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The Walking Dead: Os cinco de Atlanta – Analisando Carol Peletier

Chegamos ao último texto da série Os cinco de Atlanta. A série não poderia ser encerrada de forma qualquer, então a personagem escolhida para dar fim às resenhas é justamente à única sobrevivente feminina do acampamento de Atlanta: Carol Peletier.

O autor dessa matéria deixa explícito para todos aqueles que acompanharem o texto até o fim que Carol é justamente sua personagem favorita, portanto, aos eventuais antipatizantes da personagem, perdoem por qualquer empolgação textual.

Histórico na série:

Carol é um personagem na casa dos 45 anos (na HQ ela possuía 24 anos), mãe de uma menina de nome Sophia e esposa de Ed, aparentemente seguindo o padrão da mulher americana (de 1800) com uma família simples. Ela é doce, prestativa – no sentido de se prontificar a cumprir seu papel de lavar, cozinhar e limpar – e tímida.

A primeira temporada configurou Carol quase como sua contraparte da HQ. Então, já não se era esperado muito da personagem, seria mais um peso morto aguardando seu momento de partir. Compreensível é a posição de alguns fãs que a detestavam, visto que outros que poderiam ter um envolvimento muito maior com a história morreram e ela se preservou viva.

Na mesma temporada já é demonstrado o quão apocalíptica a vida de Carol era antes mesmo do surto: acostumada a ser espancada por Ed, ver ele aliciar a própria filha e se submeter totalmente ao totalitarismo do marido. Muitos comentários, inclusive, surgiram por causa de seu cabelo ralo. Alguns defendiam a tese de que ela podia portar alguma doença terminal – sim, por mais ridículo que pareça essa discussão ocorreu nos fóruns americanos. Mas, tão logo descobrimos a personalidade de Ed, também soubemos o porquê do cabelo curto de Carol: Ed não queria que a mulher parecesse atraente, por isso a obrigava a raspar os cabelos e usar roupas que não marcassem seu corpo.

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Certo dia ela está lavando as roupas, Ed se irrita com o simples fato de Carol estar conversando com outras mulheres, ele parece ter medo que ela possa se contaminar com a ideia de liberdade das outras integrantes do grupo. Ele a golpeia na frente de todos, mas é interrompido por Shane que o agride até que perca a consciência. Interessante notar que, mesmo após a atitude de Ed, quando Shane está o golpeando descontroladamente, ela tenta ajudar o marido. Carol parece estar acostumada ao mundo que vive e parece se conformar com a opressão do marido.

Ela cuida do marido que acaba tendo que ficar recluso à barraca em vista de seus ferimentos. Numa noite comum, walkers invadem o local e acabam infectando várias pessoas do grupo, um dos infectados é o marido de Carol. Aqui apreciamos a primeira das amarras de Carol se desfazer, quando Ed morre ela se prontifica a golpear o crânio do de cujus com uma picareta. Daryl a acompanha e observa que a mulher desfere golpes repetitivos e abusivos na cabeça do corpo morto. Carol parece querer retribuir todo o abuso que sofreu.

No episódio final da primeira temporada, TS-19, quando os sobreviventes já estão no CDC, Carol, juntos aos demais descobre que o local será implodido e que não há maneira de sair do interior do centro de pesquisas. Ela discute com o cientista responsável pelo local, Jenner, argumentando que Sophia não merece morrer daquela forma. Em uma tentativa de fuga, o grupo se depara com grandes vidraças que dão acesso a parte externa do prédio e, Carol pela primeira vez salva todo o grupo. Isso porque, dias antes, quando lavava as roupas de Rick, ela encontrou em seus pertences uma granada e resolveu furtá-la (até hoje não se tem explicação coesa de para qual fim ela usaria uma granada em meio ao acampamento). A granada furtada por Carol acaba auxiliando o grupo que consegue fugir do local antes que a explosão aconteça.

O drama de Carol não termina dessa forma. Na segunda temporada, quando resolvem ir até um forte militar, os sobreviventes são surpreendidos por uma horda de mordedores na pista. Rick pede para que todos se escondam embaixo dos carros. Com medo, Sophia acaba se desesperando e correndo para a mata.

