Scott Gimple fala sobre a sombria 4ª temporada e dá uma prévia da 5ª temporada

Em entrevista ao The Walking Dead ‘Cast, Scott Gimple relembra sua época de fã – antes de se tornar um roteirista da série, explica como a segunda metade da 4ª temporada foi deliberadamente construída para talhar mais de perto as histórias dos quadrinhos do que talvez a temporada anterior tinha feito e sua felicidade em desapontar os telespectadores por não dar-lhes a tão esperada morte de um personagem principal no final da temporada. Gimple também comenta brevemente sobre a próxima temporada, explica a sua abordagem que se inspira nos quadrinhos e traduz as histórias para a televisão, aborda sobre o tom visivelmente mais sombrio da segunda metade da última temporada e muito mais.

Primeiro, eu quero te dizer que esta é a minha temporada favorita de “The Walking Dead” até agora, e vários de nossos ouvintes disseram a mesma coisa. Então, eu quero te agradecer por ter feito um trabalho incrível na série.

Scott Gimple: Obrigado! Isso é um grande elogio vindo de vocês. Eu diria que vocês assistem a série com um entusiasmo inigualável. Como é isso?

Muitos de nossos ouvintes também o fazem, e nós temos muitos e-mails, e as pessoas insinuam coisas que não tinhamos pensado. Então é muito divertido ser capaz de ruminar algumas coisas, e esta temporada, especialmente, nos deu muito o que pensar! Me pareceu mais profunda; e olhando para trás, ao longo da temporada, muitos dos elementos estavam mais conectados e reverberaram através de episódios individuais mais do que o habitual. Os dois grandes temas e pequenos elementos – pacifismo vs. brutalidade, os girassóis aparecendo em uma pintura e outra vez em Terminus. Eu quase consigo imaginá-lo em casa com um grande quadro de cortiça no estilo “Uma Mente Brilhante” com post-its ligados por barbantes.

Scott Gimple: [Risos]

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Foi especialmente importante para você conectar coisas nesta temporada, e como conseguiu fazer isso?

Scott Gimple: Acho que o que nos permite fazer isso e dá-nos a oportunidade de fazer coisas extras é apenas planejamento. Saber onde estamos indo desde o início. Eu vim com a temporada muito bem traçada, especialmente os primeiros oito [episódios], e entreguei para os roteiristas. Então, nós tivemos realmente uma grande base para nossas conversas desde o início. O planejamento nos deu essa oportunidade de diversas maneiras.

Então, você se sentou sozinho antes de falar com um roteirista e praticamente mapeou os oito primeiros episódios?

Scott Gimple: Bem, sim. Quer dizer, eu não estou dizendo que elaborei todas as cenas. Você sabe, o enredo do vírus iria aparecer em muitos episódios, e então estávamos nos direcionando para o enredo do Governador, e, em seguida, eles iriam se colidir. E certamente houve ajustes fantásticos na versão que saiu da sala dos roteiristas.

Mas, ter essa base nos fez dar o pontapé inicial e acelerou o processo. Eu certamente sabia o que queria, e, portanto, os roteiristas foram capazes de sugerir coisas relacionadas a isso. E eu sabia que a segunda metade se dividia e focava nestes grupos.

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Acho que eu já tinha definido os grupos. Não tenho certeza, porque mesmo se eu os tivesse definido, sei que eles mudariam a partir de nossas conversas. Descobrimos o melhor tipo de combinações para apresentar as histórias individuais dos personagens.

Quando você descreveu Rick como um “fazendeiro-pacifista”, no primeiro episódio, você sabia que ele iria acabar brutalmente matando alguém no final?

Scott Gimple: Eu sabia disso com precisão. Eu sabia que estávamos direcionando a história para a cena dos “Reivindicadores”. Muito do que fazemos – ou do que eu faço… quando eu começo a falar com os roteiristas, então trabalhamos juntos – é descobrir quais são os momentos que antecederão O Momento. E como isso serve para entender o personagem de modo geral, qual é a jornada do personagem e como ele muda. Ou como é que ele se mantem são apesar de tudo o que está passando. E, acho que a história de Daryl é um exemplo disso.

Nesta temporada, alguns dos momentos que você está falando sobre, para o deleite dos leitores de quadrinhos, foram alguns dos momentos mais intensos tirados diretamente dos quadrinhos. Tem sido divertido conduzir em direção ao que está nos quadrinhos?

