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FANFIC | Seus Ossos e Cicatrizes – Capítulo 18: O Rei Suicida

Seus Ossos e Cicatrizes é uma fanfic inspirada no Universo The Walking Dead e focada em Daryl Dixon. Confira abaixo o capítulo 18.

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Pôster do Capítulo 18 - "O Rei Suicida" da fanfic Seus Ossos e Cicatrizes.

Neste capítulo de Seus Ossos e Cicatrizes… Depois da grande intriga entre Tris e Daryl, uma pessoa inesperada retorna na vida de Tris. Enquanto a mulher o acolhe em Alexandria, ela percebe que a atitude do Rei foi quase suicida.

Os capítulos de Seus Ossos e Cicatrizes, uma fanfic focada especialmente em Daryl Dixon, são lançados semanalmente, às sextas-feiras, 19h, aqui no The Walking Dead Brasil. E, por favor, utilizem a seção de comentários abaixo para deixar opiniões e encontrar/debater/teorizar com outros leitores. Boa leitura! 😉

18. O Rei Suicida

Vejo Ezekiel praticamente implorar pela minha ajuda com o olhar. Reparo em suas pernas tremularem sem força, fazendo-o quase cair no chão.

– Coloca as mãos pra cima. – Daryl grita para o mesmo.

Ezekiel faz. Lentamente coloca suas mãos pouco acima da altura de sua cabeça.

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– Tudo bem, eu não estou aqui para brigar. – Ele fala. – Eu só preciso de ajuda.
– Daryl, por favor. – Peço para ele mais uma vez.

O mesmo olha pra mim, parecendo pensar sobre meu pedido. Então se vira para trás e acena para o outro homem do outro lado da cobertura. Fazendo assim um aceno para o mesmo abrir os portões.

Não espero mais, descendo as escadas da cobertura rapidamente. Correndo em direção ao portão, que se abre lentamente. Passo pelo mesmo, indo até Ezekiel agora, que se deixa cair ao chão assim que me vê.

– Ezekiel? O que aconteceu? – Pergunto para o mesmo, o levantando lentamente.
– Ah, Tris… – Ezekiel geme de dor.
– Levanta. – Tento erguer seu corpo sem forças. Então colocando seu braço ao redor de meu pescoço, agarrando o resto de seu corpo.

Praticamente o arrasto até dentro de Alexandria. Parando vagamente em frente ao portão, eu olho para Daryl.

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– A gente precisa ajudar ele. – Imploro para o mesmo.

Daryl analisa Ezekiel caído em meus braços enquanto tenta respirar regularmente. Ele volta sua atenção a mim.

– Leva ele pra enfermaria.

Assim que o mesmo termina sua fala, eu volto a reerguer Ezekiel. O mesmo geme com a força repentina, mas o ignoro. Daryl caminha logo a minha frente, me guiando até o local.

Daryl abre a porta da enfermaria, me deixando passar com Ezekiel.

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– Quem é ele? – Uma mulher alta e magra pergunta, olhando para mim e o Rei.
– Ele precisa de ajuda agora. – Daryl fala para a mulher, que assente ao mesmo passo.
– Tudo bem, coloca ele na maca. – A mulher ordena.

Com a ajuda da mesma, colocamos Ezekiel sobre a maca. Eu me afasto do mesmo, reparando no sangue que continha em minhas mãos agora.

– O que aconteceu com ele? – Ela pergunta assim que repara em seu estado.
– Eu não sei, ele chegou assim nos portões e a gente trouxe ele pra dentro. – Mal termino a frase para ver a expressão de espanto em seu rosto.
– Ele é de fora?
– Isso importa agora? – Exclamo brava. – Só ajuda ele de uma vez.

A mulher se perde por um momento.

– Tá, tudo bem. Me passa aquela tesoura. – Ela aponta para a banqueta atrás de mim.

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Eu o pego, logo depois entregando em sua mão rapidamente. A mulher corta por trás a camisa branca de Ezekiel.

– Ele tem um corte profundo atrás do ombro. Parece que foi uma facada. – Ela diz, pegando alguns panos para estancar o sangue que escorria do mesmo.

Me assusto.

– O quê? – Exclamo, voltando a olhar para Ezekiel. – O que aconteceu com você, cara?

Levanta a cabeça do mesmo com as duas mãos, vendo-o olhar para mim cansado.