Após horas de procura, Carol começa a culpar Rick pelo acontecido com sua filha. O grupo, na manhã seguinte, forma uma equipe de busca pela garota. Nesse ponto descobrimos que Carol é a única que não teve sua fé abalada após o surto, quando eles encontram uma igreja, ela reza pedindo por sua filha e, em frente a imagem de Cristo crucificado, ela peticiona que a punição caia sobre ela e não sobre a garota. Depois, Carol parece ser um pouco indelicada com Andrea – quando essa tende a desistir de buscar pela menina – dizendo que o maior medo dela era que sua filha retornasse como Walker como aconteceu com Amy (irmã de Andrea). Contudo, Andrea e Carol desenvolvem a partir disso uma espécie de empatia e vemos Andrea sempre disposta a ajudar a viúva.

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Após uma série de fatos e com Carl sendo ferido de morte, o grupo e Carol acabam se abrigando na fazenda da família Greene. Carol, vendo que Rick está mais pendido a própria causa (com Carl) acaba despejando em Daryl suas esperanças. Ele se empenha de forma completa pela busca da garota. Nesse momento vemos um princípio de vinculo entre os dois começar a aparecer. Tudo indica que por algum motivo – talvez pela mãe que sofria tanto quanto Carol ou pelo próprio sofrimento na infância – Daryl se identifica e entende a dor de Carol. Nesse ponto que temos uma das primeiras cenas de ternura da série, Daryl entrega para ela uma rosa cherokee e lhe enche de esperanças dizendo que a flor indica que logo eles encontrarão a garota.

O início do vinculo – nunca bem explicado, às vezes sendo uma amizade outras vezes beirando um romance e ainda uma relação fraterna/materna – se desenvolve mais no episódio subsequente, onde Daryl quase perde a vida buscando pela garota e acaba tendo que ficar em repouso. Carol decide servir o jantar para ele o alimentando na boca. Inicialmente o homem a trata com desdém, mas, quando Carol lhe dá um beijo no rosto e lhe diz que ele fez mais que Ed em toda sua vida pela garota, o exímio caçador parece se render ao cuidado dela.

Após isso, descobre-se que o celeiro da fazenda está infestado de zumbis. A informação preocupa a mãe de Sophia que parece prever um grande problema. Ela vai ao encontro de Daryl e lhe diz que ele precisa descansar, pois há grandes chances de o trabalho de busca pela garota ser inválido. Ele se irrita com a mulher e sai para mais uma busca, sendo seguido pela mesma. Após algum tempo de estranhamento, eles avistam novamente a flor que Daryl havia falado para ela anteriormente e ele acaba pedindo-lhe desculpa pelo modo rude que havia lhe tratado. Quando retornam à fazenda, eles presenciam Shane abrindo as portas do celeiro. Depois de um embate com um bom número de zumbis que saem do local, Sophia aparece para todos. Carol corre para abraçá-la, mas é contida por Daryl, visto que a menina já está morta e reanimada. Rick dá cabo ao sofrimento da garota.

O tempo passa e Carol vai se recuperando (dentro do possível) pela perda de Sophia. Quando o grupo encontra problemas com alguns “forasteiros” e um garoto é capturado e mantido em cativeiro na fazenda, todos discutem se ele deve ser morto para não causar um confronto maior entre os dois grupos distintos. Aqui vemos a grande ironia: Carol é totalmente contra a morte do garoto. Ela acredita que eles devam manter a humanidade e não se renderem a brutalidade do novo mundo.

Quando uma horda incontável invade a fazenda numa noite, todos os sobreviventes são obrigados a partir do local. Quando Carol está saindo da casa é cercada por alguns walkers e acaba sendo salva por Andrea. Ela tenta alcançar o restante do grupo, mas é abandonada por T-Dog. Perdida, acaba recebendo auxilio de Daryl. Já na estrada, Carol ouve junto com os demais de Rick que todos estão infectados e assim que morrerem, mesmo que de forma natural, retornarão como zumbis. Ela parece manter uma inconstância quanto a Rick e começa a incitar Daryl a tomar o lugar da liderança, dizendo que Rick não tem honra. No fim, o próprio Rick se declara detentor do poder.

