Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do oitavo episódio, S06E08 – Start to Finish, da sexta temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Uma vez que os walkers ultrapassaram os muros destruídos de Alexandria, ficou claro que nem todos os personagens conseguiriam sobreviver. A personagem Deanna Monroe teve pouca sorte e foi mordida enquanto tentava ajudar Rick a fugir da horda que se aproximava.
Lamentamos por Deanna, mas não por Tovah Feldshuh, a atriz que a interpreta, que já está participando da série “Crazy Ex-Girlfriend”, uma comédia dramática com elementos de musical que vai ao ar na segunda à noite pela CW. “Eu fiz minha estreia com um grande musical solo chamado, ‘Onde fica o banheiro’?”, diz Feldshuh. “Eu sou mordida e meus dias foram condenados nos [domingos] às 21h em The Walking Dead, e [na segunda] às 20h, estarei cantando animadamente como Naomi Bunch.”
Mas antes de ela passar para esse e para outros papéis na TV (como em Fleshand Bone, da Starz), Feldshuh conversou com o Entertainment Weekly sobre seu caminho em The Walking Dead e sobre a mid-season finale de domingo. A atriz revela o que havia naqueles bilhetes para Spencer e para Maggie, os diferentes tipos de takes com que filmaram sua última cena dela com Andrew Lincoln e as storylines alternativas que ela sugeriu para o showrunner Scott M. Gimple para manter Deanna viva.
ENTERTAINMENT WEEKLY: Quando e como o showrunner Scott Gimple contou a você que o tempo de Deanna havia acabado?
TOVAH FELDSHUH: Ele foi incrivelmente respeitoso e se sentiu no dever de me dar bastante aviso. Estava procurando várias propriedades de aluguel e, quando ele ficou sabendo disso, me ligou imediatamente. Então eu estive guardando esse segredo por algum tempo. Todos vêm a The Walking Dead para morrer e não há nenhum ator que não seja avisado e que não seja chamado antes de isso acontecer. Mas frequentemente são apenas algumas semanas [de aviso]. Ele foi incrivelmente respeitoso, todos nós temos um acordo de não-divulgação que é muito sério e eu o honrei completamente. Então ninguém sabia e eu tinha esperanças, [em relação ao destino de Deanna] apesar de saber da pouca probabilidade, e tentei dar a ele outras ideias, mas foi assim que aconteceu. E cumpriu com meu contrato original, de que eu estaria em 12 episódios.
Nada disso é uma questão pessoal. O modo como The Walking Dead funciona é: você se apega a um personagem e, então, eles tiram esse personagem de você. Eu não iniciei esse padrão. Cheguei na quinta temporada. É sempre inesperado, como a morte também é, a Morte não tem favoritos. Quero dizer, talvez o Daryl, porque acho que seria uma conflagração. Mas algo assim…
Então, em um nível pessoal, eu fiquei muito triste, mas não sou uma boba. Não interpretei isso como algo pessoal. É a forma como a obra é estruturada. É o que foi melhor para a série e eu não o convenceria do contrário, então, agora minha pergunta é: “Com quem eu tenho que dormir para aparecer em um flashback?”
Eu adoro que você tenha sugerido ideias a Scott para ficar por mais tempo na série. Quais foram essas ideias?
Tovah Feldshuh: Eu acho que ela deveria tentar se inter-relacionar com vários agrupamentos de seres humanos. Ela teria de encontrar outra Alexandria. Ninguém sabe se estamos completamente sozinhos lá fora. Nós sabemos que não estamos. Deve haver outros grupos de sobreviventes. Está além da compreensão que todo ser humano decente esteja morto. Eu queria que Rick fosse a força física de Deanna, seu Colin Powell, seu grande general, e eu queria que Deanna fosse o cérebro político por trás da construção das ligações entre as comunidades, mesmo que fosse apenas uma dúzia de pessoas. E, de alguma forma, nós afastaríamos essa ameaça dos walkers. Minha outra ideia era que, mesmo tendo sido mordida, Deanna fosse a pessoa que tivesse a cura. A cura estaria no sangue. Ela seria a pessoa com a capacidade da imunidade e, de algum modo, sobreviveria. Mas isso ainda está para ser visto.
Qual foi a reação de Scott quando você contou essas ideias a ele?
Tovah Feldshuh: Ele simplesmente disse: “Tooooooovah”. Eu não tinha muita esperança, mas minha passagem pela série foi maravilhosa.
Conte para nós sobre a reação da Deanna depois que ela descobre que foi mordida. Ela diz a Michonne: “Trabalhar com minha família em direção a um futuro melhor – isso é tudo o que eu queria. Foi isso o que consegui fazer. Eu consegui fazer o que eu queria do início ao fim.” Por que ela é tão positiva em um momento tão terrível?
Tovah Feldshuh: A felicidade é uma escolha, e o motivo de ela ser positiva é que ela quer passar [esse legado] de geração para geração. Ela quer colocar em Michonne o fato de que ela deve continuar esse legado da possibilidade de uma civilização sã retornando ao planeta Terra, que agora está se afogando em sangue, em forças negativas e no mal.
Por que ela não deixa Michonne acabar com aquilo e, em vez disso, diz, “Eu mesma farei isso”?
