E se resume a isto: Oito episódios de novas ameaças zumbi, uma infecção que ameaçou dizimar o grupo da prisão, e uma rivalidade amarga com o Governador levando uma cabeça no midseason finale em The Walking Dead.
O astro da série Andrew Lincoln, que terminou de gravar a quarta temporada no último final de semana está de volta à sua casa em Londres lendo roteiros de filmes antes de iniciar a quinta temporada, falou com o Yahoo TV na véspera de Thanksgiving sobre o modo único de contar a estória dessa temporada, e o que promete ser um midseason finale chocante.
Ele também dá a dica de que a segunda parte da temporada, que estreia em fevereiro, é ainda mais uma despedida das estórias de passado, e provoca que ela traz um episódio que ele considera o mais controverso de todos.
ATENÇÃO: Essa entrevista foi realizada ANTES da estreia do episódio 8 – “Too Far Gone”.
Antes da estreia da quarta temporada, você nos disse que o midseason finale, que vai ao ar neste final de semana, foi o episódio mais ambicioso que a série já fez. Você ainda acha isso?
Andrew Lincoln: Eu acabei de filmar o último episódio, então não tenho mais certeza. [Risos] Esse episódio é bem pesado. Mas aí eu penso no que vem pela frente, tudo gira ao redor de uma órbita diferente, a série, que tem sido emocionante para todos que acompanham. É tão bem feita que nós simplesmente…[espectadores] não temos a capacidade de ver o próximo ano com base em lógica, mas o episódio final é tão, é tão inteligente o que [Scott Gimple, showrunner] e os roteiristas têm feito. É muito inteligente.
Nós temos uma tendência de tentar melhorar o que já foi feito. Posso dizer que a estória, como vocês podem ver pela estrutura dos primeiros sete, O Governador e nosso povo estão prestes a se confrontarem. Não posso dar muitos detalhes, mas é provavelmente o mais grandioso que já tentamos em todos os aspectos, o midseasonfinale. Com isso, dos últimos episódios nesta temporada, posso dizer que estou me recuperando. Mas acho que fãs dedicados da série não ficarão desapontados com este episódio. Acho que é um duelo que sempre prometemos. Acho que desta vez nós tivemos sucesso certo.
Este duelo entre o grupo de Rick e o Governador com seu novo grupo é diferente desta vez. Temos mais perspectivas a respeito do Governador, como ele se tornou o homem que é. Isso faz com que o duelo seja mais intenso, mais pessoal?
Andrew Lincoln: É engraçado: Antes de receber o midseason finale do Scott, eu estava lendo um livro, e havia uma frase nele que eu gostei muito. Acho que é de um filósofo chamado Hegel. Diz assim, “Tragédia acontece quando certo colide com certo.” Eu mandei uma mensagem, porque eu tenho um costume bobo de mandar SMS pro Scott e compartilhar coisas com ele, pensamentos do dia. [Risos] Ou frases que me agradam. Ele disse, “Ah meu Deus, isso é como o pequeno círculo dentro do grande círculo… é onde eu queria terminar,” o que resultou no episódio 8.
Respondendo à sua pergunta, eu acho que o Scott fez algo bem inteligente em preencher várias lacunas no passado do Governador e não simpatizar com ele, mas certamente pedir que o público o entenda um pouco mais. Uma das coisas que curto sobre a série é o fato de você poder torcer pelo psicopata. Você pode sentir empatia por um homem que perdeu tudo, mas ele coleciona cabeças em um aquário. Esse é o ponto forte do roteiro desta temporada e do retrato de David [Morrisey]
Acho que você encontra algo como um homem lutando com duas partes. É algo muito similar ao que Rick está passando. Existe um animal no Rick, e também existe o amor no Rick. Acho que existe um homem dentro do Governador que ele tenta conter, ou ao menos tenta reduzir. Se isso é possível já é outra estória.
Da última vez que vimos Rick, ele estava prestes a contar sobre o que aconteceu com Carol a Daryl. Antes do duelo final, Rick terá a chance de conversar com Daryl e Tyreese sobre Carol?
Andrew Lincoln: Você certamente encontrou algo que precisa ser falado, e não tema. Acho que você não vai se desapontar. Não quero estragar nenhuma surpresa. Mas posso dizer que eu estava em meu trailer com alguns dos atores – Norman [Reedus] e Steven [Yeun], e alguns outros. Não vou dar muitos nomes, porque obviamente você saberá quem continua vivo e quem não. [Risos] Mas estávamos muito animados, porque há muito drama nesta temporada. Tivemos tantas estórias abertas e extraordinárias que até mesmos nós estamos babando nos prospectos do que vai acontecer no futuro.
