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Sonequa Martin-Green explica como eles esconderam sua gravidez na série

Sonequa Martin-Green deu à luz a seu filho, Kenric Justin Green II, no dia 10 de janeiro. Isso significa que ela estava muito grávida enquanto gravava a quinta temporada de The Walking Dead, no mês de novembro. Então, como ela e os produtores esconderam sua barriga saliente, já que sua personagem, Sasha – até onde nós sabemos – não está grávida? A Entertainment Weekly perguntou isso a Martin-Green quando encontraram com ela no set no outono passado, e também descobrimos o que ela acha da temporada até agora e o que virá posteriormente.

ENTERTAINMENT WEEKLY: Então, me conte primeiro sobre todas as maneiras criativas por meio das quais eles estão escondendo a sua gravidez. Eles estão te colocando atrás de muitas mesas e carregando muitas coisas?

SONEQUA MARTIN-GREEN: É, isso é o que as pessoas estão dizendo, exceto que, no mundo de The Walking Dead, eu estaria me escondendo por trás de armas, cadáveres e walkers. Mas não, na verdade, tem sido ótimo. Sou realmente abençoada por estar grávida. Eu não estou inchada nem nada do tipo. Eu fico muito grata por isso. É mais fácil esconder, porque nós só precisamos lidar com meu estômago. Na maior parte das vezes, só as camadas de roupa que estou usando escondem tudo. E a minha arma é muito grande, o que ajuda, também. Então, tem estado tudo bem e, nesse ponto, só precisamos usar os ângulos certos e não me vire para mostrar o perfil completo. Desde que eu esteja de frente, há um truque da câmera – você não consegue ver muito bem.

Vamos falar sobre a Sasha depois da morte do Bob. Como ela mudou após o incidente todo?

Sonequa Martin-Green: Ai, meu Deus. Bem, não foi bom. Realmente, não é uma mudança boa, de jeito nenhum. O Bob realmente significava o início da esperança para ela. É algo que eu sempre disse sobre ela, porque é uma parte tão grande dela, o esforço de se abrir ou não se abrir. Ela estava muito fechada depois do que aconteceu na quarta temporada com o Terminus, que era o que ela suspeitava que fosse. Foi quase como se Bob chegasse e a salvasse dessa exclusão. Era a primeira vez que alguém a entendia. Ele a entendeu desde o início, o que foi um dos motivos para ela se abrir com ele. De alguma maneira, ele a entendeu mais do que Tyreese, mais do que outras pessoas no grupo deles – não apenas para sobreviver, mas para viver. O romance também ajudou, porque, de repente, existe esperança, existe a promessa de algo encantador para ela esperar ansiosamente. Ele deu a ela algo pelo qual esperar. Ela simplesmente começou naquele caminho, “Farei isso. Serei parte disso.” E então ele morre; ele é arrancado dela. Então não é uma mudança boa, porque essa mudança a leva de onde ela estava para um estado individual em que “Sou só eu, eu me recuso a me conectar com qualquer outra pessoa.”

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E quanto à relação dela com Tyreese agora?

Sonequa Martin-Green: Acho que há uma disparidade entre eles, e sempre houve. Eles sempre viram a vida de uma maneira diferente. Mas a distância entre eles está definitivamente crescendo porque ambos passaram por eventos traumáticos que os afastaram mais ainda. Tyreese, sendo o tipo de homem que simplesmente se recusa a se desconectar da humanidade, ficou mais próximo dessa humanidade, devido ao que aconteceu com as garotas. Sasha, por outro lado, é alguém que sempre foi apta a estar a um passinho de distância da humanidade e a se fechar. Então é muito interessante como isso se desenvolve e se a conexão familiar entre eles, o sangue que nunca irá embora, vai vencer e aproximá-los, ou se simplesmente eles continuarão a se distanciar. É uma dinâmica muito interessante por conta do que aconteceu.

O que mais você pode contar sobre onde ela está agora e onde seu arco narrativo pode estar indo?

Sonequa Martin-Green: Tem tudo a ver com a exposição, conforme prosseguimos com ela. Ela apenas fica cada vez mais exposta. Eu já disse isso antes, mas essa é a melhor maneira de descrever. Aquelas defesas que ela ergueu estão começando a ser desafiadas e a desmoronar, pouco a pouco. O que está acontecendo não é bom, na mente dela. Não é confortável; é muito doloroso. Será muito interessante ver como ele continua a se abrir, porque ela continua, e a exposição é muito visceral e dura para ela.

Você está na série há algum tempo. Conte-me como a quinta temporada é, tematicamente, diferente da terceira e da quarta.

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Sonequa Martin-Green: Oh, é definitivamente diferente. Essa é uma das coisas que eu adoro nessa série – que cada temporada tenha sua própria identidade. Cada temporada constrói a próxima. Graças a Deus por isso, pois não poderia ser de outro jeito. Mas nós temos pessoas tão boas trabalhando na série, tanto na frente das câmeras quanto por trás delas, que é assim que acontece. Essa é uma temporada muito reveladora sobre os aspectos internos de todos os personagens. Algo que nós estamos continuando a abordar tematicamente é a ameaça de seres humanos vs. a ameaça dos zumbis e como exatamente negociamos com isso? E outra coisa com a qual estamos lidando é a identidade individual. Quem é você? Mais importante, quem é você dentro do grupo? E quem você será depois de tudo o que aconteceu conosco?

Todos têm que tomar essa decisão, começando do momento em que a prisão decaiu. Você viu todos indo por caminhos diferentes. Houve pessoas que foram por caminhos extremos de esperança, e pessoas que foram por caminhos extremos de isolação. Isso será mais desenvolvido. Depois de tudo, e agora depois do Terminus, que foi outra promessa de um lugar seguro que deu drasticamente errado, quem nós seremos e como nós vamos agir, individualmente e uns com os outros, e com o resto do mundo? Vamos nos fechar para o resto do mundo? Vamos nos fechar em relação aos outros? Como vamos nos comportar? Nós temos que responder essas perguntas.

A violência dessa temporada te surpreendeu? Houve coisas horríveis na premiere e então, no terceiro episódio da quinta temporada, você estava esfaqueando aquele cara na igreja. Você ficou surpresa?

Sonequa Martin-Green: Na verdade, fiquei, sim. Nós sempre fomos muito verdadeiros com esse mundo. A série é conhecida por sua autenticidade. O mundo está ficando cada vez pior , e nós temos que ser verdadeiros com essa brutalidade. É chocante de se ver, é trágico de se ver, mas, infelizmente, esse é o mundo em que eles vivem, essa é a história que estamos contando. As coisas continuam piorando, como piorariam no apocalipse zumbi. Você vai confiar cada vez menos nas pessoas e será envolvido pela violência e por tudo isso. Quando vejo os quadrinhos, eles me deixam chocada. Eu não achei que muitas das coisas seriam mostradas na TV, especialmente com a season premiere e tudo. Eu acho que é uma série adulta. O bom é que a história é sempre o destaque. A história é o mais importante. Sempre será uma história direcionada para os personagens e a conexão que a audiência tem com essas pessoas, com como eles estão “navegando” por esse mundo, em vez de ser uma história sobre a violência dele. Nunca será glorificado e gratuito nesse sentido. É apenas infelizmente autêntico.

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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: Lalah / Staff Walking Dead Brasil

Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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