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– Atacaram… – Ele começa a falar. – Nos atacaram.
– Quem? – Pergunto, reparando-o vacilar por um instante. – Quem te atacou, Ezekiel?
– Não sei. Eu não sei. – Ele reprime mais um gemido assim que a mulher atrás do mesmo, começa a limpar a ferida.
– Calma, vai ficar tudo bem. – Digo para o mesmo, apertando sua mão fortemente.
– Já estou quase acabando. – Ela fala, agora começando a dar os pontos na ferida.

Olho para o mesmo, que range os dentes fortemente.

– Tudo bem, você pode deitar agora. Vou te encaminhar para uma sala. – A mulher diz.

Ezekiel se põe sobre a maca, com os olhos fechados com força ainda pela dor.

– Você. – A enfermeira chama minha atenção, estendendo algumas peças de roupa brancas para mim. – Quero que se limpe de todo esse sangue, e vista isso quando acabar.

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Apenas retenho as roupas em minhas mãos. Seguindo-a com os olhos até a primeira sala vazia. Encaro a porta do banheiro ao meu lado, suspirando pesadamente. Logo entrando no local. Firmo meu olhar em meu reflexo no espelho. Vendo meu corpo sujo pelo sangue. Coloco as roupas sobre a pia, logo depois retirando minhas roupas lentamente. Quando a última peça foi retirada, eu me deixei observar minhas curvas sobre o espelho. Até parar sobre meu braço, novamente. Fixo meu olhar agora sobre a marca das mãos de Daryl sob minha pele. Suspiro, enfim começando a limpar todo o sangue. Quando acabo, e visto as roupas novas, eu me deparo com Daryl ao lado da porta.

– Ele tá bem? – O mesmo pergunta, assim que me vê passando por ele.
– Levou uma facada e tem hematomas por todo o corpo, mas sim. Ele vai ficar bem. – Falo de costas para o mesmo, procurando algo que não me faça ter que vê-lo.
– E você? Tá tudo bem? – Ele pergunta, parecendo estar nervoso sobre sua própria pergunta.

O ignoro.

– Você acha que Rick deixaria Ezekiel ficar aqui em Alexandria? – Mudo de assunto com o mesmo.

Finalmente me virando para ele, que analisa meu corpo por uns instantes.

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– Não sei se ele aceitaria isso. – Ele fala, disfarçando seu olhar sobre mim.
– Mas você pode falar com ele, não pode?

Daryl me encara sem me responder. Logo depois pousando sua atenção sobre as marcas em meu braço, me fazendo escondê-lo atrás de mim.

– Preciso que algum de vocês fique com ele por essa noite. – A enfermeira retorna. Nos interrompendo.
– Tudo bem, eu fico. – A respondo rapidamente. Que assente logo em seguida, saindo novamente do local.

Olho para Daryl uma última vez, que já contém seus olhos de encontro a mim. Entro na sala de Ezekiel, fechando a porta logo depois. Olho em direção ao mesmo, vendo-o ainda estar acordado.

– Oi. – Ele diz.
– Eai. – Me sento por cima do sofá logo ao seu lado. – Como cê tá?
– Ainda dói. Mas me sinto melhor que antes.

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Assinto para o mesmo. Agora brincando com minha pulseira.

– O que aconteceu? – Pergunto, voltando a olhá-lo.

Ele suspira, encarando o teto.

– Eu não sei direito. – Ele começa a falar. – Estávamos todos bem, até que todo mundo começou a gritar. O Reino foi tomado do fogo e tiros.

Ele passa a mão sobre o rosto.

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– Todo mundo morreu. – Ele diz com a voz chorosa.

Sinto meu peito apertar, sentindo uma onda de medo percorrer em meu corpo.

– E Zyon? – Pergunto, vendo o mesmo voltar seu olhar para mim.

Ele nega com a cabeça.

– Você tem certeza disso? Talvez ele tenha consigo sair dessa, talvez… – Me perco, tentando ao máximo negar aquilo.
– Tris. – Ele me chama. – Foi graças a ele que consegui fugir. Ele tomou um tiro por mim.

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Fecho os olhos com força, apoiando minha cabeça em minhas mãos.

– Eu sinto muito. – Ele diz.
– Por que fariam isso? Por que atacariam o Reino assim? – Pergunto, rejeitando a ideia de aquilo ser real.
– Eu não sei. Mas eles atacaram pra não deixar ninguém vivo. Sem nenhuma testemunha.
– Porra… – Sussurro, me encostando sobre o sofá.
– Também tem algumas pessoas atrás de mim. – Confesso para o mesmo, depois de alguns minutos em silêncio.

Ezekiel me lança um olhar assustado.

– Como? – Ele pergunta, pedindo para eu repetir minhas palavras novamente.
– É, tem gente atrás da minha imunidade.

Ele suaviza o rosto, parecendo entender a questão.