Scott Gimple: Ah, sim, e que tornou-se absolutamente do jeito que eu pensava para a série. Eu fiz o episódio “Pretty Much Dead Already”, que nos quadrinhos era poderoso – e que era apenas sobre a família e amigos de Hershel saindo do celeiro. Esse foi um exemplo de que nos unimos e tentamos descobrir uma maneira de fazer algo que funcionou na história em quadrinhos se tornar ainda mais impressionante. Fazer todas as coisas que Robert [Kirkman] estava fazendo, e descobrir maneiras de até mesmo transformá-las em algo mais.

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Eu acho que é assim que vejo a série… É encontrar esses momentos dos quadrinhos que amo ou aqueles momentos que são apenas cruciais para a história; e me perguntar: como podemos adaptá-los de forma que se transformem em algo muito mais notável?

Acho que esse momento em particular, em “Pretty Much Dead Already”, foi realmente quando a série explodiu em audiência. Todo mundo estava falando sobre isso.

Scott Gimple: Está tudo lá nos quadrinhos. Nós temos uma oportunidade, e também há uma necessidade, de conectar nossos personagens, porque temos muitos personagens e só temos dezesseis episódios. Como é que vamos amarrar as histórias desses personagens de maneira tão forte como nos momentos dos quadrinhos?

Eu adoro quando somos capazes de fazer isso. Em “The Grove”, essa história é total e completamente baseada nos quadrinhos, mas ao olhar para a história, e ao ver a história que eu queria contar sobre Carol, eu fui falar com Kirkman e disse algo como: “Eu sei esta é uma grande história de Carl, mas seria realmente ótimo para a história de Carol que estamos contando”.

Por causa de Sophia.

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Scott Gimple: Bem, quero dizer, a razão pela qual Carol estava tentando ensinar a essas crianças como se proteger, sim, absolutamente vem de Sophia. E o fato de ela ser a única a experimentar a história de Billy e Ben – parecia ser simplesmente uma combinação poderosa.

Com certeza. E parece que definitivamente a história em quadrinhos é um meio poderoso. Mas quando vemos a carne e o sangue de pessoas na tela, ficamos mais apegadas a elas. Então, isso é uma maneira pela qual esses momentos poderosos que você está falando podem ser ainda mais impactantes.

Scott Gimple: São diferentes mídias. Em muitos aspectos, a história em quadrinhos será sempre mais poderosa, e de certa forma, sim, a série pode se sobressair aos quadrinhos em certas áreas, por causa de pessoas, música, cinema e atores incríveis.

E assusta também.

Scott Gimple: E assusta, sim. É engraçado, quando eu comecei, um dos meus primeiros empregos fora da faculdade… eu queria desesperadamente trabalhar com quadrinhos. Uma das únicas empresas de quadrinhos em LA era a Bongo Comics, que era a empresa de quadrinhos dos Simpsons (a qual Matt Groening é o dono). Eu entrei, trabalhei lá e escrevi alguns quadrinhos dos Simpsons, e foi, de muitas maneiras, uma coisa tão difícil de fazer, porque é um dos maiores programas de televisão de todos os tempos e você está tentando ser tão bom quanto eles são, sem todas as suas ferramentas. Sem, você sabe, estar na televisão. E agora, estou em um programa de TV e estou tentando ser tão bom quanto os quadrinhos.

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Pelo contrário.

Scott Gimple: [Risos] Não dá pra vencer sempre!

Então, “The Walking Dead”, os quadrinhos e a série, gosta de confundir as expectativas. Quando decidiram não matar nenhum personagem principal no último episódio, vocês estavam pensando em nos confundir?

Scott Gimple: Não se deve elaborar uma morte para chocar as pessoas. As pessoas não devem viver para chocar outras pessoas, também. É tudo apenas uma parte da história e que deve servir a história. A morte de Hershel e a morte do Governador completa e totalmente serviram a história que estávamos contando nesta temporada.

E realmente, ao olhar para o modo como a história é exposta, a morte realmente não servia a história que estávamos contando. E então algo como, “Whoa, isso significa que ninguém vai morrer nos episódios quinze ou dezesseis!” E, depois, algum comentário do tipo “Isso é incrível”. Porque é isso que as pessoas esperam, e nesse ponto, sim, é muito legal apresentar a história e ver reações como “Uh oh, não terá uma morte…” e “Isso é… a melhor coisa do mundo.”

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Se as pessoas estão definindo sua opinião a partir do número de mortes em “The Walking Dead”, isso não é legal. Isso é uma falha. E foi muito louco, no final da temporada, ver todos esses artigos com um título do tipo “Quem vai morrer?”.

