ATENÇÃO! O post a seguir contém EXTREMOS SPOILERS dos quadrinhos de The Walking Dead, tal como algumas possíveis revelações sobre o futuro da trama na televisão. Caso não queira ter as “surpresas estragadas”, é melhor parar por aqui. Você foi avisado!
Praticamente todo o fã da versão para televisão de The Walking Dead sabe que os quadrinhos de Robert Kirkman são o material base e, influenciam diretamente os arcos desenvolvidos na série.
Depois de termos visto os cinco maiores erros na oitava temporada de The Walking Dead na semana passada, dessa vez nos propomos a investigar os momentos mais interessantes dos quadrinhos nos arcos que são apresentados posteriormente à Guerra Total. Veja logo abaixo os cinco marcos mais interessantes em nosso ponto de vista e que esperamos ver na nona temporada da série:
Com o fim da guerra contra os Salvadores, a edição 127 chega com uma grandiosa novidade: um salto temporal de dois anos. Após a passagem do tempo, vemos um Rick totalmente distante do líder ativo que era até a guerra. O antigo xerife agora é um homem pacífico e administrador executivo das comunidades, evitando ao máximo ter que se envolver novamente em confrontos físicos e que coloquem em risco a vida de qualquer um de seus residentes.
A ideia de Rick é a de construir um novo mundo no qual as punições sejam aplicadas em forma de sanções como prisão ou trabalhos. A morte, ou assassinato, não é mais uma maneira bem vinda de punir os rebeldes ou inimigos.
Por óbvio, já sabemos que teremos um salto temporal de aproximadamente um ano logo no inicio da nona temporada da série. Pelo que já vimos no trailer, também temos conhecimento que alguns personagens terão mudanças significativas nos visuais. Entretanto, há rumores que apontam que após a saída de Andrew Lincoln (que deve fazer sua última aparição no sexto episódio) da série, a temporada passará por mais uma passagem de tempo e, dessa vez, veremos um avanço de mais ou menos cinco anos.
A passagem do tempo se bem explorada pode trazer uma carga interessante para os enredos, pois a audiência terá curiosidade em entender como as coisas aconteceram naquele meio tempo, se todos os personagens no pré-salto estarão presentes no pós-salto e como eles sobreviveram aos longos anos transcorridos.
Na mesma edição em que somos apresentados a passagem de tempo, Rick tem a inserção de novos sobreviventes em seu grupo. Magna, a líder de um pequeno grupo de guerreiros do apocalipse, chega à Alexandria e se junta à comunidade.
Em diversas edições posteriores à chegada de Magna, os leitores são conduzidos a interpretar que talvez eles sejam uma ameaça para os residentes das cidadelas de Rick. Após passagens traumáticas com Negan e o Governador, desconfiar de personagens se torna corriqueiro para os fãs dos impressos de Kirkman. Entretanto, quase sessenta edições depois que são introduzidos, o grupo de Magna continua hoje a ser fiel ao antigo xerife.
As atrizes Nadja Hilker, Eleanor Matsuura e Lauren Ridloff já foram anunciadas para a nona temporada como intérpretes de Magna, Yumiko e Connie, respectivamente.
Há, no entretanto, uma esperança para essas personagens na série: a forma como o grupo chega aos impressos (somado ao momento de mudança total de Rick) dá a entender que serão responsáveis por um grandioso arco de protagonismo. Mas, não é o que acontece. Em todas as edições desde que foram inseridos, os personagens não acrescentaram muito e não tiveram chances de mostrarem seu real valor para a história. Então, visto a ausência de sobreviventes centrais dos quadrinhos que nos deixaram nos últimos anos e nos deixarão na nona temporada, talvez tenhamos mais espaço para Magna e alguns de seus aliados se desenvolverem.
Um dos grandes trunfos do inicio de The Walking Dead era a possibilidade de vermos cidades grandes como Atlanta totalmente afetadas pelo surto zumbi. Mas, pouco a pouco, os sobreviventes foram se afastando de cenários semelhantes a aqueles.
Quando Rick e seus companheiros seguem Aaron para Alexandria nos quadrinhos, os vemos passar no interior da capital executiva dos Estados Unidos, Washington D.C. No entretanto, na série, esse momento foi apagado. Vimos o líder e seu grupo chegando à cidade de Deanna sem necessitar pisar na capital do país.
Ocorre que, conforme vimos no trailer e em diversas imagens liberadas da nona temporada, o que de fato aconteceu é que a passagem por Washington apenas havia sido adiada. No nono ano, Rick e todos os personagens centrais da trama irão em busca de suprimentos e artefatos no centro executivo do país norte americano.
