ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do primeiro episódio da sexta temporada de The Walking Dead, S06E01 – “First Time Again” (Primeira Vez de Novo). Leia por sua conta e risco. Você foi avisado.
Pessoal, deem as boas vindas para Ethan Embry no elenco de The Walking Dead! Agora pessoal, digam adeus para Ethan Embry! Embry – um ator regular na série do Netflix “Grace and Frankie” e excelente na subestimada série do Showtime, “Brotherhood” – apareceu na estreia da sexta temporada como Carter, um alexandrino que não estava de acordo com o plano agressivo de Rick para se livrar dos walkers.
A passagem breve de Carter incluiu um golpe fracassado para matar Rick, muito questionamento dos planos, uma débil tentativa de se proteger contra zumbis que estavam se aproximando e, finalmente, uma morte terrível após ter sua face arrancada. A Entertainment Weekly conversou com Embry para saber mais sobre sua vida – e morte – em Alexandria.
Vamos começar pelo começo. Como foi conseguir o papel de Carter?
Ethan Embry: Eu vinha tentando entrar na série já há algum tempo. Eu fiz o teste para o piloto e me apaixonei pela ideia toda da série de cara. Eu me lembro quando li pela primeira vez, eu era um fã de “28 Days Later” (Extermínio), e ler esse piloto que meio que apontava para as minhas partes favoritas do filme – eu sabia que seria algo insano. E eu voltei para outro personagem e cheguei bem perto, então eles puderam me conhecer ao longo dos anos em que tentei entrar na série.
O papel de Carter surgiu, eles me convidaram para interpretar, e eu fiquei mais do que feliz com o convite. Um personagem ótimo também. Como fã da série, eu tenho assistido Rick mudar; o que ele tem passado e como isso tem afetado ele como pessoa, e ele está perdendo a cabeça – ele está ficando meio doido. E esse papel do Carter, pra mim, sendo um fã, eu queria que ele fosse meio que a voz da audiência. Sabe, questionando a sanidade dele: ainda podemos confiar nele? E nem sempre essa é a melhor coisa de se questionar nessa série. Não costuma ser um bom presságio.
Você sabia o destino dele quando pegou o papel?
Ethan Embry: Eu sabia do começo que seria isso e acabou. Eu estou fazendo Grace and Frankie agora, então de qualquer forma só daria pra fazer uns dois episódios, e eu já tinha usado uma das minhas cartas fazendo Sneaky Pete. Então eu só tinha mais alguns intervalos sobrando, e esse episódio – eu poderia fazer tudo que a pessoa gostaria de fazer se fosse convidada para a série. A única coisa que fiquei chateado foi que não tive a chance de matar um zumbi; gostaria de ter pego um deles. Mas tirando isso, eu consegui ir e disputar uma liderança contra Rick, eu consegui fazer uma conspiração contra ele, eu tenho minha face mordida – é ótimo!
Carter é meio que a versão da TV do personagem Nicholas dos quadrinhos, o que é confuso porque existe outro Nicholas na série. Você chegou a olhar nos quadrinhos para ver como a tentativa de tomada de Alexandria se desdobra lá?
Ethan Embry: Eu não olhei os quadrinhos sobre isso por causa de como eles têm feito isso, misturando personagens – pegando personalidades de um personagem e aparências de outro e misturando os dois juntos. Então eu não olhei os quadrinhos. Porque é uma voz rápida, o papel de Carter. Você só vê essa pequena janela dele. Se eles quisessem que eu emulasse algo dos quadrinhos, eles teriam dito “Aqui, este é o cara”, e eu teria adorado fazer isso. Mas como isso não estava evidente, eu me mantive no roteiro.
Como o personagem foi explicado para você? O que você pegou ao ler o roteiro?
Ethan Embry: Eu tive uma ótima conversa com Scott [Gimple] e Greg [Nicotero]. Quanto ao personagem e personalidade e quem ele é, eles disseram que se o apocalipse não tivesse acontecido – se estivéssemos vivendo neste tempo – Carter e Rick estariam no mesmo plano. Eles seriam equivalentes. Mas por causa do que Rick experienciou nos últimos anos, ele progrediu muito além do que Carter poderia sequer imaginar. Carter esteve vivendo nessa bolha, então ele não foi exposto às coisas que Rick foi, mas se voltarmos dois anos no tempo desde que tudo isso vem acontecendo, ele é um trabalhador. Ele era um empreiteiro, então ele conseguiu construir o muro ao redor do complexo. Só um homem comum. Mas ele não se adaptou como o restante da família principal, então ele ainda está vivendo no passado: uma realidade falsa.
E essa é uma das coisas da série que, como um fã, eu comecei a pensar que os personagens principais que estão andando por aí procurando uma nova casa, que eles são praticamente os mortos que andam. Eles perderam sua humanidade. Eles deixaram de ser os humanos que um dia foram. O que Rick vinha passando rumo ao fim da temporada passada – como membro da audiência, eu questionei: ele está indo longe demais? Ele cruzou aquele limiar para onde ele se torna algo tão distante daquilo que ele costumava ser que ele nunca mais será capaz de voltar a ser ele mesmo? E é aquele equilíbrio, porque você precisa ser capaz de alcançar uma certa parte disso para sobreviver, mas se você for muito longe não dá pra voltar.