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– Eu sabia que isso iria acontecer em algum momento. – Ele diz.

Franzo o cenho, olhando para o mesmo.

– Sabia? – Ele olha para mim mais uma vez, assentindo levemente.
– Por que acha que eu não gostava quando saia do Reino sozinha?

Suspiro levemente, deixando as peças se encaixarem em minha mente.

– É, faz sentido. – Sorrio minimamente para o mesmo. Que me retribui.

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Me levanto, apagando a luz do quarto logo em seguida.

– Você precisa dormir agora. – Falo para o mesmo. – Vou ficar aqui essa noite.
– Obrigada, Tris. – Ele agradece.

Mesmo estando no escuro, sabia que o mesmo sorria naquele momento.

– Vai dormir coroa. – Digo por fim. Me deitando sobre o sofá, enquanto o mesmo ria da minha fala.

(…)

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Era de manhã, em algum dia entre segunda ou quarta. Pouco mais de um mês havia se passado desde que Ezekiel apareceu nos portões de Alexandria. Havia ficado ao lado do mesmo durante toda a sua recuperação, e depois de alguns dias desde o ocorrido, Rick aceitou hospedar o mesmo em Alexandria. Então, agora morávamos nós dois juntos. Ezekiel já tinha tirado os pontos da ferida, mas ainda, sim, sentia dor pelo local. Ainda haviam hematomas pouco visíveis por sua pele, mas que o mesmo alegava não doer mais. Mesmo que quando levantasse, fazia uma expressão de dor toda vez.

Nesse meio tempo, Ezekiel e Carol criaram uma amizade maior aqui dentro. Podia se dizer que os dois até mesmo gostavam um do outro. Embora Ezekiel desmentia isso toda vez em que eu comentava sobre. Agora nós dois ajudávamos Carol com os preparativos da festa em Alexandria. E agora faltava pouco tempo para a mesma finalmente acontecer.

Daryl e eu não nos falamos mais depois daquela noite. Por mais que o mesmo tentasse ainda conversar comigo de todas as maneiras, eu o ignorava na maioria das vezes. Simplesmente não conseguia mais fazer isso com o mesmo. Sentia algo se formar em minha garganta toda vez que ouvia a voz do próprio se direcionar para mim. Sabia que o mesmo se arrependia de tudo o que havia falado naquela noite – o tal sempre demonstrava remorso por isso -, mas eu não conseguia simplesmente engolir todas suas palavras e esquecer aquilo. Ainda doía relembrar toda aquela cena em minha mente. Então apenas tomei a decisão de me afastar do mesmo.

Encaro o caderno sobre a mesa, admirando cada linha sobre uma de suas páginas. Linhas essas que formavam tal desenho que eu acabará de terminar. Sorvo o café em minha xícara ainda de olho no objeto. Coloco a xícara logo ao seu lado, pegando o lápis novamente e então assinando meu nome logo abaixo. O desenho era apenas um rascunho que eu havia feito em meio ao tédio daquela manhã, treinando algumas posições de um cavalo qualquer.

Fecho o caderno, voltando a bebericar o resto do café enquanto olhava para fora da grande janela ao meu lado. Ao longe, observo Glenn conversar com um homem desconhecido e sem importância. Encaro o mesmo ao longínquo, suspirando levemente. Mesmo depois de tanto tempo, ainda não conversávamos um com o outro. E quando acontecia, parecíamos estranhos um para o outro. Era demasiado doloroso estar tão perto do próprio e me sentir tão afastada simultaneamente. Mas eu podia entender seus motivos de ignorância a meu respeito. Mesmo que a verdade inteira tenha emergido e sido esclarecida, toda aquela situação amargava minha boca ainda.

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Ouço batidas na porta de entrada, me fazendo assim sair do transe. Do primeiro andar pude ouvir Ezekiel dizer “pode deixar, eu atendo”. Então, me levanto sem pressa. Indo até o guarda-roupa ao lado da porta. Logo pegando uma roupa nova e então a trocando pelo pijama que vestia antes.

– Você vai lá hoje? – Escuto a voz de Carol. E então paro sobre a porta de meu quarto, ouvindo a conversa que se passava lá em baixo.
– Pode ter certeza que sim. – Ouço Ezekiel responder.

Sorrio assim que a porta é fechada novamente, saindo do quarto de uma vez. Desço as escadas lentamente, indo atrás de Ezekiel.

– Quem era na porta? – Pergunto para ele, me encostando na parede da sala. Vendo o mesmo entrar na cozinha logo depois.
– Eu sei que você ouviu tudo Tris. E você sabe muito bem quem é. – Ele responde, saindo da cozinha dessa vez com um copo em mãos.