Estávamos fazendo isso! Fizemos apostas com relação a isso. [Risos]

Scott Gimple: Sim, e por que as pessoas estão morrendo, exatamente? Quer dizer, eu acho que as pessoas pensam algo como “Bem, ninguém morreu.”, mas o objetivo principal não era chocar as pessoas porque não matamos ninguém. Mas, foi muito legal ver as pessoas tão surpresas com isso.

Esse episódio foi tão chocante e perturbador que eu nem percebi que ninguém tinha morrido. Só pensei nisso mais tarde.

Scott Gimple: Este episódio não é sobre quem Rick perde. É sobre quem Rick mata.

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Sim.

Scott Gimple: E como ele faz isso. Essa foi a coisa mais importante, e não queria que nada atrapalhasse isso. Esse foi o momento gigantesco o qual estávamos nos direcionando. Eu co-escrevi esse episódio com Angela Kang e [a diretora] Michelle MacLaren – Cara… a sequência com os reivindicadores e Rick foi, eu acho, uma das sequências mais bem dirigidas que já tivemos. Quero dizer, ela fez um trabalho surpreendente.

Sim, foi uma loucura.

Só mais uma coisa sobre as mortes de personagens… Eu realmente espero que a série nunca chegue ao ponto em que os principais personagens restantes se sintam muito importantes para vocês matarem. Você acha que isso poderia acontecer?

Scott Gimple: Bem, esta série não é assim. Quero dizer, é uma chatice, mas ninguém é muito importante a ponto de não poder morrer. Não estou empolgado ao dizer isso, mas é apenas a natureza deste show. Qualquer um pode morrer e meu objetivo é que não seja apenas para chocar, e sim que sirva a história. As pessoas podem durar um bom tempo, ou elas podem ser mortas amanhã. E a especulação de tudo isso – eu tento não prestar muita atenção a isso, porque é muito importante que apenas ajude a construir nossa história. As pessoas estão pensando que estamos matando muitas pessoas, ou que não estamos matando pessoas o suficiente. Eu só estou tentando contar a história.

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Outra coisa sobre prestar atenção, manter os personagens para além desta temporada fez com que pessoas torcessem por seus favoritos. Então, elas criaram vínculos mais fortes com pessoas como Beth, e talvez não teriam pensado que isso poderia acontecer antes. É difícil pesar se o certo é dar às pessoas o que elas dizem querer ou dar-lhes o que você pensa ser, em última análise, o mais gratificante?

Scott Gimple: Essa é uma ótima pergunta. Uma espécie de questão eterna é: você simplesmente deve dar ao público o que você acha que eles querem? Acredito que isso é uma ladeira escorregadia. Eu acho que realmente tem que ser você quem deve olhar e pensar, especialmente com algo que é serializado, o que melhor elaborará a história. E isso, em última análise, é melhor para o público, pois lhes dá o que você pensa ser a melhor história. Quero dizer, é uma coisa subjetiva, é claro. É importante que você dê ao público o que eles querem, mas também o que eles precisam para uma boa história. Como, por exemplo, o público odeia um personagem, um de seus personagens principais, ou algo assim. Isso é uma coisa ruim. Ninguém na platéia deveria torcer para que um de seus personagens principais morra. Isso não é uma coisa boa. Isso não simboliza um sucesso em minha mente.

Então, por natureza, eles ficarão tristes quando isso acontecer.

Scott Gimple: Bem, espero que sim! [Risos] Mas nesta segunda metade, fiquei empolgado de fazer os episódios desta forma. Eu apenas me sentava no sofá , você sabe, nas noites de domingo, quando assistia a série [na primeira temporada, antes de começar a trabalhar como roteirista] e sonhava com o tipo de episódio que eu queria ver e que serviriam a maior história que conheço dos quadrinhos, sabe? Apresentando momentos dos quadrinhos, determinadas histórias dos quadrinhos. Fiquei animado em me aprofundar nesses personagens e dar a cada personagem uma história. E espero que eu tenha, que nós tenhamos, mudado a mente da parte do público que pode estar um tanto cética. Como, por exemplo, “Onde está Rick ?” Se eu fizesse tudo do meu jeito, adoraria contar todas essas histórias. Eu teria gostado de ter tido mais Rick nesta temporada. Gostaria de ter tido mais de cada personagem nesta temporada. Mas, acho que foi um importante conjunto de histórias que se colidiram de uma certa maneira, que serviu a história maior que estamos contando e continuaremos a contar.

Vocês realmente mudaram a minha opinião com relação a Daryl. Porque ao contrário de quase todo o país, eu achava que ele estava parecendo um pouco esnobe. Uma espécie de Fonzie.