A viagem ao centro administrativo do país faz sentido, já que em tese, quanto maior a cidade, mais possibilidades de haverem nela estoques de alimentos e artefatos. Óbvio que grande parte disso já foi saqueado, mas quantos sobreviventes foram corajosos o suficiente para adentrar um local que provavelmente nos anos iniciais do apocalipse estava infestado de mortos?
Como dito anteriormente, isso é mais uma prova de que, talvez, o nono ano será uma reestruturação na série, levando sua audiência a relembrar em muito as primeiras temporadas da série e esperamos ardentemente por uma cena em que Rick se depare com uma rua repleta de mortos enquanto está em seu cavalo, relembrando sua chegada em Atlanta.
O arco dos Sussurradores é talvez um dos mais complexos das histórias em quadrinhos. Inseridos na edição 130 dos impressos de Robert Kirkman, o grupo tem a premissa básica da vida selvagem, utilizando a pele dos mortos-vivos para se camuflarem em meio às hordas. Em primeiro momento, isso parece ser singelo e irrelevante. Mas, quando se tem um grupo inimigo, talvez uma das últimas coisas que se deseja é ser incapaz de identificá-los. Camuflados, se tornam impossíveis de serem enumerados e mensurados por Rick e sua comunidade.
Em sua inserção, o momento chega a ser cômico, já que os homens de Rick ouvem sussurros vindo dos mortos e acreditam veementemente que houve uma evolução na raça dos putrefatos. Quando esses homens contam a liderança de Hilltop que presenciaram zumbis falantes, suas integridades psicológicas são questionadas por Maggie. No entanto, o que começa em momento de descontração para os leitores, rende um arco repleto de consequências irreversíveis para Rick e seus aliados.
Alpha, a líder do grupo, é totalmente desprendida de qualquer tipo de moral e completamente avessa à política de boa vizinhança. Além do mais, por mais que não haja muros que delimitem seu território, ele é marcado por estacas, que ao não serem compreendidas pelo grupo de Rick como limítrofes, acabam causando uma guerra declarada às comunidades.
A forma de demonstrar seu modus operandi é devastadora para o antigo xerife: se infiltrar em Alexandria enquanto ocorria a feira anual das comunidades, sequestrar diversos residentes e degolá-los, colocando suas cabeças em estacas. Entre os nomes mortos por Alpha, estão pessoas importantes para o enredo central da história como Ezekiel e Rosita, que naquela oportunidade estava grávida.
Se uma das reclamações mais recorrentes dos últimos anos se deveu ao fato dos heróis estarem menos nas ruas e mais internos às comunidades e nas suas questões administrativas, se o nono ano da série se alinhavar às HQ’s, teremos uma mudança nesse quadro.
Nas HQ’s a busca por suprimentos acaba demandando que os sobreviventes estejam mais nas ruas, principalmente nos momentos iniciais do pós-salto, já que eles estão em processo de reconstrução das comunidades após as marcas deixadas por Negan.
Fora isso, como já suscitado anteriormente, os Sussurradores andam em meio a hordas de mortos e além de ter os zumbis como seus companheiros de passeio, Alpha reuniu a maior horda já apresentada nas HQ’s, a qual ela guarda no interior de um vilarejo, cercada e disponível para seu uso assim que necessário.
Quando o grupo se vê ameaçado por Rick e seus sobreviventes, a horda é encaminhada em direção a Alexandria. Esse arco talvez seja um dos mais tristes apresentados, pois é na tentativa de desviar os zumbis de Alpha que Andrea acaba sendo mordida no pescoço e posteriormente acaba morrendo.
Nas últimas três temporadas a temática zumbi foi escanteada para dar espaço ao conflito entre humanos. Termos uma horda incontável de mortos se encaminhando para as comunidades demonstra o quão vulneráveis os humanos ainda são e nos remonta os momentos iniciais da série, quando eles precisavam estar sempre atentos aos predadores insaciáveis.
De maneira básica, os momentos pós-salto não são repletos de arcos exacerbadores e conflituosos como é o de Guerra Total, então há bastante espaço para que a liberdade criativa dos roteiristas se desenvolva em meio a essas tramas. Se souberem medir desenvolvimento de histórias inovadoras com momentos centrais dos quadrinhos, a mixagem pode surpreender o grande público e desenvolver uma grande e memorável temporada.
E você? Quais os momentos dos quadrinhos você espera ver na nona temporada da série? Deixe um comentário abaixo.
The Walking Dead, a história de drama número #1 da TV a cabo, vai estrear sua 9ª temporada no dia 7 de Outubro de 2018. Confira o trailer oficial da temporada e fique por dentro de todas as notícias.
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