Eu rio.

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– Você gosta dela? – Pergunto, logo depois vendo a cara de bravo do mesmo.
– Tris, para com isso. – Ele profere.
– O quê? Tô só perguntando. – Levanto as mãos inocentemente.
– Você vai querer tomar café? – Ele pergunta, mudando de assunto.
– Não já tomei o meu.

Ele se levanta da cadeira, bebendo o restante do líquido em sua xícara em um só gole.

– Ótimo, então vamos logo. – Ele passa por mim, abrindo a porta logo em seguida.
– Vamos ver sua namoradinha? – O provoco novamente.
– Carol é uma amiga, Tris. – Ele responde duramente, enquanto agora caminhávamos lado a lado.

Sorrio maliciosamente.

– Ué, mas eu nem falei no nome dela.
– Tris! – Ele exclama meu nome, me fazendo rir do mesmo.
– Já entendi. – Termino a conversa.

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Andamos juntos até o salão preparado por nós. E então começamos a montar o restante das coisas que faltavam.

– Tris. – Ezekiel me chama do outro lado da sala. – Me ajude a pendurar as luzes.

Caminho até o mesmo.

– Tudo bem. O que eu faço? – Pergunto.

Ezekiel posiciona uma escada sobre a parede, se virando para mim logo depois.

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– Pode subir e pendurar pra mim? – Ele pergunta com um sorrisinho no rosto.

Eu suspiro.

– Se você me deixar cair, eu juro que nunca mais olho na sua cara. – Ele ri, enquanto pego a extensão das luzes sobre o chão. Subindo os degraus da escada logo em seguida.
– Aqui? – Pergunto, olhando para baixo.

O mesmo assente, sinalizando também com a mão.

– Pronto. – Digo, logo após deixar as luzes firmes sobre a parede.
– Ótimo, vamo testar isso aqui. – Ezekiel fala, logo após eu descer o último degrau.

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Ele caminha até o interruptor, logo depois apagando todas as luzes do lugar. Ficamos sobre um breu por breves segundos, até o mesmo acender as luzes dependuradas. Ezekiel comemora ao meu lado, enquanto encaro as mesmas brilharem.

– Ficou bonitão. – Digo para o mesmo.
– A gente arrasou. – Ele levanta a mão, esperando-me bater.

Eu o faço, concordando com sua fala.

– Fez um bom trabalho, Tris. – Ouço a voz de Carol logo atrás de mim. Me fazendo virar para a mesma. – Obrigada por vir ajudar.

Sorrio para ela.

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– Ah, tudo bem. Não foi nada. – Ela retribui o sorriso.
– Posso conversar um pouco com você? – Ela me puxa para mais perto, me fazendo se afastar de Ezekiel.

Apenas espero a mesma começar a falar.

– Tá tudo bem entre você e Daryl? – Meu sorriso se desmancha com sua pergunta repentina.

Engulo seco, tentando disfarçar meu espanto.

– Não, nada. Por quê? – A questiono.
– Eu não sei. Ele tem agido tão estranho com todo mundo ultimamente. Imaginei que você saberia o motivo.

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Eu assinto.

– Bom, desculpe. Eu não sei.
– Com licença, posso pegar emprestado a Carol por um momento, Tris? – Ezekiel aparece ao nosso lado.
– Pode. – Sorrio maliciosa para o mesmo, que puxa Carol delicadamente para si.

Os dois se afastam, caminhando juntos para o outro lado da sala. Observo os dois de longe, conversando alegremente. Sorrio enquanto me viro para sair do salão. Olho as luzes uma última vez, então agarro a maçaneta para enfim sair do lugar. Mas antes que eu possa abrir a porta, ela é aberta por outra pessoa.

– Desculpa. – Ouço a voz de Daryl, me fazendo olhar para o mesmo quase de imediato. – Tris.

Ele fala, parecendo também estar surpreso em me ver.

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– Oi Daryl. – Dou um sorriso forçado para o mesmo, passando por ele logo em seguida.
– Tris. – Fecho os olhos com força, ouvindo o mesmo chamar meu nome.

Me viro para ele.

– A gente pode conversar um pouco? – Ele pergunta.
– Desculpa, eu tenho que ir pra casa agora.

Daryl abaixa seu olhar, como se estivesse decepcionado. Assentindo pra mim.

– Tudo bem. – Ele fecha a porta.

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Suspiro pesadamente, me virando contra a porta. E então caminhando em passos lentos em direção à casa.

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RIFA – Daryl Dixon