[ATENÇÃO!! ESTE CONTEÚDO CONTÉM SPOILERS DO EPISÓDIO S05E11 – “THE DISTANCE“!]
O último episódio de The Walking Dead foi dos grandes, pois tivemos a chance de saber mais sobre o “estranho perigoso” que é Aaron. Um recrutador para uma comunidade murada conhecida como Alexandria, Aaron fez seu discurso para Rick Grimes e companhia para se juntarem a sua comunidade, apenas para ganhar um soco no rosto e uma colherada de purê de maçã como recompensa. Eventualmente, no entanto, Rick mudou de ideia e o grupo chegou com segurança aos portões do que pode ser seu novo lar.
Ross Marquand, que interpreta Aaron, passou pela rádio da Entertainment Weekly para conversar sobre as preferências alimentícias de seu personagem, aquela grande cena no celeiro, e o primeiro relacionamento gay entre dois homens na série. Aqui estão alguns destaques da entrevista.
Ei, qual é o seu problema com purê de maçã, cara?
Ross Marquand: De todas as coisas às quais eu tenho aversão, eu não suporto purê de maçã – uma das coisas mais seguras e sem graça. Eu acho engraçado que a mãe dele tenha tentado deixa-lo mais másculo dando purê de maçã, bolinhos de salmão e cebolas. Isso era servido em conjunto? Tipo um assado com as três coisas? Ou simplesmente à la carte? É tipo, você vai ser mais másculo – coma purê de maçã, droga.
Fale sobre a grande cena no celeiro com você e Andrew Lincoln. Aqui está você, para o seu primeiro episódio inteiro, e você tem essa cena enorme com a estrela da série.
Ross Marquand: Foi terrível. Eu não vou mentir. Indo pra lá no avião foi a parte mais angustiante, porque eu fui um fã da série por cinco anos. Então no voo para Atlanta eu estava suando em bicas. Eu estava aterrorizado. Porque você não apenas está empolgado por conhecer alguns dos seus personagens preferidos, mas você também quer fazer um bom trabalho. Você quer honrar o material de fonte, mas ao mesmo tempo – de uma perspectiva muito egoísta como fã – eu quero que Aaron seja uma pessoa que eu quero assistir semana após semana. Tinha muita pressão, mas por sorte Andy foi extremamente gentil. Ele me deu um abraço no momento em que nos conhecemos. E então ele insistiu em ensaiarmos, o que foi maravilhoso. Vindo do teatro, foi um reconhecimento libertador de que nós queremos trabalhar com antecedência. E apenas ter aquele tempo em uma sala, onde nós sentamos e trabalhamos a cena varias vezes com o diretor foi ótimo.
Como é então trabalhar com Andy quando a cena começa a ser gravada, porque ele pode ser bem intenso.
Ross Marquand: Foi estranho, porque ele me dá um abraço apertado. Ele é tão doce. E então no momento em que você começa a trabalhar isso simplesmente muda. Muda completamente e ele está em modo de trabalho absoluto – e é ótimo trabalhar de frente pra alguém assim, que leva seu trabalho tão a sério. Muitas dessas reações foram absolutamente genuínas – medo genuíno e preocupação genuína se ele ia ou não enfiar uma faca na base do meu crânio.
Vamos falar sobre o relacionamento de Aaron com Eric, porque este é o primeiro casal gay de homens que vemos na série.
Ross Marquand: Conversando com Scott Gimple sobre a história de Aaron e Eric, nunca foi deixado claro há quanto tempo eles se conhecem – pelo menos no material que nos foi dado. Então quando eu conheci Jordan Woods-Robinson, que interpreta Eric, nós meio que criamos uma história de fundo por conta própria. Nós achamos que era uma escolha forte que nós nos conhecêssemos de antes do apocalipse zumbi. Antes de tudo acontecer, nós já nos conhecíamos, nós ficamos juntos. Nós achamos que era uma forma mais forte de seguir, porque deve ser muito difícil como um homem gay ou uma lésbica encontrar alguém naquele ambiente onde tudo está completamente distorcido. E nós achamos que seria mais interessante de uma perspectiva de atuação que nós tenhamos ficado juntos durante esses dois anos.
Quanto você acompanha da história de Aaron nos quadrinhos?
Ross Marquand: Basicamente eu li até um pouco mais adiante de onde estamos agora. Eu não queria ler muito mais, porque eu quero ser genuinamente surpreendido como um fã da série também. Eu quero que seja algo que se diante dos meus olhos. Eu não queria saber muito sobre isso porque poderia ser o tipo de coisa que influencia minha performance se eu souber muito sobre para onde ele está indo.
O que você achou da semana passada quando o Talking Dead colocou uma pesquisa perguntando se as pessoas achavam que Aaron era um bandido ou um mocinho, e a grande maioria das pessoas votou que ele parecia mau?
Ross Marquand: Eu acho que, assim como alguém que assistiu a série por tantos anos quanto eu, eu definitivamente tomaria essa perspectiva: como você pode confiar em alguém que é tão educado e desarmado neste mundo, quando todo mundo que esteve nesta mesma posição tentou mata-los toda vez.
Mas Aaron definitivamente tem um lado mais leve, com o comentário de “estranhos são perigosos” e a piada sobre o grupo de dança de sexta-feira.
Ross Marquand: Essa foi uma parte fundamental da interpretação. Mesmo quando eu fiz o primeiro teste, Sharon Bialy me trouxe de volta e disse “eu realmente quero que você traga uma leveza e um lado espertinho extravagante para o personagem”. Então nós tentamos de novo com aquilo em mente. E eu acho que fez toda a diferença entre o personagem ser um escoteiro super educado, e então ter uma qualidade descontraída, onde ele faz piadas neste ambiente. Este é o último lugar em que você imaginaria alguém fazendo piadinhas, mas esse é meio que o estilo dele.
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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Ivyleca / Staff Walking Dead Brasil
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