Pelo segundo final de temporada consecutivo de The Walking Dead nenhum personagem principal morreu, mas teve mais do que só sangue e tripas no último episódio da quinta temporada – foi todo um clima pesado de ação. O final da quinta temporada viu Rick Grimes tomando o controle com pulso firme da Zona Segura de Alexandria, depois que o personagem de Andrew Lincoln quase foi exilado.
Dispensando as sutilezas da temporada que mais uma vez foi quebradora de recordes, e que viu boa parte de seus protagonistas morrer, Grimes também deu um tiro no cirurgião abusivo Pete, que tinha acabado de matar o arquiteto e marido da líder de Alexandria, Reg.
De uma maneira geral, o episódio de 90 minutos ainda teve o surpreendente final quando Morgan finalmente se encontra com o grupo de sobreviventes e com seu velho amigo Grimes. O personagem de Lennie James apareceu pela primeira vez em The Walking Dead no episódio piloto e foi visto pela última vez no 12º episódio da terceira temporada, em 2013.
Entre as sementes plantadas para a sexta temporada no episódio que foi dirigido por Greg Nicotero, temos a aparição obviamente não amigável dos Lobos, onde dois deles apareceram no início e ficaram nas mãos não letais de Morgan. O grupo foi avisado mais cedo nessa temporada com um grafiti em um carro escrito “lobos não estão longe” e os “W” cravados nas testas do zumbis. Uma das cenas finais mostrou um deles olhando fotos de Grimes na mochila deixada para trás por Aaron, enquanto ele estava do lado de fora dos muros com Daryl Dixon, personagem de Norman Reedus. Ah, e teve também uma prévia da série derivada Fear The Walking Dead, que estreia ainda esse ano.
The Walking Dead encerrou mais uma temporada, mas Fear está em produção em Vancouver, então o trabalho continua para a produtora executiva Gale Anne Hurd. Ainda assim, a ocupada e sempre cuidadosa produtora falou sobre o que os fãs podem esperar para próxima temporada de The Walking Dead e sobre o impacto de Fear em sua cidade natal, Los Angeles.
Esse é o segundo season finale consecutivo de The Walking Dead onde nenhum personagem principal foi morto, embora muitas pessoas pensassem que seria o fim de Glenn. Por que a decisão de manter todos os sobreviventes sobrevivendo?
Gale Anne Hurd: Acho que a questão é que não trabalhamos visando nenhum choque para a audiência em nossos season finales, ou com a série em geral. Nós trabalhos em cima de arcos de personagens e arcos de histórias. Por isso você nunca pode prever o que vai acontecer em The Walking Dead, porque ela não é construída em cima de uma morte particular, mas sobre a história geral dos sobreviventes. Esse final de temporada foi sobre eles tentando se encaixar em Alexandria. Segundo, a entrada do grupo em Alexandria mudou as coisas lá dentro de uma maneira positiva para os dois lados, pois Rick salvou a cidade dos zumbis que entraram e evitou o derramamento de sangue.
A série quebrou alguns recordes de audiência nessa temporada com 17.3 milhões de pessoas tendo assistido a premiére em outubro, vocês bateram a audiência do NFL cinco vezes e ainda ajudaram a AMC a lançar o spinoff de Breaking Bad. Isso é impressionante para uma série em sua quinta temporada.
Gale Anne Hurd: É incrivelmente recompensador. Acho que nosso elenco e roteiristas, produtores e equipe técnica incrivelmente talentosos conseguiram isso. Estamos seguindo nosso caminho agora graças à eles. E graças também a todos nossos fãs que abraçaram a série e conveceram amigos e família a assistirem.
Em uma carta lida no Talking Dead exibido depois do season finale, o showrunner Scott Gimple disse: “Por um bom tempo, os humanos foram as grandes ameaças da série. Mas no início da próxima temporada isso mudará. Eu falei que a série se reinventa a cada 8 episódios, e vamos fazer isso outra vez, amigos. Agora que os personagens sabem que têm o que é necessário para sobreviver, o que eles farão com esse poder? Quem eles escolherão para viver? Além de responder essas perguntas, nós estamos colocando em práticas algumas de nossas ideias mais ambiciosas, e as coisas vão ficar ainda maiores, mais barulhentas e assustadoras.” Ok, o que podemos esperar? Um exército zumbi? Uma invasão alienígena como causa do apocalipse zumbi?
