[ATENÇÃO!! ESTE CONTEÚDO CONTÉM SPOILERS DO EPISÓDIO S05E15 – “TRY“!]
Cara, esse Pete é péssimo. Ele bate na mulher. Ele bate no filho. E pelo que deu pra ver, ele também pega pesado com a bebida. Mas tem uma coisa sobre Pete que pouca gente sabe: o cara que o interpreta em The Walking Dead, Corey Brill, é super legal. Andrew Lincoln nos apresentou no set no dia em que a épica cena da briga foi filmada – e você pode ler o que Lincoln falou sobre a briga aqui – e Brill realmente sabe trabalhar em equipe.
A Entertainment Weekly conversou com o cara que interpreta Pete (e também estará nos palcos no South Coast Repertory em Coast Mesa, Califórnia, em Of Good Stock) para saber mais sobre como ele conseguiu o papel, como foi filmar aquela briga, e como ele se sente por ser chamado de “babaca da varanda”.
EW: Por que você não começa contando pra gente como conseguiu o papel de Pete em The Walking Dead?
Corey Brill: Bem, é uma história meio louca. Eu estava fazendo teatro na Pensilvânia, em um pequeno teatro de temporada, e trabalho no sudeste e Atlanta e Carolina do Norte e Louisiana para atores apareceu na conversa com alguém do elenco e ele disse “Você precisa conhecer meu amigo Barry. Ele tem uma agente na Carolina do Norte que ele adora”. E eu o conheci uma semana depois, ele me apresentou à sua agente, eu comecei a trabalhar com ela, e eu acho que este foi o segundo teste que eu consegui através dela – eu coloquei a minha gravação pra fora de Los Angeles, e eu acho que soube no final da semana que eu precisava de aprovação da AMC para esse papel. Então eu me mandei pra Georgia!
Quanto eles falaram pra você sobre o papel quando você estava fazendo o teste?
Corey Brill: Era completamente secreto. A cena que [o showrunner Scott Gimple] escreveu não era identificável como uma cena de The Walking Dead. Ela poderia ser de qualquer série contemporânea, na verdade. Eu acho que o personagem tinha um nome diferente – ele era um médico, mas novamente, a cena não se passava em um mundo pós-apocalíptico. A única coisa que estava muito clara é que o personagem tinha um temperamento forte, e isso aparecia na cena. Então eu meio que encontrei aquele ponto em que “Ok, é aqui que esse cara perde a cabeça”. De verdade, a única coisa que eu sabia era que ele era um médico com um temperamento difícil.
Você já tinha assistido a série antes de conseguir o papel?
Corey Brill: Odeio dizer isso, mas eu fiz uma maratona depois que consegui o emprego. Eu tinha ouvido falar muito bem, mas você sabe, tem muitas séries boas por aí – olhando para trás agora, eu não sei como sobrevivi.
Você tentou ver os quadrinhos para ter ideias sobre seu personagem?
Corey Brill: É engraçado, eu fui a uma livraria em Peachtree City, e eles tinham na prateleira, e eu olhei em minhas mãos – sabe, eu queria ver, mas eu não queria ver. Então eu tenho uma ideia do que aconteceu, mas eu não queria ir quadro a quadro e poder pensar na ideia deles pro personagem. Scott foi muito legal. Ele disse “Se você quiser olhar, olhe… se não quiser, não olhe. Fica por sua conta”.
Ok, uma pergunta para você: com que frequência quando vemos Pete ele está bêbado? Porque aquele cara sempre parece meio embriagado.
Corey Brill: [Risos] Eu acho que naquele ponto você mantém um certo nível de álcool no sangue o tempo todo. Acho que quando ele toma seu primeiro drink, os da noite anterior estão começando a passar. Depois de uma noite difícil, esse cara geralmente acorda na varanda coberto por cinzas de cigarro e aliviado por não ter se incendiado durante a noite.
Sim, falando sobre ficar assustadoramente na varanda, como é ser chamado de “babaca da varanda” pelas pessoas depois que Chris Hardwick te deu esse apelido no Talking Dead?
Corey Brill: Por sorte parece que ninguém adotou esse apelido na vida real. Eu esperava por muita coisa, mas não estava contando com babaca da varanda. Eu não estava esperando por isso.
Pete é supostamente esse médico super importante, mas ele sequer fica em seu consultório? Acho que nunca o vimos ajudar alguém de fato.