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O episódio de estreia da terceira temporada – que dá um salto de 08 meses desde o fim da segunda – apresenta uma grande mudança no comportamento de Carol, agora ela possui uma arma e parece ser mais ativa no grupo, auxiliando na vigia nos horários noturnos. Logo após invadirem a prisão Rick revela que Carol é uma ótima atiradora.

Quando Hershel perde parte da sua perna é Carol que assume a função de enfermeira do grupo. Ela começa a demonstrar grande interesse em ser participativa. Preocupada com a iminente morte do velho Greene, Carol pede que Glenn a ajude a ir até o outro lado da cerca para praticar cesariana em walkers, visto que se Hershel morrer, ela terá que realizar o parto de Lori.

Mais tarde, com um ar de descontração, Carol observa os movimentos suspeitos de Glenn e Maggie na torre. Contudo, a prisão é invadida por walkers e ela presencia T-Dog sendo mordido na altura do ombro. Os dois acabam se esgueirando pelos corredores escuros. Encontram uma única saída que está interrompida por dois zumbis, T-Dog acaba se sacrificando para que ela consiga fugir.

Todos acreditam que ela morreu, visto estar desaparecida e seu lenço ter sido encontrado junto aos restos de T-Dog. Mas Daryl acaba a encontrando escondida e quase desacordada. Ele a leva para os outros e então ela descobre que Lori morreu e conhece o bebê que nasceu em meio ao caos.

Nesse alvoroço, acontecem os primeiros problemas com Woodbury e ela vê grande parte do grupo partir em direção ao local. Quando o grupo retorna, ela descobre que Daryl reencontrou o irmão – Merle – e que havia resolvido seguir com ele. Carol no primeiro momento chora por perder o melhor amigo, mas após um tempo parece apoiar a decisão dele.

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Quando Rick revela que provavelmente o Governador viria atrás de vingança, Carol é responsabilizada por trabalhar em barricadas próximas a cerca. Tendo uma conversa com Axel – um dos detentos que ainda estavam na prisão – ela quase é atingida por um tiro (que acerta Axel e o mata), e acaba usando o corpo do presidiário para se proteger.

Ela é a única a receber Andrea – quando ela vai visitar as pessoas na prisão – de braços abertos e a atualizar das notícias. Aqui, começamos a ver Carol mudar, visto que ela sugere que Andrea mate o Governador quando dormirem juntos. Já é uma Carol diferente daquela que se opôs a matar Randall na segunda temporada. É nesse episódio que Daryl e Merle retornam para o grupo da prisão, deixando Carol cheia de alegria. Ela tem uma conversa franca com Merle e lhe questiona sobre qual lado ele quer ficar. Merle observa Carol conversando com ele e se mostra surpreso com o quanto ela mudou desde a última vez que se viram em Atlanta.

Já na quarta temporada, passado uma média de seis meses após o último confronto com o Governador, Carol aparece como membro do Conselho, formado porque Rick desistiu da sua liderança. Ela parece ser uma voz bastante forte dentro da prisão e é respeitada por todos. Carol também parece ter uma preocupação grande com as crianças e com a falta de conhecimento de defesa que elas possuem, e por isso se dedica a ensiná-las a lidar com armas.

A Carol da quarta temporada é a que divide águas. Quando uma doença assola o interior da prisão e o Conselho define que os infectados – até o momento eram dois – deveriam ser mantidos em quarentena, algo surpreendente acontece. O corpo dos dois contraentes da doença é encontrado queimado em um local reservado do bloco C.

Rick começa a investigar os fatos e ao mesmo tempo nota uma diferença brusca no comportamento de Carol, ela parece estar sempre propensa a fazer loucuras para manter tudo em funcionamento. Quando a questiona sobre as mortes, Carol friamente confessa que foi ela quem matou os dois anteriormente citados.

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Após saber disso, Rick a leva para um bairro próximo com o intuito de conseguir suprimentos. Contudo, a real intenção do antigo xerife é de expor uma decisão que tomou. Rick diz a Carol que ela não pode mais viver na prisão, visto que ela se tornou fria e calculista demais e que isso oferece risco a vida de todos os outros residentes do local. Carol é abandonada a própria sorte (deixando claro que não há qualquer oposição a decisão de Rick, visto que tal decisão ajudou Carol a se manter longe da fúria de Tyreese).

