Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do quinto episódio, S06E05 – Now, da sexta temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!
Depois do episódio divisório da semana passada focado no flashback de Morgan, o episódio dessa semana nos trás de volta para o presente, mostrando os cidadãos de Alexandria imediatamente depois do ataque dos “Lobos”, e permitindo ver a reação de Maggie à ausência de Glenn, que a levou a carregar armas e fugir em busca de seu marido. Lauren Cohan tem algumas ideias sobre o destino de Glenn e fala sobre as motivações de Maggie.
Apesar do episódio 3 da sexta temporada ter deixado Rick em uma situação tênue com o trailer sendo cercado por walkers enquanto eles seguiam para Alexandria, nosso destemido líder conseguiu voltar para a não tão segura “zona segura” a pé, embora todos ainda estivessem preocupados com o fato de Glenn, Daryl, Sasha e Abraham continuarem perdidos em missão. (Talvez algumas pessoas se importaram com Nicholas também, mas é meio duvidoso, certo?)
Ninguém estava mais preocupado que Maggie, que foi acompanhada pelo igualmente teimoso Aaron em sua expedição, que se sentiu responsável por levar os Lobos para Alexandria depois de perder sua mochila em uma de suas armadilhas quando ele e Daryl estavam fora recrutando na temporada passada.
Enquanto Maggie inicialmente insistiu que estava motivada pelo aspecto prático, falando para Aaron “se ele estiver vivo, ele está ferido ou encurralado, talvez sequestrado. E se ele estiver morto, eu não quero ficar esperando por ele”. Logo ficou claro que o sofrimento e a culpa estavam guiando sua missão, como ela confessou que estava grávida, o que foi parte da razão pela qual Glenn insistiu que ela ficasse na cidade durante a lamentável tentativa do grupo de levar o rebanho para longe.
“Só queria ver o rosto dele”, ela admitiu em lágrimas para Aaron, finalmente vocalizando o desamparo de partir o coração que ela sentia por não ser capaz de ajudar Glenn, mas também por estar alheia sobre seu destino final. “Eu não posso, não consigo saber o que vai acontecer ou por que aconteceu, o que eu fiz certo ou errado… não agora. Tenho que viver com isso, e você também.”
Estamos muito curiosos para saber o destino de Glenn, mas uma parte de mim prefere que isso nunca seja descoberto – seria uma narrativa bem mais ousada que fazer de sua morte um fingimento (que, na minha opinião, seria fatal para a credibilidade da série, já que ele estava completamente cercado por walkers e o lixo não poderia dar muita cobertura para prevenir que eles chegassem até ele), ou trazê-lo de volta como um zumbi, que só serviria para fazer a situação ficar pior ainda para Maggie e o resto do grupo.
Em um mundo como o de The Walking Dead, é realista e provável que a pessoa amada talvez morra ou desapareça sem dar nenhuma pista sobre seu destino – deixando seu parceiro sem ideia do que aconteceu, do por que, ou o que poderia ter feito para mudar isso. Ele deixa um raio de esperança, certamente, mas também uma cicatriz persistente, falta de encerramento que assombraria o resto do grupo para sempre. A morte é muitas vezes arbitrária e sem sentido, e enquanto a série raramente foi ambígua sobre o destino dos personagens, seria revolucionário de um jeito para os roteiristas se recusarem a responder à pergunta e deixar o destino de Glenn oscilando, uma vez que a TV fica ansiosa para alimentar sua audiência em vez de permitir que eles interpretem a cena por eles mesmos (é por isso que ainda estamos discutindo sobre o episódio final de “Sopranos” após quase uma década).
Se os primeiros quatro episódios da temporada focaram em morte e destruição, o episódio “Now” (Agora) coloca o foco em novos começos, já que os sobreviventes tentam se ajustar ao novo status quo. A inocência de Alexandria foi destruída, mas isso é sem dúvida a única maneira de qualquer um dos civis que abrigam a cidade terem uma chance de sobreviver de agora em diante, com os Lobos e os zumbis em sua porta.
De primeira, os moradores de Alexandria pareciam preparados para desistir, com muitos habitantes tentando invadir o armário de armazenamento porque não queriam passar seus últimos dias comendo ração, enquanto uma vizinha foi aparentemente levada ao desespero e cortou os pulsos, reanimando como um zumbi dentro de sua casa, o que levou Jessie a matá-la.
Todos, do jovem Sam a Spencer, claramente concordaram que as coisas tinham mudado inexoravelmente em Alexandria após o brutal ataque, e uma praticidade pareceu emergir. Jessie aproveitou a oportunidade para lembrar tanto a Rick quanto aos seus vizinhos que “é assim que a vida é agora”, mas isso não significa que eles não podem estabelecer um futuro juntos apesar das circunstâncias – levando a um beijo longo e meio atrasado entre ela e Rick, que provavelmente não vai ser aceito numa boa por seu filho mais velho Ron, que mais cedo pediu para Rick o ensinar a atirar, por razões que suponho que não estão relacionadas a se defender de walkers.
