Seus personagens em The Walking Dead podem ter acabado atirando um no outro, mas a amizade entre Jon Bernthal (Shane) e Andrew Lincoln (Rick) continua. Jon Bernthal apresentou uma performance notável como o personagem de comportamento moralmente ambíguo Shane, na série.
Qualquer um que conheça a série de quadrinhos que inspirou a série de maior sucesso da AMC, The Walking Dead, deve ter percebido que Shane Walsh, o policial que passou por um processo de intensa confusão, não sobreviveria no implacável cenário pós-apocalíptico. Mas não foi um zumbi faminto que matou Shane – foi um ferimento à faca, realizado por seu melhor amigo e parceiro em um confronto no final da segunda temporada.
A vida após a morte parece ser favorável a Bernthal, entretanto, que participou de uma entrevista de bom humor, com seu pitbull afável, Boss, ao seu lado. No dia seguinte, Bernthal comprometeu-se a trabalhar na sua próxima grande série televisiva, participando no piloto da série sobre gangsters nos anos 40, para o criador de TWD, Frank Darabont, que inesperadamente tomou um caminho diferente do da série após discussões que se tornaram de conhecimento público no verão passado. Mas Bernthal ficou feliz ao refletir sobre o tempo que passou interpretando o Shane, o catalisador altamente explosivo para muitos dos acontecimentos de TWD, tanto bons quanto maus.
Você ficou triste ao saber que o Shane não sobreviveria à season finale?
Quando você é um ator, você é um soldado para a história. Se você é uma casualidade disso, e essa casualidade serve para a história, então, que assim seja. Aceito totalmente isso. Eu sabia que ele não duraria muito. Sinto saudades dele. Eu me apaixonei por esse personagem, e acho que é algo assustador de fazer porque tantas pessoas o acham perigoso, problemático, mas realmente gosto muito dele.
Shane tem um comportamento moralmente ambíguo – ele matou dois homens e planejou matar seu melhor amigo, entre outras coisas. Porque você tinha tanta simpatia assim por ele?
Meu objetivo, desde o início, foi não representar esse cara como um vilão que só tem uma dimensão como ele, de certa forma, é representado nos quadrinhos. Ele não é um cara que simplesmente perde o juízo de uma hora pra outra e diz, ‘Sou um filho da put* malvado agora. Vou chegar e fazer a maior confusão.’ Eu nunca quis que ele fosse assim. Eu achei que uma das chaves para esse personagem, especialmente nessa temporada, foi sua solidão. Eu realmente imagino que a solidão que Shane estava sofrendo não era o mesmo tipo de solidão que se sente quando se está longe daqueles que se ama. É o tipo de solidão quando você está bem próximo das pessoas que ama mas não pode ficar perto delas da maneira que gostaria. Eu acho que isso torna a pessoa capaz de ser bastante perigosa.
A relação entre Shane e Rick Grimes (Andrew Lincoln) foi muito convincente de observar – você pode ver dois grandes amigos virando-se um contra o outro. Como você caracteriza a compatibilidade entre vocês dois no set?
Nós dois amamos verdadeiramente esse trabalho, e o levamos bastante a sério. Eu não conheci ninguém que tivesse a mesma opinião; nós pensamos diferentemente, mas, de certa forma, pensamos de maneira parecida. Houve momentos em que Andy e eu saíamos do set entre cenas e saíamos andando à noite pela Georgia e ambos começávamos a chorar. Não conseguíamos abandonar a cena. É muito importante quando você está trabalhando com um conjunto assim – nós estamos tentando “suspender” sua descrença de que estamos em um mundo onde, a qualquer momento, um zumbi pode aparecer, você não consegue sair da cena. Você não pode fingir porque qualquer falsidade – nós nos envolvemos em uma série sem “piscar” para a audiência, sem tentar ser bonitinho. Isso requer um trabalho a todo vapor.
Do que você se lembra quando gravou sua última cena?
Quando nós saímos de lá, nós gravamos a última cena à noite, e, acredite se quiser, no final de novembro na Georgia é extremamente frio, congelante. Nós gravamos a cena umas 600 vezes. Foi ótimo para mim porque a cena foi entre Andy e eu, nós dois. Fomos nós dois no campo. Muito da cena foi improvisado. Nós saímos muito do roteiro. Lembro-me de que, após um take, Andy e eu voltamos para o mato e eu disse, “Ei, cara, você acha que é ruim estarmos inventando?” Ele disse, “Vamos fazer isso por nós dois.” Ele apresentou uma das atuações mais fenomenais que já vi na vida. Ele começou a chutar meu corpo morto, e eu tinha que permanecer imóvel enquanto ele me chutava com aquelas botas de cowboy. Quando a cena terminou, todos chegaram que nem zumbis perto de mim, e eu fiz um pequeno discurso. Foi uma noite bonita e emocionante para mim.
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Fonte: LA Times
Tradução: Lalah / Staff WalkingDeadBr
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