Scott Gimple revela que já sabe tudo o que vai acontecer na 5ª e na 6ª temporada de The Walking Dead

A longa espera pela première da quinta temporada de The Walking Dead se tornou ainda mais difícil pelo fato da season finale da quarta temporada ter sido tão satisfatória e cheia de promessas de um próximo capítulo animador na história de Rick e de seu grupo de sobreviventes ao apocalipse zumbi. Para revelar tudo o que vimos em “A”, o episódio da finale, e fornecer diversas dicas do que pode estar por vir em The Walking Dead, a Yahoo TV conversou com o showrunner e produtor executivo Scott Gimple, para saber alguns furos.

As gravações da nova temporada se iniciam em algumas semanas, o que significa que vocês já estiveram na sala dos roteiristas por algum tempo, certo?

Scott Gimple: Sim, desde janeiro. Eu estive basicamente fora durante a semana do Natal, mas trabalhamos na série de alguma forma, independente de ter encerrando a quarta temporada ou planejando a quinta.

Mas nós estamos imaginando que você não está reclamando disso. Você claramente adora o que está fazendo.

Scott Gimple: É, você está certo. Eu amo fazer isso. As únicas reclamações geralmente são, você sabe, por querer mais horas no dia para fazer, e querer estar em dois lugares ao mesmo tempo. Mas eu me sinto muito sortudo por poder fazer isso. Estava tentando descobrir como seria fazer algo do tipo, sabe, qual a metáfora para isso. E eu acho – e, acredite em mim, eu não sou uma pessoa que participa de atividades ao ar livre, no mínimo. Qualquer pessoa do elenco e da equipe poderia dizer isso. Mas eu imagino que deve ser como subir o Monte Everest, porque é – é lindo. É incrível. Não são todas as pessoas que entendem como é. Pode ser muito assustador. Mas, no final, é inacreditavelmente satisfatório. É – sabe, somos todos nós subindo uma montanha juntos. E nós precisamos uns dos outros para subir aquela montanha. E então temos essa vista linda, inacreditável… e de repente estamos de volta ao acampamento de base novamente.

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Muitos de nós estão tentando entender o Terminal. No final, nós ficamos bastante convencidos de que as pessoas do Terminal são, absolutamente, canibais. Mas então, pensando no que estava escrito nas paredes daquela assustadora sala de velas no Terminal – “Nunca novamente. Nunca confie. Nós primeiro, sempre.” – sugere que algo traumático aconteceu com as pessoas do Terminal, também.

Scott Gimple: Sim, quer dizer, aquelas velas estavam acesas. Se elas não estivessem acesas e o lugar estivesse abandonado, talvez fosse algo do passado. Mas, obviamente, é algum tipo de memorial em funcionamento, o que, claro, como você disse, se esses caras são vilões, porque algo ruim aconteceu com eles?

Em quanto tempo, na nova temporada, nós meio que vamos descobrir qual é o plano deles em geral?

Scott Gimple: Extremamente rápido. É. Quero dizer, a storyline, sempre foi o plano. Há tipos de planos… Enquanto temos um bom domínio da quinta temporada, temos razoavelmente um bom domínio da sexta temporada, também. Não há um grande detalhamento da sexta temporada, mas temos muitas coisas em geral dela que já são sabidas. E foi do mesmo jeito com a quarta temporada, tínhamos um plano para a quinta. Então, enquanto o Terminal se desenvolve, nós queríamos responder as perguntas rapidamente. Mas eu acho que os membros mais inteligentes da audiência já saberiam disso, também, porque seria uma loucura fazer as pessoas esperarem durante sete meses e então ser algo do tipo, ‘Ei, esperem mais alguns episódios’. Eu não acho que estou causando um choque ao dizer isso.

A abertura da finale é tão esperançosa, podermos ver o Hershel [Scott Wilson] novamente… e além das coisas traumáticas que aconteceram depois disso, você tem razão em dizer que o final do episódio também é esperançoso, de certo modo? Obviamente, parece bem ruim para Rick e seus amigos, mas há uma sensação de que Rick está muito confiante e comprometido agora. Nós poderíamos encarar dessa forma?

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Scott Gimple: Eu adoro isso. Quero dizer, que… na minha mente, eu nunca diria para a audiência qual é o sentido ou qualquer coisa assim. Eu sei o que eu espero que eles possam pensar mas, uma vez que está fora das minhas mãos e está nas mãos deles, são eles que mandam. Pertence a eles. Tendo dito isso, eu adoro o que você está dizendo, porque era isso o que eu estava buscando, e era isso o que nós estávamos buscando enquanto roteiristas, atores, membros da equipe e produtores. Há várias vitórias estranhas nesse episódio. E eu queria que fossem vitórias estranhas.