Corey Brill: Estou tentando lembrar se teve alguma coisa que foi cortada. Pode ter tido um momento ou outro onde o vemos encaminhando alguém para o consultório. Quem sabe? Talvez você me veja no consultório no próximo episódio, não tenho certeza. Mas você está certo. Bom, é tão seguro lá dentro. Você pega uma gripe aqui e ali, mas é isso.
Vamos falar sobre aquela cena épica da briga. Eu estava lá no set e a coisa era bem séria entre você e o Andy Lincoln. Você já tinha feito algo assim antes?
Corey Brill: Não, nunca, e cara, foi o melhor dia da minha carreira. Eu nunca tinha me divertido tanto e trabalhado tão duro ao mesmo tempo – fantástico. E, você sabe, no teatro, tudo que você faz fisicamente, você vai precisar repetir toda noite – às vezes oito apresentações por semana. Mas ter que fazer algo tão físico de novo e de novo, é muito divertido porque você não precisa atuar mais – você literalmente só está tentando respirar. [Risos]
Conte como foi quando você começou a ver o método e rotina pré-cena de Andrew Lincoln. O cara é bem intenso. Você estava preparado para aquilo?
Corey Brill: Eu tinha visto uma prévia em outras cenas – aquela no lago, quando ele quase termina as coisas ali. Antes daquela cena, também, ele estava batendo nos bebedouros e mantendo a distância. E então, quando chegamos na cena da briga… sabe, o que é incrível em Andy é que eu nunca me senti em perigo ou realmente amedrontado. Você definitivamente sente que está em boas mãos, e eu espero que ele tenha sentido o mesmo. Mas é inspirador, porque eu venho do teatro e tem uma coisa meio purista que os atores de teatro podem ter, e TV e filme – pode ser visto como um atalho ou como se você não precisasse se esforçar tanto. Cara, Andrew Lincoln detona com isso. Quero dizer, é o ator mais empenhado com quem eu já dividi um set – simplesmente incrível. E um cara incrível, realmente ótimo.
Estar lá e assistir vocês dois de novo e de novo foi surreal.
Corey Brill: Eu fico feliz de ouvir isso, porque enquanto estava acontecendo, eu estava “Deus, isso deve ser só mais uma briga pra todo mundo aqui”. Mas eu realmente tive a sensação de que era algo especial. Oh, cara, Mike, o diretor, parecia uma criança – ele estava tão empolgado com cada tomada. E o mesmo com Andy. Pareceu realmente especial.
Você deve ter ficado um pouco assustado quando Andy tinha você preso na chave de braço e ficava sussurrando “vai se f****” na sua orelha.
Corey Brill: Bem, eu estava sussurrando de volta [risos]. Tinha tanto sangue que eles colocaram nos meus olhos e na minha testa que estava pingando nos meus olhos enquanto estávamos fazendo as cenas de estrangulamento, e acabou entrando por trás das minhas lentes de contato, e eu tenho certeza de que em algumas fotos e cenas meus olhos estão marrons, mas isso é porque o sangue entrou atrás das lentes. Eu ainda tenho elas – elas estão rosa brilhante até hoje. É fantástico.
Como você chega naquele lugar em que é real, mas não é real?
Corey Brill: Esse é o melhor lugar do mundo para se estar, eu acho. Eu imagino que seja o mesmo para atletas e lutadores de WWE – quando você consegue se sentir aberto para o que está chegando e mesmo assim saber que está em segurança, é a melhor sensação do mundo. Eu não sei como você chega nisso – você entra em uma série assim e consegue trabalhar com pessoas assim, eu acho que é isso que você precisa. Segurança é uma parte enorme disso, e Monty – o cara das acrobacias – ele permite que você relaxe aquela parte do cérebro que ficaria preocupada. Mas eu acho que me conectei com Rick pelo menos uma vez, eu acho que o prendi.
Como se lidar com Rick não fosse ruim o bastante, agora Pete precisa lidar com Carol no finale, a julgar pelo sneak peek que mostraram no Talking Dead.
Corey Brill: Você está certo, eu não sei qual dos dois é pior. [risos]
Eu preciso dizer, eu não gosto das suas chances na próxima semana no final de temporada, senhor.
Corey Brill: Hey, quem sabe, tudo pode acontecer, certo?
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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Ivyleca / Staff Walking Dead Brasil
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