ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do oitavo episódio da quarta temporada, “Too Far Gone” (Indo Longe Demais), e dos quadrinhos.
Destruição, terror e mutilação não fazem parte apenas de uma música do LL Cool J. Eles também descrevem o que aconteceu no último episódio da primeira parte da quarta temporada de The Walking Dead. Em sua sede por vingança, o Governador fez Hershel e Michonne de reféns e então decepou a cabeça de Hershel quando Rick se recusou a deixar a segurança da prisão com seu pessoal. O Governador depois invadiu a prisão com seu tanque antes de ser morto por uma mistura de murros do Rick, espada da Michonne e arma da Lilly. Agora, os sobreviventes da prisão estão dispersos e nós teremos que esperar até dia 09 de fevereiro de 2014 por respostas. Ou não? O Entertainment Weekly conversou com o criador de Walking Dead, Robert Kirkman, para saber o que ele achou dos acontecidos, porque aconteceram aquelas coisas e o que esperar. Leia mais para saber!
EW: Ok, seu desgraçado.Como você pôde fazer isso com o pobre Hershel?
Robert Kirkman: Ele era o pilar moral do grupo e é sempre bom perder o pilar moral. Tudo vai ficar claro quando mostrarmos a vocês o retorno da quarta temporada. Não foi o suficiente para aqueles personagens perder a prisão. Eles também tinham que perder algo mais importante do que imaginavam e Hershel era algo importante para todo e cada personagem, por isso fez todo sentido tirá-lo de cena e ver como aquilo afetará cada um desses personagens, o que veremos no retorno, em breve. Por isso teremos muitas coisas legais por vir.
EW: Porque o Governador passa a espada na garganta do Hershel e não da Michonne? Nós sabemos o que ele sente pela Michonne então por que Hershel em vez dela?
Robert Kirkman: Bem, são duas coisas: Acredito que ele não imaginasse que as coisas sairiam do controle daquela forma que saíram logo após ele ter matado Hershel, por isso creio que ele planejava algo bem pior para Michonne. E outra, teve aquela conversa entre o Hershel e o Governador no trailer, e pelo rumo que a conversa de Rick estava tomando, refletindo muito do que Hershel havia falado, penso que o Governador achou que era esse o homem que estava aconselhando Rick e que ele representava toda essa ideia de “podemos viver juntos em harmonia”, então é esse o homem que se tem que tirar de jogo para mostrar que isso não vai acontece. A prisão vai ser tomada.
EW: A batalha frente a frente entre Rick e o Governador foi uma das coisas que ficou faltando temporada passada. Foi uma decisão consciente nessa temporada de, depois de tudo que foi dito e falado, ter todo aquele quebra-pau?
Robert Kirkman: Sabíamos que a audiência precisava daquele confronto e que, finalmente, queriam ver o confronto entre esses dois personagens. Não é algo que acontece nos quadrinhos, então nesse ponto é legal ver esse confronto pessoal. Então queríamos muito representar esse aspecto de Rick vs. Governador e fazer algo bastante explosivo ao mesmo tempo, e ver esses dois caras atracados aos murros enquanto a prisão caía me pareceu um grande momento a altura de um midseason finale.
EW: Nos quadrinhos Lilly mata o Governador porque ela fica brava com todas as coisas terríveis que ele fez com ela e com todos os outros moradores de Woodbury em troca de poder e vingança. Seus motivos de atirar nele aqui ficaram um pouco menos claros. É um tiro de misericórdia que ela dá nele, o mesmo que ele deu na filha dela Meghan, ou é por raiva de ele ter arruinado tudo aquilo? Ou os dois?
Robert Kirkman: É um pouco dos dois. Naquele momento Lilly está com muita raiva do Governador porque ela havia dito no episódio anterior “Não vamos fazer isso. Não temos que ir atrás desse outro lugar.” E ela foi contra quase tudo que o Governador estava fazendo, e de certo modo não via motivos para o que estava acontecendo porque ela não conhecia a vingança insaciável que crescia dentro dele ou o desejo de controlar e ter a prisão. Acho que o Governador odiava o fato de ter esse grupo prosperando ali sem ele e talvez estivesse melhor do que o dele, isso o consumia. Por isso acredito que no momento em que ela atira nele, ela o despreza um pouco. Não vejo muito ódio por trás daquela bala.
EW: A prisão foi um cenário icônico, tanto nos quadrinhos como na série de TV. Como foi para você se despedir dela?
