Série

Andrew Lincoln prevê um Rick cauteloso e diplomático enquanto The Walking Dead se encaminha para Guerra Total

Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS dos quadrinhos originais e do oitavo episódio, S07E08 – “Hearts Still Beating” (Corações ainda batendo), da sétima temporada de The Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido ou lido, não continue. Você foi avisado!

Rick Grimes (Andrew Lincoln) está de volta.

Seguindo os oitos episódios estando embaixo do polegar do novo vilão Negan (Jeffrey Dean Morgan), o líder da comunidade de Alexandria finalmente está preparado para lutar.

Claro que a estrada para redenção não veio fácil, já que Rick e seu povo estavam traumatizados por Negan e seu cruel grupo de Salvadores que mataram Glenn (Steven Yeun), Abraham (Michael Cudlitz), Spencer (Austin Nichols) e Olivia (Ann Mahoney), onde os dois últimos morreram durante o episódio final da midseason.

Rick praticamente foi o último homem que queria lutar contra eles. O sitiado ex-xerife confessou a Maggie (Lauren Cohan) que ela estava certa esse tempo todo e que o grupo precisava instantaneamente se juntar para lutar contra Negan e seu Santuário de Salvadores.

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Rick se reerguerá para liderar membros-chave do grupo, incluindo Michonne (Danai Gurira), Carl (Chandler Riggs), Rosita (Christian Serratos) e outras comunidades, como o Reino e Hilltop.

Rick finalmente se animou para lutar contra os Salvadores. O que mudou para ele querer isso?

Andrew Lincoln: O caos daquele episódio final. Do ponto de vista de Rick, foi a jornada para ele realmente entender que isso é uma situação insustentável. Os Salvadores serão inflexíveis e continuarão espremendo mais e mais até que nada mais reste. Eles continuarão mentindo e aterrorizando as comunidades sem nenhum intervalo. As experiências de sair nessa missão louca e desafiadora no lago com Aaron (Ross Marquand) e retornando com a recompensa, depois ver Aaron sendo torturado até quase morrer. Depois a subsequente morte de dois de seus cidadãos [Olivia e Spencer], foi a gota d’água para ele vir a realização que isso nunca funcionaria. Aí Michonne foi capaz de articular o que nós já percebemos na mente de Rick com aquela conversa estimulante na cena da cela.

Vamos falar sobre aquela cela em Alexandria que Morgan construiu. Aquela conversa estimulante aconteceu na cela intencionalmente? Se sim, isso foi uma grande peça de presságio vinda dos quadrinhos durante o arco Guerra Total.

Andrew Lincoln: Estava especificado no roteiro da cena que eles estavam na cela. Eu levei isso como Rick tentando encontrar o equilíbrio depois de um dia tão traumático. Morgan (Lennie James) sempre foi a voz da razão e ele construiu aquela cela. Então foi como se Rick estivesse pensando no seu velho amigo, tentando encontrar o equilíbrio em seu argumento. Se estiver ou não pressagiando uma vitória em potencial [vencendo os Salvadores e capturando Negan], eu não sei. Mas se estiver, seria bem legal.

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Como esse novo despertar de Rick se compara com o homem que vimos no passado? Como essa experiência com Negan o mudou?

Andrew Lincoln: Rick teve seu orgulho derrotado nos últimos oito episódios. Vocês viram um homem ano passado que estava no auge de seu poder e a arrogância interferiu em vários de seus julgamentos. O que vocês podem ver nessa temporada é um líder mais compassivo, diplomático e atencioso, alguém bem mais cauteloso, livre, liberal e leve do que ele era. Até a metade da temporada, Rick lidera um grupo de pessoas que estão libertos das amarras da opressão. Eles foram tão abatidos que não há mais para onde ir. Com isso, há quase uma felicidade em lutar novamente. Você vê um homem conseguindo se rebelar novamente e mesmo com isso, você vê uma leveza e uma carga que foi reiniciada neste homem. Ele tem muito orgulho e impulsividade reprimidos nessa metade da temporada.

Carol teve a melhor reação ao conhecer o Rei Ezekiel. O que você pode dizer sobre a primeira impressão de Rick sobre ele?