Passado um dia desde sua expulsão, Carol retorna as proximidades da prisão e vê algo assustador, o local está totalmente destruído – essa cena nos é revelada mais tarde e está sendo citada aqui para manter a coesão cronológica. Carol chora desesperada pelo que presencia, mas resolve fazer uma ronda pelos arredores e acaba encontrando Lizzie, Mika (uma espécie de duas filhas adotivas para ela) e Judith – que mesmo sem entender a situação, um dia terá que agradecer muito para a senhora Peletier. Questionando se as garotas estão sozinhas a ironia da vida novamente bate à porta de Carol, Tyreese estava acompanhando as garotas e segue junto com Carol em direção de um local que promete ser um santuário.

Seguindo os trilhos de trem, Carol parece se manter sempre na liderança do pequeno grupo ao mesmo tempo que tenta esconder toda a história dos crimes que cometeu na prisão de Tyreese. O grupo encontra uma casa reservada próxima a um bosque e resolvem fazer uma parada no local. Deixando Lizzie, Mika e Judith em segurança no local, os dois vão não muito longe para buscar água em um poço e Tyreese começa a exaltar Carol, dizendo-lhe que ela é uma pessoa em quem ele confia muito e vê grande potencial, ela fica desconfortável com a situação. Quando retornam para a casa presenciam uma cena terrível. Mika está morta, Lizzie segura uma faca ensanguentada e demonstra pretensão de atacar Judith.

A garota justifica que queria que a irmã e Judith retornassem como zumbis, pois acredita que o mundo agora é esse. Carol e Tyreese acabam tomando uma decisão difícil. Carol leva Lizzie distante da casa e a mata, pois a garota não possui mais condições psicológicas para lidar com o mundo atual. Desolada ela enterra as duas garotas que tinha como filhas e toma outra decisão, conta para Tyreese que foi ela quem matou e queimou as duas pessoas na prisão. Carol alcança uma arma para ele sinalizando que sua vida naquele momento está nas mãos dele. Tyreese a perdoa e os dois acertam todas as questões sobre o ocorrido.

Novamente seguindo os trilhos, Carol rende um homem ao ouvir que ele se comunica por um walkie talkie e cita Michonne, Daryl e Rick. Ela descobre que o Santuário na verdade é um local onde residem canibais e que todos os seus amigos estão no local. Ela, sozinha, desenvolve um plano e salva todos das mãos dos canibais.

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Ao se reencontrar com o grupo – cena em que o autor dessa matéria quase suou pelos olhos – Carol leva Rick, Carl e Sasha para verem Judith e Tyreese. Rick parece estar extremamente agradecido pelo que Carol fez por todos e reconhece o quão forte ela é.

Numa noite na mata, Rick diz a ela que ele precisa que ela aceite o grupo de volta. Carol não parece entender, mas compreende após uma conversa com o líder que ele quer que ela esteja junto com ele e que ele quer demonstrar que sua expulsão foi impensada e que Carol é um membro precioso da família de Rick.

Mesmo com essa conversa, após chegarem à igreja, Carol não parece aceitar bem a ideia de estar no grupo novamente. Ela parece sentir que realmente é um perigo para todos e que não há mais espaço para ela entre eles. Quando está partindo escondida é surpreendida por Daryl que tenta impedi-la de fugir. Contudo, no meio da conversa os dois avistam um carro semelhante ao que sequestrou Beth e acabam o perseguindo e chegando até Atlanta.

Na cidade, Carol rebusca o passado e abre sua vida para Daryl. O episódio que retrata isso acaba nos mostrando várias coisas sobre a vida de Carol. Descobre-se sua paixão pela arte, mais histórias sobre sua problemática relação com Ed, o como ela lida com a morte de Sophia e o porquê ela decidiu mudar e exterminar com a Carol do passado. Nesse mesmo episódio, Carol acaba sendo capturada e levada para o mesmo local onde está Beth, um hospital.

Carol é salva pelo grupo e vê Beth ser morta no ato. Entretanto, cabe ressaltar que o fato de Rick ter se empenhado em buscá-la provou para ela que ele realmente a amava e que ela era importante para todo o grupo. O ato fez cair por terra o sentimento que Carol tinha de rejeição, gerado na sua expulsão da prisão. A partir desse momento ela começa a se encaixar novamente na dinâmica do grupo.