Gale Anne Hurd: Quando ouvi isso que ele escreveu eu pensei que é exatamente o que ele disse. Nós estamos enfrentando um mundo dominado por zumbis, vimos que Alexandria pode ser violada, e não mais pode ser considerada uma zona tão segura. Tudo isso vai cair nos ombros dos nossos personagens, e agora, nos habitantes de Alexandria também.
Aquele promo de Fear The Walking Dead que foi exibido no domingo mostrou uma Los Angeles um pouco ignorante em relação ao início do vírus que sabemos que vai se tornar o apocalipse zumbi. Como uma nativa de LA e veterana de Hollywood, Fear é um tipo de vingança na sua cidade?
Gale Anne Hurd: [Risos] Como venho de uma quarta geração de Angelinos eu com certeza queria ver como meus amigos, família e colegas sobreviveriam. Agora vamos ter a oportunidade de ver isso com um grupo completamente diferente do que encontramos em Atlanta.
Ano passado na Comic-Con você disse que a quinta temporada mostraria os sobreviventes num ambiente mais urbano do que o normal. Também vimos o aparecimento do primeiro casal gay da série com Aaron e seu namorado. Como esses elementos mudam a série do seu ponto de vista? Os sobreviventes vão chegar a Washington?
Gale Anne Hurd: Não posso dizer para onde eles vão, mas posso dizer que sempre que o grupo recebe um novo personagem a dinâmica muda. Por isso com a re-introdução de Morgan, vamos ter algumas mudanças na dinâmica do grupo. Nós também vimos que algumas coisas permaneceram do mesmo jeito, como o amor entre Glenn e Maggie.
O retorno de Morgan foi um tema recorrente nessa temporada desde seu aparecimento na cena pós-crédito no primeiro episódio. Seu reencontro com Rick vai causar algumas mudanças, posso imaginar.
Gale Anne Hurd: É claro, com Morgan agora evitando qualquer tipo de violência e se tornando um guerreiro Zen nós vamos ver qual vai ser o impacto sobre Rick e Deanna, e na nova combinação dos sobreviventes com os moradores de Alexandria.
Os Lobos parecem estar prontos para ter um grande papel na sexta temporada. Essa também pode ser outra daquelas oportunidades da série divergir um pouco dos quadrinhos. Eles serão os Salvadores ou os Scavengers? Ou os Sussurradores?
Gale Anne Hurd: Não posso definí-los dessas maneiras. Espere e veja.
Você está trabalhando na série Fear The Walking Dead e tem vários outros projeto com sua marca Valhalla, mas também você está envolvida no documentário sobre a primeira mulher eleita Chefe da Nação Cherokee, onde você está com uma campanha no Kickstarter para arrecadar 150 mil dólares para completar a produção – por que você decidiu seguir por esse caminho quando muitos vão dizer que você tem mais do que o suficiente para bancar o filme?
Gale Anne Hurd: Acho que é importante construir uma comunidade especialmente para documentários. Esse não é um projeto vaidoso, é uma história importante que eu sinto que precisa ser contada. Wilma Mankiller foi uma figura importante não só para sua própria comunidade Cherokee, mas ela chegou a receber a Medalha Presidencial da Liberdade pelo Presidente Clinton. Por isso quis fazer questão de que sua história se espalhasse. Ele tem um grupo de advogados muito comprometidos envolvidos com o Kickstarter.
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a sexta temporada em Outubro de 2015 na AMC e na FOX Brasil. O trailer da temporada, bem como a data oficial de lançamento, será divulgada durante a Comic Con de San Diego em Julho.
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Fonte: Deadline
Tradução: @OAvilaSouza / Staff Walking Dead Brasil
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