ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do nono episódio da quarta temporada, “After” (Após).
Rick Grimes já esteve pior? Sério, o rapaz está ZUADO! Seu rosto parece que esteve do outro lado de uma surra interminável dada por um maníaco de um olho só… o que, tecnicamente, aconteceu. O homem mal pode andar. Os rapazes mal conseguem respirar. O que o cara PODE fazer?!? Na estreia de meia temporada de The Walking Dead, a resposta foi basicamente nada. E a falha de Rick em proteger tanto sua família quanto a prisão finalmente pesaram no jovem Carl, criando uma tensão entre os dois enquanto buscavam abrigo e segurança. Combine isso ao sentimento adolescente de invencibilidade em Carl e temos um episódio que testou a dinâmica pai-filho como nunca antes visto.
A Entertainment Weekly conversou com o astro Andrew Lincoln para saber de suas impressões sobre o episódio, que também incluiu um sonho com um flashback maluco de Michonne e um fim ainda mais triste para Hershel, como jamais imaginaríamos.
ENTERTAINMENT WEEKLY: Houve uma mudança interessante na relação de pai e filho no sentido de Rick não ser capaz de cuidar de Carl. Logo no início já vemos Rick sem condições de acompanhar Carl e então continua quando Rick não consegue matar o zumbi e seu filho tem que salvá-lo.
ANDREW LINCOLN: Foi praticamente quadro a quadro dos quadrinhos e sempre foi a parte mais emotiva da revista quando eu li. Acho que todos se identificam com isso. Todo homem se identifica com essa história porque alguém me disse alguns anos atrás, “Você nunca cresce para o seu pai,” Esse é o segredo de uma vida feliz, mas todo mundo tem que crescer. Muito de ser um adolescente se resume a ter sua própria voz, achar seu caminho, incluindo seus pais. Então eu adorei, fiquei encantado com isso, foi bem emocionante fazer parte desse episódio. Fiquei a maior parte do tempo no sofá – foi muito bonito! Eu me afastei e deixei o garoto trabalhar. Espero que seja meu futuro! [Risos] Mas foi um momento maravilhoso, a criança virando um jovem adulto. E você vê a equipe toda o assistindo e mostrando sorrisos de satisfação e vendo esse garoto liderando a série. Foi uma experiência bem legal.
EW: Gostei da maneira como Robert Kirkman escreveu o episódio e como Chandler atuou – ele está fazendo como adolescentes fazem, sentindo-se inconsequente, achando que é à prova de balas.
LINCOLN: Eu adorei. Esse é o dom que Robert tem nele, é um humor real e cínico à prova de balas. Na verdade ele é bem gentil. Ele tem um coração bem mole e ele usa muito disso nos quadrinhos. E eu achei o roteiro maravilhoso, bem balanceado. E também a história da Michonne e a sequência extraordinária do sonho que nunca fizemos antes e eu estou curioso pra saber o que vocês acharam.
EW: Eu conversei com Danai e foi tão interessante o modo como foi feito, porque não é só um fragmento de sonho, mas fica pulando no tempo. Você demora um pouco até perceber o que está acontecendo e vê-la naquele ambiente – ou vários ambientes se interceptando, na verdade – foi fascinante.
LINCOLN: É com isso que eu estou animado nesses oito finais – há uma ousadia a respeito desses roteiros que eu nunca havia visto e é bem emocionante. Para nós, os atores que estamos nisso há quatro anos, ter isso e poder atuar com essas coisas paralelas é muito animador.
EW: E a cena no fim em que Rick diz “Você é um homem, Carl.” Essa mudança importante ocorreu no relacionamento dos dois?
LINCOLN: Sim, eu acho que sim. É algo impactante, sentir-se falhando aos olhos do seu filho. E por trás de todo o medo e de deixa-lo para trás está o fato de que ele sabe, ele o chama. Ele sabe exatamente o que o garoto pensa: Ele acha que eu falhei e que tomei as decisões erradas novamente e isso custou a vida de todos. Claro, ele carrega isso. Esse é o Rick, é assim que ele age. Ele se responsabiliza por tudo no planeta. É parte de sua sina, mas também de sua força. É por isso que as pessoas o seguem. Mas é, nesse ritmo, acho que é por isso que eu adorei o episódio – o ciclo se fechou. Em meio a isso tudo, ele tem esse medo, e ele percebe que não pode mata-lo. Mas eu acho que existe um vazio não declarado entre eles que ambos estão dispostos a ceder. É isso que eu gosto nesses oito finais, há tanto espaço neles, mas está tudo preenchido.
EW: Eu adorei a fala bem no final para o Carl depois que você vê Michonne à porta: “É pra você.”
LINCOLN: É uma das minhas favoritas. Alguém me perguntou qual era minha fala favorita em Atlanta, em uma Comic Con, e eu disse, “É pra você.” E eles disseram “O que?” E eu disse, “Espere, você vai ver.” É a fala perfeita. É perfeita pra ca**lho! O único problema com falas perfeitas é que você pode f**er com elas.
EW: Foi bem difícil ver toda a cena da morte do Hershel no último episódio, mas foi ainda pior ver a cabeça zumbi do Hershel ali, só pra saber que ele tinha mesmo que sofrer esse destino terrível.
LINCOLN: Essa sempre foi a intenção, que nós voltemos e que é isso o que sobrou. E é lindo, quando eu li o roteiro… é bem comovente, você tem que matar alguém duas vezes. É um tipo de inferno degradante em que você é jogado. Mas eu concordo, eu fico muito fascinado vendo como as pessoas veem esses oito finais, porque tem algo tão incrivelmente bonito e cheio de alma. Quer dizer, ainda é pauleira como nunca se viu e tem todo tipo de louco – logo à frente, acredite. Eu tive que ir até o [showrunner] Scott Gimple pensando sobre algumas coisas e perguntei “Nós vamos fazer isso? Nós vamos mesmo fazer isso?” E Scott dizia, “É, vamos fazer isso!” Mas eu acho de verdade que há mais poesia nesse oito finais, que há um bom tempo não víamos.
O que você achou que mudou na relação pai-filho entre Rick e Carl? Será que agora teremos uma grande aproximação deles conforme acontece nos quadrinhos? Após esse episódio, Carl ficou ciente de que não consegue sobreviver a esse mundo sem a ajuda de seu pai, então… o que você acha? Deixe seus pensamentos nos comentários abaixo.
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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Walking Dead Brasil
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