Apesar de muitas perdas recentes, o episódio conseguiu se agarrar a um ar otimista – principalmente por causa da Maggie recusando a desistir de Glenn, esfregando seu nome do muro de recordações de Alexandria no final do episódio. Tara também compartilhou um momento doce de intimidade com a médica Denise, e Rosita deixou de lado suas preocupações com a segurança de Abraham para oferecer uma conversa estimulante à Spencer, que claramente precisava disso depois de quase ceder ao seu próprio senso de desespero quando confrontado com a contagem de corpos em Alexandria e sua incapacidade de lutar de volta. Mas ele se voluntariou para vigiar o muro porque ele tem um coração bom, ou aquele sangue escorrendo quando Deanna passou pelo muro no final do episódio era dele?
Muito parecida com Nicholas no terceiro episódio dessa temporada, Deanna passou quase o episódio inteiro em estado de choque, quase incapaz de compreender a violação de seu santuário logo após perder o marido. Mas quando ela ficou cara a cara com um Lobo que virou zumbi, ela finalmente conseguiu botar pra fora um pouco de seu luto e agressividade com uma garrafa quebrada (embora ela aparentemente não tenha conseguido entender a lição que você precisa mirar no cérebro em vez do coração). Mas, depois de uma tentativa frustrada de encaixar os pinos quadrados do grupo de Rick nos buracos redondos do jeito que Alexandria tem de fazer as coisas, essa semana ela finalmente reconheceu que os habitantes de Alexandria não precisam de seu jeito otimista de liderança, eles precisam da praticidade de Rick se esperam sobreviver ao que vem pela frente.
Ninguém consegue ser otimista e prático do jeito que Glenn e Maggie foram ao longo das temporadas, então o Variety conversou com Lauren Cohan sobre o que está à frente para sua personagem com Glenn ainda perdido e um bebê a caminho.
Variety: Vemos Maggie aparentemente aceitando a probabilidade de Glenn estar morto enquanto ela e Aaron estão no esgoto, mas depois ela parece recuperar a esperança – o que está por trás dessa mudança?
Lauren Cohan: Eu acho que conhecemos Maggie como uma personagem que persevera com esperança, e eu não acho que essa situação é uma exceção. Ele não está de volta, mas ele já voltou antes, e nós como um grupo já voltamos de coisas piores, então quando há uma opção, há sempre esperança.
Então Glenn sabia que Maggie estava grávida antes dele sair, e que foi por isso que ele queria que ela ficasse em Alexandria?
Lauren Cohan: Sim, ele sabia, eles sabiam – e isso foi grande parte do motivo dela ter ficado.
Ela honestamente acha que as coisas poderiam ser diferentes se ela fosse com Glenn e o resto do grupo, ou isso foi só um mecanismo para lidar com sua falta de esperança?
Lauren Cohan: Acho que é um pouco dos dois – ela está falando dos seus “e se” para Aaron e isso é definitivamente uma consideração. Eles prometeram um ao outro que nunca se separariam novamente, e isso é um fato. E como você lida com isso? É horrível. Essa série realmente nos coloca no espremedor. [Risadas]
Ela e Aaron tiveram muito em comum essa semana, ele vai continuar a ser um confidente para ela?
Lauren Cohan: Acho que esses dois tem um parentesco. Acho que ela reconheceu sua bondade quando o conheceu pela primeira vez e isso definitivamente continua. Eles estão meio que compartilhando uma jornada com culpa, e como vimos, Aaron está sofrendo nesse episódio com seu papel no ataque a Alexandria. Então acho que há uma relação de irmãos.
O que a impediu de sair do esgoto atrás da horda? Ela sentiu que ia ser uma missão suicida com os zumbis tão próximos, ou ela queria proteger Aaron, já que ele parecia estar tão kamikaze quanto ela?
Lauren Cohan: Kamikaze, essa é uma boa palavra para esse episódio (pessoas ou práticas potencialmente suicidas). Gostaria que as pessoas fossem capazes de pensarem o que quiserem sobre isso, acho que é um coquetel de motivações.
Será que ela vai conseguir falar com mais alguém do grupo que está grávida num futuro imediato, ou as pessoas já sabem e nós ainda não vimos na tela?
Lauren Cohan: Gosto da ideia de que há uma vida em torno do que vemos na TV, em volta dessas fatias, então tantas coisas vão se desenrolar ainda, não quero estragar isso.
Você vem prestando atenção à reação online dos fãs para a aparente morte de Glenn?