Andrew Lincoln: Não tenho certeza, mas vocês vão saber logo mais! Nós gastamos um bom tempo nessa primeira metade da temporada construindo um mundo, e agora é quase como se a série fosse familiar novamente. Essa segunda metade é o oposto disso. Temos o bônus adicional de ganhar certos membros novamente (Daryl, Maggie e companhia se reunindo com Rick).

Os leitores dos quadrinhos sabem que o arco “Guerra Total” está chegando. Que tipo de obstáculos Rick talvez encontre enquanto ele tenta unir o Reino e Hilltop com Alexandria, onde ele agora viu a família Monroe inteira sendo massacrada?

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Andrew Lincoln: Eu não tenho um histórico de Alexandria! (Risadas) Que tipo de obstáculos? Muitos. Isso tem sido a emoção desses próximos oito episódios, que estão tentando honrar o arco Guerra Total dos quadrinhos. Mas algumas das partes mais divertidas divergiram disso. Teve um pouco de licença poética para empurrar Rick e os outros personagens para lugares emocionais que eles não necessariamente passaram nos quadrinhos. Eu amo honrar as grandes partes dos quadrinhos, como a morte de Spencer; você tem que acender esses acordes. Mas haverá tramas ótimas e com grande potencial fora da história original. De quem será que aqueles sapatos são? (risadas).

Falando sobre aqueles sapatos… aquela pessoa misteriosa está seguindo Rick e Aaron e espiando o Padre Gabriel em Alexandria. O que você pode dizer sobre isso? É alguém que os espectadores já conhecem?

Andrew Lincoln: Não falarei nada sobre isso! Só posso falar que a segunda metade dessa temporada tem um ritmo bem acelerado. Há muito chão para descobrir. Vocês saberão relativamente rápido quem é essa pessoa misteriosa.

Temos algumas teorias…

Andrew Lincoln: Interessante!

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Carol (Melissa McBride) e Morgan ainda estão bem pacifistas. O que mudará quando souberem das mortes de Glenn e Abraham?

Andrew Lincoln: Sei que Carol vem agindo bem diferente, se isolando em um lugar na primeira metade dessa temporada, e Morgan deixou seus sentimentos bem claros, que não vai voltar para onde a liderança de Rick o levou. Acho que os dois personagens sentirão um efeito emotivo nos próximos oito episódios como os outros personagens sentiram e ainda estão sentindo.

O poster da segunda metade da temporada indica a revolta que está para vir já que Rick tenta unir o Reino e Hilltop com Alexandria para “se erguer” e derrotar os Salvadores. A segunda metade monta o cenário para a Guerra Total? Eles vão atacar os Salvadores? Com a fragmentação da primeira metade, como a outra metade será, estruturalmente falando?

Andrew Lincoln: Ela se parece bem familiar com a série que eu reconheço, certamente com Rick tendo um novo senso de propósito e liberdade. É uma temporada bem dinâmica. Os próximos oito episódios são meio como Magnificent Seven – ou Magnificent Eight (risadas). É muito sobre tentar construir relações e organizar as outras comunidades. Mas há o pequeno problema, precisamos de algumas armas.

E alguém do Reino tem seu próprio depósito de armas em um trailer. Todos nessa série tem um trailer?!

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Andrew Lincoln: Parece que todos têm seu próprio trailer nessa série, sim!

E também temos as Oceansiders, que têm um bando de armas. Talvez aquela pessoa misteriosa é dessa comunidade checando se o grupo de Tara é uma ameaça.

Andrew Lincoln: Possivelmente! É isso que amei sobre o episódio final da midseason. Pegamos o roteiro e eu perguntei ao showrunner Scott Gimple “quem é essa pessoa?” e vocês saberão logo no episódio de retorno quem é essa pessoa que estava seguindo Padre Gabriel, Rick e Aaron.

Essa pessoa é uma ameaça pro povo de Rick?

Andrew Lincoln: Você precisa esperar para ver!

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The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, vai ao ar nas madrugadas de domingo para segunda-feira no AMC Internacional, às 00h, e no FOX Action (canal do pacote premium FOX+) e FOX Brasil, às 00h30. Confira todas as notícias sobre a sétima temporada.

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Fonte: Hollywood Reporter

Laís Barcellos

Bióloga, viciada em games, livros, ciência, gore e nonsense. Fã de zumbis desde que me entendo como gente.

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