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Ross Marquand fala sobre o que virá a seguir para Aaron em The Walking Dead

[ATENÇÃO!! ESTE CONTEÚDO CONTÉM SPOILERS DO EPISÓDIO S05E11 – “THE DISTANCE“!]

A apresentação de Aaron por Ross Marquand na semana passada em The Walking Dead – fazendo piada com o “estranho perigoso” para as ainda deprimidas Maggie e Sasha – se mostrou ser inesperadamente profética essa semana. Só que o perigo não veio de Aaron, mas de um Rick super protetor, cuja compreensível suspeita das intenções de Aaron acabou levando o grupo a situações ainda mais mortais.

É claro que ainda não sabemos ao certo se o papel de Aaron como um “recrutador” vai trazer salvação ou outra situação infernal, mas nós sabemos que ele ajudou todos (incluindo a bebê Judith) a sair daquele celeiro fedido. Fãs dos quadrinhos de Robert Kirkman já têm suas teorias sobre qual rumo a história de Aaron vai tomar, mas a Variety conversou com Marquand sobre as coisas que ele pode falar: se juntar à série, o quanto ele sabe do que virá a seguir para Aaron e a revelação de um outro lado do personagem naquela cena íntima com o namorado de Aaron, Eric (Jordan Woods-Robinson).

Você já era um fã da série/dos quadrinhos antes de conseguir esse papel?

Ross Marquand: Absolutamente. Eu não só era um bem versado nos quadrinhos como também o era na série. Eu comecei a assistir (quando estreou) no Halloween de 2010 e fiquei deslumbrado. Era diferente de qualquer outra coisa na TV. Meu amigo Doug tem todos os compêndios então eu pedi um emprestado e li vorazmente o máximo que eu pude. Foi muito excitante assistir à série tão religiosamente e depois fazer parte dela.

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Essa era uma série que você queria fazer parte ou algo que você gostava apenas como um fã?

Ross Marquand: Eu com certeza esperava fazer parte dela algum dia, mas como ator você sempre tem que aceitar o fato de que você pode não ser a pessoa certa para certas séries ou certos papéis. Quando isso acabou acontecendo, eu fiquei absurdamente feliz.

Você chegou longe o suficiente nos quadrinhos para saber quem Aaron era?

Ross Marquand: Eu não o conhecia quando aceitei o papel. Eu queria falar com Scott M. Gimple sobre ler o material fonte. Há, obviamente, muito o que se tirar dali. Eu perguntei se ele queria que eu espelhasse o personagem o mais próximo possível dos quadrinhos ou que fizesse algo original. Ele disse para não parar de ler os quadrinhos, porque eles proporcionam um fundo histórico fantástico sobre quem Aaron é e o que o faz tão confiável, mas para eu me sentir livre para ter uma licença artística e fazê-lo meu. Foi um conselho libertador que tive dele.

Às vezes a história da série segue a dos quadrinhos e às vezes não, então quanto você sabia sobre a história de Aaron no início?

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Ross Marquand: Scott mantém suas cartas bem juntas do seu corpo. De um episódio para o outro você realmente não sabe para onde ele e os outros escritores irão. Isso torna a série extremamente excitante, mas também aterrorizante. Você está tentando chegar ao personagem de um lugar lógico e criar essa interessante história prévia, mas você não faz ideia, de um episódio a outro, para onde o enredo está indo. Isso nos mantém na ponta dos pés e eu acho que mantém os fãs da mesma forma.

Você acha que os espectadores verão Aaron da mesma forma que o grupo de Rick vê: alguns achando que devem confiar nele e outros pensando “De jeito nenhum. Nunca”?

Ross Marquand: Eu espero que seja uma divisão mais igualitária do que foi na enquete do “Talking Dead” da semana passada – eu acho que 81% pensou que eu fosse um “canibal educado”. Isso meio que dói [risos]. Mas se eu estivesse vendo a série sem ser parte da cena e sem ter lido os quadrinhos, eu com certeza pensaria a mesma coisa. Historicamente, na série, cada vez que uma pessoa muito amistosa ou educada é apresentada, a coisa não acaba bem para o grupo ou o indivíduo.

Nós vemos um momento mais íntimo de Aaron com seu namorado Eric, e Rick vê pelo menos um pouco também. Como foi mostrar esse lado dele depois de ter ficado amarrado durante metade do episódio?

Ross Marquand: De um lado você tem esse cenário obscuro onde Aaron está arriscando sua vida para transmitir a essas pessoas que tudo está bem e ele os está levando a um lugar seguro, e o tempo todo eles estão o ameaçando terrivelmente – como deveriam, dadas suas experiências passadas. Então, depois de passar por tudo isso, e pelo o que foi nomeado carinhosamente de “lava-rápido zumbi”, e de salvar Rick e Michonne da desgraça iminente – quando Glenn e Aaron estão lutando lado a lado – nós esperamos que isso tenha dado ao grupo algum motivo para aceitarem Aaron. Acho que para Rick, e também para os telespectadores, é bom ver aquele relacionamento entre Aaron e Eric. Está claro para todos assistindo isso que esses dois estão completamente apaixonados um pelo outro e não têm medo de expressar isso.