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Carol ganha à confiança de Rick, que despeja nela a incumbência de ser a líder substituta do grupo quando ele não está por perto. Isso é demonstrado na cena em que Rick se comunica com ela por um walkie talkie. De alguma maneira, Rick reconhece que Carol é extremamente parecida com ele, sendo ótima estrategista e alguém que assume a responsabilidade de fazer quando necessário.

Após isso vemos Carol pouco a pouco retornando ao seu modo natural (natural da nova Carol). Ela ajuda Daryl a sair do choque da perda de Beth e está sendo sempre responsável por proteger Judith e Carl quando alguns riscos surgem na estrada. Quando uma nova esperança surge, com um desconhecido prometendo um local seguro, Carol parece ficar com um pé atrás, mas acaba seguindo com o grupo para Alexandria.

No local Carol se torna cada vez maior. Ela, inteligentemente, decide parecer uma pessoa fraca e ingênua para que assim as pessoas de Alexandria se comovam com ela e criem relacionamentos mais rapidamente. Dessa forma, ela vai descobrindo a dinâmica do local e todos os pontos fortes e fracos, os problemas e perigos dentro dos muros da cidadela. É ela que incita Rick a resolver o caso de Pete e Jessie.

Quando Rick se envolve em uma briga com Pete e acaba sendo mantido numa cela, Carol surpreende o líder ao tratá-lo com repulsa na frente dos demais, como se desaprovasse o ocorrido. Depois, Rick percebe que ela está tentando preservar a personagem que criou desde que entrou no local.

Mais tarde, ela defende Rick na reunião que é feita pelos residentes para decidir sobre seu destino. Ela depõe que se não fosse por Rick, ela provavelmente teria morrido logo no início do surto e que todos no local precisavam acreditar no modo de agir dele. Quando Rick aparece na reunião com um Walker e logo depois Pete surge com a espada de Michonne, Carol é a única que impede Rick de agir imediatamente. Com a anuência de Rick, todos presenciam Pete atacar Reg e assim, Rick consegue o aval de Deanna para dar fim à vida do marido de Jessie.

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Se tivéssemos que resumir Carol no que vimos da sexta temporada até o momento, acho que a palavra brilhante compilaria a personagem. Ela, sozinha, exterminou com cerca de dez homens que invadiram a cidade e causaram grande alvoroço e muitas mortes. Ela e Morgan se opõem no modo de agir e, a forma como Morgan lida com os invasores acaba colocando a vida de Rick mais tarde em perigo. Carol conta para Rick todo o ocorrido e como Morgan lidou com a situação, o que deixa Rick desgostoso com o velho amigo.

Carol continua a desconfiar de Morgan e passa a manter toda a sua atenção em ler o modo de proceder dele. Nisso, ela acaba descobrindo que Morgan esconde um dos Lobos aprisionado em seu porão. Ela tenta matar o homem, mas é impedida por Morgan. Os dois acabam entrando em uma luta corporal e ela acaba ficando desacordada.

O desenvolvimento de Carol durante as temporadas:

Carol, sem dúvidas, é a personagem entre os cinco da série de textos que teve o maior desenvolvimento. Era frágil, tímida, covarde e pesava sempre mais o lado emocional do que o racional e mantinha um pé atrás com o xerife. Ela termina a metade da sexta temporada se demonstrando forte, destemida, calculista e estrategista, leal a Rick e totalmente movida pela razão.

Carol sofreu; Sofreu muito, na verdade. Contudo, seu sofrimento não foi motivo para se tornar reclusa dentro dela mesma. Ela viu que a perda de Ed e Sophia poderia ser encarada como uma nova chance para ela, chance de ela deixar de ser fraca e se tornar alguém forte. Chance de demonstrar quem realmente é, de exteriorizar a Carol que sempre esteve escondida por medo do marido.

Ao contrário do que muito se comenta Carol não é uma máquina mortífera e tampouco gosta de matar. Ela apenas sabe o que deve ser feito por alguém e sabe que não tem ninguém além dela e de Rick que sejam capazes de realizar o trabalho da forma que deve ser feito. Ela sofre ao ter que matar – vimos isso no episódio “JSS”, quando ela chora após ter que matar várias pessoas.