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Scott Gimple: [Risos] Bem, a motocicleta foi embora.

E com o seu episódio com Beth, eu realmente comecei, pela primeira vez, a entender a dor de como é ser Daryl. Sua experiência limitada. Ter que lutar pela sobrevivência o tempo todo. Então, eu realmente aprecio o fato de você ser capaz de focar em personagens dessa maneira.

Scott Gimple: Isso é muito legal. E Deus sabe que precisamos de mais fãs de Daryl.

[Risos] Claro! É essencial.

Ok, então, conversamos sobre momentos sombrios e o que Rick fez neste episódio. Em temporadas passadas, alguns dos momentos sombrios da história em quadrinhos foram pouco atenuados. Como Carl matando Shane zumbi em vez do Shane vivo; o Governador não torturando e estuprando Michonne. Mas, esta segunda metade é mais verdadeira em relação aos quadrinhos – Lizzie matando Mica. Carl quase sendo estuprado. Rick dilacerando aquele cara. Isso foi uma decisão deliberada de se aprofundar por completo na obscuridade?

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Scott Gimple: Hum, isso é incrível. Não, não, não foi. Eu não estava pensando muito sobre… Então, ninguém nunca colocou isso para mim dessa maneira. Eu realmente nunca pensei sobre isso dessa forma. Quero dizer, as pessoas disseram que esta temporada foi super sombria – mas não foi um rumo consciente em direção as trevas, porque eu só estou percebendo isso agora. Não, estávamos apenas colhendo momentos dos quadrinhos, apresentando-os da melhor maneira possível e amarrando-os aos personagens. Não foi algo do tipo “Oh, vamos tornar as coisas mais sombrias.” Na verdade, é engraçado – não acho que muitas pessoas me vejam como uma pessoa obscura, mas algumas pessoas tem me encarado de uma maneira um pouco diferente este ano. Como, “Caramba – não sabia que tinha isso em você!” E eu fiquei tipo, “Bem, muito disso vem de Sr. Kirkman.” Eu gosto dele, e sim, acho que nós temos feito coisas mais obscuras, mas estou me inspirando em algum material sombrio. Posso dizer, porém, que os quadrinhos também tem sido muito mais leve do que a série. Eu fiz o episódio 15 no ano passado, e, pessoalmente, não acho que poderíamos fazer um casamento nesta série como eles tiveram na prisão dos quadrinhos, quando Hershel casa Maggie e Glenn. Eu pensei que teria que ser algo da maneira como foi feito no episódio 15. Foi rápido, mas também foi algo muito íntimo entre duas pessoas, e reconhecendo que a cerimônia nunca seria realmente apropriada. Era para ser uma coisa mais íntima entre duas pessoas. Eu acho que os quadrinhos tem sido realmente muito mais leve do que a série em algumas partes, e eu meio que admiro que os quadrinhos sejam capazes de ter essa paleta mais ampla.

Sim, eles também fazem várias coisas de maneira mais prática, como por exemplo, quando estão abrindo pêssegos e coisas assim. A série é mais “emoção, emoção, emoção” o tempo todo.

Scott Gimple: Eu acho que é uma questão de ter 16 episódios, vários personagens e apenas 42 minutos, sabe? É essa a diferença entre os meios. Mas, meu objetivo sempre é capturar o espírito dos quadrinhos e colocá-lo na TV, transformando todas as coisas que eu amo tanto enquanto leio.

Por falar em prazos, estamos correndo com o nosso, então eu quero começar a fazer algumas das perguntas dos ouvintes. Marci Brinker quis saber: “Eu gostaria de saber como você se sentiu sobre a sua primeira temporada como showrunner. Foi o que você esperava? E agora que você completou uma temporada de maneira bem-sucedida, como ela afetará a sua abordagem para a próxima temporada?”

Scott Gimple: Tenho muita sorte de ter trabalhado na série desde a 2ª temporada, por isso não foi como saltar para o desconhecido. Eu conhecia todo mundo, amei trabalhar com todos. Havia muito talento lá e muito apoio. Eu tinha acabado de fazer o episódio 15 com Greg [Nicotero], com quem eu tinha trabalhado ao longo das temporadas em que participei na série, mas foi apenas uma experiência legal. Além disso, não havia tanta coisa para fazer, porque eu comecei um pouco tarde, apenas por causa da transição e tudo mais. Foi meio que como saltar de um avião, mas com um paraquedas o qual eu tinha muita fé.

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No que diz respeito a essa temporada, eu me sinto um pouco mais preparado, só porque eu tenho um pouco mais de conhecimento de como nós a fizemos. Estou realmente animado com isso. Só quero continuar com a história e estou muito animado para fazer isso.