Veja o Tyreese – seu personagem era a luta emocional de encontrar esse equilíbrio. É por isso que eu gostava tanto dele, porque ele sabia que precisava se adaptar, mas ele estava tão de luto pela perda de sua humanidade que isso o tornou muito emocional. Na minha opinião Daryl é o cara que encontrou o ponto perfeito; mantendo uma certa parte da sua humanidade, mas também aprendendo a se adaptar para conseguir sobreviver. Ele é essa voz; aquela calibração. Eu realmente amo a série.
Como é ter Andy Lincoln apontando uma arma para a sua cara, porque ele pode ser bem intenso quando está filmando?
Ethan Embry: É um dos melhores ambientes de trabalho em que já estive, e eu acho que muito disso tem a ver com Andy. Ele perguntou os meus limites – nós tínhamos acabado de nos conhecer e ele queria garantir que não ultrapassaria meu limite. E eu disse a ele “Eu não tenho nenhum. Não existem limites. Por favor sinta-se livre para ir em frente.” E ele foi. Porque você não consegue fingir aquilo. Eu acho que é por isso que as pessoas amam tanto a série, porque ele não finge isso – ele vai lá. Ele faz de uma forma que onde você ainda pode, se você não está com medo, você pode confiar nele. Por causa de quem ele é você sabe que mesmo que ele meio que se perca no momento, que ele sempre consegue manter o controle. Alguns atores farão isso e você realmente ficará preocupado que eles não serão capazes de controlar o resultado, mas Andy é capaz de ir lá e ainda manter o controle da situação. Ele está me chutando, gritando comigo, cuspindo em mim.
Vamos falar sobre a grande cena da sua morte. Como vocês desenvolveram a mecânica do zumbi arrancar a carne do seu rosto?
Ethan Embry: Podemos falar sobre o fato de que o zumbi está preso pelas entranhas? Tipo, eles estava andando por aí com as entranhas penduradas e ficou preso em um galho, e como um cachorro em uma coleira comprida, ao longo dos últimos meses, apenas se enrolando ao redor dessa árvore com suas tripas – é incrível! Mas sim, eles construíram uma prótese pra isso. A empresa de Nicotero, KNB, o depósito deles é perto da minha casa, então eu fui lá e fiz uma sessão de prótese. Você vai lá e tem todos esses artistas escultores hardcore, tatuados que exploram seu lado pessoal obscuro fazendo essas esculturas horríveis o dia inteiro. Você vai lá e tem heavy metal a todo volume, e é um workshop, mas é um workshop cheio de artistas – tem uns 20 caras lá criando, modelando, moldando.
Então eu fui lá e eles fizeram um molde do rosto, e naquele ponto eu não sabia onde a mordida seria. Eu tinha uma ideia geral de que seria um ataque ao rosto, mas metade da minha face era a prótese toda. É uma arte antiga. Eles não fazem isso muito mais – muita coisa é feita digitalmente agora. Mas eles ainda fazem do jeito antigo. É bacana, não dá pra fingir, na verdade. Então eu rolo o tubo pela perna conecto a algo cheio de sangue, e quando eu começo a gritar, um cara começa a bombear.
Fale sobre o grito. Você praticou o grito antes?
Ethan Embry: Nós fizemos alguns diferentes onde eu me segurei um pouco melhor, e então alguns onde eu simplesmente perdi a cabeça, gritando pra c******. E a primeira cena que fizemos, tinha muita pressão no sprayer, então quando eu fui mordido era como se fosse uma cena do Monty Python. E eles cortaram e eu fiquei lá parado e ainda tinha pressão, então ficava espirrando. Não foi bom! Mas essa é a diversão disso. E eles se divertiram fazendo tanto quando eu me diverti experienciando isso. É diversão – deve ser o melhor emprego do mundo, e eles fazem isso por nove meses todo ano.
Fale sobre Grace and Frankie.Você está no meio da filmagem da segunda temporada, certo?
Ethan Embry: Sim, eu tenho tido muita sorte ultimamente. Eu dei uma volta em The Walking Dead e então na sexta à noite eu estava com Lily Tomlin. Ela não poderia ser mais adorável. Meu deus, ela é a mulher mais doce. É meia noite e ela passou a semana toda se matando de trabalhar, e ela só olha pra mim e coloca a mão no meu rosto e diz “você é um bom homem”. Esse também é um bom set. É sim. É uma turma de mestrado. Assistir eles trabalhando, e vai além apenas do trabalho, é quem eles são – quem eles foram por toda a carreira. Eles são grandes modelos para como as pessoas no olhar do público poderiam ser. A maneira como eles lidam consigo mesmos e seu ativismo, através de sua personalidade, sua vida pessoal. Eu tenho muito respeito por todos eles. Boas pessoas.
Bem, eu sei que todas as pessoas no set de The Walking Dead com quem eu falei disseram que adoraram ter você lá, mesmo que por pouco tempo. Norman disse outro dia quão impressionado ficou com você.
Ethan Embry: Ele é um cara ótimo. Eles todos são! É isso que faz a série mais popular, de maior sucesso na TV hoje – ter um grupo de pessoas que não poderiam merecer isso mais. É animador, porque não é a linha comum.
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Fonte: Entertainment Weekly
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