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Carol cresceu e conquistou pouco a pouco o seu espaço na trama. Hoje, é uma das personagens mais amada entre os sobreviventes e vista como a força feminina (ao lado de outras) na série. Ela é um grande exemplo para milhares de mulheres e é vista como um símbolo feminista.

Perspectivas para o futuro do personagem:

Há grandes dissensões sobre o assunto, muitos apontam Sasha como sendo a substitua para Andrea. Contudo, na opinião desse que redige, Carol foi mantida viva na terceira temporada – era planejado que ela morresse no lugar de T-Dog – para um bem maior. Uma vez que já se sabia da morte de Andrea nos episódios subsequentes, os produtores sabiam que deveriam preservar uma personagem feminina desde Atlanta. A partir da morte de Andrea é que Carol ganhou de fato o seu espaço. Primeiro todo o seu modo de confrontar Rick, que é típico de Andrea na HQ na época da prisão. Depois, a adoção das duas meninas (Andrea adota os dois gêmeos órfãos que passam pelo mesmo episódio de morte de Lizzie e Mika) e logo após um modo inteligente e frio de lidar com as situações.

Na atual fase, outro ponto leva a crer que Carol realmente ocupa a ausência de Andrea. Em Alexandria – nos quadrinhos -, Andrea é totalmente leal a Rick e tem tanto a confiança do líder do grupo que é considerada praticamente como um vice-líder. Carol tem assumido esse papel. Rick sempre a deixa no comando quando distante e por se identificar com ela – no modo estrategista e calculista de lidar com as situações – acaba a tornando como uma confidente. Evidentemente, isso não significa que no futuro Carol e Rick se engajarão em um romance. Essa parte pode sim ser deixada para outra personagem – se bem que não me deixaria incomodado um casal maduro entre os dois – sem prejudicar o espaço que Carol tomou de Andrea.

Portanto, sendo Carol a detentora da maior parcela da personalidade de Andrea, acredita-se que possa ter uma longa história para ser contada. Ela tem se tornado muito forte e poucas coisas seriam capazes de matá-la de fato. Visto que o próximo vilão é incapaz de ferir uma mulher, Carol pode se livrar das mãos dele e seguir longe na série.

Pontos fortes de Carol Peletier:

– Leal a quem ama;
– Inteligente demais, colocando-se sempre um passo a frente dos outros;
– Assume a responsabilidade de fazer o que deve ser feito, sem medo;
– Com apenas uma faca (ou um litro de gasolina e um fósforo), Carol pode exterminar com uma multidão;
– Faz ótimos biscoitos (isso é um ponto forte ou fraco? Sam, você pode nos ajudar?).

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Pontos fracos de Carol Peletier:

– Não seja uma criança aos cuidados de Carol. Se você não leva o sobrenome Grimes, provavelmente você irá morrer;
– Pode ser imediatista demais;
– Às vezes é muito irredutível;
– Se você é um membro novo no grupo, saiba que você irá para o fim da lista de proteção dela. Ela preza por aqueles que estão desde sempre com ela, depois os demais;
– É muito dura consigo mesma e parece ter se fechado para muitos sentimentos.

Então, esse foi o último dos textos da série Os cinco de Atlanta. Pedimos que você deixe abaixo seus comentários sobre a personagem Carol. Quais são suas perspectivas; De que modo você a vê e qual será o espaço que Carol ocupará no futuro da série? Você discorda de algo? Quanto aos cinco sobreviventes apresentados nos textos, quais são seus preferidos e por quê?

The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a segunda parte da sexta temporada no dia 14 de Fevereiro de 2016 no AMC (EUA) e na FOX Brasil. Confira todas as informações sobre a sexta temporada e fique por dentro das notícias.

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Carlos Knewitz

Gaúcho, nascido na primeira metade dos anos 90 e com memória fotográfica. Estudante de Direito e extremamente viciado em escrever. Aficionado pelos quadrinhos de Robert Kirkman, fã de The Walking Dead e Fear the Walking Dead. Apaixonado por Carol Peletier e Alicia Clark e, sucessivamente, por suas intérpretes.

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