Você é muito trabalhador. Foi muito difícil para mim marcar essa entrevista com você.

Scott Gimple: Sim, eu não faço muito isso. Principalmente porque é um tipo de trabalho que vai de manhã até a noite, e há pequenas janelas que se abrem, mas você nunca sabe quando se abrirão.

Mas, você pode manter esse ritmo?

Scott Gimple: [Risos] Eu só estou rindo porque você é a primeira pessoa que me pergunta isso em uma entrevista, mas todo mundo lá fora me pergunta isso o tempo todo. Eu diria que este ano, eu trabalhei com o meu número dois, Seth Hoffman, que é um escritor incrível, e meu produtor associado, Alex Colie-Brown, e Tom Loose, e Denise Huth, em descobrir maneiras de aliviar um pouco mais o meu trabalho. É um trabalho muito demorado, e certas coisas são mais fáceis de delegar do que outras. Eu estou tentando me afastar de algumas coisas, como trabalhar com promos. Coisas que não são específicas para os roteiros, edições e preparações para os episódios. Mas, eu não sei. Estou tentando encontrar tempo quando eu posso. É um trabalho louco, mas eu tenho muita sorte de amá-lo tanto.

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Vou deixá-lo em paz por mais um ano, mas na 6ª temporada… Eu posso estar de volta. [Risos]

Mais algumas perguntas bem rápidas. Haverá alguma notícia sobre o spinoff em breve? Eu sei que você provavelmente não pode dizer, mas eu tenho que perguntar.

Scott Gimple: Quer saber, apenas muda para outra pergunta. Só porque eu sou totalmente ignorante sobre o assunto. Recebo poucas informações de Kirkman, e realmente não estou envolvido nisso. Mas, estou animado para assisti-lo.

Raelynn Zappula quer saber: “Você é o escritor que Kirkman aludiu quando disse que Milton foi formulado com base em um roteirista que bebe chá o tempo todo?”

Scott Gimple: [Gemidos] Não vou fazer nenhum comentário sobre isso.

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[Risos] Isso responde a essa pergunta! Finalmente, você pode nos dar qualquer tipo de dica sobre o que virá a seguir?

Scott Gimple: Hmm… Eu acho que eu posso dizer que, com relação a vibe, os oito primeiros episódios da 4ª temporada foram uma coisa, e os outros oito foram algo muito diferente. Estes próximos oito serão algo muito diferente novamente. As coisas terão um tom muito diferente e uma realidade prática muito diversa enquanto avançamos. A temporada tem uma série de mudanças de localização, e até mesmo de estilo. Mas, o estilo para a maior parte da temporada será muito, muito, muito intenso. Será muito diferente da última metade da temporada, e eu amei a segunda metade da última temporada, mas sempre planejei que haveriam essas grandes mudanças, e estamos prestes a ter uma daquelas grandes mudanças.

Você faz mudanças formalmente, também. Tipo, você tem Beth lendo seu diário, você tem esse sonho de flashback. Você gosta de misturar.

Scott Gimple: Nós nunca seremos “Lost” com flashbacks, mas nós sempre queremos brincar com as coisas, quer se trate de tempo ou estrutura ou perspectiva. Temos a oportunidade de fazer isso, temos uma grande variedade de personagens e tipos de histórias que contamos. Então, porque não usar todas as ferramentas para torná-la divertida?

Ótimo. Uma coisa que pedimos a todos os nossos convidados é fazer um ruído zumbi.

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Scott Gimple: Ah, não. Sério? Ah, cara… Fazer um ruído zumbi. Você não tem idéia de quanto tempo eu passei em mixagem, com muito respeito pelas pessoas que fazem isso, e eu não quero desmerecer o seu trabalho incrível. Eu vou dizer que eu gosto de um ruído arquejante, às vezes. Como quando Amy reanima. Apenas uma espécie de ruído zumbi ofegante. Esse é o meu favorito.

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a quinta temporada em Outubro de 2014 na AMC e na FOX Brasil. O trailer da temporada, bem como a data oficial de lançamento, será divulgada durante a Comic Con de San Diego, em julho.

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Fonte: Comic Book Resources
Tradução: Mydiã Freitas / Staff Walking Dead Brasil

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Rafael Façanha

Zumbi Chefe no The Walking Dead BR. Treinador Pokémon, viciado em Magic, conectado 24 horas por dia e até já fui reconhecido como Wikipédia-Viva de The Walking Dead. Meu mundo é dividido em assistir muitas séries e filmes.

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