Andrew Lincoln, 41, voltará com o personagem Rick Grimes, para a quinta temporada de The Walking Dead que se inicia hoje (dia 12 de outubro). O que a série ganhou de popularidade, ganhou de obscuridade nos últimos anos.
Quando você apareceu no promo sem a barba os fãs enlouqueceram pensando no que aquilo poderia significar para o enredo da temporada. Como você se sente sendo o homem cujos pelos faciais rendem milhares de matérias em blogs?
Andrew Lincoln: Deixei bem claro no tapete vermelho que é uma dessas três coisas: ou é um flashback, ou eu encontrei um barbeador ou estou morto. Eu sempre soube que eu precisaria de uma grande barba para essa temporada, mas não tinha noção do que causaria se eu a tirasse. Na première em Los Angeles foi incrível. É sempre fantástico, uma recepção esmagadora e histérica. Nós ficamos isolados na maior parte do ano – e se barbear vira assunto para algumas pessoas.
Os fãs são extremamente apaixonados. Além da barba, qual a experiência mais surreal com fãs que você teve recentemente?
Andrew Lincoln: Acho que a primeira vez que vi meu rosto tatuado no corpo de alguém. Foi devastador.
Como você normalmente volta a ser Rick – volta a entrar na cabeça dele, além dos pelos faciais?
Andrew Lincoln: Esse é o maior período de tempo que passei com um personagem. É meu quinto ano interpretando esse homem, e ele mudou radicalmente desde a primeira temporada. É muito interessante poder ver meu rosto de novo, porque a última vez que vi foi a quatro anos. E meu filho [que tem quatro anos de idade] nunca tinha me visto barbeado, então aconteceram algumas sessões de Skype um tanto emocionantes, para dizer o mínimo, tentando convencê-lo de que eu ainda era seu pai.
Interpretar esse cara é como uma montanha russa. Tudo depende da cena e das pessoas com que ele contracena. Algumas pessoas estão na série a tanto tempo quanto eu, e é um dom poder entrar em cena com eles. Não precisa de preparação, você só tem que olhar para eles e você sabe de toda a história que compartilharam, e você só começa a falar e ouvir. A cenas criam vida.
Por causa da natureza da série, nós perdemos muitas pessoas, mas também ganhamos muitas outras. Existem as boas vindas que você tem que dar, mas é tudo um rito de passagem. Se você vai fazer parte dessa família, nós geralmente batemos em você. Vai ter um cena interrogatório. Você vai ser chutado no rosto, e, algumas vezes você terá alguns cortes e contusões em sua primeira temporada de The Walking Dead.
Com o que foi mais difícil de se acostumar, fazer as cenas sangrentas com os zumbis ou a crueldade entre os seres humanos, o que se tornou o centro da narrativa?
Andrew Lincoln: Você pode traçar o caminho da série sob a perspectiva de Rick. No começo os zumbis eram a proposta mais assustadora, foi um choque. Nas duas primeiras temporadas eles continuaram sendo fatores de choque. Eles são assustadores! Nas circunstâncias erradas eles podem ser ameaças reais de vida ou morte.
No que mais estou interessado, nessa temporada, é o fator humano. Estamos nos mudando para uma paisagem muito mais aterrorizante e psicologicamente assustadora, porque as pessoas que habitam esse mundo agora, depois de anos, ou são muito perigosas, ou muito pragmáticas ou muito organizadas, ou os três juntos. Isso deixa a trama bem interessante.
Nesta temporada temos ótimas performances de novos atores, mas também dos personagens que os fãs adoram. E parece que estamos entrando em uma área bem mais perigosa e escura. Nós meio que estamos adentrando o coração das trevas nessa temporada.
Os criadores de The Walking Dead não parecem ser tão sentimentais no que diz respeito a matar alguns dos grandes personagens. Rick é o centro da continuidade da série, mas você fica pensando em quais dos seus companheiros atores vão continuar ou não na jornada?
Andrew Lincoln: Sim, isso é o lado ruim desse emprego. Em qualquer outra série ou filme em que estive envolvido, você geralmente se junta com o elenco e fica com eles apesar qualquer mudança no enredo – e então acaba. Ma não é assim nessa série.
E é bem doloroso ter que perder grandes amigos e grandes personagens. Essa é a outra coisa que me arrependo – você perde o relacionamento com essas pessoas brilhantes. Isso morre junto com eles. Você não vai mais se comunicar com eles daquela maneira. Hershel, Shane ou Lori. É o único trabalho em que já estive que funciona assim, o DNA da série muda o tempo todo.
O constante aparecimento de atores transformou a série em um ponto de grandes atores (Sonequa Martin-Green de “The Good Wife”; Chad L. Coleman e Larry Gilliard de “The Wire”). Isso surpreendeu você dado o que você achou que estava participando de uma série de ação e terror?
Andrew Lincoln: Acho que é maior elogio que alguém pode nos dar – às pessoas que trabalham nessa série – é a confiança nesses sérios e ótimos atores que se juntam ao elenco. Nessa temporada em particular eu tenho que tirar meu chapéu para os diretores de elenco. Eles fizeram um trabalho espetacular.
É uma faca de dois gumes. Você cria esse laço incrível com essas pessoas para depois perdê-las. Eles sempre serão uma parte da série. Eu estava rindo disso na semana passada. O bônus é que tenho a chance de trabalhar com alguns dos melhores atores do SAG.
Você está insensível à violência agora?
Andrew Lincoln: Não, curiosamente eu li um roteiro para um filme recentemente e eu não consegui terminar. Fiquei apavorado. Foi uma das coisas mais assustadoras que eu já li. Tive que ligar para meu agente e dizer: “É realmente muito bom. Eu acho que vai ser um sucesso, mas não posso fazê-lo, é muito assustador.” Era insuportável. A série não tirou minha sensibilidade. Acho que sou o mesmo de quando entrei nesse trabalho.
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com a quinta temporada no dia 12 de Outubro de 2014 na AMC e no dia 14 de Outubro de 2014 FOX Brasil. Confira o trailer oficial da temporada e fique por dentro de todas as notícias.
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Fonte: Time
Tradução: @OAvilaSouza / Staff Walking Dead Brasil
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