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Uma das melhores coisas sobre os quadrinhos é que Robert Kirkman não se esquece do fato de que no apocalipse há pessoas de diferentes origens na vida. É claro que haveriam personagens gays e lésbicas e representantes de diversos grupos, como deveriam existir. Eu estou muito feliz por a AMC não ter impedido isso. Eles estão ilustrando esse relacionamento de uma maneira muito corajosa e humana. No fim, eu acho que a série é sobre relacionamentos – familiares, românticos ou apenas as maluquices de se sobreviver ao apocalipse com esse grupo indesejável de pessoas com quem você criou laços.

A apresentação de Aaron estava sendo esperada por esse motivo: os fãs dos quadrinhos já sabiam que ele seria o primeiro personagem masculino gay da série. Isso adicionou uma carga extra de responsabilidade ao aceitar o papel?

Ross Marquand: Absolutamente, eu penso que há uma grande responsabilidade com nossa base de fãs gays e lésbicas, e com os fãs como um todo. Há pessoas que leem os quadrinhos e esperam que a série se mantenha o mais fiel possível a eles. É claro que haverá desvios de tempos em tempos, como já houve antes na série – mas no fim você só quer fazer jus ao personagem que Robert Kirkman apresentou a esse mundo, e que os escritores prepararam para você.

Eu adoro aqueles pequenos momentos em que mostramos um pouco da história de quem Aaron era antes do mundo acabar. Ele trabalhava para uma ONG na África Ocidental, um território realmente violento e hostil, acho que decidimos que era a Libéria. Se essa era sua experiência antes de tudo ir pros infernos, o apocalipse zumbi é, na verdade, um retorno à normalidade para ele. Discutir e negociar com traficantes rivais na Libéria era, de longe, mais aterrorizante do que lidar com o grupo de Rick, porque eles são, na verdade, sensatos. É por isso que Aaron está tão calmo quanto a isso. Ele está acostumado a estar em situações de pressão nas quais ele tem que pensar rápido e sair da melhor maneira possível.

Houve, relativamente, bastante humor nesse episódio – especialmente vindo depois de uma coleção de alguns dos episódios mais obscuros que a série já teve. A piada de Aaron sobre o grupo de dança, por exemplo. Isso é algo que ele traz à série?

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Ross Marquand: Eu espero que isso continue. Isso foi o que me atraiu ao papel, inicialmente, quando me encontrei com a diretora de elenco Sharon Bialy meses atrás para uma audição. Ela disse que realmente queria que eu refinasse minhas tiradas cômicas e melhorasse isso porque era uma grande parte de quem Aaron é. Ele é um homem muito educado e diplomático na superfície, mas há um inegável lado espertinho nele. Está o tempo todo nos quadrinhos. Mesmo em situações terríveis, Aaron dirá algo – cômico e que faz baixar a guarda. Eu acho que é uma ferramenta que Aaron adotou para navegar nesse complexo círculo social.

Você tinha um personagem preferido com o qual você mal podia esperar para trabalhar lado a lado?

Ross Marquand: Alguns dos meus favoritos estavam, na verdade, no carro durante a cena do lava-rápido zumbi. Já que somos primeiramente apresentados a Rick como protagonista da série e vemos sua jornada, como fã foi realmente excitante trabalhar com Andy. Ele é um cara muito amável, mas também leva seu papel muito a sério. É ótimo trabalhar com alguém assim, que vem muito bem preparado e com ótimas ideias. Ele insistiu algumas vezes em fazer um ensaio fora da cena com nosso diretor e escritor antes de entrarmos no set. Você pode imaginar como eu estava nervoso, sendo um fã e trabalhando em uma das minhas séries favoritas, então eu serei eternamente grato a ele por sugerir isso. Me permitiu entrar mais facilmente no papel e naquela cena do celeiro muito mais efetivamente.

Você também teve muitas cenas com Judith. Como é encenar com um bebê no ser de The Walking Dead?

Ross Marquand: Os pais são tão incríveis com Judith, acalmando-a quando ela precisava ser acalmada e a irritando quando ela precisava chorar. Eu achei divertido quando começaram a me filmar entrando no celeiro e ela imediatamente começou a chorar.

Um bebê improvisando.

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Ross Marquand: Quebra o gelo, digamos.

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Fonte: Yahoo
Tradução: @Vicky_CR / Staff Walking Dead Brasil

Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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