.
Foi um episódio importante e cheio de insights, onde vimos Carol literalmente presa entre dois mundos – lutando para se adaptar à mulher que ela se tornou, em contraste com a mulher que ela desejava ser. A Entertainment Weekly conversou com Melissa McBride para ouvir o que ela pensa sobre o episódio e o seu significado.
ENTERTAINMENT WEEKLY: Então o episódio começa com essa montagem feliz, prosaica, mas lá pela metade da mesma aparece você matando um zumbi enquanto pegava avelãs no mato. Que justaposição adoravelmente divertida!
MELISSA McBRIDE: Sim, foi um pouco diferente. Você chega a pensar que era um comercial de hamburguer ou algo parecido quando assiste pela primeira vez.
EW: Vamos falar sobre esta cena no início em que Morgan quer falar com Carol sobre toda a situação do Lobo prisioneiro. Qual o motivo pelo qual ela não comentou a respeito com ninguém?
Melissa McBride: Eu acho que há uma parte de Carol que se dá por conta de que ele tem um coração bom, apesar de sua filosofia não combinar bem com a sobrevivência ali, da maneira como o grupo funciona. Ela se dá por conta de que o coração dele é gentil, e que há uma parte dela também lutando com isso. Ele não quer ter que fazer aquilo, ela o entende, ela entende tudo. E também, apenas lembrando da maneira como ela foi banida por Rick e toda aquela fase, bem como o quanto ela também estaria comprometendo Denise ao contar tudo.
EW: E aquela lista que Carol mantém em seu diário, que parece ser uma lista de quantos humanos ela matou? O que você acha que está acontecendo com ela, ao manter essa lista?
Melissa McBride: Eu acho que, inevitavelmente, ela tem tentado compartimentalizar suas ações, como tantos de nós precisamos em um mundo apocalíptico, como uma tentativa de fazer estas coisas horríveis em nome da sobrevivência. Mas, ao mesmo tempo, são seres humanos. Ela está tentando contabilizar isto de alguma maneira, e eu acho que existe culpa, obviamente, há muita culpa. Culpa e sofrimento, tudo está atingindo-lhe intensamente.
EW: Okay, Melissa, eu não falei nada até o momento, mas eu preciso perguntar a respeito deste momento romântico entre Carol e Tobin. De onde veio isso? Foi só uma ficada?
Melissa McBride: Para mim, foi perto disso! Provavelmente possa ter levado a algo mais picante, ou mesmo algo mais. De onde isso tudo veio? Bem, tivemos um lapso de algumas semanas aqui, se não mais, e eu acho que eles tiveram tempo de se conhecer um pouco melhor. É simples.
EW: Mas por que Tobin? O que ela viu nele?
Melissa McBride: Tobin é um doce. Ele é um adorável companheiro e eu acho que estava lá esperando por Carol, que está tentando entender como qualquer um de nós ainda é capaz de fazer o que estamos fazendo, especificamente, matando pessoas. Para ela, quando eu olho para Carol, eu penso o quanto a pessoa mais próxima de nós somos nós mesmos. Ela é a pessoa mais próxima que ela mesma tem, e ela também se auto-hostiliza de uma maneira estranha. Eu acho que foi justamente assim que ela conseguiu, tentando encontrar esta compreensão de como ela chegou onde está, fazendo as coisas que ela faz, as coisas horríveis que precisam ser feitas, e justapondo com esta oportunidade de poucas semanas de paz, onde ela simplesmente passava seus dias distribuindo cookies.
EW: Há simplesmente partes dela que ela não quer abandonar, e partes que ela quer deixar em negação, para que consiga fazer as coisas, o que é algo complicado. E, naquele momento em que ela encontra Tobin ele diz “eu não consigo fazer estas coisas que você faz”. Ela está procurando por compreensão quando ela pergunta “Como? Como assim, que coisas eu sou capaz de fazer?” E ele faz com que ela lembre que ela faz isso para manter a família segura. É instinto maternal, salvar a família, e eu acho que aquele foi um breve momento de entendimento que a fez sentir-se melhor e confortável, e foi isso que levou ao resto.
Melissa McBride: É engraçado, pois você fala destas coisas que ela tem passado, e como ela se sente perdida e tenta colocar as peças em ordem, e eu tenho que concordar que isso leva ao que vemos ainda mais tarde, quando ela fica furiosa com Rick e Maggie por Maggie estar lá fora. Ela diz “Ela não deveria estar aqui sozinha, aliás nem deveria estar aqui fora”. Por que Carol é tão enfática com isso? Porque ela quer que Maggie seja apenas a mamãe grávida. Quer que ela esteja segura, e sabe o quanto isso está acabando com ela mesma, lidar com o mundo e fazer todo o trabalho sujo. Ela ainda carrega todo aquele sofrimento da perda da Sophia e das crianças. Ela não quer que Maggie se arrisque. Ela não quer que Maggie passe por tudo o que ela passou e sinta o que ela sentiu, não mais do que o que ela já passou, e eu acho que isso tudo tem a ver.
EW: Ela diz à Maggie, “Você não deveria estar lá fora”, e isso é interessante porque é algo que também nos remete à Sophia. Ela está fechando este círculo relacionado à Sophia.
Melissa McBride: Eu acho que com tudo é assim, entende? Carol ainda tem que viver o luto pela perda de sua filha. Ela ainda tem que viver o luto por Mika e Lizzie. Ela ainda tem que viver o luto pela perda de tantas pessoas e, ainda por cima, ela carrega consigo esta culpa, a sensação de que não fez o suficiente. Ou, quem estamos matando? E o fato é que este é o mundo em que eles vivem, e Rick diz que é como eles sobrevivem. Temos que matar. Eu acho que tudo está acertando-a direto no coração e na mente.
EW: E como o cigarro entra nisso? Qual o sentido de fumar em todo o episódio.
Melissa McBride: Eu acho que é uma manifestação do seu sentimento de culpa também. Ela está se punindo.
EW: O que eu acho interessante neste episódio é que, quando conhecemos Carol, ela estava em um momento muito vulnerável. Então ela constrói essas muralhas e se torna dura, de sangue frio. Mas agora, o que estamos vendo é que ela ainda tem esta capacidade dentro de si, que não deixa de ser uma vulnerabilidade.
Melissa McBride: Bem, sim, e é precisamente o que está acontecendo. Ela diz a Maggie “Você deveria estar em outro lugar.” Carol adaptou tantos “alguéns” para conseguir sobreviver aos momentos, e talvez por isso ela esteja em plena crise existencial. Este mundo está mudando mais rápido do que a mente dela consegue compreender, as mudanças que ela se permitiu para se adaptar, e é por isso que há um pouco dessa auto-hostilidade contra aquilo que ela é. Ela ainda deseja compreensão.
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Fonte: Entertainment Weekly
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