Há uma vitória muito doce nos flashbacks e, de fato, tristemente, é meio que a maior derrota do episódio, quando Hershel disse que poderia ser daquele jeito o tempo todo. E obviamente isso não é verdade. Mas as vitórias desse episódio são, sabe, Rick rasgando a garganta de outro homem. É horroroso e terrível, e mesmo assim ele consegue fazer isso sem angústia, sem retorcer suas mãos, sem questionar a si mesmo. Ele pode, na manhã seguinte, coberto de sangue – e você fica pensando “Ai, caramba. Bom, o Rick perdeu o juízo, ele não tem mais coração.” – dizer para o Daryl que ele é seu irmão. Ele pode fazer isso e ser integrado. E então Carl, que está preocupado se é um monstro agora, essa foi uma vitória incrível para ele. Porque, no ano passado, ele não estava preocupado se era um monstro depois de atirar no rosto de um rapaz.

Revelar o resto da história inicial da Michonne, através da conversa dela com o Carl, foi muito esperançoso também.

Scott Gimple: Sim, a Michonne compartilhou o passado dela para confortar o Carl. Muitas vitórias estranhas. E então, a última delas, de um ponto emocional, foi uma vitória inacreditável para Rick, já que ele não estava pronto para [assumir a] liderança… [agora] ele está pronto, não está com medo, está com total confiança para lidar com uma situação muito, muito difícil. Para mim, esse é um final feliz e mesmo assim [rindo] eles estão no vagão e as coisas não parecem muito boas. Então, você sabe, são diferentes tipos de vitórias nesse mundo muito, muito complexo e brutal.

Uma das coisas mais divertidas na quarta temporada é que todas as grandes e pequenas storylines e os detalhes sobre os personagens que foram ‘jogados’ durante os episódios se encaixaram posteriormente nessa temporada. Qual é o processo para criar e então relacionar esses episódios, para que todos esses easter eggs se encaixem tão bem do início ao fim da temporada?

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Scott Gimple: Acho que começa com as histórias dos personagens. E então, as histórias dos personagens com certas realidades práticas do enredo, coisas que nós sabemos que queremos usar ou coisas que temos que usar, para chegar a outros lugares em que queremos chegar. Mapear essas coisas desde o início e todos nós estamos cientes dos pontos altos e dos pontos do final… nos dá a oportunidade de usá-las ao longo do caminho, mas não necessariamente do modo mais direto. Nós queremos que as coisas se amontoem emocionalmente.

Uma das coisas de que eu falo na sala dos roteiristas é, quais são os momentos que conduzem ao momento? Quais são as coisas pelo caminho que levam a audiência em uma jornada para transpor o limiar. Como o que fizemos com Lizzie e Mika. Eu me lembro que, enquanto Angela [Kang] escrevia o segundo episódio, eu me sentei com ela e pensei, “Oh, você poderia fazer esse negócio sobre Mika dizer a Lizzie para ela olhar para as flores quando ela ficasse realmente chateada com a morte do pai dela?” E mesmo ao falar para Angela sobre toda a história da Lizzie ter que matar seu pai com a faca, e esfaqueá-lo na cabeça, o que ela não poderia fazer, porque ela não queria que ele não se tornasse um walker, mas nós não queríamos que ela dissesse isso em voz alta. Nós só queríamos nos certificar de que isso fazia parte de sua personalidade.

Tudo tem a ver com entrarmos nos escritórios um dos outros e dizermos, “Ah, é, eu sei que você está trabalhando no terceiro episódio, mas tem essa coisa que leva ao décimo quinto episódio, e nós temos que ter certeza de que temos a jornada. Então onde eles estão nesse ponto de sua jornada, e a que ponto vão chegar? E como nós tratamos disso, ou como podemos fazer alguma coisa legal nesse momento da linha temporal?” É o peso do trabalho em equipe e o peso de estarmos na mesma página. É como se tentássemos contar um filme gigante.

Rick e seus amigos no vagão ficaram felizes de ver um ao outro quando se reuniram, mas eles não se abraçaram. Não estavam particularmente animados. Obviamente, eles tem preocupações urgentes em suas mentes, mas isso também é uma indicação disso, depois de passar tanto tempo separados, será um pouco desafiador que eles se juntem novamente enquanto grupo?

Scott Gimple: Acho que essa é uma observação muito boa. Eu acho que eles, absolutamente, na maior parte, conseguirão, acho que de um modo direto, com razoável facilidade, especialmente nas circunstância em que estão, ou se puderem fazer uma pausa. Mas quando se esclarecer, se tudo se esclarecer, as diferentes experiências que tiveram quando estavam separados… Maggie e Glenn tiveram experiências incrivelmente positivas. Se você olhar as de Rick, elas ficam no meio. Se olhar as de Carol de novo, ela tem uma experiência muito diferente, e eles estarão carregando suas experiências na próxima temporada. E, absolutamente, haverá um pouco de dificuldade em compreender os lugares uns dos outros. Agora, muitos deles, exceto por alguns poucos, estão no mesmo barco. No mesmo vagão. Nós veremos o que acontecerá se eles conseguirem sair para tomar um fôlego.

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The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a quinta temporada em Outubro de 2014 na AMC e na FOX Brasil. O trailer da temporada, bem como a data oficial de lançamento, será divulgada durante a Comic Con de San Diego, em julho.

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Fonte: Yahoo
Tradução: Lalah / Staff Walking Dead Brasil

Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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