Acho que isso é uma das coisas mais gratificantes, gravando esta temporada, ver que Scott, que está orquestrando essas 16 horas, está arrebentando com as combinações mais dramáticas de personagens e circunstâncias, porque dá pra ver que ele ama o enredo. Ele está honrando, como um fã dos quadrinhos, alguns dos círculos mais extraordinários e desafiadores e controversos da história dos quadrinhos, e interpretá-los de forma inovadora na TV. Fique seguro, a decisão de Rick com Carol… está lá.
Falta menos de uma semana para você terminar a quarta temporada. Como você se sente?
Andrew Lincoln: De forma incrível. É alívio misturado com tristeza, misturado com ansiedade, porque sabemos de toda a roupagem da temporada, e é uma temporada extraordinária. É uma das temporadas mais excitantes e diversas e ousadas e corajosas que fizemos desde a primeira. Ainda, são sete meses e meio bem duros. É estranho como, instantaneamente, você se afasta por uns dias e consegue dormir bem por uma noite, e isso acaba fazendo falta. É um trabalho tão intoxicante, e também as pessoas… muitos estão nisso há quatro anos, como eu. Temos um laço muito forte. E também é mais legal ainda pelo fato de que o mundo está vendo conforme tudo vai saindo. É uma corrida emocionante, de verdade.
Além disso, você não está filmando em um cenário com ar condicionado. É uma gravação com imersão total, no clima da Georgia.
Andrew Lincoln: Pode crer, e coincidentemente é um dos lugares mais bonitos do planeta no outono. Mas isso dura umas duas semanas. Depois fica um frio só. [Risos] Vai de extremos do calor de verão brutal e suor para o desespero da busca por uma blusa de frio. É um lugar maravilhoso. Eu concordo, é um ponto forte da série por fazermos tudo em um lugar. Gravamos em câmeras de 16mm. Somos uma das últimas séries a fazer isso. Temos uma equipe de filmagem incrível que carrega e põe a câmera em todo lugar. Isso dá um ar de autenticidade maior, eu acho, o fato de estarmos em um lugar assim.
Antes desta temporada, você mencionou que haveria um jeito novo e interessante de desenrolar as estórias. Temos visto do que você falou, com episódios focados em alguns personagens. O que você pensou quando ficou sabendo sobre o jeito como a estória se desenvolveria?
Andrew Lincoln: Fiquei muito animado. Acho ousado, e acho algo necessário. Estamos há quatro anos na série. Fomos agraciados com notas incríveis ao longo dos anos. Acho que devemos isso aos fãs que modificam um pouco as coisas. Uma das coisas que me atraiu no projeto foi que a estória estaria sempre mudando. Não somente o elenco muda e se recicla e segue em frente, mas a estória. É algo muito inteligente por parte do Scott e dos roteiristas e da AMC por fazerem isso. E por mim, na leitura do roteiro, e espero que o público também pense assim, estou sempre apoiando. Sempre esteve à minha frente. Nunca pude pensar duas vezes. Acho que isso é um sinal enorme de que os roteiristas ainda têm a capacidade de fazer algo assim nessa altura da série.
Vou me alongar nisso também. Vocês nem viram a metade do que existe ainda. Os oito restantes são mais radicais do que já se viu. É quase um conto de duas temporadas. É bem radical mesmo, a diferença dos primeiros oito e dos restantes.
A série é sempre muito intensa, e apesar de ser difícil acreditar que estamos quase no oitavo episódio, muito já aconteceu, muitas coisas fortes, que parece que já se passaram 20 episódios.
Andrew Lincoln: Fico contente em ouvir isso, porque queremos ter o equilíbrio entre ação, terror e personagens. Houve muita ansiedade quando estávamos gravando: “Estamos segurando muito o passo? Teremos o suficiente dessas coisas?” Mas aí percebemos que só nos dois primeiros episódios aprendemos muitos sobre personagens que estão na série por umas duas temporadas. O enredo e o desenvolvimento de personagens por parte dos roteiristas neste ano tem sido magnífico. Fico contente que diga isso, porque sinto o mesmo. Sinto que muita coisa foi aprendida.
E de verdade, confie em mim, acho que três dos melhores episódios que já fizemos nesta temporada ainda estão por vir. Provavelmente quatro. Há dois episódios que eu certamente adoro nos oito restantes, um dos quais eu acho que será o mais controverso em que já nos envolvemos, e isso quer dizer algo. [Risos]
The Walking Dead, a história de drama mais assistida da TV a cabo, irá retornar com os oito últimos episódios da quarta temporada no dia 09 de Fevereiro de 2014 na AMC e 11 de Fevereiro de 2014 na FOX Brasil.
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Fonte: Yahoo TV
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Walking Dead Brasil
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