Robert Kirkman: É bem emocionante. Eu guardei alguns pedaços dela no meu bolso enquanto ela ia sendo destruída, foi algo de grande importância. Mas The Walking Dead continua. É isso que fazemos. Não ficamos na fazenda. Não ficaremos na prisão. Nós vamos sempre estar em lugares novos, legais, interessantes e perigosos. Nós tivemos uma temporada e meia na prisão e acho que é hora de seguirmos a diante. Creio que a audiência esteja pronta e ainda temos bastante coisas boas a frente. E por mais difícil que seja sair da zona de conforto e pensar que nunca mais pisaremos na prisão, é muito bom ir para novos lugares, é animador conhecer coisas novas. Por isso estou feliz com isso.
EW: Você ainda não falou sobre esse sabotador da prisão. É algo que veremos com mais clareza no retorno da temporada?
Robert Kirkman: Sim. Com certeza. E digo que se vocês voltarem e olharem a primeira metade da temporada vocês verão que existem pequenos enredos inacabados que serão esclarecidos no retorno da temporada. Estou muito feliz com as camadas que essa temporada vem tendo.
EW: Ok, cara, onde está a bebê Judith?
Robert Kirkman: Bem, ela não está na cadeirinha. Digo, deve ter algo dela na cadeirinha, mas, você sabe, a maior parte não está. É outra grande revelação que teremos no retorno da temporada. Ela pode está morta. Ela pode está mutilada. Ela pode está bem. Teremos que descobrir.
EW: Mutilada? Jesus, Kirkman, tenha misericórdia. Pensei que já tinha visto o Rick enlouquecer o suficiente depois da morte de Lori, mas estou começando a acreditar que não. Como estará seu estado mental quando a série voltar em fevereiro?
Robert Kirkman: Não muito bem é a resposta. Existe sempre um novo grau a baixo. Sempre que vejo alguém dizer “Oh, Rick está no fundo do poço!” eu penso sério? Espere mais um pouco. Ele vai estar mal. Ele e Carl ficarão sós por um tempo. Acontecerão coisas ruins na estrada. Ambos estão em maus estados. Esse vai ser o mais baixo por hora e então depois descobriremos outro nível mais baixo, espero eu.
EW: Nós sabemos que depois que tudo virou um inferno na fazenda do Hershel eles marcaram um lugar de encontro. Existe um plano semelhante aqui e se sim, quanto tempo vai demorar até as pessoas encontrarem esse lugar? Nós veremos o grupo separado por um tempo com histórias independentes até eles se encontrarem de novo?
Robert Kirkman: Com certeza nós veremos algumas histórias individuais e eu não esperaria vê-los reunidos com a mesma velocidade que na segunda temporada. Ou talvez nunca mais. Por isso existem muitas incertezas ao final da primeira parte dessa temporada. Teremos que esperar para ver se eles se encontrarão. É bem possível que existam partes do grupo que não se encontrem jamais.
EW: Eu sei que existem personagens dos quadrinhos como Abraham, Eugene e Rosita que aparecerão. O que você pode nos adiantar de como e quando nós os veremos?
Robert Kirkman: Posso dizer que a introdução deles será bem parecida com a dos quadrinhos, o que eu acho ser uma coisa bem legal. Estou sempre querendo mudanças entre os quadrinhos e a série, mas quando é um processo bom e natural de adaptação direta, nós o fazemos. De vez em quando isso acontece para mantermos as pessoas se questionando, e assim será a apresentação desses personagens. Acho que a coisa mais importante agora é ver a quantidade de novos personagens interessantes, dinâmicos e explosivos que ganharão vida na série. Eles levarão as coisas para uma nova direção. Por isso eles trarão elementos a série que mudarão a dinâmica dos acontecimentos. Coisas legais vêm aí com esses personagens.
EW: Você disse que tenta ao máximo diferir a série dos quadrinhos, mas foi bem interessante ver aquela icônica imagem do Governador com o tanque.
Robert Kirkman: Tenho que admitir que me emocionei na primeira vez em que vi o episódio. É uma experiência indescritível que continua a acontecer. Tem sempre esses momentos em que eu me pego dizendo “Uau, não acredito que isso acabou de acontecer.” E esse foi definitivamente um deles. Ver tudo aquilo semelhante aos quadrinhos é bizarro e divertido. E digo que ainda terão mais momentos assim nessa temporada. Fiquem ligados!
O que você achou do último episódio do ano? O que você espera dos próximos episódios? Compartilhe tudo conosco nos comentários abaixo.
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com os oito últimos episódios da quarta temporada no dia 09 de Fevereiro de 2014 na AMC e 11 de Fevereiro de 2014 na FOX Brasil.
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Fonte: TV Guide
Tradução: @OAvilaSouza / Staff Walking Dead Brasil
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