Tovah Feldshuh: Eu acho que ela quer a elegância do livre arbítrio. O fato de que há um ser humano ali, um ser humano que se importa e pode controlar as circunstâncias de si mesma e ter a dignidade de decidir quando terminar sua vida. E, aparentemente, isso é muito importante para várias pessoas. É por isso que as pessoas querem morrer em suas próprias camas. Deanna quer ter a dignidade heroica de não ser um fardo para mais ninguém. Eles têm outras coisas para fazer.
A única coisa que ela poderia ter feito, e na qual eu não havia pensado até ontem à noite, era pular da janela, fazer com que eles a devorassem e se distraíssem de Rick e do grupo, que escaparam se cobrindo com as entranhas dos walkers.
Ela diz, “Eu mesma farei isso” e nós a vemos apontando a arma para a própria cabeça, mas então porque ela não atira em si mesma e, em vez disso, atira nos zumbis que estão se aproximando e grita para eles?
Tovah Feldshuh: O pensamento dela é, o que seria o bem maior? E, se você tiver cinco balas, é melhor matar cinco walkers e cinco inimigos e se sacrificar, porque claramente nós acreditamos que ela foi atacada. Ela teria de ser uma Super Mulher para sobreviver a tudo isso, então, talvez ela tenha morrido sozinha. Ela sacrifica a dignidade de morrer por conta do tiro pela probabilidade de uma morte muito mais dolorosa, sendo devorada por essas pessoas horrendas. E quando ela não consegue mais lutar com as balas, ela luta com os gritos. Não foi um grito de terror. Foi um grito de samurai.
Ela começa como política e – nos últimos minutos de sua vida – se torna a guerreira que precisa ser em uma luta corajosa pelos sobreviventes da raça humana. Ela faz o melhor que pode fazer, como os grandes fuzileiros subindo até o topo da montanha, já sabendo que vão morrer, mas ainda assim matam os inimigos enquanto sobem.
Você sabe o que Deanna escreveu naqueles bilhetes para Spencer e para Maggie?
Tovah Feldshuh: Sim. Ela certamente escreveu para Spencer, seu filho, que ele seguisse adiante, fosse corajoso e sábio. Que fosse sábio sendo um aprendiz observador. Que ficasse próximo de Rick e vise o que é desejado e o que é preciso nesse espaço. Que estudasse Rick. Que estudasse Michonne. Seriam esses dois. De Morgan, ele não precisa. Morgan não matará nenhum ser humano. Ele quer salvá-los, mas, como consequência disso, ele prejudica o grupo terrivelmente tentando salvar as maçãs podres. Mas Michonne e Rick, sim, com certeza. E Glenn. Esse é outro personagem heroico. E Carl, que não mata o filho de Pete! Ele pode acabar pagando um preço alto por isso, pois o menino o seguiu para matá-lo mas Carl encobriu a verdade. Então ela diz ao filho que ele seja sábio, escute e aprenda, e sempre se lembre dos quatro princípios: sempre se esforce ao máximo, mantenha sua palavra impecavelmente, não conclua nada antecipadamente e nada é pessoal.
E o que ela escreveu para Maggie é que essa é a chance dela de tomar a iniciativa, de se tornar o máximo possível parecida com Deanna em termos de sua crença nos devidos processos da lei. Ela tem todas as habilidades, as habilidades com as armas, têm as pernas, terá um filho. Haverá alguém além de Judith que será uma nova vida nessa comunidade. Ela é a única que tem o passado equilibrado e as habilidades equilibradas para se tornar uma líder do Estado. Que Maggie não se esqueça disso. Então, entre ela e Michonne, Deanna tem um Plano A e um Plano B. De uma forma, por Maggie estar grávida, Michonne pode ser a melhor aposta de Deanna. Lembrem-se, ela deu a Michonne seus planos. Michonne acaba os planos de Deanna. E, embora a entidade física de Alexandria possa ou não desaparecer na fumaça, os princípios que Deanna fez valer em Alexandria seguirão adiante.
Vamos falar sobre a sua cena final com Andrew Lincoln porque eu sei da afinidade que vocês têm um com o outro. Como foi gravar essa cena em que você o convence de que todo o povo de Alexandria também é o povo do Rick?
Tovah Feldshuh: Na verdade, eles escolheram o take mais reservado. Eu teria preferido os takes mais emocionais, mas eles quiseram esse racional, bastante calmo, muito propositadamente. O principal objetivo que eu percebo da morte de Deanna é invocar o que Rick e Michonne devem fazer: Michonne deve descobrir qual seu propósito maior e Rick deve aceitar todos como um só grupo.
Teremos que esperar para ver se ele é capaz de fazer isso. Por fim, você perguntou: “Com quem eu tenho que dormir para aparecer em um flashback?” Alguma novidade sobre isso na série de domingo à noite?
Tovah Feldshuh: Bem, não tenho a liberdade de dizer isso, mas, no lugar de vocês, eu não ficaria esperando ansiosamente o retorno de Deanna. Vou participar de Crazy Ex-Girlfriend e acabei recentemente a minissérie de ballet Fleshand Bone. Estou bem. Quero saborear a experiência incrível que eu tive em The Walking Dead.
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a segunda parte da sexta temporada no dia 14 de Fevereiro de 2016 no AMC (EUA) e na FOX Brasil. Confira todas as informações sobre a sexta temporada e fique por dentro das notícias.
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Fonte: Entertainment Weekly
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