Lauren Cohan: Tem sido muito difícil ver pessoas para mim. Sei por Steven Yeun e todo o elenco, é um luto de grupo, quase uma consciência mundial. Há vídeos de reações de fãs filmando eles mesmos assistindo ao episódio. E eu choro novamente vendo a reação das pessoas, porque meu deus, Glenn, não o Glenn. Ele é a epítome da bondade e da esperança.
Scott Gimple disse que veremos Glenn de alguma forma, você acha que a resposta vai satisfazer os fãs? Foi satisfatório para você como um membro da audiência quando soube disso?
Lauren Cohan: Dizer que foi “satisfatório” seria um desserviço para qualquer enredo de The Walking Dead, porque nada que acontece nunca é, e eu não estou falando sobre o destino de Glenn, qualquer coisa que acontece é tão complexo e tem uma reviravolta, nunca é amarrado, e é isso que eu amo tanto na série. Nós tomamos um soco constante e temos um sentimento constantemente visceral, mas de um jeito bem lento. É como um vulcão jorrando lava e causando estragos, mas a vida brotando através da cinza é como sinto sobre The Walking Dead. E o que Scott Gimple faz, estou em constante êxtase com a mente desse homem, é incrível, é como se todas as universidades dos Estados Unidos existissem em seu cérebro, e o que vem nessa temporada é um país das maravilhas. Sou literalmente uma fã dos roteiros dessa série.
Como você descreveria a trajetória de Maggie no resto da temporada? Veremos ela tentando ser mais cautelosa porque está grávida, ou ela ainda se arriscará como vimos nesse episódio?
Lauren Cohan: Vai ser uma guerra entre todos seus desejos e resistência. Se você tirar a guerra e a potencial perda de seu marido fora da equação e só olhar para o lado materno, e só olhar para a relação com Deanna e olhar para esse novo mundo tendo acabado de perder sua irmã e pai, mesmo se você tirar todas essas coisas e só olhar para o lado materno, há uma jornada e tanto pela frente. Estou tão empolgada de poder explorar e retratar uma heroína, uma mulher que está trazendo uma criança para esse mundo. Todo santo dia é uma descoberta em interpretar isso. Só me faz amar dez vezes mais minha mãe e tias e todas que já tiveram um bebê. É um trabalho justo, e a responsabilidade de trazer uma vida é agravada pelas perdas de vida que tivemos. Quero que as pessoas peguem o que devem da escolha da gravidez.
Agora Deanna finalmente pareceu sair do seu choque, Maggie será a pessoa que a ajudará a aclimatar, ou cai para Rick mostrar a ela as cordas quando se trata de defender a si mesma?
Lauren Cohan: É uma boa simbiose, o que Maggie e Glenn tiveram quando um está para baixo e o outro para cima. A água continua a encontrar equilíbrio e Deanna está no tempo de escorar em Maggie e no grupo novamente, e isso que é lindo nessas pessoas. Mesmo que Deanna seja nova no grupo, o grupo central estará junto enquanto tiver esse entendimento que as pessoas precisam sem ter que dizer nada, e você tem que se livrar do drama familiar porque ninguém transpira as pequenas coisas, então isso é legal.
Ter perdido Beth, Hershel e potencialmente Glenn em tão pouco tempo, ela será capaz de manter seu senso de esperança e otimismo vivo, ou isso será desafiador por causa de tudo que ela passou?
Lauren Cohan: Maggie é a pessoa que não desiste, é inocente até que provem o contrário, então como vemos no final do episódio, estou tirando o nome dele da parede, assim como Aaron.
Você tem um filme de terror saindo em Janeiro, “The Boy”. O que te atraiu no filme?
Lauren Cohan: Ouvi alguém dizer uma vez que se temos medo de fazer algo, isso é um sinal que você deveria fazer, e li o roteiro e me senti tão perturbada e não querendo ir para essa estrada psicologicamente que eu percebi que tinha que fazer. A história é muito boa e foi inegável que tinha que fazer.
Há algo muito inexplicavelmente assustador sobre bonecas de porcelana…
Lauren Cohan: Nós as tratamos com tanta vida e amor. Eu tenho a mesma coisa com animais de pelúcia. Eu tive desde criança e eles significam muito para mim, e eu sei que não são reais, mas é o amor que você dá a algo que faz ficar real, parece que estou citando “Meu Mundo Encantado”, mas é meio que isso. Isso é uma grande parte do porque é tão assustador o filme “The Boy”.
Finalmente, há algo que você pode nos contar sobre o episódio da próxima semana de The Walking Dead?
Lauren Cohan: Se esses episódios tiveram qualquer tipo de suspeita quanto às profundezas da emoção que sentiremos esse ano, então continue assistindo…
Fiquem ligados aqui no Walking Dead Brasil e em nossas redes sociais @TWDBrasil no twitter e Walking Dead Br no facebook para ficar por dentro de tudo que rola no universo de The Walking Dead.
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Fonte: Variety
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